Resumo Por Capítulo: Capitães Da Areia
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CARTAS À REDAÇÃO 4
Crianças ladronas 4
SOB A LUA NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO Erro! Indicador não definido.
NOITE DA GRANDE PAZ, DA GRANDE PAZ DOS TEUS OLHOSErro! Indicador não
definido.
Introdução
Capitães da Areia foi publicado em 1937, numa época em que a questão da luta de classes, a
possibilidade (ou ameaça) de uma revolução socialista tornava-se tema cotidiano. O autor Jorge
Amado, defensor do comunismo, mesclou fatos e personagens reais a uma trama que relata o dia-a-
dia de menores abandonados pelas ruas da Bahia. Assim construiu uma obra de literatura engajada,
que expõe os contornos da sociedade, com representação de diversos de seus segmentos (pobres,
ricos, clero, polícia, trabalhadores...) e que sugere uma saída revolucionária, socialista, para a
solução dos diversos conflitos.
No entanto o livro não se limita à propaganda comunista, e esse é seu grande mérito: a profundeza
psicológica dos personagens, a ironia bem-humorada na crítica à sociedade e até mesmo um enlace
amoroso são ganchos que captam o interesse dos leitores em compreender e mergulhar no mundo
dos Capitães da Areia.
Este resumo traz o conteúdo da obra original em uma linguagem clara e concisa, sem deixar de lado
as informações, os episódios e as tramas que sustentam a história como um todo.
Ao final do resumo você ainda poderá testar seus conhecimentos com algumas questões de
vestibulares sobre o livro.
Caso tenha alguma dúvida sobre a obra original ou queira questionar algo sobre próprio resumo,
deixe um comentário no nosso fórum.
Boa leitura!
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Resumo Por Capítulo: Capitães da Areia
CARTAS À REDAÇÃO
Cartas à Redação não é exatamente um capítulo, mas sim o título dado à primeira parte do livro,
que reúne diversas cartas e publicações de um jornal. Nesta parte é feita a introdução dos
personagens que mais adiante protagonizarão a história. Não pode ser confundida, no entanto, com
uma mera introdução formal – que poderia ser “pulada” sem maiores problemas –, ler as Cartas à
Redação é essencial para entrar na atmosfera da obra como um todo: entender a estrutura da
sociedade, seus personagens e suas opiniões.
Crianças ladronas
O livro se inicia com a reprodução de uma reportagem do Jornal da Tarde, na página policial,
relatando uma onda de assaltos causada por um bando de menores, talvez mais de cem, entre 8 e
16 anos, que se abrigam na região das praias – sendo intitulados, portanto, de “Capitães da Areia”.
Haveria entre eles um líder, de apenas 14 anos, responsável por crimes graves.
O último caso foi um roubo à residência do Comendador José Ferreira: após cercarem a casa, os
jovens a invadiram, assustando a mulher do comendador e sua empregada; o jardineiro ouviu gritos
e armou-se com uma foice, mas os criminosos já saíam da casa carregando diversos objetos; o neto
do Comendador, Raul, 11 anos, estava no jardim, quando encarou o líder do bando de ladrões, que
acabou fugindo ao ver o jardineiro aproximar-se.
O Jornal exige providências do Chefe de Polícia e do Juiz de Menores, para castigar os malandros e
defender as distintas famílias.
Intitulada “A opinião da inocência”, surge a fala do garoto Raul: o chefe dos “Capitães da Areia”
conversou com ele, dizendo que ele não sabia brincar; Raul retrucou, dizendo que tinha muitos
brinquedos; o assaltante riu, afirmou que ele tinha a rua e o cais; Raul acaba dizendo que gostou do
rapaz, que parecia viver uma aventura, como nos filmes.
O Jornal alerta, por fim, sobre a má influência do cinema na mente das crianças, que se encantam
por “aventuras”.
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Resumo Por Capítulo: Capitães da Areia
Na carta o Doutor Chefe de Polícia comenta os assaltos dos “Capitães da Areia”, afirmando que é
necessária alguma ação por parte do Juiz de Menores, enquanto a Polícia não merece críticas, pois
ela apenas cumpre ordens.
Relata ainda que muitos menores são encaminhados ao Reformatório, mas de lá fogem sem um
motivo claro, considerando que lá são tratados com carinho e paz.
A carta também tem destaque, com um clichê (uma fotografia) do Juiz, e recebe elogios do Jornal.
A carta denuncia os guardas do reformatório pelo tratamento dado aos jovens, que apanham,
trabalham como escravos e são maltratados o tempo todo. Considera melhor seu filho estar com
os Capitães da Areia do que internado.
Sugere ainda que visitem o reformatório de surpresa, para flagrar a realidade do local. Cita o Padre
José Pedro, que foi capelão de lá e também sabe de tudo o que acontece.
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