Orígenes y Causas Del 1raGM
Orígenes y Causas Del 1raGM
Orígenes y Causas Del 1raGM
F r a g a 1
1 U n iv ersid ad d e la M a rin a M e rca n te
R e su lta m u y difícil d e te rm in a r las L a P rim e ra G u e rra M u n d ia l fue u n g im e n zarista y sem b ró la sem illa de
cau sas de u n h e c h o de d im en sio n es c o n flic to de en o rm es d im en sio n es graves d istu rb io s sociales, así co m o
y cara c terístic a s sin p re c e d e n tes e n la que afectó a los p rin c ip a le s p aíses del la n e c e sid a d de re c u p e ra r los te rrito
h isto ria. T anto es así, q u e h a sta que p la n e ta y cu y as c o n se c u e n c ias fu ero n rio s p e rd id o s, sin p e rd e r de v ista su
se p ro d u jo la S eg u n d a G u e rra M u n de larg a duració n . A ú n hoy, m uchos ob jetiv o p rin c ip a l de a cced er al M e
d ial, se d e n o m in ó la “G ra n G u e rra ” o de los p ro b le m a s p o lític o s y g eo p o lí- diterrán eo .
“G u e rra M u n d ia l” a la q u e estalló e n ticos ex isten tes tu v ie ro n su o rig e n en
1914, que la d ife re n c iab a claram en te la n u ev a c o n fig u ra c ió n de los p o d eres L a d e m o ra d a co n stitu c ió n de u n e s
de las anteriores. p o lítico s re su lta n te s de los tratados ta d o n ac io n a l alem án, el tard ío p ro
L a a p lic a c ió n de las nuevas te c n o lo in tern acio n ales q u e p u sie ro n fin a la ce so de in d u stria liz a c ió n y la p o líti
g ías e n m a te ria de c o m u n icacio n es, co ntienda. c a c o lo n ia lista de A le m a n ia , fu e ro n
de a rm am en to s y de tran sp o rte, tales e le m e n to s im p o rta n te s c o m o a n te c e
co m o la rad io , el telég rafo , la a m e tra L a g u e rra de C rim e a se p ro d u jo co m o d en tes q u e c o n flu y e ro n a la situ ació n
llad o ra, los c añ o n es p esad o s de larg o c o n se c u e n c ia de la p re te n sió n del zar p o lítica, eco n ó m ica, so cial y m ilitar
alcan ce, la ace le rad a m e c a n iz ac ió n de R u sia de c ristia n iz a r tierras e n p o de fin e s del siglo x ix y p rin c ip io s del
de los m ed io s de tran sp o rte, la u tiliz a d er d e l Im p erio O to m a n o y re c u p e rar siglo x x .
114
L o s o r í g e n e s y la s c a u s a s d e la P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l
z o n a de in flu e n c ia a In g la te rra y L as crisis in tern acio n ales se p ro d u que eq u iv alía al secto r de los m isiles
M arru eco s a F ran cia. É ste fu e el in i c ía n e n u n co n tex to de fu erte d e s del g asto m o d e rn o e n arm am en to s,
cio de la lla m a d a “en ten te c o rd ia le ” . c o n fia n z a en tre las n a c io n e s e u ro a la q u e c o rre sp o n d ió el c recim ien to
Se lleg ó a u n a situ a c ió n que, e n su p eas, e x acerb ad as p o r u n cre c im ie n to m ás espectacular. E n 1885 co stó al
m o m e n to se lla m ó “la p az a rm a d a ” , de los g asto s m ilitares. e sta d o 11 m illo n es de libras, a p ro x i
n o e x en ta de in cid en tes pelig ro so s. C o m o se h a dich o , la p re te n sió n de m a d a m e n te la m ism a can tid a d que en
E l e n te n d im ie n to en tre In g la te rra y A le m a n ia de d esa rro lla r u n p o d e r n a 1860. S in em b arg o , ese coste se h a
F ran cia sobre M arru eco s, a sí co m o el val, p o r lo m e n o s equiv alen te al de In b ía m u ltip lic a d o p o r cu atro e n 1913
de F ra n c ia c o n E sp a ñ a q u e im p licó la g laterra, au m en tó las friccio n es entre 1914. M ien tras ta n to el coste de la
cre a c ió n de u n p ro te c to ra d o francés am bos p a íse s, a p e sa r d e l p a re n te sc o a rm ad a alem an a se elevó de fo rm a
y o tro esp añ o l, g e n e ró la o p o sició n ex isten te en tre las casas reales g o b e r m ás e sp e c ta c u lar aún: p a só de 9 0 m i
de A le m a n ia q u e invocó in tereses en nantes. llones de m arco s anuales a m ed iad o s
L a ca rre ra arm a m e n tista se p ro d u del d e c e n io de 1890 h a sta casi 40 0
M arru eco s y am e n a z ó c o n u n a d e c la
jo sim u ltá n e a m e n te con el fuerte m illo n e s” 3.
ra c ió n de g u erra a Francia.
d e sa rro llo de la in d u stria alem an a D ice N o rm a n S tone q u e “lo últim o
L a c o n fe re n cia re a liz a d a e n la c iu d a d
m e rc e d a su p o lític a p ro te c c io n ista que n e c e sita b a A le m a n ia era e n fre n
e sp a ñ o la de A lg eciras (1906) p a ra so
a d o p ta d a d u ran te el g o b ie rn o de B is- tarse a G ra n B retañ a, y el m a y o r e rro r
lu cio n ar la cu estió n , fue u n a d e rro ta
m a rc k h a sta 1890, y c o n tin u a d a po r que c o m e tió e n el siglo x x fue c o n s
p a ra A le m a n ia p u es se c o n firm ó el
sus su ceso res. E n esp ecial el c re c i tru ir u n a flo ta p e n sa d a p a ra atacar las
re p a rto p red ich o : el S ur de M arru eco s
m ie n to d e sm e su ra d o del p o d e r naval isla s” 4.
p a ra F ra n c ia y el N o rte p a ra E sp añ a
de A le m a n ia h iz o d e c ir a W in sto n A sí, el n ú m e ro de b u q u es de b atalla,
co m o p ro tecto rad o s.
C h u r c h ill...” L a flo ta in g lesa n o s es es decir, aco razad o s y cru cero s de
L a p ró x im a crisis se o rig in ó e n la
n e c e sa ria p o r varias razo n es; la flo ta c o m b ate, au m en tó c o n sid e ra b le m en te
riv alid ad existen te en tre el Im p erio
alem an a tien e p a ra los alem an es m ás d u ran te los p rim e ro s años del nuevo
A u stro -H ú n g a ro y S ervia, esta ú ltim a
b ie n u n c arácter de lujo. N u e stra p o siglo, a saber: G ra n B re ta ñ a de 4 9 b u
trad icio n al aliad a de R usia. A u stria,
te n c ia nav al e stá lig ad a d irectam en te ques e n 1900 a 64 en 1913; A lem an ia,
sin aviso p revio, p ro c e d ió e n 1908 a a la e x iste n c ia de Inglaterra. E s la de 14 a 4 0 e n el m ism o p e río d o ; F ra n
la an ex ió n de B o sn ia -H e rz e g o v in a en e x iste n c ia m ism a p a ra n o so tro s; p a ra cia de 23 a 28: A u stria -H u n g ría de 6 a
los B alcan es. É stas e ra n pro v in cias ello s es la ex p a n sió n ” . 2. 16 y R u sia de 16 a 23.
del Im p erio O to m an o . E llo g e n e ró la “L a ca rre ra de arm am en to s c o m e n E n c u a n to a los e jército s, el n ú m e ro
re a c c ió n de S erv ia y R usia. A le m a n ia z ó e n fo rm a m o d e sta a fin a le s del de h o m b re s m o v iliz a d o s e n vísperas
apoyó a A u stria. L as g estio n es d ip lo d e c e n io de 1880 y se a celeró c o n el de la g u e rra fu e el siguiente: G ran
m áticas p u d iero n , esta vez, ev itar la c o m ie n z o del n u e v o siglo, p a rtic u la r B retañ a, 7 0 0 .0 0 0 ; A u stria-H u n g ría,
g u e rra m e d ia n te el re tro c e so de R u sia m e n te e n los ú ltim o s años an terio res 3 .0 0 0 .0 0 0 ; F ran cia, 3 .5 0 0 .0 0 0 ; A le
y S ervia, lo cu al im p lic ó u n triunfo a la guerra. L os g astos m ilitares b r i m an ia, 3 .8 0 0 .0 0 0 y R u sia, 4 .4 0 0 .0 0 0 5.
p a ra A u stria y A lem an ia. tán ico s p e rm a n e c ie ro n estab les en
O tra crisis in te rn a c io n a l q u e am en azó las décad as de 1870 y 1880, tan to en C o m o es sabido, el h e c h o d e se n c a
la p az fue la de A gadir. c u a n to al p o rc e n ta je del p re su p u e sto d en an te d el c o n flic to fu e el asesinato
E n 1911 a raíz de d istu rb io s e n esta to tal c o m o e n el g asto p e r cápita. S in del arch id u q u e F ra n c isc o F ern an d o ,
c iu d a d afric a n a el g o b ie rn o alem án, em b arg o , p a sa ro n de 32 m illo n es de h e re d e ro d el tro n o de A u stria , cu an d o
que n o h a b ía re n u n c ia d o a sus p re te n libras e n 1887 a 44,1 m illo n es de li se h a lla b a de v isita e n S arajevo, por
siones sobre la c o sta african a, envió b ras e n 1898-1899, y a m ás de 77 m i u n jo v e n lla m a d o G av rilo P rin cip , u n
u n b u q u e de g u e rra p a ra re stab lecer llo n es de libras en 1913-1914. e stu d ian te p e rte n e c ien te a u n a organi-
el o rd e n y h a c e r p ie e n la reg ió n . L a N o h a de so rp re n d e r que fu era a la ar
re a c c ió n de F ra n c ia c o n el ap o y o ex m ad a, el secto r de la alta tecn o lo g ía,
3 E ric H o b s b a w n , L a e r a d e l im p e r io 1 8 7 5
p lícito de In g la te rra d e te rm in a ro n que
1 9 1 4 , E d it. C rític a , B u e n o s A ir e s , 1998.
A le m a n ia re tro c e d ie ra e n sus re c la
2 E n W in s to n C h u r c h ill, L a c r is is m u n d ia l 4 N o r m a n S to n e , B r e v e h is to r ia d e la p r i m e
m os a c a m b io de la o b te n c ió n de te 1 9 1 1 - 1 9 1 8 , T a lle re s G r á fic o s A g u s tín N ú ñ e z , ra g u e r r a m u n d ia l, A r ie l, C .A .B .A ., 2 0 1 3 .
rrito rio s e n el C a m e rú n y Togo. P a rís 2 0 8 , B a r c e lo n a , 1 9 4 4 , p á g .73 5 E ric H o b s b a w n , ob. c ita d a , p á g . 3 5 9 .
115
ATENEA - UdeMM
116