Conference Presentations by Nayr Tesser
Salão de Iniciação Científica (15. : 2003 : Porto Alegre). Livro de resumos. Porto Alegre : UFRGS, 2003., 2003
(Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Instituto de Letras, UFRGS). Esta pesquisa busca ... more (Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Instituto de Letras, UFRGS). Esta pesquisa busca fazer uma análise das diferentes formas de abordagem da classificação de palavras nas gramáticas brasileiras contemporâneas. Para tanto, quatro etapas de trabalho foram realizadas de forma a amparar teoricamente essa análise: 1º estudo das bases históricas de formação da gramática greco-latina; 2º a influência da lingüística histórico-compativista na gramática brasileira; 3º avaliação da presença (ou não) de componente descritivo na tradição gramatical do Brasil; 4º relações entre o ensino da gramática e os aspectos anteriormente verificados. Breve cronologia das gramáticas brasileiras, glossário, norma gramatical brasileira (NGB), ortografia oficial brasileira e bibliografia comentada também integram essa pesquisa, a fim de fornecer apoio às questões discutidas. Esse material, por fim, está reunido em um manual didático-pedagógico com vista a auxiliar os estudos de graduandos em Letras bem como professores de Língua Portuguesa. (PIBIC/CNPq-UFRGS).
Papers by Nayr Tesser
Calidoscopio, 2006
RESUMO-Este artigo parte de uma reflexão já realizada no trabalho de doutorado "Enunciação e Pode... more RESUMO-Este artigo parte de uma reflexão já realizada no trabalho de doutorado "Enunciação e Poder: elementos para a construção de um objeto teórico", que permitiu propor a tese de que o poder é constitutivo da enunciação. A proposta resume-se ao seguinte silogismo: se a relação de poder é uma relação concreta, imediata, singular e pontual; se a relação de intersubjetividade é uma relação de poder, concreta, imediata, singular e pontual; se o próprio ato enunciativo é uma relação de intersubjetividade, singular e pontual, pode-se concluir que o poder faz parte do circuito da enunciação. Foram eleitos dois conceitos, o de poder, sustentado pelas posições de Bobbio, Foucault e Comte-Sponville, cuja característica comum é a interdependência entre o conceito de poder e a noção de liberdade; e o de língua, sustentado pela teoria da enunciação de Benveniste, a partir da relação de intersubjetividade.
Letras De Hoje, Jul 15, 2013
Cet essai cherche à expliquer le rapport existant entre le pouvoir et la langue dans une perspect... more Cet essai cherche à expliquer le rapport existant entre le pouvoir et la langue dans une perspective énonciative et philosophique. Il a pour objectif de répertorier des phénomènes appartenant à chacun de ces deux domaines-le pouvoir et la langue-et permettant de frayer un chemin théorique qui mette en valeur, à la fois, le pouvoir et la langue, tout en identifiant les phénomènes linguistiques à travers lesquels circule le pouvoir. Deux concepts ont donc été choisis: le concepte de pouvoir, fondé sur les idées de Bobbio et Foucault, qui prêchent tous les deux l'interdépendance entre le concept de pouvoir et la notion de liberté; et le concept de langue, bâti sur la théorie de l'énonciation sous la perspective de Benveniste et ayant pour point de départ la relation d'intersubjectivité. Notre réflexion a été structurée sur le syllogisme suivant: si le rapport de force, ou de pouvoir, est concret, immédiat, singulier et ponctuel; si l'act énonciatif est concret, immédiat, singulier et ponctuel, pourquoi le rapport d'intersubjectivité ne serait-il pas un rapport de pouvoir? Ceci étant, quel type de sujet soutiendrait un rapport de ce genre? Ces prémisses ont été accompagnées de la question: quelle est donc l'origine du pouvoir? La réponse à cette question a contribué à la définition de l'analogie entre les rapports de pouvoir et d'intersubjectivité: il s'agit du désir. Le pouvoir naît du désir qui, une fois rationnalisé, devient puissance au sein des relations sociales. Il n'y a point de pouvoir si tel n'est pas le souhait de tous. Telle est la dialectique du pouvoir: un paradoxe qui s'impose. La nature dialectique qui soutient le pouvoir est la même que l'on retrouve dans le rapport d'intersubjectivité: il ne peut y avoir de je sans tu. Encore un paradoxe nécessaire. Le phénomène de la détermination/indétermination dont la nature dialectiquecoercition et liberté-est la même des rapports de pouvoir et d'intersubjectivité, devient donc une des voies de circulation du pouvoir. Selon le concept d'André Comte-Sponville, qui s'inspire de Spinoza, le désir habite l'homme car il est propre à son essence. Le désir qui est à l'origine du pouvoir est le même désir de l'homme qui, lorsqu'il s'approprie la langue, devient sujet. Pour soutenir les rapports de pouvoir et d'intersubjectivité, dont la dialectique présuppose la liberté, le sujet devra être moral et éthique, car l'être demande un choix, d'après Sponville, basé sur Spinoza. Tout ce novamente, pois o bulbo é o mesmo e promete florescer. Só há uma pequena diferença, mas profundamente significativa: estou mais velha. Fazer mestrado aos cinqüenta e sete anos, quando podia ter feito doutorado (na ocasião, desconhecia a possibilidade), concomitante ao projeto de dedicação exclusiva, quando meus alunos, uns fazem doutorado, outros já o fizeram, quando o salário é desolador, quando, no meu caso, o horizonte acadêmico se estreita e afunila, é, no mínimo, ter que admitir um desajuste flagrante com a vida acadêmica, e pouca objetividade na definição e escolha de projetos, ou, ao contrário, é ter clareza de que a opção só podia ser esta e os projetos existem e são de tal ordem que desafiarão o imponderável. Assim, ao lado de uma consciência absolutamente meridiana do que não fiz ou deixei de fazer, há uma certeza de que os poucos projetos que fiz, apesar de não constarem na promoção funcional, estão por aí, caminhando autônomos e independentes, com pernas que não são minhas, abraçando outros mundos com braços que não são os meus. São meus alunos que acompanhei ao longo de mais de 30 anos de profissão exercida na escola pública estadual, escola esta que sofre, hoje, as indefinições e perplexidades vividas pela sociedade atual. Sim, são esses alunos cujos ecos percebo de quando em quando, aqui e ali, e com os quais briguei, aprendi e até ensinei e, se o fiz foi, muitas vezes, sem saber que o fazia, pois ao final de cada ano, e foram tantos, ficava sempre a sensação incômoda de que não havia feito tudo, mas redimia-me pensando com renovada esperança que, no próximo ano, seria melhor. A humildade é uma virtude humilde: ela até duvida que seja uma virtude! Quem se gabasse da sua mostraria simplesmente que ela lhe falta. [...] Ela torna as virtudes discretas, como que despercebidas, de si mesmas, quase negadas. Inconsciência? É antes uma consciência extrema dos limites de qualquer virtude, e de si. Essa discrição é o sinal-ele mesmo discreto-de uma lucidez sem falha e de uma exigência sem fraquezas. A humildade não é a depreciação de si ou é uma depreciação sem falsa apreciação. Não é ignorância do que somos, mas, ao contrário, conhecimento, ou reconhecimento, de tudo o que não somos. É seu limite, pois se refere a um nada. Portanto, percebo que, entre a dissertação anterior e o presente ensaio, houve entrelaçamentos e conexões que foram surpreendentes. É o caso da lei e o poder e do poder com a indeterminação e da intersubjetividade e o poder. Contudo, mais do que isso, uma conexão entre a minha própria experiência e o tema do ensaio: poder, intersubjetividade, moral e ética. A idade em que me encontro-velhice-é a idade da essência e não da circunstância, portanto, essa tese não é um trabalho exclusivamente acadêmico, mas representa uma síntese entre minha vida, o percurso feito e o conhecimento adquirido. Ao afirmar "o que sei é o que não li e já esqueci", sem, contudo, entender toda a extensão do que afirmava, consigo, agora, perceber um pouco mais do significado: o esquecimento adveio do que já esquecera, ou que julgara saber um dia e, simultaneamente, aprendi que devo me valer desse pouco que esquecera, mas que é parte de minha memória, porque, de resto, só sei que jamais conseguirei ler tudo o que gostaria de ter lido; logo, o pouco que sei é o muito que não sei. Esse trabalho é singular, aliás, como qualquer ato enunciativo, não tanto pelo valor de suas propostas, pois elas sempre estiveram ali e qualquer um podia tê-las apanhado e, possivelmente, alguém já o tenha feito, mas é singular pelo momento em que se dá: momento de síntese em que se tem consciência de que, na linha entre vida e morte, o ponto de fuga aproxima-se mais da morte. Portanto, a necessidade e a qualidade são de outra natureza.
(Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Instituto de Letras, UFRGS). Esta pesquisa busca ... more (Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Instituto de Letras, UFRGS). Esta pesquisa busca fazer uma análise das diferentes formas de abordagem da classificação de palavras nas gramáticas brasileiras contemporâneas. Para tanto, quatro etapas de trabalho foram realizadas de forma a amparar teoricamente essa análise: 1º estudo das bases históricas de formação da gramática greco-latina; 2º a influência da lingüística histórico-compativista na gramática brasileira; 3º avaliação da presença (ou não) de componente descritivo na tradição gramatical do Brasil; 4º relações entre o ensino da gramática e os aspectos anteriormente verificados. Breve cronologia das gramáticas brasileiras, glossário, norma gramatical brasileira (NGB), ortografia oficial brasileira e bibliografia comentada também integram essa pesquisa, a fim de fornecer apoio às questões discutidas. Esse material, por fim, está reunido em um manual didático-pedagógico com vista a auxiliar os estudos de graduandos em Letras bem como professores de Língua Portuguesa. (PIBIC/CNPq-UFRGS).
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