Front matter and introduction available here. Please email me at casewatkins [@] gmail.com for a complete copy. Palm oil extracted from the African oil palm (Elaeis guineensis Jacq.) is the world’s most produced vegetable oil, commanding...
moreFront matter and introduction available here. Please email me at casewatkins [@] gmail.com for a complete copy.
Palm oil extracted from the African oil palm (Elaeis guineensis Jacq.) is the world’s most produced vegetable oil, commanding a roughly 50 billion dollar global industry. In contrast to the agroindustrial firms and monocultures that dominate global production, a biodiverse cultural landscape of African oil palms in the northeastern Brazilian state of Bahia has for centuries supplied local alimentary and spiritual demands for palm oil—an essential resource in Afro-Brazilian cultures. Drawing on fieldwork, ethnography, archives, GIScience, quantitative analysis, and travelers’, rare, and secondary accounts, this dissertation provides the first comprehensive study of Bahia’s palm oil landscapes, cultures, and economies. Analyzing seven centuries of social and ecological change, the study contributes to environmental histories of colonialism and the African diaspora, and advances theories and practices of agricultural development, environmental governance, and the politics of knowledge.
Native to West Africa, African oil palms have supported cultures and economies on that continent for millennia. During colonial overseas expansion, Elaeis guineensis and its products traversed the Atlantic as early African contributions to the Columbian Exchange of beings, biota, and ideas. The palm’s subsequent diffusion in Bahia combined African traditions of palm oil production and consumption with European and Indigenous knowledges in the Americas to found and sustain diasporic Afro-Brazilian cultures and economies. This study examines the early and ongoing development of Bahia’s African oil palm cultures and landscapes, connecting transatlantic cultural, ecological, and economic circulations to reconstruct the emergence of an Afro-Brazilian landscape. Building on its historical analyses, the study culminates with an ethnography of Bahia’s contemporary palm oil economy. Integrating theories of resistance, development, and complexity, the final chapter maps the constituents of, and flows of power through, Bahia’s palm oil economy to scrutinize the modern policies and interventions that seek to redirect and control the network.
The dissertation concludes by juxtaposing Bahia’s Afro-Brazilian landscape with the epistemological constraints of modern development. It argues that diasporic knowledges, such as those underpinning Bahia’s palm oil economy, represent potent but generally untapped fonts of place-based development practice with potential to transform global palm oil production and enact more viable and abundant forms of development.
RESUMO:
O azeite-de-dendê (ou óleo de palma) extraído do dendezeiro (Elaeis guineensis Jacq.) é o óleo vegetal mais produzido no mundo, em torno do qual se estrutura uma indústria global que movimenta cerca de 50 bilhões de dólares. Ao contrário do que ocorre na maioria dos empreendimentos agroindustriais baseados na monocultura, que dominam a produção global, a paisagem cultural de dendezeiros localizados no estado da Bahia, na região Nordeste do Brasil, é marcada pela biodiversidade. Por séculos dendezeiros na Bahia têm suprido a demanda por este óleo, tanto para uso alimentar, como também religiosos e cultural. Tais demandas evidenciam também o papel do azeite-de-dendê como um recurso fundante de tradições culturais afro-brasileiras. Pesquisas de campo diversas, estudos etnográficos, pesquisas em arquivos, análise georeferenciada, estudos quantitativos, registros históricos e antropológicos dos primeiros exploradores, documentos raros e diversas outras fontes secundárias foram insumos para esta pesquisa, a qual resulta em um estudo abrangente das paisagens culturais e economias do azeite-de-dendê no estado da Bahia.
A análise de sete séculos de mudanças sociais e ecológicas, auxilia este estudo no estabelecimento de conexões entre histórias coloniais, ambientais e a diaspóricas com políticas contemporâneas de desenvolvimento agrícola, produção de biocombustíveis e governança ambiental. O intuito de tal esforço é ampliar e diversificar o conhecimento sobre a história e economia do dendê na Bahia e detalhar sua ligação empírica com iniciativas de promoção do desenvolvimento em sentido mais amplo.
Nativo da África Ocidental, o dendezeiro tem apoiado o desenvolvimento cultural e econômico do continente africano por milênios. Durante a expansão colonial ultramarina, o dendezeiro e seus produtos derivados atravessaram o Atlântico, no intercâmbio colombiano de seres, biota e idéias. A difusão subsequente da palma pela Bahia acabou por promover a combinação de tradições africanas de produção e consumo do azeite-de-dendê, com conhecimentos europeus e indígenas, que serviram para ajudar a fundar e sustentar culturas e economias afro-brasileiras em diáspora. Este estudo examina o desenvolvimento inicial e contínuo de paisagens de dendezeiros da Bahia, conectando circulações transatlânticas culturais, ecológicas e econômicas para reconstruir analiticamente o processo de desenvolvimento de uma paisagem afro-brasileira. Com base em suas análises históricas, o estudo culmina com uma etnografia da economia contemporânea do dendê na Bahia. Integrando teorias de resistência, complexidade e desenvolvimento, este estudo mapeia os fatores fundantes e fluxos de poder que orientam a economia de dendê na Bahia para assim examinar criticamente a produção do azeite-de-dendê como uma iniciativa moderna de desenvolvimento.
Esta tese justapõe a paisagem afro-brasileira da Bahia com as limitações epistemológicas típicas de processos modernos de desenvolvimento. Assim sendo, conhecimentos diaspóricos, como os que se materializaram na economia do dendê na Bahia, representam potenciais oportunidades de desenvolvimento de base local, geralmente inexploradas, que poderiam transformar a produção global de óleo de palma e ao mesmo tempo disseminar formas mais justas e efetivas de desenvolvimento socioecológico.