Esse filme é dedicado para aqueles que se indignam apenas por umas saladas pisoteadas.
Apenas garotas vivendo suas vidas do modo mais anárquico possível. Como uma mulher o filme me acolheu com tanto gracejo ao representar essa depravação feminina, é uma externalização tátil, com forma e cor da delinquência imagética que tange nosso universo. É divertido, é bobo, é lindo!
No quesito estético trata-se de um filme muito bonito. Se aproxima muito de uma vídeo arte que brinca com diferentes linguagens da produção artística, como colagem e fotografia. A animação é propositalmente simples e contrasta com o tema, uma pena que, para mim, o desenvolvimento da narrativa não teve grande impacto comparado com minhas expectativas.
O filme tenta ser um material com profundidade filosófica, mas é estruturado de forma boba. E tudo bem ser raso, se esse é seu intuito.…
"(...) Quanto mais eu penso em me entregar a você novamente, tanto mais terror eu tenho do que seria de mim se teu amor ainda ardente se apagasse..."
Um casal surtado passando pela aceitação do fim. Um amor que outrora existirá mas agora já não se fundamenta. A frustração de não fundamentar-se justificada pela binaridade do certo e do errado, do bem e do mal, perante ao outro. A binaridade como uma fuga rasa ao fim fluído e não linear…
-All that time you were planning in running again?
-I've never planned anything in my life.
deixando todos os pensamentos intrusivos vencerem
