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Primeiro: que AFLIÇÃO. É nojento, é chocante, é aflitivo e é isso aí, da-lhe body horror.
Dito isso, eu fiquei tão incomodada com a forma que o conflito entre o corpo "velho" e o corpo novo foram retratados, que foi uma surpresa muito grande descobrir que quem dirigiu esse filme é na verdade uma mulher, não um homem fetichista. Gostei bastante de algumas cenas, senti umas provocações muito boas, mas no fim das contas só conseguia olhar pra tela e pensar: que merda.
Em resumo, minha cabeça fritou tanto quanto (spoiler alert) a Elizabeth no fim do filme.
Passei todo o filme me perguntando como um homem tão simples, com uma vida tão simples, podia ser tão interessante. Eventualmente descobri que o sentido desse filme está em sentir. O ritmo lento, o tempo passando, a música tocando, o vento soprando, o sol despontando no horizonte, o choro preso na garganta.
Para gostar desse filme é preciso sentir e sentindo a gente entende como um homem de meia-idade, preso aos seus hábitos análogicos, em plena Tokio de 2023, pode ser tão interessante.