O estilo do desejo é a eternidade.
Jorge Luis Borges, História da eternidade.
O estilo do desejo é a eternidade.
Jorge Luis Borges, História da eternidade.
Não a praça larga do claro, nem o cavouco do sono: só um remanso, pouso de pata, com as pestanas meando os olhos, o mundo de fora feito um sossego, coado na quase-sombra e, de dentro, funda certeza viva, subida de raiz; com as orelhas - espelhos da alma - tremulando, tais ponteiros de quadrante, aos episódios para a estrada, pela ponte nebulosa por onde os burrinhos sabem ir, qual a qual, sem conversa, sem perguntas, cada um no seu lugar, devagar, por todos os séculos e seculórios, mansamente amém.
João Guimarães Rosa, O Burrinho Pedrês.
"Hm, Barbie: vida de sereia".
Alcoólicos anônimos e Ministério do Trabalho, O Filme.
Esse filme é tal qual a vida boêmia em Curitiba, em especial na região da Trajano Reis, quando chove: danças rápidas, danças lentas de fim de noite, flertes entre heterossexuais, gente acordando e não sabendo mais onde está, água suja, copo sujo, chão sujo (aqueles que faz plec plec quando anda), mijo na caneca, auto-felação, gente que tem craca, diálogos que se resumem a "o que? o…
Tudo isso porque o Joe não entendeu que as crianças estavam arrasando no free jazz.
Humildemente, fez-me pensar em A Love Supreme e My Favorite Things.
"He put all his soul
Into a tenor saxophone.
He had his way of talking,
Twas a language of his own.
[...] Now listen and listen, and dig it.
Can't you dig it?
Lester Young is playing what he's feeling."
Letra para a versão do Rahsaan Roland Kirk sobre a composição de Charles Mingus, "Goodbye Pork Pie Hat", uma homenagem ao Lester Young.
Triste um filme tratar de jazz e ser tão belamente quadrado.