na contramão da maioria do cinema moderno, ao invés do protagonista ser o movimento excessivo da câmera, o filme devolve o "protagonismo" para o ator, para o movimento teatral dos sujeitos do filme. uma brincadeira com a metalinguagem, do plano, do desconforto, do silencio, uma forma que cede ao filme um outro ritmo, em que esse "retorno" ao corpo do ator permite que todos os movimentos sejam livres e lentos, sobretudo e especialmente, lentos - que nossa historia, que a gente, que o nosso tempo, caiba dentro desse plano.
e se o mundo acabar agora? me deixe, não preso, mas livre dentro desse único plano.