um filme que podia ser.
Está acaba sendo a impressão de Anora: uma narrativa que quanto mais se desenvolve mais se perde em si mesma.
Não parece haver interesse do diretor em nos aprofundar um pouco que seja em nenhum personagem. Como tudo gira em torno da superficialidade, muitas oportunidades de beleza se perdem: não se explora a solidão de Ani (a não ser por gestos e feições que a atriz tem o talento de dar vida), por exemplo. Acontece,…
Um filme de beleza. Tanto em sua construção, execução e condução, o belo se revela nos detalhes: na ausência que sufoca, no silêncio e na luz (ou na falta dela).
Fernanda Torres e Selton Mello provam o que não é mais necessário e é notório a todos e todas: suas capacidades de dar vida à personagens é singular.
Singelo é reparar que a ausência pode ser um personagem que insiste e, paradoxalmente, é tão presente e insistente.
A narrativa por…
Humanizar as pessoas já é uma tarefa árdua. Humanizar nossos familiares é, talvez, uma jornada de vidas.
Há muita maturidade na forma como o filme explora a delicadeza das pessoas que nos rodeiam e nos moldarem serem, no fundo, pessoas. Presas às suas histórias, traumas, ideias e ideais, preconceitos e limites.
A atuação das três personagens é inversamente proporcional ao roteiro. O brilho e vida que as atrizes trazem para aquelas personas luta contra um roteiro que limita, para e…
