Inegavelmente bom.
Gosto da forma que o roteiro brinca com a metalinguagem pra nos inserir na trama. Por muitas vezes me senti como o Daniel, sem enxergar o que tava acontecendo. É o dom de bons cineastas. O roteiro entrega um texto com diálogos absurdos e em algumas cenas, uma estratégia cinematográfica muito utilizada em filmes de terror nos dá a impressão de que algo está pra acontecer, criando um clima de tensão que se resulta em nada. (?) kkkk…

O que acontece conosco quando pensamos na morte? A morte. Esse é o primeiro artifício que o roteiro nos entrega para dizer que a concepção ilusória de vida perfeita da Barbie não é uma realidade. 
De antemão, afirmo: o filme é muito bom! Digo isso não apenas por corresponder à uma agenda política do meu interesse, mas principalmente, pela qualidade com que é feito. Com esse casal comandando o roteiro, era de se esperar que Barbie fosse algo “fora da curva”. Mas…

Todo ano temos uma mega atuação sendo esnobada pela academia por se tratar de filme de terror. Foi assim com a Lupita em “Us” e, infelizmente, esse ano foi com a Mia Goth. Além de trabalhar junto na construção do roteiro com o diretor, Mia ainda ousou com seus improvisos, o que levou a marcante cena dos créditos que certamente virou um symbol, assim como Jack Nicholson em “O iluminado”. Acredito que ela tenha levado algo de único para esse…

Sou suspeita pra falar porque acho que tudo que o Spike toca vira ouro, e essa obra não foge da regra. Não sou muito fã de filmes antigos mas, esse em especial, além de lindo é muito à frente de seu tempo. Poupando os elogios técnicos que eu poderia fazer sem cansar, essa trama me conquistou por trazer questões políticas com leveza e, tanto o filme (1986), quanto a série (2017) jamais pareceram  descoladas da realidade histórica em que foram…