É um filme forte, intrinsecamente violento. Embora não haja violência física explícita, conseguimos sentir o sangue derramado, a brutalidade da perda, o silenciamento corrosivo e, sobretudo, a revoltante impunidade. Fernanda Torres atinge o ápice da excelência em sua atuação; é, sem dúvida, a performance mais visceral de sua carreira. A presença de Montenegro é inexplicável. Sua breve aparição tem um impacto incomensurável, um ataque silencioso, como o de uma arraia, serenamente dilacerante. A expressão de ausência, algo que parece impossível…