Carlos Henrique Bianchi Florindo

Carlos Henrique Bianchi Florindo

Favorite films

  • All About Eve
  • Autumn Sonata
  • In the Mood for Love
  • Tampopo

Recent activity

All
  • Sunset Boulevard

    ★★★★★

  • The Passion of Joan of Arc

    ★★★★½

  • The Deceased

    ★★★★½

  • Repulsion

    ★★★★

Recent reviews

More
  • Sunset Boulevard

    Sunset Boulevard

    ★★★★★

    Norma é a estrela solitária de um céu apagado. O microfone, símbolo da Era de Ouro de Hollywood, aparta das telas os pináculos do cinema mudo e, em determinada cena, passa por cima da relíquia Desmond. É significativa a forma amarga com que o filme mostra a autofagia da indústria cinematográfica, que cresce com a construção e a decadência de seus ídolos. O plano final de Wilder, com um close-up em Gloria Swanson, ressalta o brilho esquecido da Era Silenciosa.

  • The Passion of Joan of Arc

    The Passion of Joan of Arc

    ★★★★½

    O filme faz um jogo de contraposição: Joana é coerência; a igreja, hipocrisia. A mulher, apesar de sua simplicidade, tem um entendimento profundo sobre fé. O clero, por outro lado, é incapaz de reconhecer o valor da santa, pois está moralmente distante do que ela simboliza. A contradição eclesiástica é ressaltada pela ausência de compaixão. Maria Falconetti quase sempre aparece sozinha em tela, representando uma postura solitária diante da verdade. Dreyer cria um silêncio que grita.

Popular reviews

More
  • The Life of Oharu

    The Life of Oharu

    ★★★★½

    Oharu personifica o sofrimento de gênero em um contexto extremamente opressor. O arco da protagonista se fecha sem redenção, com um progressivo caminhar em direção à margem de seu mundo. A ela, não foi permitido amar, ter conforto, ser confiável ou cultivar esperança. A dor de Oharu só é vista pelo espectador, pois seus gritos são abafados por quem a cerca. Mizoguchi tenta mostrar o que uma sociedade feita por homens faz às mulheres. É desalentador.

  • Belle de Jour

    Belle de Jour

    ★★★★

    O inconsciente revela, sem qualquer tipo de censura, o desejo. A personagem, no começo, reprime-se a todo instante, mas os sonhos escancaram sua vontade. Encontra-se quando se entrega ao que quer. O filme faz uso de uma metáfora psicanalítica: nos sonhos, o id; no início, o superego castrador; com o desenrolar da trama, o ego tentando se equilibrar. Uma bela obra sobre as contradições individuais, morais e culturais do desejo.

Following

1