É um legítimo melodrama travestido de filme de zumbi, porém assume sua frontalidade e não apela pra cinismos e auto indulgências. Se permite ser, acima de tudo, um filme de terror, um filme de cadáver devorando gente, a ação, medo e violência possuem dentro da narrativa da obra a mesma importância que a trama melodramática.
O filme se estrutura de forma bem caricata e exagerada, o maniqueísmo dos personagens — ninguém além do protagonista possui de fato alguma nuance moral,…
Microcosmo delicioso, a alternância entre os núcleos que vão aos poucos se conversando e convergindo em direção do clímax da narrativa é espetacular.
A bruma não vai encurralando apenas os personagens, como também o espectador, você fica enclausurado, preso, acuado dentro da atmosfera sufocante, da tensão angustiante, Carpenter entende o cinema como imagem e som como poucos, a trilha sonora é catalizadora de toda essa claustrofobia e desespero.
Me lembra, de certa maneira, Os Pássaros (1963), não atoa, Carpenter é…
A forma como o Kurosawa filma, com planos mais abertos que se movem de forma sutil potencializam completamente a tensão e estranheza de toda a frieza das situações apresentadas no filme.
Premissa simples mas a forma que o Kiyoshi trata sem se importar em explicar o mistério deixa tudo mais especial.
O ambiente urbano e metálico penetra violentamente dentro da mente de quem o vive, o desumaniza.
por mais que eu prefira o final original e otimista que se passa na mente do Shinji nos episódios 25 e 26, é inegável que o final do filme que se passa no mundo real é tão impactante e bem feito quanto o da série
no final das contas ambos resultam na mesma coisa: o Terceiro Impacto aconteceu, e quem possuir força de vontade e amor próprio o suficiente pode sair da "sopa de almas" que foi criada, mas por enquanto, cabe a Asuka e Shinji recriarem a humanidade, como Adão e Eva
