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O exagero do “on-line” e o desregulamento do páthos: Her, um filme que a máquina condiciona o sentir humano.
Como muito se pensa, a tecnologia não surge no início da modernidade com o homem manipulando as máquinas. Apesar de parecer evidente que a modernidade deu um salto no modo de produção da tecnologia, sua relação é ainda pouco indiscreta quando se fala em imaginar esta distante de uma relação metamorfa entre homem e máquina.
Desde o princípio da existência humana,…
Em aspectos gerais, eu gostei do roteiro. A premissa principal de um jovem bolsista se confrontando com as normas e convenções sociais da burguesia inglesas me levou a refletir uma questão central da narrativa do filme, o poder. A medida que o jovem bolsista vai escalando a sua proximidade com o convívio burguês, o seu personalismo individualista vai aflorando cada vez mais seu próprio ego. Mas, para mim, a maior surpresa foi descobrir que Oliver provocou todas as situações para…
Eu sou suspeito para falar do Kleber Mendonça Filho, pois acho todos os filmes dele impecáveis. Em seu cinema, nada é tão óbvio quanto possa parecer ser.
Dos filmes deste diretor que assistir até então, percebo que as narrativas forçam o espectador a expurgar o senso-comum do pensamento sobre a obra. Isso me faz pensar que há alguma qualidade conceitual nos filmes de Kleber. Em “O som ao redor” (2012) não é eximida essa qualidade presente em outras produções que assisti em uma ordem indiferente a cronológica. Neste último caso, falo de “Aquarius” (2016), “Bacurau” (2019) e “Retratos fantasmas” (2023).