poucos filmes conseguem misturar ficção científica complexa com emoção pura sem parecer uma bagunça, mas interestelar faz isso de um jeito que te deixa completamente envolvido. mesmo que envolva conceitos um pouco complicados e abstratos (buracos negros, dilatação temporal, física quântica), o filme consegue moldar bem uma história sobre amor, perda e sacrifício. e no meio disso tudo, conseguem acabar com qualquer estabilidade emocional que você tinha com aquela trilha sonora FODÁSTICA!

a viagem pelo espaço é incrível, visualmente encantadora…

passei metade do filme olhando para o lado, por conta da minha fobia de agulha (ESSE FILME É PÉSSIMO NESSE SENTIDO PUTAMERDA). mas tirando esse detalhe, a substância me prendeu do início ao fim, com um horror corporal nojento e uma crítica ácida à obsessão feminina pela juventude.

o filme joga na nossa cara como o valor de uma mulher está sempre atrelado à aparência (ser jovem, ser desejável, ser perfeita). e quando isso começa a escapar, o desespero bate…