Esse filme perfurou meu coração. É um filme tão lindo...e triste.
Passa por vários temas, mas aborda o desenvolvimento feminino com uma sutileza encantadora.
Kaguya é uma criança, uma garota que amadurece mais rápido que as outras crianças da sua montanha, os meninos.
Me chamou atenção como o pai, preocupado com tantas outras coisas, não consegue se sintonizar com o desenvolvimento da própria filha.
Não à toa, o pouco de alívio que Kaguya tem é junto com sua mãe. Isso…
As núpcias de morte também acontecem aqui, Marilene precisa matar uma parte de si mesma –tão completa quanto– para que, enfim, possa se casar.
A reviravolta é interessante: na tentativa de matar uma parte de si –buscando lidar com a tensão apenas reprimindo–, a consequência é justamente o oposto. Essa parte ressurge de maneira ainda mais intensa, assim como acontece com sentimentos e desejos.
(A fotografia desse filme é coisa linda)
This review may contain spoilers. I can handle the truth.
A religião tem o poder de ocupar diversos espaços porque consegue ser a brasa que acalenta, mesmo em uma realidade de miséria, como a da família da mãe.
Todavia, dependendo de como é manipulada, a brasa pode se tornar chama, e a chama um incêndio – capaz de devastar tudo o que toca –.
Ademais, esse incêndio que a religião tem o poder de causar está representado ao longo de todo o filme; e culmina justamente naquilo que ela mais critica: o pecado.
This review may contain spoilers. I can handle the truth.
É interessante como Nosferatu representa o Eros de Ellen, intensificando-se com a ausência do marido, mas sendo algo além disso...Eros é inerente ao ser, à própria Ellen; portanto, eles precisam existir e morrer juntos.
O sacrifício, o retorno de Nosferatu –e suas consequências– próximos ao momento em que Ellen se casa podem representar as angústias de precisar passar pelas núpcias de morte.
