A Hebe faz falta. Suas opiniões e a alegria com que apresentava todas as segundas-feiras seu programa até hoje permanecem lacônicas.
Se a tv como a conhecemos definha e busca resistir se renovando, na época o Programa da Hebe era o refúgio de um público diverso e de (para usar uma palavra da moda) ideologias diferentes.
Andréa Beltrão dá show, consegue emular os trejeitos da apresentadora, seus cacoetes e mesmo sem ser paulista emprega com muito charme o sotaque caipira e com R puxado da “Estrela do Brasil”.
O roteiro acerta em optar por um trecho da vida da Hebe, não poupa seu marido ciumento e violento e escancara seu gosto pelo álcool e suas questionáveis escolhas políticas.
É uma Hebe sem filtros e direta, como ela mesma costumava se definir.