@depoisdetresanosnoexilio
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This review may contain spoilers. I can handle the truth.
No final do ano passado, por ocasião de uma reposição natalícia do canal Hollywood, tive a oportunidade de ver, pela primeira vez de forma completa, a trilogia do Homem-Aranha do Sam Raimi. Desde então, não consigo parar de pensar nesses três filmes.
Uma das coisas que mais me impressionou na realização do Raimi, foi o tempo dilatado que concedeu à câmara na hora de repousar sobre o choro feio do Peter Parker, cuja cara se contorce muito trágico-comicamente, nas ocasiões…
Especulação sobre uma fotografia de Joel Meyerowitz, em exibição no Tate Modern
Dezembro de 1964, Nova Iorque. O mundo a preto e branco.
O enquadramento é feito em torno da entrada de um grande cinema. A rua agitada anuncia o frenesim de um sábado à noite nova-iorquino: a cidade pode não dormir, mas não deixa de ter horas de ponta. À esquerda das portadas de vidro, um aglomerado de homens e mulheres encasacados personaliza o clímax do fim-de-semana (caos contente),…
Falar deste filme sem elogiar a sua fotografia seria um erro, e, de um ponto de vista formal, compreende-se a previsão da nomeação para os grandes prémios do diretor de fotografia Łukasz Żal — responsável pela singular beleza cinematográfica de produções como I’m Thinking of Ending Things (2020), Cold War (2017), Ida (2013) e, no campo da animação, Loving Vincent (2018). A geometria dos planos transporta o espectador para um lugar marcado pela retidão do quotidiano, caracterizada pelo funcionamento ordenado…
Belo filme. Ainda que, durante grande parte, pareça uma releitura da primeira história, às vezes é para isso que as sequelas servem: os mesmos mecanismos narrativos, algumas novas personagens, um público (ligeiramente) diferente e um clímax de rebentar pelas costuras. Não foi preciso recorrer aos ansiolíticos, mas estivemos lá perto.
Mesmo que a Maya Hawke não se tenha esforçado nem um minuto (o ponto baixo do filme) e que a Ayo Edebiri tenha sido demasiado bem publicitada, a Amy Poehler,…