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Gostei demais desse filme camp. Tudo é estilo nele. Ichikawa é exagerado e artificioso e leva a serio o aberrante das cores, o jazz moderno que irrompe da trilha sonora, e uma sensibilidade meio esquizofrênica, da farsa ao melodrama, da tragicomédia aos embates de espadas. Ichikawa nos joga distantes pra logo depois nos trazer mais pra perto. Ele ainda alimenta uma exploração incomum com o quadro, recortando-os, esvaziando-os de detalhes (neste sentido, aliás, uma clara oposição a outros mestres japoneses,…
Como pode um filme tão triste não implicar uma visão de mundo trágica? Esse pra mim talvez seja o grande mistério desse belo filme. Keiko é mais uma das heroínas incorrigíveis de Naruse. Os demais personagens a idealizam. Ela mesma se sente um tanto diferente deles. É bela e forte, porém vulnerável. Ela nos comove, embora não a ponto de esquecermos seus “defeitos”. Nem boa, nem má, Keiko é contraditória. O filme se desenrola de forma inesperada, tanto para a…
Que filme bonito. Sem julgamentos. Sem preconceitos. Sem vítimas. Sem heróis. Sem bandidos. Um filme vivido por migrantes, refugiados, operários, gays e travestis. A narrativa avança sem drama. Os personagens caminham sem cortes. O naturalismo se deita com uma sensação quase mágica. Um filme feito de encontros, desejos, corpos e esperança. Vez ou outra uma bronca se anuncia. O ciúme se avizinha. Tensões familiares ameaçam a leveza do ar. Mas "Corpo elétrico" e seus personagens não têm tempo para essas…
Este filme foi importante pra mim. Vê-lo com vinte e poucos anos foi uma coisa que mexeu comigo. Lembro de sair da sessão no MAM e, debaixo daqueles pilotis, ter a impressão de ainda estar no filme. Não esqueço da sensação de que o cinema era coisa minha, nova, ainda a ser explorada. José Agrippino de Paula, como já havia feito na literatura, joga tudo para o alto, devorando, numa colagem agressiva, uma enorme variedade de estímulos culturais em toda…