"Precisa sim, você vai tomar o meu cafezinho."
É como se nos oferecessem um café quente e docinho, na medida. E ainda com um bolinho de fubá como acompanhamento. Uma delícia sem igual.
Mas depois de já termos tomado algumas xícaras, insistem que tomemos mais, mesmo que o café já esteja frio e já tenhamos excedido nosso limite diário de cafeína. Também não tem mais bolo. Podiam nos oferecer uma água, um danone, um suco, uma cerveja... mas insistem no…
A temática é interessante, resgatar a memória dessa troca humana que se perdeu com o domínio massivo dos aparelhos tecnológicos, analisando a poesia de cartas antigas. Mas... a construção narrativa é absurdamente enfadonha. Filme de 1 hora que parecem 3. Não oferecem nenhum material para manter o espectador em frente à tela, parece que nem sequer tentam estabelecer alguma identificação com a personagem. Há o desenvolvimento de uma atmosfera melancólica que advém de planos mais longos e dessa fala crua…
Muito engraçado. E bizarro. O filme consegue transitar muito bem entre os momentos mais cômicos e mais aterrorizantes. Ele quebra expectativas constantemente, não se redendo a clichés [a todo momento]. O plot é bem identificável, quase desde o início do filme, mas sabê-lo não faz tanta diferença, a progressão atmosférica que o Shyamalan cria alinhada a essa quebra de expectativa, além dos momentos cômicos no dia seguinte, mantém o espectador atento e engajado. A cada dia que passa a coisa…
Estava na expectativa dessa união do Cláudio com esse elenco (em especial Fernanda Montenegro), mas acho que foi um baita desperdício de talentos. Não entendo essa de fazer filme em Pernambuco sobre Pernambuco e trazer atores sudestinos pra forçar pífiamente o sotaque. Parece que em PE só tem o Irandhir de ator. Se o filme fosse com atores locais, ainda que menos experientes, acredito que seria bem melhor.
Achei o roteiro fraco, a trama novelística demais e concentrando em diálogos…
