Na minha concepção um filme é uma obra autônoma... independente se seu roteiro é adaptado ou original... a enorme maioria dos filmes que tem roteiro adaptado para o cinema nós espectadores não lemos o livro antes... fazendo uma analogia com filmes biográficos (pra citar dois exemplos recentes: gal, muito fraco. elvis, muito forte), pra o audiovisual como obra em si não interessa a vida do biografado ou se o espectador é um fã ou não... nesse quesito não há influência…

"Você vai voltar, a vida não é cinema"...

O poder da arte em atribuir uma razão à vida, nos orientar no caminho, dar algum sentido na sua falta de sentido...
Em meio ao marasmo de uma crise, desemprego, crueldade, abusos, decepções, é o cinema um alento para a capacidade de idealizar, de sonhar, de esperançar... Um ingresso para a ficção, um portal de passagem para esquivar-se dos infortúnios da vida.

Metalinguagem usada de forma primorosa, num roteiro e direção inspiradíssimos…

O filme oscila constantemente entre momentos muito bons e outros bem toscos. Diálogos maravilhosos em uma cena e na seguinte vem um muito piegas... as vezes na mesma cena... A narrativa visual da mesma maneira. numa hora é linda, deslumbrante, noutra de gosto bem duvidoso... E isso segue do início ao fim do filme... Parece que faltou o feeling pra perceber aquela linha tênue que separa o sentido abstrato das coisas. aqui o elegante e o cafona... como tambem é…