Completamente encantada...

Como se não bastasse a direção grotesca do documentário, O Segredo em si é dolorosamente individualista, contraditório e frustrante. O pré-requisito para ser feliz? É ser feliz!
É o filme ideal para assistir com seus amigos levemente atordoados de sono na sua biblioteca local, especialmente em uma tarde em que a vida parece ser mansa!

A interposição de diferentes perspectivas é um dos meus artifícios favoritos na construção de uma narrativa. Pessoalmente, ver como a mãe, o professor e o menino acessam os acontecimentos foi tão precioso quanto foi devastador. No mesmo sentido, ver quem encarnava a função de monstro conforme os pontos de vista (um funcionário da escola, um aluno problema, uma família protetora, um filho, si próprio...) trouxe nuances muito interessantes para as interações e o eventual desfecho da história.
Enfim, foi especialmente difícil manter a compostura quando os afetos e temas do filme foram contrastados com a cena final.

Meu primeiro filme em 35mm!!!!!!
Fiquei completamente hipnotizada pelas cores, músicas, roupas, sets e coreografias. Foi uma experiência revitalizante! Sai do cinema querendo cortar uma franja e usar estritamente cores pastéis.
Sinto que gostar de um musical é mais fácil quando ele abraça, sem constrangimento, as qualidades expressivas do gênero. Fiquei com o adjetivo "hiperbólico" na cabeça, mas em um bom sentido, não como algo superficialmente dramático. Obviamente ninguém é obrigado a gostar de musicais, mas sinto muito por todos que não apreciam os filmes porque o gênero é "inverossímil". Eles podem ser bem divertidos!