Gosto da ideia do filme, mas nada do que ele se propõe é realmente aprofundado.
O filme falha, antes de tudo, em construir esse tesão entre os dois. Ora o cara é o dominador que manda na CEO, ora ele não é porra nenhuma além de um mlk, tudo isso na mesma cena. A relação dela com a própria culpa e sexualidade também é mal aproveitada. Pouco da relação de poder é abordao. Em suma, dos vários temas que poderiam…
Poucas vezes, no cinema recente, me emocionei tanto com uma cena, como me emocionei com a cena da música. É muito prazeroso ver um cinema feito com paixão.
Coogler evidentemente faz filmes que militam a favor do movimento negro, mas ele tem o cuidado de não resumi-los a isso. Há, em Pecadores, a tentativa de demonstrar como a arte negra é uma forma de resistência, uma forma de se conectar entre si e com seus ancestrais. Essa mensagem é clara, mas ainda assim sutil, em nenhum momento esquece-se que é um filme de terror, e o diretor entra sem medo nesse gênero.
Sinto que se perde um pouco do meio pro final. Em certo momento as coisas acabam ficando repetitivas a ponto de o desfecho já ser tão óbvio que soaria estranho dizê-lo em voz alta. De certa forma é o que acontece, a resolução dos dois, apesar de concretizada, falta aquele típico discurso de final de rom-com.
Apesar disso, o filme é gostosíssimo e cumpre demais com sua proposta, que por sinal é muito criativa. Toda a ideia e as reflexões são mto interessantes, além de gerarem uma boa conexão com os personagens.
Simplesmente aterrorizante! A primeira cena, em primeira pessoa, cria a ideia de que, quando a câmera se movimenta, o assassino se aproxima. Dessa forma, estamos em constante tensão, afinal Michael Myers está sempre ali, seja na música, seja na câmera, seja na paranoia da protagonista, ele não nos abandona. É lindo como ele mostra o nosso monstro, ao mesmo tempo em que o esconde, Carpenter sabe exatamente como dosar essa exposição, mantendo o ritmo constante e aterrorizante.
O filme do Chico Bento tratar da união da classe trabalhadora realmente não era algo que eu estava esperando. Magnífico como, apesar disso, mantém a leveza de um filme infantil, atribuindo ao espaço um ar de magia que só um filme que se passa na perspectiva de uma criança poderia ter.
Que filme gostoso de se assistir!
Muito divertido acompanhar as desventuras dessa personagem pilantra mentirosa e ver todos os desdobramentos inesperados. Essa personagem que não só leva o nome do filme, mas leva O filme.
O que mais me encantou foi que o filme não caiu no moralismo de "mentir é errado". Não houve uma cena em que Greice percebe que o que está fazendo é errado e a partir daí seguirá sua vida de forma "correta". Todos os personagens,…
Sinto que o filme conseguiu me fazer sentir o que imagino que as pessoas sentiram em 1922. Me vi completamente apavorado pela figura do Nosferatu, ainda que não apavorado por sua imagem, como era no original.
Em sua primeira "aparição" não vemos nada, apenas ouvimos sua voz (uma das coisas mais aterrorizantes que já ouvi) e vamos acompanhando pelos olhos de Hutter, que olha completamente intimidado enquanto obedece a contragosto as ordens do conde. Nesse momento já temos ideia da…
Não tinha ideia do teto que uma comédia romântica poderia chegar até assistir a essa obra prima.
Normalmente esse tipo de filme parte de um ponto A (protagonista sozinho) até um ponto B (casal finalmente juntos), passando por vários percalços que atrasam essa rota. Aqui, a forma como a história se desenrola leva a esse ponto B, obviamente, mas parece se desviar numa teia emaranhada de caminhos e deavios que se assemelham muito mais à vida real.
É incrível como,…
É compreensível pq esse filme definiu vários clichês do gênero. É tudo muito bem executado, por mais que seja extremamente previsível.
Diferentemente do que vemos hoje, ele não tem uma megalomania, nem uma necessidade de um ritmo acelerado que te inunda de estímulos. Aqui, menos é mais. A cena mais famosa é simplesmente angustiante, construída na base do silêncio, da lentidão, vc sente o suor dos personagens, vc quase segura a corda junto, é mto legal!
Gosto mto do fato de ser completamente diferente, mas sinto que essa nova abordagem não conversou comigo.
Pra mim, perdeu a principal coisa do original: o charme. Esse filme completamente escuro e sem cor não faz jus à atmosfera.
Também não gosto de como o "mal" das bruxas está presente desde o começo, o mal invisível e desconhecido me envolvia bem mais
A segunda metade do filme é 100% ação padrão (tiroteio de um homem conta vários), mas, mesmo assim, o filme não se torna um filme de ação. A ação retratada é, inclusive, ruim. Não vemos embates de tirar o fôlego, todos os envolvidos são patéticos, erros bestas e descuidos infantis guiam as sequências. Isso acontece, pq eles não estão ali pela ação, pelo tiroteio, mas sim pq não lhes sobra nada no sistema capitalista.
Todos, na tentativa e na promessa…