Acho que a premissa aqui era muita boa, mas ainda é fraco e sem personalidade.
O primeiro ainda tinha o mérito de ser bem revolucionário pra época, tanto no quesito narrativa quando efeitos práticos. Aqui não tem mais essa desculpa, o gênero gore já foi bastante difundido e CGI até um adolescente no quarto faz.
Uma pena, porque o ato final até que me entreteve, talvez um vislumbre do que poderia ter sido se tivessem explorado mais os cenobitas e menos essa protagonista chata.
I’m serious, i think i wrote that book in a way to find you
The og anxious attachment and fear avoidant
Me conectei mais com essa sequência do que com o original. Existem grandes filmes sobre amores impossíveis, mas quase nenhum sobre seus epílogos. Como as pessoas seguem com sua vida depois de terem sido transformadas para sempre? A reposta é que seguimos, mas nunca a mesma pessoa. Somos inegavelmente feito daqueles que nos fizeram. Mesmo que nossa mente pense…
“Em todo lugar você for vai ter gente preta, Chiron. Você nunca vai estar sozinho”
Nos minutos finais, Kevin questiona Chiron sobre quem ele é verdade, quem se esconde por trás dos adereços e máscaras que o mundo o fez colocar. Para mim, essa representa a essência do filme, o conflito entre identidade e a hostilidade dos que nos cerca envolta. Muitos não sabem do privilégio que tem de serem permitidos de florescer. Chiron nunca teve essa oportunidade.
Isso explica…
Um dos privilégios do jornalismo é ter acesso a pessoas que são invisíveis pra maior parte do mundo. E durante esse semestre, ouvi a história de Cleone, uma líder de um coletivo em São Paulo que ajuda prostitutas a conquistarem a independência financeira, para além do trabalho sexual.
Cleone costumava dizer que, “A prostituta tem direito de sonhar”. Não há classe mais estigmatizada que puta. Existem dois caminhos, ou serem taxadas como sub humanos ou vítimas. Mas ninguém reconhece suas nuances,…
