Quando acabámos de ver o Blow-Up, estávamos de tal modo famintas e aborrecidas com o slow-pace do filme que não pensei que fosse refletir assim tanto sobre ele depois. Em particular, a discussão que tive com a Laura no dia seguinte ajudou a sedimentar algumas ideias que antes só existiam em estado embrionário.
O tema que, na minha opinião, é central no filme, a tensão entre real imaginário, não é exatamente novo (talvez o fosse na altura em que estreou,…
Mais uma sessão no Modernissimo <3
Gosto da forma como o Brian De Palma segue as personagens com a câmara, como usa os planos oblíquos e gira à volta do casal que dança, cada vez mais rápido. Não sei, acho que o seu cunho pessoal é bastante evidente e mi piace. Sobretudo, a cena em que a Carrie e o Tommy sobem ao palco, em que sabemos aquilo que vai acontecer, mas esperamos enquanto a câmara revela todos os intervenientes,…
Mais um grande filme do ciclo de Mestres Japoneses Desconhecidos.
Há três coisas que gostei muito n'"A Tragédia do Bushido". Em primeiro lugar, o enredo, no mínimo, bizarro, porque quem é que não ADORA uma situação ligeiramente incestuosa? Pessoalmente, I'm here for the drama.
Depois, a realização, porque este Eitaro Morikawa não tem pudor nenhum em fazer cortes bruscos, movimentos de câmara mega acelerados (daqueles em que os olhos se cansam), close-ups de olhos, e planos sucessivos da mesma cara…
O encanto deste filme está no quão relatable é, mesmo cem anos depois. Relatable parece-me redutor, na verdade. Mas, é a prova de que um conjunto de valores são imutáveis e que a condição humana permanece inalterada independentemente das próteses que associamos ao nosso corpo.
Sim, é um documentário encenado, o Nanook nem se chamava Nanook e a sua família é uma construção do Flaherty. Não vou mentir, senti-me ligeiramente defraudada, o filme leva o espetador a concluir que tudo…
