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Ser julgado pela aparência? Ser chamado de vilão por desafiar o sistema? Ser odiado só por existir? Já vi essa história. Wicked começa como um musical colorido encantado bla bla e logo fica claro que Elphaba nunca teve chance. Enquanto Glinda loirinha padrão joga o jogo e é recompensada, Elphie paga o preço por ser quem é.
E foda é que o filme finge que a maior história de amor dele não está bem na nossa cara. Se tivessem coragem, Wicked poderia ser o maior romance sáfico já escrito.
Fora isso, filme longo demais.
Um filme sobre perder o controle do próprio corpo e do próprio destino. Anora começa devagar meio comédia romântica adolescente, mas vira um pesadelo burocrático onde o dinheiro dita todas as regras (não-ficção). O que me pegou muito foi perceber como a protagonista é empurrada de um lado para o outro e o pior: como isso parece inevitável. Foi meio assustador sentir o que é estar sempre à mercê de regras que você não escreveu. No fim, Anora é sobre posse e sobre o que acontece quando percebemos que nunca fomos realmente donos de nós mesmos.
This review may contain spoilers. I can handle the truth.
Um filme de terror para solteiros. Criminalizaram a solteirice. Pena: virar um animal. Solteiros submetidos a condições absurdas para achar sua cara metade? É um filme sobre Tinder. Parece exagerado, mas tem gente que aceita coisa pior por medo de morrer sozinho. A alternativa? Fugir para o mato e entrar numa seita de solteiros radicais que proíbem qualquer demonstração de afeto – um inferno diferente, mas igualmente RUIM. No fim, A Lagosta prova que o amor pode ser lindo, pode ser trágico e, pior ainda: pode ser OBRIGATÓRIO