Encontrando uma razão brasileira: Oscarito, samba, cartomantes, Grande Otelo, traição, Grécia Antiga, sacanagem, dança, cinema, amor, no país onde tudo engole.
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Peter Ibbetson 1935
"As coisas verdadeiras são as mais estranhas", e que estranho é este filme que mescla o sentimentalismo hollywoodiano com o surrealismo, um último baile do cinema mudo, do cinema das imagens de Griffith, de Murnau. Cinema resistente ao trovão do mundo, habitante do campo trans-dimensional que passamos anos e anos e anos sonhando no topo do mundo, onde todos os caminhos terminam nela.
"Há coisas que são enxergadas além dos olhos": Quando Mary atravessa as grades, recorrente símbolo da inevitável distância, e quebra as barreiras com o Amor, me faz pensar "Ah! É um desses, onde tudo é possível".
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I'm Still Here 2024
A sorveteria, a dança entre pai e filha, os castelos de areia — neles há aquela boa propaganda que toca, mas não comove; um filme sobre memória que não a constrói a partir do núcleo familiar, afinal, trata de quê? A conexão só ocorre quando o espectador também pertence a esse núcleo, como eu fui em Claudine, How Green Was My Valley, Stars in My Crown ou La Maison des Bois. Há os posters de Godard e Ruy Guerra, as…
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Rudder of Destiny 2023
Aqueles que não enxergam o amor além do objeto amado nunca amaram de verdade
PV: Você pensa que o plano sequência é um plano que é autoconsciente por excelência ao fazer cinematográfico, talvez?
Júlio Bressane: É, ele dobra sobre si. O signo cinematográfico, ele se curva sobre si. É aquilo que se chama a curvatura especular metacena. Ou seja, ele olha a si próprio. A referência do signo cinematográfico é sempre a ele mesmo. Então, a exposição exaustiva, saturante desse…
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