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Como? Por que? De onde?
A gente vai viver pra ver algo ou vai continuar desejando ver algo que acabaria com os desejos?
No dia em que achei ter visto algo da varanda minha mãe riu e não acreditou que eu tava falando sério, na mesma noite tive o sonho mais real da minha vida, com algo aparecendo e acabando com tudo que era convicção que eu tinha, pela primeira vez acordar pareceu me afastar da verdade das coisas.
Olhar…
Convidado pode convidar?
Quão rápido a gente confia e deixa de confiar, 3 meses ficando é o suficiente pra apresentar pra família e levar pra um fim de mundo com os amigos?
Quem nunca tentou marcar aquele role entre amigos em uma chácara ou cachoeira e se preocupou com um bêbado manuseando uma faca as 1h da manhã né.
A noite começa prometendo muito sexo, bebida e dancinha de tiktok e acaba com asinhas de frango queimadas, desacordados no chão…
Sempre que falo comigo me imploro pra não perder o coração do Marcos que tem medo do escuro, as cores aqui dizem que ainda mora no meu peito.
Conheço as cores, a distância, o sono e o que cabe na memória.
Mas não decifro, quando acordado soam estrangeiros como algo tão novo que carece nome, mas, quando sonho, reverberam saudade de algo tão íntimo que dispensa um nome.
O céu continua longe longe, o mar ainda me lembra as viagens…