A banda sonora deste filme devia ser a discografia dos Sorriso Maroto.
No final de cada morte devia começar a dar a Die With a Smile do Bruno Mars e a Lady Gaga.
O anúncio antes do filme devia ser "Sorria, está a ser filmado"
Um filme de muito riso, pouco siso.
No final a entidade aplicou o ditado de "quem ri por último ri melhor".
É sim um filme inacreditavelmente bom.
A profundidade que o olhar da Eunice (com Fernanda Torres a fazer um papel absurdamente complexo e bem feito por sinal) emana é sem dúvida das coisas que mais me marcou neste ano até agora. A ausência sem respostas de uma figura que nos é tão próxima por algo tão injusto deve ser completamente devastador. E isso é algo que é tão bem explorado neste filme.
A cena final com a mãe de Fernanda…
Se há um filme que consegue carectizar e fazer jus à crueza da realidade é este sem dúvida. Literal e figurativamente...
O filme ganha logo pontos de veracidade quando enquadra no elenco atores uruguaios mantendo a essência desta história que já algumas vezes foi relatada de forma hollywoodana.
Design de produção e maquilhagem incríveis e transcendentes, parecendo que estamos lá naquele inferno gélido.
Já não via tantas dunas gigantescas desde que fui a Salir do Porto.
Creio que acabamos de assistir ao grande blockbuster dos nossos tempos.
Denis Villeneuve é um dos maiores diretores/realizadores da nossa época. Muito do mérito do filme vai para ele. Hans Zimmer, tal como sempre, faz algo como já estamos habituados (todo eu tremia por dentro com aquela sountrack)
Se na parte 1 achava que o Timothée tinha ficado aquém das expectativas pois atuou como se um pão…
