BR-PE
a vida já é meio amarga, ora filmes doces para adoço-la, ora espelhos que a incrementam
This review may contain spoilers. I can handle the truth.
Inicio com algo que a Isabela Boscov disse sobre esse filme, e cito "o que cada pessoa vai achar de Baby Girl depende da bagagem dela". E, de fato, ao terminar este filme pensei “ele não é para mim”. Mas não por um moralismo, mas justamente, porque, para mim, o filme tem uma falta.
Um casamento de meia-idade falido sexualmente, ao qual a verdade de um prazer (ou melhor, de um não prazer) se esconde por duas décadas e decai…
Acho que o primeiro efeito de um filme simples é lhe prender, ao ponto de vidrar seus olhos. E esse filme é simples assim.
Uma história de amor e desamor, simples, real e com uma pitada de coragem para 2005. Mais do que falar sobre violência, exige coragem para falar de amor entre duas mulheres. A trama permiti-nos perceber complexidades humanas e, talvez, desmistificar um conto de que o amor se é amor, é para uma vida toda. É simples e por isso consegue ser um tanto quanto complexo.
This review may contain spoilers. I can handle the truth.
Anora, para mim, não é ruim, mas não é necessariamente bom.
A primeira visão (e o porque do filme não ser ruim) é a centralidade do entretenimento da obra e, talvez, a sua crítica. O fracasso do sonho americano, a guerra fria do dualismo (Rússia/Eua); a protagonista, que inicialmente parece conhecedora do próprio universo, destituída (e parece se auto destituir) de inteligência porque quer - e muito - não ser lembrada de onde veio. E, aí entram sutilezas, a faxineira…