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Um filme para mulheres e gays de todas as idades.
Se A Substância existe, graças a deus ela existe, é porque A Morte lhe Cai Bem criou A Substância.
Se tirar os 4 minutos de gordofobia, o filme envelheceu muito bem (kkkkk). Passa por assuntos importantes como rivalidade feminina, envelhecimento, a insaciável cobrança pela beleza, etc etc etc através de personagens baixos, rampeiros, vulgares e adoráveis.
Envelhecer com graça é uma dádiva :)
Anna se coloca numa posição difícil de defender desde o momento que abre a boca no documentário.
Ela começa contextualizando sua vida falando sobre como admirava os deficientes que frequentavam sua casa, como pediu pro pai fazer muletas pra ela, que ficava vendada pra saber como era ser cega e outros exemplos tão absurdos quanto esses. Ela claramente fetichiza e coisifica as pessoas com necessidades especiais.
Ela é uma pessoa com um ego inflado, complexo de messias e possivelmente narcisista…
Nasceu clássico.
Divertido, surpreendentemente não se leva a sério.
Um filme de criatura/homúnculo onde a criatura é o criador ao mesmo tempo em que cria autonomia e se liberta/devora ele.
Várias metáforas humanas representadas, desde as mais clássicas, como a do pai que é devorado pelos filhos para depois se tornar um totem cultuado por eles, até outras mais atuais como uma representação impessoal e fria da 'indústria da beleza', um velho caquético que exige beleza e perfeição das mulheres…
Toma cachaça, carai!
Humano e honesto, não demoniza nada, não parece uma cartilha, é só a vida.
E como eu acabei de ver, ainda estou sob efeito de Mads Mikkelsen dançando. Que homem. Que homem.