experiência comum à minha com cogumelos: um retorno aos medos-primeiros, a inibição do humano-anatural, todo construto volta ao seu lugar de insignificância e apenas o envenenamento é real, apenas o que se vê, o que se cheira, toca, escuta... o sensorial suprime a racionalidade — que afasta — e te reconecta com o mundo, o início.
(ou, realmente o filme mais religioso que já assisti porque a verdade não está depois, nem antes, ela é o ser-agora)
o filme deixa uma sensação de superficialidade. desde o início, a ausência de um recorte temporal estruturado faz com que a trama flutue sem um eixo claro, talvez como resultado do apelo nostálgico — talvez um retrofuturismo que não atinge seu potencial.
a direção, em múltiplas ocasiões, parece subjulgar a inteligência do público por ser excessivamente explícita. em cenas cruciais, essa falta de sutileza compromete a profundidade que o filme poderia ter, transformando momentos que deveriam ser impactantes em previsíveis…
as pobres criaturas são todos ao redor dela (ela é muito diva!!!)
