O filme é interessante. Ele não aborda necessariamente um casal aquileano, mas indivíduos. Apresenta um contexto e recorte social específicos, mas sem necessariamente entregar finais felizes e grandes resoluções — o que é interessante e escasso em filmes brasileiros dessa temática, mas que num geral, é conhecido esse quadro de infortúnios atrelados a comunidade. Ele também levanta vários pontos e não os resolve — o que talvez seja a intenção — porque muitas figuras aparecem, despertam curiosidade para serem aprofundadas, mas não acontece. Muitos personagens e relações interessantes, mas poucos são desenvolvidos.

É um filme bastante delicado, que já é algo que se percebe desde o outro filme do mesmo diretor, mas dessa vez saindo da adolescência e entrando na vida adulta. A forma como é possível se identificar com o João em algum grau é maravilhosa. Em algum dos envolvimentos deles ou nos treze sentimentos, você consegue revisitar algo — o que ele faz muito durante o filme. O jogo com todas as metáforas e significados são ótimos. Porque como dentro do próprio filme falam de clichês e as verdades inseridas neles. Definitivamente tem potencial para se tornar um comfort movie. 
Por fim: justiça pelo Leo!