Uma das obras mais desconfortáveis que já vi na minha vida. Laura Palmer finalmente deixa de ser um fantasma e se torna um personagem. Tão complexo e triste que nos faz repensar sobre tudo o que aprendemos em Twin Peaks.
Lynch tira todo o humor e lúdico construído na série original. Sobra apenas o terror e o desespero.
Talvez tenha mudado minha vida, senão, pelo menos mudou meu dia
Apesar de preferir a versão da Petra que fala sobre temas pessoais, ainda é muito impactante observar a política brasileira pelos seus olhos.
Ao contrário de seu último documentário, a diretora prefere de distanciar dos acontecimentos ao abordar o crescente neopentecostalismo e a influência da igreja evangélica na política nacional.
O texto de Petra permanece magistral e poético, porém ela peca ao tentar abraçar o mundo. Próximo do fim eu já não sabia mais qual era a discussão. Entre governo Bolsonaro, prisão e soltura de Lula, pandemia e a influência evangélica, Petra acabada falando sobre tudo, mas sem se aprofundar em muita coisa.
Não existe adjetivo para descrever esse filme que não seja 'perfeito'. Pouquíssimas são as histórias capazes de definirem um gênero, Tolkien conseguiu fazê-lo com seus livros e décadas depois Peter Jackson o fez com seus filmes. Assim, Senhor dos Anéis é a definição e o parâmetro do que é fantasia.
É um filme impossível de ser feito, mas que mesmo assim, foi feito. Aventura, ação, romance, terror e drama, tudo encapsulado em suas mais de 4 horas de duração (na versão estendida), uma história com cinco finais e que mesmo assim parecem insuficientes perante ao mundo ali construído.
