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Sozinha em casa
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E-book171 páginas2 horas

Sozinha em casa

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Sobre este e-book

Quando Clint Whittfield regressou à sua casa no Texas, depois de dois anos de ausência, não esperava encontrar uma bela loira na sua cozinha. Depois de ter sofrido uma tragédia na sua vida, Clint só queria um pouco de solidão, mas o que encontrou foi Regina Flynn, uma mulher cheia de carácter que estava a tomar conta da sua casa, por mero acaso. Clint não foi capaz de a deixar ir embora. Afinal, Regina era a primeira mulher que tinha conseguido despertar a sua alma de novo.
Mas o encontro dos dois, naquela casa, também apanhou Regina de surpresa. Ela não estava a contar com o regresso de Whittfield e, muito menos, com a atracção que surgiu entre eles. Quanto tempo passou até que descobrissem a paixão que os iria unir?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de out. de 2018
ISBN9788413071848
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    Sozinha em casa - Ashley Summers

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2001 Faye Ashley

    © 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Sozinha em casa, n.º 447 - outubro 2018

    Título original: Beauty in His Bedroom

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

    Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-1307-184-8

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Créditos

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Capítulo Nove

    Capítulo Dez

    Capítulo Onze

    Capítulo Doze

    Se gostou deste livro…

    Capítulo Um

    Regina Flynn entrou no elegante corredor da casa um pouco a medo. Como empregada da Agência Lamar, uma empresa de segurança e de limpezas, tinha todo o direito de entrar naquela casa desabitada. Mas o que pensava era uma coisa, outra era aquilo que sentia ao ouvir o som dos seus sapatos altos a pisarem o chão axadrezado em mármore preto e branco, assim como o seu coração, que batia aceleradamente.

    Regina não deu nem mais um passo. Deteve-se apertando o pequeno vaso com uma planta, que trazia encostado ao peito, como se fosse um talismã. Sentia frio, apesar de estar em pleno Agosto texano. Fechou a porta e encostou-se nela. Deu um profundo suspiro.

    – Fi-lo – disse. – Arrombei uma casa.

    Imediatamente abanou a cabeça e tirou aquela ideia ridícula da cabeça. A subdirectora regional da Lamar não arrombava casas! Ela era exactamente a responsável pela zona norte da cidade de Houston e a magnífica casa em que se encontrava, propriedade de um cliente, um tal Clint Whitfield, fazia parte da sua carteira de clientes.

    – A única coisa que fizeste – corrigiu-se, – foi designar-lhe um guarda residente para a casa. Estás autorizada a fazê-lo. O que acontece é que és tu a guarda.

    Chateada consigo própria por aqueles pensamentos, Regina procurou o interruptor. Na penumbra da noite, as caixas que continham os seus escassos pertences formavam um pequeno monte insignificante perante o luxo daquela casa. Seis caixas de cartão não muito grandes. Não era grande coisa para quem já tinha vinte e nove anos.

    Ao ver a sua cara desolada num espelho na parede, desatou a rir-se.

    – Flynn, és um desastre – disse ao reflexo dos seus olhos verdes. E a sua voz ressoou por toda a casa.

    Pegou nas caixas e avançou por entre os móveis. O ar condicionado funcionava durante os meses quentes, para combater a humidade de Houston, inclusivamente nas casas vazias. Regina corrigiu-se corajosamente: a corrente gelada e silenciosa, em contraste com o calor do Verão, foi o que lhe fez ficar com pele de galinha, e não os espíritos protectores da casa.

    Deteve-se por baixo de um arco elevado, que dava acesso ao maior espaço da casa, amplo e luminoso, onde ficavam situadas a despensa, a cozinha, a sala de refeições e a sala de jantar, separadas da sala de estar e do jardim de Inverno por uma parede de vidro. Ainda sentindo-se um pouco ridícula por trazer uma bagagem tão insignificante para um sítio tão luxuoso, Regina foi até à janela da cozinha e, com muito cuidado, colocou o pequeno vaso azul no centro e, oh, magia, a planta formou uma autêntica tela com aquele conjunto.

    – Estás aí como se estivesses na tua própria casa – disse-lhe enquanto brincava com as suas folhas aveludadas vermelhas. – Tu és mesmo aquilo que fazia falta aqui em casa. – Acendeu outro interruptor e ficou boquiaberta perante tanta beleza que lhe surgiu, assim, revelada naquela meia luz. Clint Whitfield fizera mesmo uma coisa fora do comum. Porque teria deixado a casa assim abandonada durante tanto tempo? Ela não tinha resposta para isso. Não o conhecia, porque trabalhava noutro departamento quando ele se deslocou à agência. Quando foi promovida, ficou com ele como cliente, entre tantos outros, e por isso teve de fazer diversas visitas àquela encantadora casa de colunas brancas, cumprindo com a sua tarefa de supervisionar o trabalho dos jardineiros e do pessoal da limpeza.

    Com o passar do tempo, Regina ficou revoltada pelo crescente abandono da mansão, pois o dono estava sempre ausente do país. No entanto, ela manteve-se crítica face àquilo, apesar de cumprir as suas obrigações.

    Até que um incêndio destruiu a sua casa.

    A casa que era o único lugar que Regina conhecia e onde ela e a irmã sempre viveram, primeiro com a mãe e depois só as duas, ardeu, juntamente com tudo o que possuíam. Havia já três meses que o seu coração se condoía sempre que recordava esse incidente. O seu único consolo era que a menina nada tinha visto, porque estava num colégio interno. Um colégio para crianças que necessitavam de um ensino especial e que consumia uma parte considerável do seu vencimento. Isso evitou, de qualquer forma, um grande desgosto a Katie, embora ela, quando soube da história, tão impressionável que era nos seus quinze anos como se fosse ainda uma menina de seis, tivesse acabado por chorar a perda da casa. Depois, com o passar do tempo, as lágrimas acabaram por secar e a vida seguiu em frente.

    Não era fácil, apesar do seu generoso vencimento na casa Lamar, continuar a pagar o colégio, pois só lhe sobrava o dinheiro suficiente para arrendar um estúdio modesto, se quisesse poupar ainda alguma coisa.

    E ali estava a belíssima casa de Clint Whitfield, completamente equipada, ao abandono enquanto ele se passeava por África.

    Regina suspirou. Antes do incêndio, a indiferença dele perante a casa parecia-lhe irritante. Agora, parecia-lhe quase um pecado. Ser dono de um tal tesouro e não cuidar dele minimamente!

    Seguramente, ele tinha uma explicação razoável para tal comportamento. Por aqueles dias, o cliente enviara para a agência uma ordem de renovação do contrato de prestação de serviços por mais um ano e Regina tomara uma rápida decisão. Dada a prolongada ausência do senhor Whitfield, era evidente que a casa precisava de um guarda residente. E assim, ela ofereceu-se para desempenhar aquela tarefa e os dois viram-se com os seus problemas resolvidos.

    Fez as coisas como mandam as regras. Comunicou-lhe por escrito a medida adoptada pela agência, mas, passadas duas semanas, ainda não tinham recebido quaisquer notícias dele, o que era, aliás, o habitual. A única coisa que ele fazia todos os anos era renovar o respectivo contrato e pagar o serviço correspondente. Quaisquer outras correspondências eram escassas e imprevisíveis.

    «Assim, deixaste de ser escrupulosa e mudaste-te.»

    Ela não queria fazer quaisquer recriminações e passou a ambientar-se à sua nova casa. O que a surpreendia é que a casa, estando totalmente mobilada e decorada, não tinha nenhum quadro nas paredes nem nenhuma fotografia sobre os móveis. O senhor Whitfield era uma pessoa desconhecida para ela, pois não se deixava revelar para além dos dados que constavam da sua ficha de cliente na agência. Para ela, ele devia ser uma pessoa bastante endinheirada, pois mudava de casa com a facilidade com que se muda de camisa.

    Se calhar, fazia o mesmo com as mulheres. Regina encolheu os ombros perante tal pensamento. Sabia que ele não era casado, pois era isso que vinha na sua ficha, e que tinha acaba de renovar o contrato com a agência Lamar por um ano. Regina, para se sentir à vontade, tirou os ganchos e passou a mão pelos cabelos soltos. Quando ele resolvesse regressar à sua casa, ela teria de empacotar todos os seus pertences nas seis caixas de papelão e sairia disparada dali. Entretanto, considerar-se-ia…

    – Em casa – disse, num sussurro, de si para si, num tom que depois ganhou confiança, – estou em casa.

    Eram oito horas de uma bonita tarde de Setembro quando Clint Whitfield regressou a casa. Estava cansado e o corpo pedia-lhe cama, mas não iria ficar mais do que uma noite na cidade, e por isso não valia a pena ir dormir a um hotel. Estacionou o carro que tinha alugado no empedrado do jardim, mas não saiu.

    Era precisamente a hora de um daqueles maravilhosos entardeceres que havia de vez em quando em Houston. A luz era estranha, ténue e dourada, e a relva, perfeitamente tratada, parecia uma alcatifa. A beleza doía-lhe mais do que lhe agradava. Noutra altura, aquele seria o melhor momento do dia. Actualmente, odiava-o. Assim como odiava o mês de Setembro. A sua razão de viver desaparecera para sempre numa escura noite de Setembro.

    Ainda esteve sentado mais um pouco dentro do carro, olhando para a mansão que parecia recortar-se contra o céu texano. A casa que construiu para o amor da sua vida.

    Faziam-lhe falta esses momentos, para reunir forças para seguir em frente. Sentia raiva perante a tensão que se tinha apoderado de todo o seu corpo, tinha vontade de maldizer tudo e todos. Porque é que ainda lhe custava tanto a entrar na sua própria casa, três anos depois de a abandonar? Apetecia-lhe fugir a correr, ainda que fosse só de si próprio… Mas é claro que ninguém consegue fugir da sua memória.

    Na realidade, não podia deixar de olhar sem se recordar. Olhou para a roseira que estava plantada à direita da casa. As rosas de Bárbara. Pareceu-lhe até imoral que as rosas continuassem resplandecentes de beleza, enquanto a mulher que as plantara já estava morta.

    Como Bárbara teria gostado de fazer esse trabalho pessoalmente! Mas ela sabia que tinha que ter um cuidado muito especial com as suas mãos. A esposa de Clint tinha sido uma excelente cirurgiã pediátrica. Foi alguém que

    fazia muita falta ao mundo, pensou ele com amargura, não como ele, que não era mais do que um simples veterinário. Mas ela tinha morrido e ele continuava vivo.

    Lá estava ele sempre a bater na mesma tecla! Cansado, decidiu-se então a sair do carro, tarefa nada fácil para quem era tão alto e corpulento.

    – Que lata velha é este carro! – disse, dando um encontrão na porta. Como tinha saudades do seu monovolume!

    Mas teve que voltar a abrir a porta outra vez, para ir buscar o seu chapéu de vaqueiro que estava no assento do carro. O chapéu de couro que já estava quase sem cor, por ter apanhado o sol das savanas e das selvas, e que foi seu companheiro enquanto dava a volta ao mundo, era uma espécie de talismã para ele. Enfiou-o na cabeça, tapando o cabelo escuro, que nunca estivera tão comprido como agora, e deu-lhe um jeito que o fez parecer mais arrogante, para ver se se animava, porque estava a sentir as pernas a fraquejarem.

    Deu outro encontrão, enquanto se interrogava porque é que tinha voltado. Ali não restava nada que reconhecesse como seu. Para ele, aquela já não era a sua casa. Assim, e cada vez mais nervoso, foi andando até à porta principal da mansão. À medida que dava um passo, maior era a vontade de nunca mais voltar a casa. Iria pô-la à venda, assim como todo o recheio. Livrar-se-ia de tudo. Não voltaria nunca mais a ser feliz, mas talvez conseguisse ter um pouco de paz de espírito.

    O ruído dos seus passos contrastava com o entardecer tão calmo. Também em casa ouviria ecos, pensou enquanto abria a porta. Sem dúvida o interior estaria tão bem tratado como o jardim, mas fazia-lhe impressão o cheiro a humidade que exalava das divisões. Ali estariam todos os móveis tapados. Mas nem por isso a casa estava vazia, não tão vazia como o seu coração, concluiu. Empurrou a porta e deu alguns passos, não muitos, até se deter de novo.

    Por uns instantes, pensou que estava a ver mal, e pareceu-lhe também que o seu coração parava. Havia flores frescas e plantas, e além disso um suave aroma que vinha da cozinha que nada tinha a ver com o suposto cheiro a humidade. Estava alguma coisa ao lume!

    Algo que cheirava a comida italiana. Azeite, tomate, alho… as coisas de que mais gostava. Este salto até ao passado era insuportável. Tudo o fazia recordar como era a sua vida anteriormente, quando regressava a casa todos os dias depois do trabalho.

    De repente, ouviu um ruído de louça na cozinha que o fez regressar ao presente. Não

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