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1939
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E-book273 páginas2 horas

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Sobre este e-book

Esse livro foi escrito baseado em roteiros de Hollywood. Cada detalhe nele é como se você estivesse vendo um filme. Um filme com potencial de Oscar. Quem nunca sonhou em conseguir grandes coisas na vida? De Mostrar para as pessoas que um dia disseram que você não era de nada e hoje você é um vencedor? Vencedor pode ser diferente para cada um de nós, depende de ponto de vista. Essa história emocionante, romântica e com um toque dramático, vai fazer você entrar na história e ser um dos personagens. Leia e se imagina em um filme, atuando ao lado de grandes atores. Sinta a emoção. A história se passa em um paralelo com a segunda guerra mundial em Londres. Contando a vida do recém diretor de KRANKLINHER, Bruno Donter. Não perca tempo, venha ler esse roteiro/livro distribuído nas melhores livrarias online do Brasil!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de ago. de 2016
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    1939 - Gabriel Selegatto

    1939

    Um livro de Gabriel Selegatto.

    1939

    Sinopse.

    Você seria capaz de mudar a sua vida, seu nome, sua história e

    esconder isso de todo mundo para conseguir se tornar alguém

    poderoso?

    Essa é a história de Bruno Donter, dois homens em uma pessoa

    só, o lado bom e o ruim de uma pessoa que precisou se tornar

    alguém poderoso para conseguir mostrar o valor que uma família

    tem.

    Até onde você vai para provar ao mundo o seu valor?

    O que é mais importante, a felicidade ou o que os outros pensam

    de você?

    Uma vida baseada em um trauma.

    Um trauma baseado em uma vida.

    A dor por trás de um homem.

    O Legado.

    Bruno Donter, 1939.

    Esta obra conta com traços verídicos envolvidos com a ficção,

    qualquer semelhança exagerada é mera coincidência, como

    nomes e fatos.

    O objetivo do livro não é menosprezar ou denegrir a imagem de

    ninguém ou qualquer lugar. Tem como objetivo apenas o

    entretenimento e despertar sentimentos nos leitores.

    Os nomes dos personagens e de alguns lugares foram

    inventados.

    Boa leitura e divirta-se!

    1939

    Cap. 1

    Londres, 1939

    Pessoas andam pelas ruas frias e cinzentas de Londres. Entram em

    barbearias, lojas, compram flores. Cumprimentam-se com sorrisos vagos.

    Demonstram uma felicidade inexistente para a maioria indicando assim a

    falsidade sincera de um olá pela manhã. Ao fundo se escuta bombas,

    sirenes, gritos e dor. De onde essas pessoas tiram a força para sorrir

    mesmo que falsamente? – Pensa uma enfermeira de um lugar mais triste

    do que qualquer outro localizado na cidade. Localizado no lugar mais

    sombrio e bonito ao mesmo tempo de Londres. Enquanto as pessoas

    sorriem e se cumprimentam na cidade, a paisagem ao fundo se torna algo

    despercebido pelos Londrinos, e cega para os que a frente de seu portão

    enferrujado passa.

    Mas o que vem a ser esse lugar que transforma toda uma falsa alegria em

    algo mais falso ainda? Esse lugar tem a visão inteira de Londres, nele é

    possível ver as pessoas e a dor delas também, o coração indecente de

    sonhadores inoportunos se entrelaçam a gritos de agonia e solidão.

    Paredes sujas e com musgo verde com bege e falta de tinta não

    conseguem se camuflar a nevoa que pelo chão se arrasta.

    Você não consegue olhar para esse lugar, porque o que você já está

    sentindo é mais fraco do que o tamanho da tristeza que existe já na

    calçada. Seus olhos fazem questão de ficarem cegos quando seu rosto

    insiste em querer saber o que se passa lá dentro.

    Existiu um homem que estava lá. O nome dele era Frederice. Nunca

    soubemos o sobrenome dele, dizem que ele perdeu quando entrou lá e

    quando saiu nunca mais foi à mesma pessoa.

    Seu Frederice passava horas do dia sentado na varanda de sua casa de

    madeira olhando para o lugar em que o transformou em alguém sem

    alma. Seus olhos eram insensíveis, não tinha cor, sua boca era murcha o

    roxo azulado tomava conta do vermelho dos lábios, seu corpo magro de

    quem não se alimentava há dias contava uma história que sem nunca

    ouvirmos a sua voz, sabíamos que o que ele tinha passado não era uma

    coisa boa.

    A rotina dele era a mesma todos os dias, acordava cedo antes mesmo das

    sirenes tocarem, de pijama ia para sua varanda e lá ficava até o começo da

    noite, às vezes levantava e se apoiava na pilastra podre de madeira no

    canto esquerdo. Quando levantava podíamos ver uma grande corcunda

    que tomava suas costas sofridas, e seus cabelos ralos brancos a cobriam.

    Quando chegava a noite Frederice entrava em sua velha casa e lá ficava

    até o dia seguinte quando repetia a mesma coisa.

    Uma vez por semana uma mulher ia a sua casa, ela chegava passava por

    ele em sua varanda e entrava, saia um pouco antes do anoitecer. Levava

    sempre uma sacola grande cheia de mistérios dentro e saia sempre sem

    ela e com o mesmo rosto endurecido de meia idade com que entrou.

    Seu Frederice devia ter uns 80 anos e ninguém nunca conseguiu conversar

    com ele depois de sua saída daquele lugar de aparência horrível. Antes de

    entrar, dizem que ele era um sapateiro imigrante da Áustria e que certo

    dia a sua casa de madeira na esquina do lugar horrível começou a se

    desbotar, a madeira apodrecer e seu negocio de sapatos fechado,

    aparentemente seu Frederice tinha voltado para sua terra natal, porém

    anos se passaram e o viram saindo do tal lugar pelo portão da frente sem

    ninguém em sua volta, apenas rangidos e nevoa. Saiu e então voltou para

    sua casa onde viveu mais cinco anos então nunca mais o vimos e nem a

    mulher que ia lá. Sua casa ainda está lá, mais podre do que nunca, mas

    assim como ele, ela sustenta com uma história.

    Cap. 2 O lugar

    Bruno Donter. Quando passava em frente a esse terrível lugar via esse

    nome em uma pequena placa dourada no canto do portão, talvez essa

    fosse à única coisa brilhante nesse lugar em que tudo se apagava. Em

    baixo do nome estava escrito psiquiatra – 1926. Ele era o Psiquiatra e

    Diretor do terrível lugar, mais autoridade que ele ninguém tinha. Um

    homem rude de boa aparência, quem olhava aquele rapaz não dizia que

    ele era uma má pessoa, barba feita, voz galante e calma, não era muito

    alto e não intimidava logo de cara não, mas quem o conhecia sabia quem

    ele era de verdade.

    Antes de falar dessa pessoa chave, tenho que dizer o que era esse lugar.

    Em 1835, Whitechapel e Bethnal Green eram os bairros de Londres onde

    se concentrava a maior massa de trabalhadores industriais da Inglaterra.

    Em plena Revolução Industrial esses trabalhadores passavam por muitas

    dificuldades, tinham dificuldades em conseguir empregos, sustentar a

    família e onde poder dormir. Eles não tinham nem condições de alugar um

    albergue para passar as noites e a saída que tinham era dormir nas ruas,

    becos ou em algum lugar onde a policia não os incomodava. Os políticos e

    intelectuais da época, é claro, não gostavam dessas famílias ‘’sujando’’ a

    cidade por dormirem nas ruas e como eles não tinham dinheiro nem para

    alugar um albergue à ideia que tiveram para tirar essas pessoas das ruas

    eram a seguinte; ‘’Construir um lugar onde elas possam ficar o tempo que

    quiserem, com direito a tratamento médico, exercícios e boas atividades’’,

    pelo menos era isso o que pensava quem ia para lá.

    Então em 1840 construíram KRANKENHAUS, KLINIK UND HERBERGE

    LONDON (Hospital, clinica e albergue de Londres), mais conhecido como

    KRANKLINHER. Recebeu o nome em Alemão porque o arquiteto do

    projeto era Alemão, chamava-se Ocun Aigner, talvez tenha sido o seu

    único grande projeto, mas era com certeza o seu mais elaborado.

    KRANKLINHER, no começo, tinha 150 mulheres e 200 homens incluindo

    crianças. Tinha dois dormitórios, um para homens outro para as mulheres.

    Assim como os dormitórios, KRANKLINHER tinha pátios separados por

    sexo, banheiros e refeitórios. O dormitório masculino continha cerca de

    150 beliches e nos femininos 100, as crianças dormiam junto com os pais

    ou alguém que simpatizasse com ela. Não tinha como homens e mulheres

    se relacionarem lá dentro, qualquer tipo de contato com o sexo oposto se

    restringia aos funcionários, a maioria mulheres.

    KRANKLINHER tinha cerca de 80 funcionários, como médicos, enfermeiras,

    cozinheiras, faxineiras e seguranças. A segurança do lugar era feita pelo

    próprio exercito inglês, os guardas revezavam os turnos entre manhã,

    tarde e noite. Cada um deles tinha uma função lá dentro, eles tinham a

    autoridade mais alta lá dentro abaixo apenas do Bruno Donter, o diretor e

    psiquiatra.

    Mas KRANKLINHER na verdade não passava nem perto de um Hospital ou

    Clinica de alguma coisa. O objetivo do lugar era tirar os indigentes das ruas apenas. Se a pessoa não quisesse ir, ela seria ameaçada e levada à força.

    Era muito comum à noite ouvir a policia e pessoas gritando ao mesmo

    tempo, choro de crianças e tiros para o vazio. O barulho se ecoava na vaga

    e fria Londres, mesmo dentro do seu quarto você conseguia ouvir cada

    uma daquelas almas pedindo para não ser levada para KRANKLINHER.

    Durante o dia era muito difícil a policia te levar, mas tinha suas exceções.

    KRAKLINHER se tornou muito conhecida e valorizada quando em 1848 e

    1866 a superpopulação de Londres fez com que a cólera se tornasse uma

    epidemia levando muitas pessoas a buscar abrigo.

    Muitas pessoas que estavam lá tinha uma história, uma vida antes de ser

    levada. Pessoas que não eram indoutas e que em algum dia de suas vidas

    elas já estiveram no topo da sociedade.

    A maioria das pessoas que estavam lá não tinha nenhuma doença ou

    problemas psiquiátricos, mas conforme entravam lá, tomavam remédios

    que não precisavam e passavam por tratamentos abusivos e desumanos

    encabeçados justamente por Bruno Donter.

    Cap. 3 Bruno Donter

    Um médico psiquiatra que se passava por um legitimo cavalheiro. Todos

    se encantavam com sua simpatia e educação, seu charme não passava

    despercebido pelas mulheres, sua voz soava como um veludo sobre as

    nuvens e tinha um sotaque britânico extremamente encantador. Não era

    o mais bonito, nem o mais alto, nem o mais forte, mas a sua presença e

    seu olhar intimidava até mesmo o mais bravo dos homens. Um homem de

    se admirar, inteligente e culto, sabia diversos poemas e falava além do

    inglês outro dois idiomas, porém um homem cheio de mistérios e lendas

    que o tornavam uma nuvem negra não só em KRANKLINHER, mas em toda

    Inglaterra.

    Tinha envolvimento com o exército, mas não na politica, não se

    conformava com algumas coisas que aconteciam e então se mantinha

    distantes de alguns assuntos. Porém tinha amizade com muitos políticos e

    homens influentes da época. Ninguém sabia de onde ele tinha vindo ou de

    como chegou aonde chegou, parecia um furacão que se forma longe mais

    faz estragos por onde passa.

    Em KRANKLINHER, Bruno Donter não gostava de ser perturbado, chegava

    cedo e saia tarde, as únicas pessoas que tinha a liberdade de atrapalha-lo

    era sua esposa Palmer Whinter Donter e sua secretária Elisabeth Von Ghut

    que tinha contato direto com seus horários e compromissos.

    Bruno não tinha filhos, era apenas ele e a mulher com seu cachorro Bill,

    um vira lata que ele encontrou ainda filhote em frente à KRANKLINHER

    nos seus primeiros dias como diretor e psiquiatra. Ele estava sucedendo

    Hunter Clint um homem frio e calculista veterano de guerra, que era capaz

    de qualquer coisa para conseguir o que queria. Sabíamos que a vida deste

    homem não foi nada fácil, ele bebia e batia nos filhos e um deles chegou a

    fugir de casa ainda com oito anos de idade e nunca foi visto, o

    desaparecimento do seu filho virou algo tão vazio na sua vida que anos

    seguinte ao desaparecimento ninguém o via mais.

    Ficava em sua sala em KRANKLINHER e saia apenas para suas consultas

    como pediatra. Estima-se que suas ‘’consultas’’ matou cerca 80 crianças e

    deixou outras 50 com algum tipo de trauma, físico ou mental. Era um

    homem desprezível e horroroso, com uma aparência magra e zangada, fez

    muito mal a muita gente e parecia não se importar com nada daquilo.

    Até que anos depois um homem misterioso entrou em sua casa, disse que

    era amigo de Hunter, o segurança deixo-o entrar e depois desse dia a vida

    dele nunca mais foi à mesma. Uns 10 meses depois saiu nos jornais que

    ele tinha se suicidado no porão de KRANKLINHER.

    Era um dia de sol, raro para a época. Como de costume Hunter não foi

    visto durante o dia todo, ninguém sabe o que ele fazia dentro de sua sala,

    já que de lá não saia papéis e também não entreva nenhum. Elisabeth Von

    Ghut já era secretária na época e o comunicou que tinha um paciente as

    09h00min, depois o depoimento dela para a policia foi vetado e o que se

    sabe é que às 11 horas o corpo de Hunt foi encontrado ao lado de uma

    carta que nunca foi mostrada para ninguém e que até hoje é um mistério.

    KRANKLINHER ficou fechada durante dois dias como forma de luto pelo

    diretor, antes de elegerem um novo, a sala passou por uma reforma e foi

    mudada praticamente tudo do lugar, estava mais clara e mais acolhedora,

    parecia que KRANKLINHER estava passando por novos aeres. Um mês

    depois da morte e da reforma da sala do diretor, foi anunciado na praça

    central de Londres o novo diretor de KRANKLINHER, Bruno Donter.

    Todos ficaram espantados ao ver um jovem rapaz ser o novo diretor de

    um lugar que todos sabiam que não o melhor do mundo.

    Cap. 4

    O dia também era de sol, muito acolhedor, levou muitas pessoas à praça

    central para ver o anúncio e ouvir o discurso do homem que teria nas

    mãos a população e o poder para fazer o que bem entender com eles.

    Com o sorriso simpático de sempre e com uma facilidade de conduzir uma

    conversa para seu favor, Donter começou a discursar e a encantar a todos

    na praça e ser bem visto com bons olhos por todos de KRANKLINHER e

    Londres.

    O palco estava montado. Com enfeites brancos e vermelhos contrastado

    com a madeira desbotada do piso e escorregadia por causa da neve.

    Estava muito frio, apesar do sol, congelava os dedos e até pensamento,

    com rajadas de vento fortes, derrubavam constantemente a faixa que

    anunciava o nome do novo diretor.

    Então, o Ministro Ernest Bauer sobe ao palco. Um homem de aparência

    trancada e nada amigável abriu um sorriso e batendo no microfone dando

    microfonia disse:

    -Amigos e amigas presentes. Como todos sabem nosso querido diretor

    Hunter Clint faleceu em um ato trágico, era um homem honesto e de bom

    coração deixará uma marca em cada um nós e fará com que nós

    pensemos mais no nosso próximo com amor e compaixão...

    Dizia isso e fumaça saia de sua boca. Continuou: - Este dia ficará na

    memoria de cada um de nós, que apoiaremos a liderança deste homem

    que tem a capacidade e força para controlar algo tão grandioso como

    KRANKLINHER um marco de Londres e nos corações de cada um de vocês!

    Todos que estavam lá sabia que ele exagerava em tudo o que dizia,

    chegando até a mentir e a omitir muitas coisas de seu governo e de

    pessoas ao seu redor, e além do mais, sabiam que KRANKLINHER não era

    nada daquilo que ele estava falando.

    O discurso

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