Antropologia Geral
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Antropologia Geral - Pedro Fernandes; Antonio G. Sobreira,
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ANTROPOLOGIA GERAL
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ANTONIOGONÇALVES SOBREIRA PEDROFERNANDESDE QUEIROZ
ANTROPOLOGIA GERAL
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CIP - Catalogação na Publicação
Ficha Catalográfica Elaborada Pela Biblioteca - Profa. Maria Carmelita Moura Viana Rodrig ues
Pedro Fernandes de, Queiroz / Antonio Gonçalves, Sobreira. Antropologia Teológica: uma introdução.
Livro físico e E-book / Pedro Fernandes de, Queiroz; Antonio Gonçalves, Sobreira .
—1. ed. —Sobral - CE: LMR Distribuidora, 2016 . 105 p.
ISBN: 9788592587987
I. Antropologia. 2. Homem. 3. Ciência. 4. Cultura. 5. 1. Título. CDD 301
Ficha Catalográfica elaborada automaticamente pela Biblioteca do Centro Universitário INTA - UNINTA,
Com os dados fornecidos pelo (a) autor ( a).
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SUMÁRIO
1 O despontar da Antropologia......................................... 11
Ponto de eclosão da Antropologia ........................................................... 12
A individualização do conhecimento antropológico ............................. 17
O desenho do objeto da Antropologia.................................................... 18
Formado a concepção de Antropologia acadêmica............................... 20
2 ANTROPOLOGIA COMO CIÊNCIA......................... 23
Definições e classificações ......................................................................... 23
O desenvolvimento das ciências do homem .......................................... 24
O Positivismo .............................................................................................. 26
Historicismo................................................................................................. 30
Períodos da Antropologia.......................................................................... 34
Período de formação .................................................................................. 34
Período de convergência............................................................................ 35
Período da Construção............................................................................... 36
Período da crítica......................................................................................... 37
Os fundadores da etnografia ..................................................................... 39
Franz Boas (1858-1942) ............................................................................. 39
Malinowski (1884-1942)............................................................................. 41
Os Primeiros Teóricos da Antropologia: ................................................ 48
Durkheim e Mauss...................................................................................... 48
3 A ANTROPOLOGIA EM USO .................................... 55
As artes do fazer antropológico................................................................ 55
Adquirido bagagem para ir ao campo...................................................... 57
Os procedimentos de quem estiver em campo...................................... 62
4 ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA................................ 73
Breve transcurso histórico da disciplina .................................................. 73
A Antropologia Teológica hoje................................................................. 75
A estrutura básica do ser humano segundo a fé..................................... 76
O sentido metafísico do Homem............................................................. 79
O sentido do homem.................................................................................. 80
6
Interpretação egocêntrica........................................................................... 80
Crítica à interpretação egocêntrica............................................................ 81
Interpretação Filantrópica.......................................................................... 81
Crítica à interpretação filantrópica............................................................ 82
Interpretação Teocêntrica.......................................................................... 83
Temas da Antropologia Teológica ........................................................... 86
A doutrina da imago dei no Antigo Testamento.................................... 86
O pecado original ........................................................................................ 87
Interpretação jurídica.................................................................................. 87
Interpretação histórico-ontológica ........................................................... 89
Teoria existencial do pecado original ....................................................... 89
A natureza do pecado segundo K. Barth ................................................ 91
Participação na vida divina......................................................................... 92
O destino do homem.................................................................................. 93
A vitória sobre a morte............................................................................... 94
O significado da morte............................................................................... 96
A vida eterna: imortalidade da alma ou ressurreição?............................ 97
CONCLUSÃO................................................................ 102
BIBLIOGRAFIA ............................................................ 104
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Biografiadosautor es
Antonio Gonçalves Sobreira é Mestre em Filosofia, Bacharel em Filosofia e Teologia, Especialista em Psicopedagogia e Ciências da Educação. Desde 2000 é docente no Centro Universitário Inta – UNINTA .
Pedro Fernandes de Queiroz. Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UFRN). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Desde 2003 leciona na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Seu interesse é a compreensão de como a Sociologia e Antropologia se efetiva em sala de aula como aporte de conhecimentos para os indivíduos criarem olhares para o campo da realidade social a qual estão inseridos.
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INTRODUÇÃO
Estudar sobre o valor da Antropologia como ciência humana e social implica procurar compreender o outro como um ser diferente e entender o processo de formação da Antropologia, a partir do seu campo de ação, desde as primeiras escolas de pensamento dos antropólogos. Entender os debates dos pensadores parte da hipótese básica de que há uma relação entre os indivíduos e essa interdependência rege as relações entre os seres sociais. Um único indivíduo é capaz de, por meio de seus atos, causar efeitos positivos e negativos.
Portanto, conhecer os princípios dessa ciência, que abra nge além da formação cultural e dá sentido às ações dos seres humanos, também significa perceber que qualquer cultura é coesa em si mesma quando compreendida em sua totalidade, a partir de pressupostos apropriados, investigando as diferenças e utilizando o método de pesquisa dos antropólogos: o trabalho de campo e a observação participante.
O estudo da Antropologia exige que saiamos da perspectiva centrada em nós mesmos e nos desloquemos do centro de nossa sociedade e cultura. Essa atitude nos abre as portas para novos universos, novas perspectivas e opções de aprender com os outros e de nos conhecermos mais profundamente através do olhar do outro.
Ao longo do processo histórico, há registros de múltiplos tipos de relações que ocorreram entre pessoas de culturas distintas. Nem sempre esses encontros foram pacíficos e cordiais, e em diferentes situações houve confusão, extermínio e dor. No entanto, apesar de todas as tragédias na história da humanidade, o encontro entre povos desiguais era um fato constante.
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Para contextualizar, Claude Lévi-Strauss, em sua obra Raça e História
(1975), descreve a história vivida pelos colonizadores e os índios americanos na época. Ele narra como os grupos buscavam resolver a questão existente entre eles, tentando entender quem era o outro. Os colonizadores se perguntavam: Quem são aqueles?
Cada grupo se indagava se os outros eram seres humanos. Nesse momento, ocorreu um conflito de culturas e nasceu a necessidade de entender o modo como cada um vivia no mundo, surgindo assim a percepção da existência da difer ença entre os seres humanos.
Enfim, a Antropologia nos ensina a descentralizar a nós mesmos, assim como a nossa própria sociedade e cultura. Isso é um exercício extraordinário que nos abre as portas para novos universos, novas possibilidades e alternativas de aprender com os outros e de nos conhecermos mais profundamente através do olhar do outro.
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1 O DESPONTAR DA ANTROPOLOGIA
PedroFernandesde Queiroz
A pré-história da antropologia tem origem nos séculos XV e XVI. Nessa época, as informações sobre outros povos distantes eram obtidas por meio de relatos de viajantes. Surgiram, nesse contexto, duas ideologias adversárias. A primeira defendia a ideia de que os povos primitivos eram selvagens, sem história ou costumes culturais desenvolvidos. Segundo essa visão, eles não possuíam os mesmos atributos que os povos civilizados
. A segunda ideia destacava os aspectos desses povos em relação ao que eles conseguiram desenvolver e organizar. Os sistemas políticos e econômicos desses povos eram vistos como melhores e mais harmoniosos com a natureza do que os dos outros povos.
No século XVI, alguns pensadores questionaram se os verdadeiros bárbaros
não seriam eles mesmos, como afirmou François Laplantine (2000), que defendia a ideia de ingenuidade original
no estado de natureza. Podemos perceber o quanto essas duas posições refletem uma visão negativa do Ocidente, uma recusa do que é estranho. Aqueles que reconheciam as virtudes dos povos tradicionais tinham uma visão negativa do Oci dente.
Para concluir, o surgimento da antropologia como ciência está relacionado ao contexto em que se buscam diferentes formas de vida, a fim de compreender o mundo como uma relação que pode ter um início, um fim ou uma transformação. No entanto, esse aprendizado requer a problematização, analisando pressupostos,
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ideias, convenções, escrita e formas de representar a alteridade. O conceito ocidental de alteridade oscilou nos últimos séculos entre duas posições: uma visão do Outro como referência para legit imar práticas de exploração econômica, militar, política, conversão religiosa ou estética emocional.
A antropologia mostrou o lugar e a posição do ser humano ao estabelecer escalas, parâmetros e conceitos que comprovam e determinam o que