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Coordenao do Programa de Imunizao
Superintendncia de Vigilncia em Sade
Subsecretaria de Ateno Primria, Vigilncia e Promoo da sade Secretaria Municipal de Sade e Defesa Civil Guia Prtico de Normas e Procedimentos de Vacinao Srie B. Normas e Manuais Tcnicos SMSDC 2013 SUMRIO 1. Apresentao........................................................................................... 4 2. Conceitos Fundamentais......................................................................... 5 3. Contraindicaes: Falsas e Verdadeiras................................................. 6 4. Vacinao Simultnea e Combinada...................................................... 9 5. Rede de Frio ......................................................................................... 10 6. Situaes de Emergncia..................................................................... 11 7. Eventos Adversos em Imunizao...................................................... 12 8. Evento Inusitado ou Erro Programtico em Imunizao.................. 15 9. Tcnicas de Aplicao........................................................................... 15 10. Vacina BCG.......................................................................................... 17 11. Vacina contra Hepatite B.................................................................... 18 12. Vacina Pentavalente........................................................................... 20 13. Vacina Inativada Poliomielite VIP................................................... 22 14. Vacina oral contra Poliomielite VOP................................................ 24 15. Vacina contra Rotavrus Humano (VORH)........................................ 25 16. Vacina contra Pneumococos 10-Valente........................................... 26 17. Vacina contra Meningococos C Conjugada....................................... 28 18. Vacina Trplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubola)...................... 29 19. Vacina Trplice Bacteriana (DTP/Difteria, Ttano e Coqueluche)... 32 20. Vacina Dupla Bacteriana (dT/Difteria e Ttano)............................... 32 21. Vacina contra Febre Amarela............................................................. 34 22. Vacina contra Infuenza Sazonal........................................................ 34 23. Vacina contra Raiva Humana............................................................. 35 REFERNCIA BIBLIOGRFICA................................................................. 35 ANEXOS .................................................................................................... 37 Anexo I Calendrio de Vacinao Anexo II Prazo mximo para utilizao de vacinas aps abertura/reconstituio Anexo III Polos de 1 Atendimento Proflaxia da Raiva Anexo IV Centros de Referncia de Imunobiolgicos Especiais CRIE Anexo V Rotina da Sala de Vacina Anexo VI Fluxo de investigao e conduta para eventos adversos ps-vacinao Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Sade e Defesa Civil. Superintendncia de Vigilncia em Sade. Coordenao do Programa de Imunizaes. Guia Prtico de Normas e Procedimentos de Vacinao. Superintendncia de Vigilncia em Sade. Coordenao do Programa de Imunizaes Rio de Janeiro: SMSDC, 2013 - Edio revisada (Srie B. Normas e Manuais Tcnicos) 48 p. ISBN 978-85-86074-24-0 1. Imunizao. 2. Vacina Conceito. 3. Vacina Procedimento. I. Ttulo. II. Srie. CDU 616.315 (036) Catalogao na fonte Ncleo de Publicaes e Memria PCRJ 2013 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Eduardo Paes Secretaria Municipal de Sade e Defesa Civil Hans Fernando Rocha Dohmann Chefe de Gabinete Rita Weiler Subsecretaria Geral Anamaria Carvalho Schneider Subsecretaria de Gesto Flvio Carneiro Guedes Alcoforado Subsecretaria de Ateno Primria, Vigilncia e Promoo da Sade Daniel Ricardo Soranz Pinto Subsecretaria de Ateno Hospitalar, Urgncia e Emergncia Joo Luiz Ferreira Costa Subsecretaria de Defesa Civil Mrcio Moura Motta Subsecretaria de Vigilncia, Fiscalizao Sanitria e Controle de Zoonoses Arnaldo Levy Lassance Superintendncia de Vigilncia em Sade Marcio Henrique de Oliveira Garcia Coordenao do Programa de Imunizaes Maria Cristina Lemos Equipe Coordenao do Programa de Imunizaes Adlia Maria dos Santos Camila Rosas Neves Denise Bastos Arduini Elen Lcia Pedroso de S Borges Luciana Nogueira Faria Nadja Grefe Assistente Administrativo Mrcia Paixo de Oliveira Castro Cntia Ferreira Hott Normatizao e Reviso Bibliogrfca Ercilia Mendona Ncleo de Publicaes e Memria Projeto Grfco Assessoria de Comunicao Social SMSDC/RJ 4 5 1. Apresentao O Programa Nacional de Imunizaes (PNI) do Ministrio da Sade foi implantado no pas em 1973 para viabilizar aes de preveno, controle e erradicao de doenas prevenveis por meio da vacina- o. Estas aes planejadas e sistematizadas contribuem de forma signifcativa para a proteo e a promoo da sade, sendo um pro- grama de sucesso no Brasil, com repercusso internacional positiva na reduo da mortalidade infantil e conquistas como a erradicao da varola, da poliomielite, a eliminao da febre amarela urbana e a interrupo da transmisso autctone do vrus do sarampo. A Coordenao do Programa de Imunizaes (CPI) da Superinten- dncia de Vigilncia em Sade da Secretaria Municipal de Sade e Defesa Civil do Rio de Janeiro elaborou este Guia Prtico com o pro- psito de auxiliar os profssionais envolvidos nas atividades do pro- grama. Trata-se de uma fonte de consulta rpida, de fcil manuseio, que contm informaes concisas e objetivas. A ideia que este material contribua com as atividades dirias das salas de vacinas, fazendo com que as aes do Programa Nacional de Imunizaes (PNI) sejam replicadas pelas equipes. Este guia no tem a pretenso de discutir ou aprofundar os temas, o que poder ser feito posteriormente em publicaes j existentes so- bre o assunto. O objetivo maior garantir qualidade e excelncia em imunizao no Municpio do Rio de Janeiro com o mesmo xito do PNI. Esperamos que esta publicao seja bastante til s equipes de sa- de que trabalham com vacinas, proporcionando oportunidades de atualizao que se identifquem com nossa prtica diria. Maria Cristina Lemos Coordenadora do Programa de Imunizaes 2. Conceitos Fundamentais Alguns conceitos so importantes para garantir a compreenso dos pr- ximos captulos. Imunizar: signifca tornar NO suscetvel a uma determinada doena. Pode ocorrer de forma ativa ou passiva. Ativa quando o indivduo estimulado a desenvolver defesa, seja naturalmente, quando pela prpria doena, ou artifcialmente, quan- do produzida por vacina. Passiva quando o indivduo recebe anticorpos prontos, seja de for- ma natural, quando os anticorpos so recebidos da me, ou de forma artifcial, atravs do recebimento de imunoglobulinas ou soros. Vacinas: so produtos farmacolgicos que contm agentes imunizantes capazes de induzir imunizao ativa. Agentes imunizantes (antgenos): so produtos que compem as vaci- nas. Podem ser vrus vivo atenuado, bactria viva atenuada, vrus inativa- do, bactria inativada, toxides ou componentes de estrutura bacteriana ou viral. No caso de agentes vivos atenuados, a resposta mais efciente e, portanto, so necessrias menos doses do produto para garantir a respos- ta. No caso dos inativados, a resposta menos efciente, sendo necessrias mais doses, e h utilizao de adjuvante na composio. Anticorpo: o que o organismo produz aps receber uma vacina/antgeno. Adjuvantes: so substncias utilizadas para aumentar e prolongar o po- der imunognico das vacinas. Ex.: Sais de alumnio. Conservantes: so representados por pequenas quantidades de subs- tncias necessrias para evitar o crescimento de bactrias e fungos, como o timerosal e antibiticos. Nunca estaro em vacinas VIVAS. Estabilizantes: so substncias que auxiliam a proteger as vacinas de condies adversas, como congelamento, calor, alteraes de pH. So uti- lizados tambm para formar volume quando a quantidade de antgenos mnima. Os mais utilizados so acares, protenas derivadas de animais ou de humanos, tampes (fosfato) e sais (NaCl). Imunoglobulinas: so solues concentradas contendo anticorpos, principalmente da classe IgG. Podem ser de uso IM ou EV, dependendo das especifcaes do produtor. 6 7 Soros: so produtos farmacolgicos constitudos de anticorpos hete- rlogos obtidos atravs do plasma de animais previamente imunizados. Vacina Combinada: a que contm vrios antgenos diferentes em uma nica apresentao. Ex.: DTP, Tetra. Vacina Conjugada: a que usa uma protena ligada ao antgeno. Ex.: Hib, Meningo C, Pneumo 10. Vacinao Simultnea: a administrao de duas ou mais vacinas em diferentes locais ou vias. No intensifca eventos adversos locais ou sist- micos e no prejudica a resposta. 3. Contraindicaes: Falsas e Verdadeiras As contraindicaes so entendidas como proibies utilizao de um determinado imunobiolgico e acontecem quando o risco de um evento adverso grave maior do que o benefcio oferecido pelo mesmo. Na prtica clnica, porm, acontecem muitas falsas contraindicaes, quando os usu- rios deixam de ser vacinados (portanto, deixam de estar protegidos) por razes diversas que no so consideradas verdadeiras contraindicaes. Contraindicaes gerais para qualquer vacina: Reao anafltica de hipersensibilidade a algum componente da vacina ou em dose anterior da mesma vacina. Contraindicaes para vacinas de vrus vivo atenuado: Imunodefcincia congnita ou adquirida; Gravidez; Portadores de neoplasia maligna; Em tratamento com corticides em doses imunossupressoras. Adiar a aplicao da vacina em casos de: Presena de febre moderada grave: adiar at a remisso da febre, para evitar associao desta com um evento adverso; Imunodepresso: quando o tratamento com corticosteride for superior a 2 semanas e a dose maior ou igual a 2mg/kg/dia de prednisona para crianas com peso menor que 10kg ou acima de 20mg/dia para crianas com peso acima de 10kg e adultos, recomenda-se aguardar 1 ms aps o trmino da corticoterapia para vacinar; Tratamento com quimioterapia ou radioterapia. Contraindicaes por tipo de vacina: Vacina contra a Poliomielite Inativada: contraindicada para relato de reao anafiltica em dose anterior ou a qualquer componente da vacina. Vacina contra a Poliomielite Oral: contraindicaes gerais para vacina de vrus vivo atenuado. Na rotina, adiar a aplicao em presena de diar- ria grave e/ou vmitos intensos. Vacina contra a Tuberculose (BCG): adiar sua aplicao em caso de imu- nodefcincia congnita ou adquirida, incluindo crianas infectadas pelo HIV com sintomas da doena; em caso de peso inferior a 2.000g e presen- a de dermatoses extensas em atividade no local da aplicao. Vacina contra Hepatite B: contraindicada em relato de reao anaflti- ca na aplicao da dose anterior, ocorrendo nos primeiros 30 minutos at 2 horas ps-vacinao; prpura trombocitopnica ps-vacinal. Vacina contra o Sarampo (isolada ou em combinao): contraindicaes gerais para vacinas de vrus vivo atenuado; antecedente de reao anaflti- ca aps ingesto de ovo de galinha, apresentando insufcincia circulatria (hipotenso arterial, pulsos perifricos fnos e ausentes, extremidades frias, face congesta e alterao do nvel de conscincia), acompanhada ou no de manifestaes cutneas e/ou broncoespasmo e/ou laringoespasmo. Consti- tuem falsas contraindicaes: vacinao contra a poliomielite, exposio re- cente ao sarampo e alergia a ovo que no tenha sido de natureza anafltica. Vacina Pentavalente ou DTP: crianas com relato de convulses ou anor- malidades neurolgicas graves no perodo neonatal ou com doena neuro- lgica em atividade e as que tenham apresentado aps aplicao da dose anterior, algum dos seguintes eventos: convulso nas primeiras 72 horas; encefalopatia nos primeiros 7 dias; episdio hipotnico hiporresponsivo nas primeiras 48 horas; reao anafltica que ocorre nos primeiros 30 mi- nutos at 2 horas ps-vacinao; prpura trombocitopnica ps-vacinal. Vacina contra Febre Amarela: contraindicaes gerais para vacinas de vrus vivo atenuado; antecedente de anaflaxia aps ingesto de ovo de 8 9 galinha; reaes graves seguindo-se aplicao da dose anterior; aplica- o da vacina trplice viral ou varicela nos 15 dias antecedentes. Avaliar mulheres que esto amamentando devido possibilidade de transmisso do vrus vacinal pelo leite materno (NT n 05/2010/CGPNI/DEVEP/SVS/MS). Vacina Trplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubola): contraindicaes ge- rais para vacinas de vrus vivo atenuado; gravidez (orientar as mulheres em ida- de frtil para evitar a gravidez nos 30 dias seguintes vacinao); reaes graves seguindo-se aplicao da dose anterior; aplicao das vacinas febre amarela e varicela nos 15 dias antecedentes; ocorrncia de Meningite/Encefalite. Vacina Oral contra Rotavrus Humano: contraindicaes gerais para va- cinas de vrus vivo atenuado; reao alrgica grave a um dos componentes da vacina ou dose anterior; histria de doena gastrointestinal crnica; mal- formao congnita do trato digestivo e histria prvia de intussuscepo. As falsas contraindicaes so: Doenas benignas comuns, tais como afeces recorrentes infecciosas ou alrgicas das vias respiratrias superiores, com tosse e/ou coriza, diar- reia leve ou moderada, doenas da pele (impetigo, escabiose etc.); Doena neurolgica estvel (sndrome convulsiva controlada) ou pre- gressa com sequela presente; Desnutrio; Tratamento antirrbico, em andamento; Antecedente familiar de convulso ou morte sbita; Alergias (exceto as relacionadas com componentes da vacina); Tratamento sistmico com corticosteride em doses dirias no elevadas durante curto perodo (< 1 semana) ou tratamento prolongado com doses baixas ou moderado em dias alternados ou uso de corticides inalatrios; Prematuridade ou baixo peso ao nascimento (as vacinas devem ser ad- ministradas na idade cronolgica recomendada, no se justifca adiar o incio da vacinao, excetuando o BCG, que deve ser aplicado somente em crianas a partir de 2kg); Internao hospitalar (crianas hospitalizadas podem ser vacinadas an- tes da alta ou aps a admisso); Contato domiciliar com gestante; Aleitamento materno; Reao local a uma dose anterior; Uso de antibiticos Histria e/ou diagnstico clnico pregresso de qualquer doena imuno- prevenvel. 4. Vacinao Simultnea e Combinada A vacinao com vrios agentes imunizantes em uma nica visita unidade de sade indicada e se constitui numa medida econmica e oportuna de aproveitar o contato com o usurio para imunizar contra o maior nmero de doenas. As associaes de vacinas podem ser simultneas ou combinadas. A vacinao simultnea consiste na administrao de duas ou mais vaci- nas em diferentes locais ou vias. Todas as vacinas de uso rotineiro podem ser administradas simultaneamente, sem que isso interfra na resposta imunolgica. Tambm no intensifca os eventos adversos, sejam eles lo- cais ou sistmicas. Se mais de uma vacina precisar ser administrada na coxa, manter uma distncia entre 2,5 cm entre os pontos de aplicao. A vacinao combinada consiste na aplicao conjunta de vrias vacinas dife- rentes. Algumas destas j vm sendo usadas h muitos anos: dT/DT (difteria e ttano, verso adulto e infantil), DTP (difteria, coqueluche e ttano), trplice vi- ral (sarampo, caxumba e rubola), antipoliomielite oral (cepas de plio 1, plio 2 e plio 3), entre outras. Quando for necessrio o uso de duas vacinas de vrus vivos atenuados, pela mesma via de administrao, recomenda-se a vacinao no mesmo dia ou intervalo de, no mnimo, 15 dias e ideal de 30 dias. Intervalo recomendado para administrao de diferentes vacinas: TIPO DE ANTGENO INTERVALO Inativado / Inativado Nenhum vacinao simultnea ou com qualquer intervalo Atenuado / Inativado Nenhum Vacinao simultnea ou com qualquer intervalo Atenuado / Atenuado Vacinao simultnea Mnimo: 15 dias / Ideal: 30 dias 10 11 5. Rede de Frio A Rede ou Cadeia de Frio o processo de armazenamento, conservao, manuseio, distribuio e transporte dos imunobiolgicos, e deve ter as condies adequadas de refrigerao, desde o laboratrio produtor at o momento de sua administrao. Para o licenciamento de um imunobiolgico necessrio muito estudo, que garanta a segurana e demonstre a efccia do produto. Por esta ra- zo, os produtos disponveis atualmente so, de forma geral, bastante se- guros e efcazes. necessrio, portanto, manter os imunobiolgicos constantemente refri- gerados. Para isso, instalaes e equipamentos adequados em todas as instncias (nacional, estadual, regional ou distrital e municipal/local) so fundamentais. Um manuseio inadequado, um equipamento com defeito, ou falta de energia eltrica podem interromper o processo de refrigera- o, comprometendo a potncia e a efccia dos imunobiolgicos. O objetivo fnal da Rede de Frio assegurar que todos os imunobiolgicos administrados mantenham suas caractersticas iniciais, a fm de conferir imunidade, haja vista que so produtos termolbeis, ou seja, se deterio- ram depois de determinado tempo quando expostos a variaes de tem- peraturas inadequadas sua conservao. O calor acelera a inativao dos componentes imunognicos. A temperatura de conservao dos imuno- biolgicos entre +2C e +8C. Os produtos compostos de vrus vivos atenuados so mais sensveis ao calor, com exceo da vacina contra o rotavrus, que mais sensvel ao frio, no podendo ser congelada. As vacinas contra sarampo, rubola, caxum- ba, varicela, febre amarela e a BCG tambm so sensveis luz. O prazo de validade, de acordo com a especifcao do fabricante, precisa ser rigorosamente respeitado. No dia a dia nas salas de vacinas temos que ser cuidadosos com a conser- vao dos imunobiolgicos e adotar algumas condutas, tais como: Instalar refrigerador/cmara de vacinas a, pelo menos, 20cm da parede e longe de fontes produtoras de calor; Tomada nica para ligao do refrigerador/cmara; Usar o refrigerador/cmara exclusivamente para os imunobiolgicos; Manter monitoramento rigoroso da temperatura dos equipamentos, seja atravs de verifcao peridica ou atravs de sistema de alarme manter mapa de controle de temperatura visvel com aferio e registro dirio das temperaturas pela manh e tarde; Conservar bobinas de gelo reutilizvel no evaporador do refrigerador, para manter a temperatura por mais tempo em caso de falta de energia eltrica; Colocar as vacinas com prazo de validade prximo do vencimento na parte da frente nas prateleiras; Deixar um espao livre entre as caixas de imunobiolgicos. 6. Situaes de Emergncia Os equipamentos de refrigerao podem deixar de funcionar por vrios motivos. Para evitar a perda dos imunobiolgicos necessrio adotar al- gumas providncias. Falta de energia eltrica ou falha no equipamento: manter o equipamen- to fechado e monitorar rigorosamente a temperatura interna com ter- mmetro de cabo extensor, no prazo mximo de 2 horas ou se a tempe- ratura estiver prxima a +8C; Se a energia no se restabelecer ou se a falha no for corrigida, transferir os imunobiolgicos para outro equipamento com temperatura adequa- da (refrigerador ou caixa trmica); O servio de sade deve dispor de bobinas de gelo reutilizvel congeladas para uso no acondicionamento dos imunobiolgicos em caixas trmicas; importante identifcar, no quadro de distribuio de energia eltrica da instituio, a chave especifca do circuito da Rede de Frio e/ou sala de vacinas colocando um aviso em destaque: NO DESLIGAR; Estabelecer uma parceria com a empresa local de energia eltrica para ob- ter informaes prvias sobre interrupes programadas no fornecimento; Quando for observada qualquer alterao (ex.: temperatura mxima aci- ma do limite), anotar no mapa, no item observaes e, em seguida, co- municar o fato ao responsvel, para adoo de condutas padronizadas; 12 13 Quando for necessrio, elaborar relatrio de falha de Rede de Frio e en- caminhar Coordenao do Programa de Imunizaes para defnio da conduta a ser adotada usar o impresso padronizado para esse relatrio; Preencher todos os campos e encaminhar com cpia do mapa de contro- le de temperatura no est autorizado o descarte de qualquer produto sem orientao por escrito da Coordenao do Programa de Imunizaes. O registro preciso das temperaturas dos equipamentos fundamental no controle de qualidade dos produtos, assim como o registro da tempera- tura no momento da deteco da falha e o do horrio em que os mesmos so recolocados em temperatura recomendada. Essas informaes so imprescindveis para avaliao dos imunobiolgicos que foram envolvi- dos em uma falha na rede de frio. Ressaltamos que todo profssional que atua em sala de vacinas deve ter conhecimento da Rede de Frio e da conduta frente ocorrncia de uma falha. Lembrar que preciso estar atento no s s temperaturas elevadas, como tambm s temperaturas baixas, pois o congelamento tambm ina- tiva algumas vacinas. 7. Eventos Adversos em Imunizao As vacinas so consideradas seguras para o uso humano, porm, como todo produto farmacutico, no so totalmente isentas de eventos adversos. Entende-se como Eventos Adversos ps-Vacinao (EAPV) qualquer ocorrncia clnica indesejvel em indivduo que tenha re- cebido algum imunobiolgico. Um evento que est temporalmen- te associado ao uso da vacina nem sempre tem relao causal com ela. A maioria dos eventos so locais e sistmicos leves, por isso as aes de vigilncia so voltadas para os eventos moderados e graves. Os eventos podem ser classifcados em: Graves Hospitalizao por, pelo menos, 24 horas; Disfuno ou incapacidade signifcativa e/ou persistente (sequela); Evento que resulte em anomalia congnita; Risco de morte (necessidade de interveno imediata para evitar o bito); bito. Moderados Quando necessita de avaliao mdica e exames complementares e/ou tratamento mdico, no se incluindo na categoria grave. Leves Quando no necessita de exames complementares e tratamento mdico. Os eventos adversos GRAVES so de notifcao IMEDIATA atravs do email eapv.cpi@rio.rj.gov.br ou dos telefones 3971-1762 ou 3971-1755. Para investigar os EA, devem ser considerados os seguintes pontos: Vacina: tipos de cepas, substncias estabilizadoras e/ou conservadoras, manipulao, conservao e administrao; Vacinados: fatores predisponentes e/ou imunologicamente idiossincrticos; Vacinao: seringa, agulha, via e local de administrao, tcnica e cuida- dos de preparo. De um modo geral, os eventos adversos ps-vacinao podem ocorrer utilizando: Vacina viva: apesar de ser um imunobiolgico potente, sem necessidade de muitas doses, tem um potencial de causar eventos adversos mais gra- ves quando utilizada em pessoas imunocomprometidas; Vacina no viva (inativada): como necessita, geralmente, de repetio do nmero de doses, pode provocar eventos ligados hiperimunidade. Para um monitoramento adequado dos eventos adversos e em consequn- cia de exigncias cada vez maiores em relao qualidade e segurana dos imunobiolgicos, em 1992 foi implantado o Sistema de Vigilncia de Eventos Adversos Ps-vacinao do Ministrio da Sade (SVEAPV). Em 1998 foi publicado o Manual de Vigilncia Epidemiolgica de Eventos Adversos Ps-Vacinao (Ministrio da Sade), com reviso em 2008 (disponvel em www.rio.rj.gov.br/web/smsdc acessando Vigilncia em Sade Vacinao). Objetivos gerais do sistema de eventos adversos ps-vacinao (EAPV): Normatizar as condutas frente aos casos suspeitos de eventos adversos ps-vacinao; 14 15 Permitir maior conhecimento sobre a natureza dos EAPV; Identifcar eventos novos e/ou raros; Possibilitar a identifcao dos imunobiolgicos ou lotes com desvios de qua- lidade na produo resultando em produtos ou lotes mais reatognicos; Decidir quanto sua utilizao ou suspenso de alguma vacina ou lote; Identifcar possveis falhas no transporte, armazenamento, manuseio ou administrao (erros programticos) que resultem em eventos adversos ps-vacinao; Estabelecer ou descartar, quando possvel, a relao de causalidade com a vacina; Assessorar os processos de capacitao ligados rea de imunizaes visando ao aspecto dos eventos adversos ps-vacinao, promovendo supervises e atualizaes cientfcas; Assessorar os profssionais da assistncia para avaliao, diagnstico e conduta frente aos EAPV; Prover, regularmente, informao pertinente segurana dos imuno- biolgicos disponveis no programa nacional investigar/identifcar e acompanhar eventos adversos esperados ou inesperados. O Sistema Nacional de Vigilncia de EAPV possui como instrumentos: Ficha de investigao de evento adverso ps-vacinao (disponvel em www.rio.rj.gov.br/web/smsdc acessando Vigilncia em Sade Vacinao); Manual de Vigilncia de EAPV/MS (2008); Sistema Informatizado SI-EAPV de mbito nacional. O fuxo de notifcao percorre do nvel local at o nvel nacional. Cada nvel possui suas funes estabelecidas pelo Programa Nacional de Imu- nizaes do Ministrio da Sade (PNI/MS). de responsabilidade do nvel local a NOTIFICAO, INVESTIGAO, TRA- TAMENTO CLNICO, ACOMPANHAMENTO DO CASO AT O ENCERRAMENTO. de responsabilidade do nvel central a AVALIAO DO CASO, PROCES- SAMENTO, ANLISE DOS DADOS E FECHAMENTO DAS CONDUTAS. 8. Evento Inusitado ou Erro Programtico em Imunizao Evento inusitado o que advm de alguma falha/erro em procedimentos de preparo ou administrao de imunobiolgicos, como dose errada, via errada, local errado, idade errada e/ou vacina errada. Notifcao: A notifcao dos eventos inusitados tambm realizada pelas unidades de sade locais, atravs de formulrio prprio. Envio do formulrio: A notifcao deve ser enviada Coordenao do Programa de Imunizaes com fuxo imediato por email ou expediente. Acompanhamento: Recomenda-se acompanhar cada caso por 30 dias com uma consulta semanal para avaliao clnica na unidade, no deven- do, por precauo, nesse perodo receber outro imunobiolgico. Encerramento do caso: Aps o perodo de acompanhamento, encerrar o caso e comunicar Coordenao do Programa de Imunizaes quando as condutas frente ao esquema vacinal sero defnidas. 9. Tcnicas de Aplicao As vacinas so aplicadas pelas vias intramuscular, subcutnea, intradrmi- ca e oral, sendo as mais utilizadas as parenterais intramuscular e subcut- nea. Para realizar uma aplicao correta necessrio observar alguns as- pectos, entre eles a composio, a apresentao da vacina, a via e o local de administrao adequado e o material para cada tipo de imunobiolgico. importante preparar a criana, o adolescente ou o adulto antes da aplica- o de uma vacina. No caso das crianas, principalmente aquelas de at 2 anos que possuem um esquema vacinal extenso, uma orientao adequa- da aos pais pode contribuir para o sucesso na realizao do procedimento de vacinao. A orientao aos pais deve incluir: a importncia da vacina, as doenas prevenidas atravs do produto a ser usado e os possveis even- tos adversos. Deve-se, tambm, encorajar as crianas evitando mentir para elas, possvel a utilizao de tcnicas de distrao (brinquedos etc.). Sncope aps a vacinao: pode ocorrer particularmente em adolescentes e adultos jovens. O profssional de sade deve estar ciente das manifesta- es pr-sncope e atento para prevenir quedas e leses se ocorrerem fra- quezas, tonturas ou perda conscincia. 16 17 Observao: No utilizada a vacinao por via intravenosa, exceto em so- ros heterlogos e imunoglobulinas devidamente purifcadas. Administrao Oral (para as vacinas contra a Poliomielite e Rotavrus Hu- mano vrus vivo atenuado): Na utilizao de produtos com apresentao unidose, administrar diretamente na boca da criana, e quando a apresenta- o for multidose, ter cuidado para no contaminar atravs do contato com a mucosa oral. Realizar a vacinao contra o Rotavrus lentamente, para que haja contato do vrus vacinal com a mucosa e diminua a possibilidade de regurgi- tao. Administrao Intramuscular (para as vacinas Pentavalente, VIP, DTP, Du- pla adulto dT, Hepatite B, Pneumoccica 10 e Meningoccica C): Stios de aplicao: vasto lateral da coxa com agulhas de 20x5,5 ou 25x6 e deltide com agulhas 25x6/25x7 em crianas e 25x7 ou 30x7 em adultos. Administrar lenta- mente cerca de 10 segundos por ml, esperando 10 segundos antes de retirar a agulha. Em crianas menores de 2 anos recomendado o uso do vasto lateral da coxa. A Tcnica de Aplicao em Z consiste em realizar uma trao aplicada pele e aos tecidos subcutneos antes da insero da agulha e depois libe- rar aps a retirada da agulha. Aspirar antes de introduzir a vacina no msculo, assegurando que no atingiu algum vaso. Caso isso ocorra, retirar a agulha, preparar nova dose e realizar nova aplicao. Aplicar as vacinas antirrbica e hepatite B preferencialmente no deltide, uma vez que o tecido adiposo da regio gltea pode interferir na absoro das mesmas. Antes de cada aplica- o importante a avaliao do local escolhido, pois poder haver variao, por exemplo, da massa muscular, que indique a utilizao de insumos mais adequados ao procedimento. Administrao Subcutnea (para as vacinas Trplice viral e Febre Amarela): Evitar locais com protuberncias sseas. A regio posterior do brao a mais utilizada. Agulha curta de 13x4,5 em ngulo de 90 para adultos e 45 e 60 para crianas. Para a aplicao, realizar uma prega com dois dedos levantan- do a camada subcutnea. Administrao Intradrmica (para a vacina BCG): Seringa de 1,0ml/volu- me de 0,1ml. Agulha de bisel curto, introduzido voltado para cima, paralelo superfcie da pele. O local padronizado para aplicao da vacina BCG no Brasil a regio da insero inferior do msculo deltide direito. Na aplicao, esten- der levemente a regio a ser utilizada para aplicao com o dedo indicador e polegar da mo no dominante. Introduzir o bisel voltado para cima at que o mesmo desaparea, injetar o lquido devagar e observar a formao de uma ppula esbranquiada. Sugerimos que o vacinador use culos de proteo. 10. Vacina BCG Produto A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) preparada com bacilos vivos, a partir de cepas atenuadas do Mycobacterium bovis com glutamato de sdio. A subcepa utilizada no Brasil a Moreau. Sua efccia foi avaliada em vrios estudos e, de forma geral, os melhores resultados com relao proteo fo- ram nas formas graves da doena: tuberculose miliar, meningite tuberculosa e formas disseminadas. Apresentao Apresentada sob a forma lioflizada em ampola multidoses, acompanhada da ampola do diluente especfco para a vacina, correspondendo a 10, 20 ou 50 doses (Fundao Ataulfo de Paiva). Conservao Manter sob refrigerao com temperatura entre +2C e +8C. distribuda em frascos de cor mbar, necessita ser protegida da luz solar direta e, aps a re- constituio, sua validade de seis horas. Contraindicaes Seguir recomendaes das contraindicaes gerais: RN com peso inferior a 2.000g e afeces dermatolgicas extensas em atividade. Obs.: Recm-nascidos flhos de mes HIV-positivas e crianas soropositivas para HIV podero ser vacinados, desde que no apresentem sinais e sintomas de Aids. Nas gestantes comunicantes de hansenase, o MS recomenda transfe- rir a aplicao da vacina para depois de terminada a gestao. Dose e Esquema Seu uso est indicado rotineiramente a partir do nascimento. Quanto mais precoce, melhor a proteo conferida. A dose recomendada de 0,1ml. Aps 6 meses da aplicao da vacina BCG-ID, se a criana no desenvolver cicatriz vacinal, recomenda-se uma nica revacinao. Via de Administrao A vacina BCG-ID administrada por via intradrmica, na insero inferior do msculo deltide direito. O uso do brao direito tem por fnalidade facilitar a identifcao da cicatriz em avaliaes da atividade de vacinao. Quando essa 18 19 recomendao no puder ser seguida, em situaes especiais, registrar o local da administrao no Carto da Criana. Evoluo da Cicatriz Vacinal Em geral, aps cerca de 7 a 15 dias, surge mcula avermelhada, que d origem ppula, seguida de crosta aps 15 a 30 dias, que, ao se desprender, origina pequena lcera que evolui para cicatrizao ao redor de 3 a 4 meses, surgindo cicatriz esbranquiada de 4 a 8mm de dimetro. 11. Vacina contra Hepatite B Composio Vacina inativada e recombinante contendo o gene para HBsAg no interior de uma levedura. Contm hidrxido de alumnio e timerosal. Apresentao apresentada em frasco soluo lquida 5ml (multidoses). Conservao Em geladeira, entre +2C e +8C. A vacina comprometida quando sofre con- gelamento. Depois de aberto, o frasco multidoses pode ser utilizado at o fnal do prazo de validade, desde que mantidas a temperatura e a conservao ade- quadas. Contraindicaes Histria de manifestaes anaflticas dose anterior da vacina ou a um dos seus componentes. Dose e Esquema * O RN poder receber uma dose de Hepatite B monovalente na maternidade ou na Unida- de Bsica de Sade, at 30 dias de vida. ** Testar Anti-HBs 1 a 2 meses depois, repetir esquema uma nica vez para os sem resposta. Situaes Especiais Importante 1. O intervalo entre a 2 e a 3 doses deve ser de, no mnimo, 2 meses. Ttulos protetores para Anti-HBs = 10mUI/ml 2. Caso o intervalo entre as doses tenha sido ultrapassado, no h necessi- dade de recomear o esquema, apenas complet-lo. Via de Administrao Intramuscular (IM), no vasto lateral da coxa em crianas menores de 2 anos e deltide em crianas com mais de 2 anos. No administrar em re- gio gltea (absoro inadequada da vacina). Est padronizado o uso do vasto lateral direito para essa vacina. Recomendaes para Vacinao Aps o nascimento: o mais precoce possvel independente do peso ao nascer, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida, para impedir a transmisso vertical (me-flho) da Hepatite B. Em grupos de maior vulnerabilidade: profssionais de sade, profssionais do sexo, manicures, podlogos, tatuadores, doadores regulares de sangue, portadores DST, gestantes aps 1 trimestre, policiais, militares, carcereiros, coletadores de lixo hospitalar e domiciliar, comunicantes sexuais de por- IDADE ESQUEMA DOSE *RN a termo (a partir de 2kg) 3 doses: 2, 4 e 6 meses (na penta) sem reforo 0,5ml Crianas e Adolescentes (nunca vacinados) 3 doses: 0, 1 e 6 meses sem reforo 0,5ml ** Profssionais de sade (nunca vacinados) 3 doses: 0, 1 e 6 meses sem reforo 3 doses de: 0,5ml (12,5mg) < de 20 anos 1,0ml (25mg) > de 20 anos IDADE ESQUEMA PESO DOSE OBSERVAO RN com menos de 33 semanas 4 doses: 0, 2, 4 e 6 meses < de 2kg 0,5ml Quando a me sabi- damente HBsAg positi- vo, administrar Imuno- globulina Anti-hepatite B at no mximo 7 dias aps o parto. Renais Crnicos e Imunode- primidos 4 doses: 0, 1, 2 e 6 meses Indiferente < de 20 anos: 1,0ml > de 20 anos: 2,0ml Testar Anti-HBs 1 a 2 me- ses depois, repetir esque- ma para os sem resposta. Para os com resposta, re- testar anualmente. Vtimas de Abuso Sexual 3 doses: 0, 1 e 6 meses (iniciar ou completar as doses) Indiferente < de 20 anos: 0,5ml > de 20 anos: 1,0ml Utilizar imunoglobulina se a vtima for suscetvel e o agressor for HBsAg positivo, aplicar at 14 dias da exposio. 20 21 tadores, LGBT, pessoas reclusas, populao de assentamentos e acampa- mentos, indgenas, politransfundidos, usurios de drogas, caminhoneiros. Indicaes do CRIE: infectados HIV, pessoas com Aids, asplenia anatmica e funcional, convvio domiciliar com portador, doadores de rgos slidos ou medula ssea, imunodefcincia congnita ou adquirida, doena au- toimune, doenas sanguneas, fbrose cstica, hemoflicos, hepatopatias, renais crnicos, portadores de neoplasias, transplantados. Observaes Dor e febre baixa so os eventos mais comuns, aparecendo em 1% a 6% de crianas e adultos vacinados. Reaes alrgicas so raras. Proteo de 90% a 95% em crianas e adultos suscetveis, aps esquema completo, sendo a resposta melhor em crianas do que em adultos. Devido excelente imunogenicidade da vacina, no est indicada soro- logia aps a vacinao, exceto para os grupos de risco, tais como: profs- sionais da sade, pacientes em dilise e recm-nascidos de mes portado- ras do AgHBs. Nesse caso, o teste sorolgico deve ser realizado 1 a 3 meses aps completar o esquema vacinal. Os ttulos de anti-HBs considerados protetores so superiores a 10mUI/ml. Com o tempo, os ttulos de anticor- pos podem cair e at se tornar indetectveis. Porm, a proteo contra do- ena sintomtica e infeco crnica persiste. As pessoas que responderam vacina apresentam resposta anamnstica quando em contato com o v- rus, demonstrando que as vacinas induzem memria imunolgica. Por isso, at o momento, no se recomenda revacinao de pessoas imunocompe- tentes. (Rev. Assoc. Med. Bras. vol. 52 n 5 So Paulo Sept./Oct. 2006). 12. Vacina Pentavalente Composio A vacina composta por toxides de difteria e ttano, suspenso celular inati- vada de Bordetella pertussis, antgeno de superfcie de hepatite B (HBsAg), e oli- gossacardeos conjugados de Haemophilus infuenzae do tipo b (conjugada). Apresentao Apresentada sob a forma inteiramente lquida em ampola ou frasco-am- pola com dose nica ou multidoses. Homogeneizar antes da aplicao. Conservao Conservar entre +2C e + 8C, ao abrigo da luz solar direta. A vacina no pode ser congelada. Contraindicaes Existem poucas contraindicaes para a administrao da primeira dose da vacina DTP/HB/Hib, exceto nos casos de relato de convulses ou anor- malidades neurolgicas graves no perodo neonatal que so contraindi- caes para o componente pertussis. A vacina no prejudica indivduos previamente infectados com o vrus da hepatite B. No administrar em crianas: com 7 anos de idade ou mais, por conta do componente pertussis (P); com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da vacina ou ter manifestado sinais de hipersensibilidade aps administrao prvia das vacinas difteria, ttano, coqueluche, hepatite B ou Hib; com quadro neurolgico em atividade; que tenham apresentado, aps aplicao de dose anterior, qualquer das seguintes manifestaes: - Convulses at 72 horas aps administrao da vacina; - Colapso circulatrio, com estado tipo choque ou com episdio hipo- tnico-hiporresponsivo (EHH), at 48 horas aps a administrao de vacina prvia; - Encefalopatia nos primeiros sete dias aps a administrao da vacina prvia; - Prpura trombocitopnica ps-vacinal. Dose e Esquema Cada dose de 0,5ml. A vacinao bsica consiste na aplicao de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mnimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade. Os dois reforos necessrios sero realizados com a vacina DTP (difteria, ttano e pertussis). O primeiro reforo aos 15 meses e o segundo reforo entre 4 a 6 anos. A idade mxima para aplicao da DTP de 6 anos 11 meses e 29 dias. Res- salta-se tambm que far parte deste esquema, para os recm-nascidos, a primeira dose nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas, com a vacina hepatite B monovalente (recombinante). Via de Administrao Administrar dose de 0,5mL da vacina DTP/HB/Hib por via INTRAMUSCU- LAR, no vasto lateral da coxa esquerda, em crianas menores de 2 anos de idade e na regio deltide nas crianas acima de dois anos de idade. 22 23 No administrar na regio dorso gltea, devido ao risco de leso do nervo citico (Villarejo e Pascaul, 1993; Pigot, 1988) e a possibilidade de injetar a vacina em gordura, em vez de msculo. Foi demonstrado que a injeo de medicamento no tecido adiposo da regio dorso gltea podem reduzir a imunogenicidade da hepatite B (Shaw et al, 1989. Alves et al, 2001) e raiva (Fishbein et al, 1988). Tambm no pode ser administrada na regio intra- drmica, pois pode induzir a uma resposta imunitria insatisfatria. No deve ser administrada em um vaso sanguneo (endovenosa). Observaes A vacina DTP/HB/Hib pode ser administrada com segurana e efccia, ao mesmo tempo com todas as demais vacinas do Calendrio. Utilizar agulhas, seringas e stios de aplicao diferentes em situaes que necessitem a administrao simultnea de vacinas. Se mais de uma injeo for dada em um mesmo membro, administrar com pelo menos 2,5 cent- metros de distncia entre elas (American Academy of Pediatrics, 2003). Em caso de doenas febris agudas moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinao at a resoluo do quadro, com o intuito de no se atribuir vacina as manifestaes da doena. A infeco pelo vrus da imunodefci- ncia humana (HIV) no considerada uma contraindicao para a adminis- trao da vacina DTP/HB/Hib. Os pacientes portadores de alguma imunode- fcincia ou em uso de terapia imunossupressora ou corticosterides podem ter resposta imunolgica reduzida. Precauo Febre elevada (temperatura 39C) dentro de 48 horas aps a vacinao e no devido a outras causas identifcveis, recomenda-se adotar conduta conforme descrito no Manual de EAPV para febre. 13. Vacina Inativada Poliomielite VIP Composio Foi desenvolvida em 1955 pelo Dr. Jonas Salk. Tambm chamado de "vaci- na Salk", a VIP constituda por cepas inativadas (mortas) dos trs tipos (1, 2 e 3) de poliovrus e produz anticorpos contra todos eles. Apresentao Apresenta-se na forma farmacutica soluo injetvel em frascos conten- do 10 doses. Composio Cada dose de 0,5 mL da vacina contm: Poliovrus inativados do tipo I.....40 unidades de antgeno UD* Poliovrus inativados do tipo II....8 unidades de antgeno UD* Poliovrus inativados do tipo III...32 unidades de antgeno UD* Conservao Aps abertura do frasco, poder ser utilizada por at sete dias se mantida em condies asspticas e em temperatura recomendada( de +2 a +8C). Contraindicaes Qualquer pessoa que j apresentou quadro de reao alrgica grave a uma vacinao anterior com VIP ou indivduo portador de alergia grave (anaflaxia) a qualquer componente da vacina. Dose e Esquema Uma dose de 0,5ml da vacina a partir de 2 meses a menores de 1 ano de idade que estiverem iniciando esquema vacinal. O esquema vacinal ser sequencial (VIP/VOP) de quatro doses para crian- as menores de 1 ano de idade que estiverem iniciando o esquema vacinal. A VIP dever ser administrada aos 2 meses (1 dose) e 4 meses (2 dose) de idade, e a VOP aos 6 meses (3 dose) e 15 meses de idade (reforo). A pre- ferncia para a administrao da VIP aos 2 e 4 meses de idade tem a fna- lidade de evitar o risco, que rarssimo, de evento adverso ps-vacinao. O intervalo entre as doses de 60 dias, podendo ser de 30 dias, sendo que nos primeiros 6 meses de idade o intervalo mnimo de 30 dias s recomendado se o indivduo estiver sob risco iminente de exposio circulao viral, como, por exemplo, pessoas que se deslocaro a regies endmicas ou em situaes de surto da doena. Se a criana tiver recebido como 1 dose, na rotina de vacinao, a VOP, o esquema ser completado com VOP; Se a criana tiver recebido a 1 dose e/ou 2 dose de VIP, dever seguir esquema sequencial; Se a criana receber VIP aos 2 meses e por algum motivo receber VOP aos 4 meses, o esquema ser completado com VOP. 24 25 Via de Administrao: A via de administrao preferencial da VIP a intramuscular. Entretanto, a via subcutnea tambm pode ser usada, mas em situaes especiais, casos de discrasias sanguneas, por exemplo. O local de aplicao preferencial para injeo intramuscular em bebs o ms- culo vasto-lateral da coxa direita, e para crianas maiores o msculo deltide. Observaes: A VIP pode ser administrada simultaneamente com qualquer outra vacina recomendada pelo Programa Nacional de Imunizaes. Em caso de admi- nistrao concomitante, utilizar diferentes stios, seringas e agulhas. Em caso de doenas febris agudas moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinao at a resoluo do quadro, com o intuito de no se atri- buir vacina as manifestaes da doena. Pode ser administrada a uma criana com diarreia. 14. Vacina Oral contra Poliomielite Composio Plio oral (OPV): vrus vivo atenuado vacina composta por 3 tipos de vrus da poliomielite. Apresentao Forma lquida (bisnagas multidoses). Conservao A vacina plio oral ser mantida entre +2C e +8C. A validade registrada no frasco deve ser respeitada rigorosamente. Aps a abertura do frasco, o mesmo poder ser usado por 5 dias, desde que mantida a temperatura e o acondicionamento adequados. Contraindicaes A principal contraindicao a imunodepresso. Nesse caso, dar prefern- cia para a vacina inativada injetvel. Na rotina, recomenda-se adiar a vacina- o nos casos de doenas agudas, diarreias graves e/ou vmitos intensos. Dose e Esquema OPV: 3 doses de 2 gotas, a partir de 2 meses (aos 2, 4 e 6 meses de idade) com intervalos de 2 meses (mnimo de 30 dias). O uso exclusivo de IPV obrigatrio para imunodeprimidos e seus con- tactantes domiciliares, mas pode ser utilizado em crianas normais para se evitar o pequeno risco de reao paraltica ps-vacinal com a OPV. O uso sequencial de duas doses de IPV seguida por doses de OPV pode ser utilizado para reduzir o pequeno risco de reao paraltica ps-vacinal. Reforo: o reforo aplicado aos 15 meses de idade. Via de Administrao Oral (cavidade oral) com 2 gotas. No h necessidade de jejum prvio. Caso a criana regurgite, imediatamente aps a dose, uma nova dose pode ser aplicada at uma hora aps a administrao. Observaes A vacina pode ser oferecida junto com todas as vacinas do calendrio b- sico. Quando isso no acontecer, o MS recomenda um intervalo de 15 dias para a vacinao com rotavrus. Nas demais vacinas de vrus vivo atenu- ado, nenhum intervalo. O principal risco o associado com a vacina OPV: a poliomielite paraltica associada vacina (PPAV), que se constitui na para- lisia infantil associada vacina. O risco desta eventualidade de 1 para 2,4 milhes de doses oferecidas. O risco aumenta na primeira dose da vacina, quando atinge 1 para 750.000 doses. Em imunodeprimidos, o risco muito maior (cerca de 3.000 vezes maior). 15. Vacina contra Rotavrus Humano (VORH) Composio Vacina oral monovalente (sorotipo G1[P8]) com vrus vivo atenuado, con- tendo cepa humana de rotavrus, RIX4414. Apresentao Dose lquida seringada. IDADE VACINA 2 meses Vacina Inativada - VIP 4 meses VIP 6 meses Vacina Oral (atenuada) - VOP 15 meses VOP 26 27 Conservao Conservar em geladeira entre +2C e +8C. Contraindicaes Imunodefcincia primria ou secundria, uso de medicamentos supres- sores, alergia grave a algum componente da vacina, doena do aparelho gastrointestinal, malformao congnita do trato digestivo e idade fora dos prazos recomendados pelo Ministrio da Sade. Nos casos de doena febril, devemos adiar a vacinao. Criana flha de me soropositiva pode ser vacinada, desde que assintomtica. Dose e Esquema Duas doses sendo: a primeira aos 2 meses, com idade mnima de 1 ms e 15 dias e mxima de at 3 meses e 15 dias; a segunda aos 4 meses com idade mnima de 3 meses e 15 dias e mxima de at 7 meses e 29 dias. Via de Administrao Vacina oral, apresentao unidose. Observaes A vacina para rotavrus pode ser aplicada simultaneamente com as outras vacinas do calendrio. Para a plio oral, se no for utilizada no mesmo dia, deve-se respeitar o intervalo de 15 dias. No repetir dose se houve admi- nistrao inadvertida de alguma dose fora do prazo ou fora da validade. Os eventos mais comuns nos primeiros dias so diarreia e vmitos. Aten- tar para suspeita de invaginao intestinal (distenso abdominal, clicas, fezes com sangue e constipao) at 30 dias aps a vacinao. A proteo para todas as diarreias de 70%, para as formas graves de 86% a 98%, e para hospitalizao por diarreia pelo rotavrus de 80% a 95%. 16. Vacina contra Pneumococos 10-Valente Composio A vacina pneumoccica constituda por 10 sorotipos de pneumococos e con- jugada com protena D de Haemophilus infuenzae para 8 dos seus sorotipos e carreadores de toxide diftrico e tetnico usados por 2 sorotipos. Visa a imu- nizao ativa de crianas de 3 a 23 meses de idade contra doena invasiva e otite mdia aguda causadas por Streptococcus pneumoniae. Contm cloreto de sdio, fosfato de alumnio e gua para injeo. No contm conservantes. Apresentao A embalagem possui 10 frascos-ampola de vidro, apresentados em unido- se, com 0,5ml. O laboratrio GSK Glaxo Smith Kline. Conservao uma suspenso branca turva devendo ser observada, antes e depois de agitar o frasco-ampola. Conservar na embalagem original, para ser protegida da luz, e sob refrigerao entre +2C e +8C, no podendo ser congelada. Respeitar rigorosamente o prazo de validade indicado pelo fabricante na embalagem. Contraindicaes A vacina pneumoccica 10-valente (conjugada) no deve ser administra- da em indivduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer compo- nente da vacina, e adiar a vacinao nos casos de doenas agudas. Dose e Esquema O esquema varia de acordo com a idade de incio da vacinao que pode ocorrer a partir de 2 meses, segundo o Ministrio da Sade. No MRJ, fcou defnido que o esquema inicia-se com 3 meses. De 3 a 6 meses: 3 doses de 0,5ml com intervalo de 2 meses e 1 reforo 6 meses aps a ltima dose do esquema, preferencialmente entre 13 e 15 meses; De 7 a 9 meses: 2 doses de 0,5ml com intervalo de 2 meses e 1 reforo no 2 ano de vida com intervalo de no mnimo 2 meses da ltima dose; De 10 e 11 meses: 2 doses de 0,5ml com intervalo de 2 meses, no h necessidade de reforo, pois a segunda dose ser com 1 ano de idade ou mais; Crianas de 12 a 23 meses: dose nica. Via de Administrao Em crianas menores de 2 anos de idade, o local mais adequado para aplica- o o vasto lateral da coxa, por ser mais desenvolvido, menos vascularizado e inervado. Est padronizado no MRJ o uso da coxa esquerda para essa vacina. Observaes A vacina pneumoccica 10-valente (conjugada) pode ser administrada concomitantemente com as vacinas do calendrio bsico de vacinao, exceo da febre amarela que deve ser priorizada em reas endmicas. Aps o esquema completo, a soroconverso para todos os 10 sorotipos 28 29 maior que 90% em crianas hgidas. A durao da proteo aps vacina- o ainda no conhecida. Os eventos mais comuns observados so rubor, dor no local da aplicao e irritabilidade. A maioria das reaes relatadas foi de intensidade leve a moderada, e no tiveram longa durao. De acordo com o Manual de Vigi- lncia de EAPV (Braslia/2008), em crianas com histrico de convulses e que, em dose anterior, tenham apresentado febre 39,5C, recomenda-se o uso de antitrmico profltico. 17. Vacina contra Meningococos C Conjugada Composio A vacina constituda de: Oligossacardeo meningoccico C Conjugado com protena CRM197 de Corynebacterium diphteria e Hidrxido de alumnio Excipientes: manitol, fosfato de sdio, cloreto de sdio e gua para injeo. A vacina no contm conservantes. Apresentao apresentada em embalagem unidose, contendo 2 frascos-ampola: um con- tm um p lioflizado branco (antgeno) e outro com 0,8ml de um lquido bran- co (diluente). Conservao Conservar na embalagem original, para ser protegida da luz, e sob refrigerao entre +2C e +8C, no pode ser congelada. Contraindicaes A vacina meningoccica C (conjugada) no deve ser administrada em indiv- duos com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da vacina. Adiar a vacinao nos casos de doenas agudas. Dose e Esquema O esquema vacinal ser defnido pela idade da criana no incio da vacinao. O recomendado pelo MS a partir de 2 meses. No MRJ, a idade para o incio da vacinao fcou defnida preferencialmente aos 3 meses. De 3 a 9 meses de idade: 2 doses com intervalo de 2 meses, 1 dose de reforo, preferencialmente entre 12 e 15 meses. Entre 10 ou 11 meses: 2 doses com intervalo de 2 meses, e como a segunda dose ser feita com pelo menos 12 meses, no h necessidade de reforo. De 12 a 23 meses: dose nica. Via de Administrao Em crianas menores de 2 anos, o local mais adequado para aplicao o vas- to lateral da coxa, por ser mais desenvolvido, menos vascularizado e inervado. Est padronizado no MRJ o uso da coxa direita para essa vacina. Reconstituio Agitar suavemente o diluente, aspirar 0,6ml e usar para reconstituir o frasco da vacina; Agitar suavemente o frasco com o produto at que esteja dissolvido; Aspirar 0,5ml do produto diludo, evitando a formao de bolha de ar; Aps diluio, a vacina uma suspenso homognea, levemente opaca, in- color ou levemente amarelada e livre de partculas estranhas; Utilizar imediatamente aps diluio. Observaes Os eventos mais comuns observados aps a vacinao so rubor, edema, en- durecimento e dor no local da aplicao. Cabe ressaltar que a vacina meningo- ccica C apresenta elevada efccia, proteo prolongada e boa resposta nos menores de 1 ano. Protege contra o sorogrupo C e, apesar de conter a protena diftrica CRM 197, no efcaz contra a difteria. Pode ser administrada conco- mitantemente com as vacinas do calendrio bsico de vacinao, pois no in- terfere na resposta de vacinas inativadas ou atenuadas quando administradas simultaneamente ou com qualquer intervalo entre elas. 18. Vacina Trplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubola) Composio A vacina uma preparao lioflizada que combina 3 componentes: a va- cina de vrus vivo hiperatenuado contra o sarampo (cepa Schwarz), pre- parada em clulas primrias de embrio de galinha, a vacina de vrus vivo atenuado contra caxumba (cepa RIT 4385), preparada em cultura de ovos embrionados de galinha, e a vacina de vrus vivo atenuado contra rubola (cepa Wistar 27/3), cultivada em clulas diplides humanas. 30 31 Apresentao Apresenta-se sob a forma lioflizada em frasco-ampola, acompanhado de uma ampola contendo o diluente estril, claro e incolor de 5ml. Cada fras- co-ampola contm 10 doses de 0,5ml cada. Aps a reconstituio, a vacina tem cor que pode variar de amarelo claro a vermelho prpura. Conservao Conservar a vacina trplice viral LIOFILIZADA em geladeira, entre +2C e +8C, protegida da luz solar direta. O diluente deve estar na mesma tem- peratura da vacina no momento da diluio. Aps reconstituio da vaci- na aplicar imediatamente ou conservar em geladeira entre +2C e +8C por um perodo que varia conforme o laboratrio dos produtos (ver tabela em anexo II). Respeitar o prazo de validade especifcado pelo fabricante. Contraindicaes Histria de manifestaes anaflticas dose anterior da vacina ou a um dos seus componentes; ocorrncia de meningite/encefalite. Dose e Esquema So recomendadas pelo MS 2 doses, sendo a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. O intervalo mnimo entre as doses de 4 semanas. Cada dose de 0,5ml. Via de Administrao Administrar a vacina exclusivamente por via subcutnea em deltide. Observaes A efccia da vacina para sarampo e rubola de 95% a 99% aps esquema completo. Para caxumba de 75% a 90%. Pode ser administrada concomi- tantemente com todas as vacinas do calendrio atual, desde que em stios separados. Os eventos mais comuns aps a vacinao (entre o 5 e 12 dia) so febre e rash, podendo perdurar por 2 a 3 dias. Aps o uso de sangue ou hemoderivados, postergar a vacinao por, pelo menos, 3 meses. 19. Vacina Trplice Bacteriana (DTP/Difteria, Ttano e Coqueluche) Composio A vacina trplice DTP contm toxide diftrico, toxide tetnico e Bordetella pertussis inativada em suspenso, tendo como adjuvante hidrxido ou fosfato de alumnio. A vacina trplice bacteriana produz imunidade contra difteria, ttano e coqueluche. Apresentao Apresentada sob a forma lquida em frasco-ampola com mltiplas doses. Importante: agitar o frasco da vacina para homogeneizar a suspenso. Conservao Conservar entre +2C e +8C. O congelamento estritamente contraindica- do, pois inativa os componentes da vacina. Depois de aberto o frasco-ampo- la de mltiplas doses, a vacina poder ser utilizada por 15 (quinze) dias, des- de que tenha sido manipulada com tcnicas corretas de assepsia. O prazo de validade indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente. Contraindicaes Crianas com doena neurolgica em atividade e as que tenham apresen- tado, aps aplicao da dose anterior, algum dos seguintes eventos: Convulso nas primeiras 72 horas; Encefalopatia nos primeiros 7 dias; Episdio hipotnico hiporresponsivo nas primeiras 48 horas; Reao anafltica que ocorre nos primeiros 30 minutos at 2 horas ps- -vacinao. Dose e Esquema Em crianas previamente vacinadas com Tetravalente, segue-se a vacina- o com DTP o recomendado uma dose aos 15 meses (primeiro reforo) e outra entre 4 e 6 anos de idade (segundo reforo). A idade mxima de 6 anos, 11 meses e 29 dias. O intervalo entre as doses idealmente de 60 dias e mnimo de 30 dias. Aps esquema completo, os reforos so necessrios a cada 10 anos, mas podem ser antecipados em situaes especiais. Os re- foros aps 7 anos so feitos com a vacina dT (dupla bacteriana) sempre considerar as doses administradas anteriormente, de qualquer vacina (dT, DTP ou DT); no necessrio reiniciar esquema em pacientes com dose an- terior. Na gestante ou acidentado com esquema completo de vacinao h mais de 5 anos, administrar apenas 1 dose de reforo. Cada dose de 0,5ml. Via de Administrao Administrar por via intramuscular profunda no vasto lateral da coxa. Em crian- as com mais de dois anos de idade pode ser aplicada na regio deltide. Observaes Os eventos adversos mais comuns so locais. Podem ocorrer dor, eritema, 32 33 edema ou indurao no local de aplicao. A tcnica de administrao quando correta diminui a frequncia de eventos locais. A criana pode apresentar ainda irritabilidade e febre. 20. Vacina Dupla Bacteriana (dT/Difteria e Ttano) Composio A vacina dupla bacteriana composta pelos toxides tetnico e diftrico adsorvidos em hidrxido de alumnio, tendo o timerosal como conservante. Apresentao So apresentadas sob a forma lquida em frasco-ampola com mltiplas doses. Importante: antes do uso, agitar suavemente o frasco da vacina para ho- mogeneizar a suspenso. Conservao Deve ser conservada entre +2C e + 8C. O congelamento estritamente contraindicado, pois inativa os componentes da vacina. Depois de aberto o frasco-ampola de mltiplas doses, a vacina poder ser utilizada por um perodo de 15 (quinze) dias, desde que mantidas as condies de biosse- gurana do frasco. O prazo de validade indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente. Contraindicaes A ocorrncia de reao anafltica ou eventos neurolgicos associados temporalmente aplicao da vacina dupla bacteriana constitui contrain- dicao absoluta para administrao de outras doses dessa vacina. Dose e Esquema Ao indicar a vacina dT considerar as doses anteriores vacina trplice DTP ou da vacina dupla do tipo infantil DT. Indivduos com idade acima de sete anos nunca vacinados, que no completaram o esquema bsico com uma dessas vacinas, ou ainda cujo estado vacinal seja desconhecido: ad- ministrar trs doses da vacina com intervalo de dois meses, mnimo de um ms (esquema 0, 2, 4 meses). Aps esquema completo, ser necessria uma dose de reforo a cada dez anos. Via de Administrao Administrar por via intramuscular, preferencialmente na regio do deltoide. Observaes Pessoas com esquema vacinal incompleto: dar continuidade ao esquema completando as 3 doses, lembrar que intervalo superior ao preconizado no invalida as doses anteriores e nem exige que se reinicie esquema. Imunizao contra ttano em gestantes (preveno do ttano neonatal) realizada para a preveno do ttano no recm-nascido e para a prote- o da gestante. Gestante no-vacinada: Trs doses, de dois em dois meses (intervalos mni- mos de um ms), aplicando-se a primeira dose o mais precocemente possvel. Gestante vacinada: Na gestante que j recebeu uma ou duas doses da va- cina contra o ttano (DTP, DT, dT) devero ser aplicadas mais duas ou uma dose, respectivamente, da vacina dupla tipo adulto (dT), para se comple- tar o esquema bsico de trs doses. Importante: Antecipar a dose de reforo se ocorrer nova gravidez a partir de cinco anos da aplicao da ltima dose. As doses da gestante devem ser feitas at vinte dias antes da data provvel do parto. Imunizao contra ttano em caso de ferimento O uso da vacina e do soro contra o ttano deve ser orientado pela histria de vacinao antitetnica relatada pelo paciente e pelo tipo de ferimento que apresenta. * Para crianas com menos de sete anos: vacina trplice DTP ou dupla do tipo in- fantil (DT); para crianas com sete anos ou mais: vacina dupla do tipo adulto (dT). HISTRIA DE VACINAO CONTRA TTANO FERIMENTO LIMPO OU SUPERFICIAL OUTROS TIPOS DE FERIMENTO Vacina* SAT ou IGHAT Vacina* SAT ou IGHAT Incerta ou menos de 3 doses Sim No Sim Sim Trs doses ou mais; sendo a ltima h menos de 5 anos No No No No Trs doses ou mais; sendo a ltima entre 5 e 10 anos No No Sim No Trs doses ou mais; sendo a ltima h mais de 10 anos Sim No Sim No 34 35 21. Vacina contra Febre Amarela Composio A vacina produzida a partir do cultivo de uma cepa atenuada do vrus da Febre Amarela designada 17 D, subcepa 17 DD, em ovos embrionados de galinhas livres de agentes patognicos. Apresentao Forma lioflizada em frascos multidoses 5, 10 ou 50 doses. Conservao Conservar entre +2C e +8C e utilizar at 4 horas aps a diluio nos fras- cos de 50 doses, e 6 horas nos frascos de 5 e 10 doses. Contraindicaes Nos casos de alergia grave protena de ovo, nos imunodeprimidos e nas crianas abaixo de 6 meses de idade, nos pacientes HIV positivos sintom- ticos, em terapia imunossupressora. Nos que apresentam doena neuro- lgica e doenas autoimunes, recomenda-se precauo, e aos que apre- sentam doena febril aguda indicado adiar a vacinao. Gestao em qualquer fase constitui contraindicao relativa a ser analisada. Dose e Esquema A partir dos 9 meses de idade para moradores ou viajantes de reas end- micas. Cada dose corresponde a 0,5ml. Reforo: a cada 10 anos. Via de Administrao Administrar por via subcutnea, regio posterior do brao. Observaes Para os viajantes de reas endmicas, a vacina deve ser aplicada com antecedncia de 10 dias. Confere proteo em aproximadamente 100% dos vacinados acima de 9 meses de idade. Os eventos adversos mais fre- quentemente relatados aps a vacinao so febre, mialgia e cefaleia. A combinao dos 3 sintomas foi atribuvel vacina da febre amarela em aproximadamente 4% dos primovacinados. 22. Vacina contra Infuenza Sazonal Composio Vrus inativados, com 2 subtipos de vrus da infuenza A e 1 subtipo de infuenza B. A composio ajustada anualmente, de acordo com os vrus circulantes no Brasil no ano de campanha. Apresentao Frasco-ampola uni ou mutidoses. Conservao Conservar entre +2C e +8C. No pode ser congelada. Contraindicaes Histria de reao anafltica s protenas do ovo. Pacientes com histria de sndrome de Guillain-Barr podem ter risco aumentado de desenvolver a doena aps a vacinao. Dose e Esquema Uma dose de 0,5ml, a partir de 6 meses anualmente, em forma de campanha. Obs.: Aplicar duas doses com intervalo de 4 a 6 semanas em crianas com menos de 9 anos quando receberem a vacina pela primeira vez. Via de Administrao Administrar por via subcutnea ou intramuscular, sendo a via intramuscu- lar mais indicada. Observaes Aps a vacinao, so observadas taxas de soroconverso de 70% a 80% aps teste. A vacina est disponvel nos postos de sade para faixa etria a partir de 60 anos no perodo da campanha, e nos CRIEs nos outro meses para grupos especiais. Os eventos adversos mais frequentes so febre e dor local, e aparecem em 10% dos vacinados. 23. Vacina contra Raiva Humana Composio Vacinas de cultivo celular so mais potentes e seguras. So produzidas em IDADE DOSE (ml) N DE DOSES 6 - 35 meses 0,25 1 - 2 3 - 8 anos 0,5 1 - 2 9 anos 0,5 1 36 37 cultura de clulas (diplides humanas, clulas Vero, clulas de embrio de galinha etc.) com cepas de vrus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) ina- tivados pela betapropiolactona. Apresentao So apresentadas sob a forma lioflizada acompanhada de diluente em dose individual (unidose). Conservao da Vacina Deve ser conservada em geladeira, fora do congelador, na temperatura entre +2C a +8C, at o momento de sua aplicao, observando o prazo de validade do fabricante. Contraindicaes No h contraindicao para a vacina antirrbica (gravidez, mulheres lac- tantes, doena intercorrente ou outros tratamentos e outras vacinas do Ca- lendrio), devido gravidade da doena que apresenta letalidade de 100%. Doses e Esquema Varia de acordo com a avaliao do animal e a gravidade do ferimento: m- nimo de 2 doses, para ces e gatos observveis; mximo de 5 doses, com ou sem aplicao concomitante de Soro Antirrbico, para animais no ob- servveis ou silvestres. Via de Administrao A via de aplicao recomendada a intramuscular, na regio do deltide ou vasto lateral da coxa. Em crianas at 2 anos de idade, est indicado o vasto lateral da coxa. A vacina no deve ser aplicada na regio gltea. Observaes indicada para a preveno em indivduos expostos ao risco permanente de contrair o vrus da Raiva (veterinrios, profssionais de abatedouros, labo- ratrio de virologia, petshops etc.) e nos casos de pessoas que so agredidas por animais suspeitos, sadios que no podem ser observados, mortos ou desaparecidos e silvestres. O nvel srico considerado protetor de 0,5UI/ml. REFERNCIA BIBLIOGRFICA SO PAULO. Secretaria Municipal de Sade. Manual de Normas de Rotina de Sala para a Enfermagem. 1 ed. Campinas: Secretaria Municipal de Sa- de de Campinas - So Paulo, 2009, 15p. BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Manual de Pro- cedimentos para Vacinao. 4 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2001, 316p. BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Manual de Normas de Vacinao. 3 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2001, 72p. BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Capacitao de Pessoal em Sala de Vacinao Manual do Treinando. 2 ed. rev e amp. Braslia: Ministrio da Sade, 2001, 154p. BRASIL. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade. Manual de Rede de Frio. 3 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2001, 80p. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Departamento de Vigilncia Epidemiolgica. Manual de Vigilncia Epidemiolgica de Even- tos Adversos Ps-vacinao. 2 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2008, 184p. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Departamen- to de Vigilncia Epidemiolgica. Manual dos Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais. 3 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2006, 188p. EINSTEIN A.I.H. Centro de Imunizaes Hospital Israelita Albert Einstein. Manual de Imunizaes. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, 76p.: il. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Vacina contra hepatite B. Rev. As- soc. Med. Bras. [online]. 2006, vol.52, n.5, pp. 288-289. BRASIL. Ministrio da Sade. Secretaria de Vigilncia em Sade. Departa- mento de Vigilncia Epidemiolgica. Guia de Vigilncia Epidemiolgica. 7 ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2009, 816p. VRANJAC. A. Governo do Estado de So Paulo. Secretaria de Estado da Sade. Coordenadoria de Controle de Doenas. Centro de Vigilncia Epidemiolgica. Norma Tcnica do Programa de Imunizao. So Paulo: CVE, 2008, 68p.: il. 38 39 ANEXOS ANEXO I Calendrio de Vacinao IDADE VACINA DOSE DOENAS EVITADAS Ao nascer BCG nica Formas graves de Tuberculose Contra Hepatite B 1 dose Hepatite B 2 meses Vacina Pentavalente 1 dose Difteria, Ttano, Coqueluche, Hepatite B e Meningite por Hib Antipoliomielite Inativada (VIP) 1 dose Poliomielite ou Paralisia Infantil Vacina Oral contra Rotavrus Humano 1 dose Diarreias causadas pelo Rotavrus Humano 3 meses Pneumo 10 1 dose Doenas invasivas pelo Pneumococo e Otites Meningo C 1 dose Meningite por Meningococo C 4 meses Vacina Pentavalente 2 dose Difteria, Ttano, Coqueluche, Hepatite B e Meningite por Hib Antipoliomielite Inativada (VIP) 2 dose Poliomielite ou Paralisia Infantil Vacina Oral contra Rotavrus Humano 2 dose Diarreias causadas pelo Rotavrus Humano 5 meses Pneumo 10 2 dose Doenas invasivas pelo Pneumococo e Otites Meningo C 2 dose Meningite por Meningococo C 6 meses Vacina Pentavalente 3 dose Difteria, Ttano, Coqueluche, Hepatite B e Meningite por Hib Antipoliomielite Oral (VOP) 3 dose Poliomielite ou Paralisia Infantil 7 meses Pneumo 10 3 dose Doenas invasivas pelo Pneumococo e Otites A partir de 9 meses (viajantes para rea de risco) Febre Amarela 1 dose (reforo de 10/10 anos) Febre Amarela 12 meses Pneumo 10 Reforo Doenas invasivas pelo Pneumococo e Otites Trplice Viral 1 dose Sarampo, Rubola e Caxumba 40 41 IDADE VACINA DOSE DOENAS EVITADAS 15 meses DTP 1 reforo Difteria, Ttano e Coqueluche Meningo C Reforo Meningite por Meningococo C Antipoliomielite Oral (VOP) Reforo Poliomielite ou Paralisia Infantil Trplice Viral 2 dose Sarampo, Rubola e Caxumba 4 a 6 anos DTP 2 reforo Difteria, Ttano e Coqueluche 14 a 16 anos (com ltima dose de DTP entre 4 e 6 anos) Dupla Adulto (dT) Reforo (repetir de 10 em 10 anos) Difteria e Ttano 11 a 19 anos (nunca vacinados) Trplice Viral 2doses comintervalo de 4semanas Sarampo, Rubola e Caxumba Dupla Adulto (dT) 3 doses (2/2 meses) Difteria e Ttano At29anos (nuncavacinados) Contra Hepatite B 3 doses (0, 1 e 6) Hepatite B 20-39(masc) 20-49 (fem) (nuncavacinados) Trplice Viral 1 dose Sarampo, Rubola e Caxumba 20 a 59 anos (nuncavacinados) Dupla Adulto (dT) 3 doses (2/2 meses) Difteria e Ttano 60 anos e mais Dupla Adulto (dT) nunca vacinados 3 doses (2/2 meses) Difteria e Ttano Infuenza Sazonal (campanha) nica (anual) Gripe sazonal Gestantes (nunca vacinadas) Dupla Adulto (dT) 3 doses (2/2 meses ou 1/1ms) Difteria, Ttano Acidental e Neonatal Hepatite B 3doses(0,1,6) Hepatite B Gestantes (com vacinao anterior comprovada) Dupla Adulto (dT) 1 ref (se ltima dose h + 5 anos) Difteria, Ttano Acidental e Neonatal Hepatite B Avaliar e completar esquema Hepatite B ANEXO II Prazo mximo para utilizao de vacinas aps abertura/reconstituio (desde que conservadas sob condies ideais de temperatura e assepsia) ATENO: As vacinas anti-hepatite B e anti-infuenza, aps abertura do frasco, re- comenda-se o uso de todo contedo existente desde que conservadas as condies biossegurana e rede de frio. Proceder todos os cuidados de biossegurana quanto manipulao dos frascos abertos, para que no haja contaminao, comprometendo assim a qualidade dos imunobiolgicos. As vacinas monodose, devem ser utilizadas imediatamente aps abertu- ra e/ou reconstituio. Atualizado em 2012. VACINA DURAO BCG 6 horas ANTIPLIO (VOP) ANTIPLIO (VIP) 5 dias 7 dias TRPLICE VIRAL 8 horas FEBRE AMARELA Frasco de 50 doses: 4 horas Frasco de 5 ou 10 doses: 6 horas DUPLA ADULTO e DTP (BUTANTAN) At 15 dias 42 43 ANEXO III Polos de 1 Atendimento Proflaxia da Raiva RA UNIDADE ENDEREO II CMS Oswaldo Cruz Av. Henrique Valadares, 151 Centro V CMS Joo Barros Barreto Rua Tenreiro Aranha, s/n Copacabana VI CMS Pndaro de Carvalho Rodrigues Rua Padre Leonel Franca, s/n Gvea VIII CMS Heitor Beltro Rua Desembargador Isidro, 144 Tijuca X CF Zilda Arns Estrada do Itarar, 951 Ramos XI CF Felippe Cardoso Av. Nossa Senhora da Penha, 42 Penha XIII CMS Milton Fontes Magaro Av. AmaroCavalcanti, 1.387EngenhodeDentro XIV CMS Clementino Fraga Rua Caiaras, 514 Iraj XVI CMS Jorge Saldanha B. de Mello Av. Geremrio Dantas, 135 Jacarepagu XVII CMS Waldyr Franco Praa Ceclia Pedro, 60 Bangu XVIII CMS Belizrio Penna Rua Franklin, 29 Campo Grande XIX Policlnica Lincoln de Freitas Filho Rua lvaro Alberto, 601 Santa Cruz XX CMS Necker Pinto EstradaRioJequi, 428Zumbi IlhadoGovernador XXI U.I.S Manoel Arthur Villaboim Praa Bom Jesus, 40 Paquet XXII Policlnica Augusto Amaral Peixoto RuaJornalistaHermanoRequio, 447Guadalupe XVII CMS Masao Goto Av. Carlos Pontes, s/n XIX CF Ilzo da Mota de Mello Av. Cesario de Mello, 11.485 XIX CF Valria Gomes Esteves Rua Vitria Rgia, 4 REFERNCIAS DE ATENDIMENTO SOROS E IMUNOGLOBULINAS Soro Antirrbico Humano (planto 24 horas) Hospital Municipal Loureno Jorge Av. Ayrton Senna, 2.000 Barra da Tijuca Hospital Municipal Souza Aguiar Praa da Republica, 111 Centro Soro Antitetnico (planto 24 horas) Hospital Municipal Loureno Jorge Av. Ayrton Senna, 2.000 Barra da Tijuca Hospital Municipal Souza Aguiar Praa da Republica, 111 Centro Hospital Municipal Salgado Filho Rua Arquias Cordeiro, 37 Mier Hospital Municipal Paulino Werneck Estrada da Cacuia, 745 Cacuia/Ilha do Governador Hospital Municipal Miguel Couto Rua Mario Ribeiro, 117 Leblon Acidentes com Animais Peonhentos IPEC/FIOCRUZ Ambulatrio (2 a 6 feira das 8h s 17h / planto nos fnais de semana) Av. Brasil, s/n Manguinhos Hospital Municipal Loureno Jorge Av. Ayrton Senna, 2.000 Barra da Tijuca (planto 24 horas) Imunoglobulinas Especfcas: CRIE Hospital Municipal Rocha Maia (atendimento de 2 a 6 feira das 8h s 17h / noite, a partir das 17h, fnais de semana e feriados: planto do HMRM) Rua General Severiano, 91 Botafogo IPEC/FIOCRUZ CRIE (2 a 6 feira das 8h s 17h / planto nos fnais de semana) Av. Brasil, s/n Manguinhos (exceto menores de 12 anos) 44 45 ANEXO IV Centros de Referncia de Imunobiolgicos Especiais CRIE I. HOSPITAL MUNICIPAL ROCHA MAIA Quem pode ser atendido Todos os indivduos (adultos e crianas) portadores de quadros clnicos especiais, conforme indicaes do Manual dos Centros de Referncias de Imunobiolgicos Especiais 2006, do Programa Nacional de Imunizaes do Ministrio da Sade, independente do municpio de residncia. Endereo Rua General Severiano, 91 Botafogo Tels.: (21) 2275.6531 / (21) 2295.2295 ramal 203 Horrio de Funcionamento De segunda a sexta-feira, das 8h s 17h. Como agendar uma consulta para avaliao de EAPV 1) Pelo telefone: (21) 2275.6531 / (21) 2295.2295 ramal 203 2) Pelo email: criesmsdc@gmail.com 3) Pessoalmente Atendimento noite (a partir das 17h), fnais de semana e feriados. A liberao de vacinas ou imunoglobulinas (quando no for possvel a presena do paciente) ou o atendimento ao paciente ser feito pelo plan- tonista mdico da emergncia, aps avaliao da solicitao. II. INSTITUTO DE PESQUISA CLNICA EVANDRO CHAGAS / FIOCRUZ Quem pode ser atendido Todos os indivduos (adultos e crianas) portadores de quadros clnicos especiais, conforme indicaes do Manual dos Centros de Referncias de Imunobiolgicos Especiais 2006, do Programa Nacional de Imunizaes do Ministrio da Sade, independente do municpio de residncia. Obs: Os pacientes peditricos (at 12 anos de idade) com necessidade de vacinao em ambiente hospitalar devem ser encaminhados para avalia- o no CRIE do Hospital Municipal Rocha Maia. Endereo Av. Brasil, 4.365 Manguinhos / CEP: 21040-900 Horrio de Funcionamento De segunda a sexta-feira, das 8h s 17h. Como agendar uma consulta 1) Pelo telefone: (21) 3865-9124 2) Pelo email: crie.agenda@ipec.focruz.br (aos cuidados da Kariny) 3) Pessoalmente Obs: No haver atendimento sem marcao de consulta, salvo em situ- aes especiais que devem ser avaliadas pelo mdico ou enfermeiro do CRIE que estiver presente no dia da solicitao. Atendimento noite (a partir das 17h), fnais de semana e feriados. 1) A liberao de vacinas ou imunoglobulinas (quando no for possvel a presena do paciente) ser feita pelo plantonista mdico do IPEC (quando indicadas), aps avaliao da solicitao. 2) O atendimento de adultos (em casos de emergncia) tambm ser rea- lizado pelo plantonista mdico do IPEC. 3) Telefone da enfermaria: (21) 3865-9522 Obs: No haver atendimento peditrico nos plantes noturnos (a partir das 17h), fnais de semana ou feriados. Apenas poder ser realizada a libe- rao de imunobiolgicos para atendimento em outras unidades. 46 47 ANEXO V Rotina da Sala de Vacina Antes da abertura da sala para atendimento: Verifcar a temperatura da geladeira. A recomendada para conservao dos imunobiolgicos de +2C a +8C; Verifcar primeiro a temperatura do momento, em seguida a temperatu- ra mxima e depois a temperatura mnima; Registrar as 3 medidas em impresso prprio (mapa dirio de controle de temperatura), que deve estar afxado na parte externa da geladeira, em altura de fcil visualizao para todos da equipe, lembrando de registrar data, hora da aferio e rubrica do responsvel; Comunicar qualquer alterao de temperatura ao enfermeiro responsvel; Retirar as bobinas de gelo do congelador ou do freezer e deix-las sobre a bancada por alguns minutos antes de montar a caixa (ambientao das bobinas), para que possam atingir a temperatura positiva; Separar a caixa trmica de uso dirio; Organizar as bobinas de gelo ao redor das paredes e colocar o termme- tro de cabo extensor; Quando a temperatura estiver estabilizada, colocar na caixa trmica os frascos de vacinas em um recipiente para que os mesmos no entrem em contato direto com a bobina de gelo; Colocar na caixa trmica a quantidade aproximada para a jornada de traba- lho, a fm de evitar a abertura da geladeira mais vezes do que o necessrio; Separar por graduaes as seringas e agulhas a serem utilizadas; Limpar a bancada onde fcar a caixa trmica, caso necessrio; Garantir um recipiente exclusivo e adequado para cada tipo de material a ser descartado: vacinas vivas, vacinas inativadas e seringas/agulhas (o recipiente deve estar distante da lixeira ou da pia, para evitar que entre em contato com a umidade); A sala de aplicao deve ter uma lixeira destinada para lixo comum (saco transparente) e outra para lixo infectante (saco branco); Manter um kit de atendimento s EMERGNCIAS e s REAES ANAFI- LTICAS, com o esquema de tratamento preconizado, em local de fcil acesso e visualizao; No incio ou fnal de cada planto, de acordo com a organizao do servi- o, suprir a sala com os materiais necessrios ao atendimento; Conferir a quantidade, a validade e condies de materiais secos a serem utilizados no dia. Recepo e triagem dos clientes: Conferir, separar e repor todos os impressos que sero utilizados no dia de trabalho, como por exemplo: registro dirio de doses aplicadas, mapa ou livro de registro do quantitativo, validade e lote dos frascos armazena- dos na geladeira da sala; Manter em local visvel um calendrio bsico de vacinao atualizado alm de um calendrio do ms corrente; Receber o usurio de maneira acolhedora e respeitosa; Pedir o Carto de Sade da Criana, perguntar sobre possveis reaes s doses anteriores de vacinas e verifcar aprazamentos. Na sala de administrao de vacinas: Perguntar ao responsvel (ou ao prprio indivduo) se a criana est bem, e confrmar o nome que consta no carto, se for o caso confrmar o nome da me; O profssional deve estar atento a possveis informaes que o respons- vel possa mencionar, mesmo sem ser questionado, bem como estar apto a responder questionamentos relacionados aos produtos utilizados; Prestar orientaes referentes (s) vacina(s) a ser(em) administrada(s); Posicionar a criana (ou o indivduo), verifcar a vacina, a validade, a via e o lo- cal de aplicao, em seguida preparar a dose e administrar o imunobiolgico; Rubricar no carto de vacinao ao fnal da administrao; Pedir que aguarde alguns minutos para avaliar Eventos Adversos imedia- tos e, se for o caso, orientar quanto ao uso de compressas frias; Devolver o carto orientando quanto prxima data para retorno. 48 49 Cuidados durante a administrao de vacinas: Realizar a administrao de vacinas segundo as normas tcnicas preconi- zadas pelo Ministrio da Sade. As vacinas podem ser administradas por via oral, intramuscular, subcutnea e intradrmica. O esquema vacinal atu- al composto por vrias vacinas, resultando em, no mnimo, 20 aplicaes de injees at os 2 anos de vida, gerando ansiedade e desconforto em crianas e seus pais, adolescentes e adultos. O processo de vacinao pode ser dividido em trs etapas: 1. A preparao dos pais: o profssional deve encorajar, confortar e orien- tar os pais para que no ameacem as crianas com injees ou mintam sobre elas. 2. A aplicao das vacinas: importante a escolha do local apropriado de acordo com a vacina, a idade, a atividade profssional (se for o caso), bem como o correto posicionamento do cliente para o relaxamento do msculo; 3. Liberao do cliente: aps observar (se possvel por 15 a 20 minutos) se o cliente no apresentou nenhuma intercorrncia relacionada vaci- na, e que j foram realizados os devidos registros no Carto de Sade da Criana ou outro comprovante de vacinao e liberar este cliente do aten- dimento na unidade. Encerramento das atividades do dia: Verifcar e registrar as temperaturas da geladeira; Desmontar as caixas trmicas e recolocar na geladeira os frascos que po- dero ser utilizados conforme a validade de cada produto aps a abertura; Guardar as bobinas de gelo no freezer; Consolidar as doses de vacinas aplicadas; Arquivar cartes espelhos de acordo com a data do retorno; Repor material de uso dirio para garantir o incio dos trabalhos na ma- nh seguinte; Guardar todo o material que possa ser utilizado no dia seguinte em ar- mrio prprio; Verifcar se a tomada do equipamento est conectada e/ou porta da ge- ladeira fechada, antes de se retirar da sala. Encerramento das atividades quinzenais e mensais: Solicitar ao funcionrio de servios gerais que realize a limpeza quinze- nalmente e a limpeza terminal da sala (sempre sob superviso do respon- svel da sala); Prover a limpeza de geladeira quinzenalmente antes do recebimento dos imunobiolgicos ou quando a espessura de gelo no congelador esti- ver maior que 0,5cm, SEMPRE com a superviso de um funcionrio da sala. Ao fnal das atividades do ms, a equipe de vacinao deve adotar os seguintes procedimentos: Somar as doses administradas, registradas no Mapa Dirio de Vacinao, transferindo para o consolidado do Boletim Mensal de Doses Aplicadas; Fazer a reviso do arquivo de cartes de controle (cartes espelhos) para possvel convocao e busca de faltosos; Avaliar e calcular o percentual de utilizao e perda dos imunobiolgicos, avaliar as coberturas vacinais da rea de abrangncia do servio de sade. Observaes: Lembrar que a geladeira que compe a Rede de Frio deve ter uma toma- da de uso EXCLUSIVO. Idealmente, as salas de vacina devem ter um aparelho de ar condiciona- do compatvel com seu tamanho, que deve permanecer ligado durante toda jornada de trabalho. A limpeza da sala de vacinas deve ser sempre na jornada de trabalho e sob superviso de algum componente da equipe, e no nos fnais de semana. Responsabilidades do enfermeiro(a) da Sala de Vacinas: Capacitar e supervisionar a equipe do setor; Prever e prover insumos, materiais e impressos necessrios ao trabalho dirio; Conhecer, controlar e garantir a reposio semanal do estoque de vaci- nas do setor; Fazer o gerenciamento da Rede de Frio; Realizar notifcao de casos de Eventos Adversos possivelmente relacio- nados vacinao; 50 51 Verifcar semanalmente as validades dos imunobiolgicos; Solicitar mudanas e adaptaes para que o ambiente da sala de vacinas tenha adequadas condies de trabalho; Conhecer, avaliar e acompanhar as coberturas vacinais de sua rea de atuao; Estar apto(a) a tomar decises locais na liderana da equipe de enfermagem; Fazer a reviso no arquivo de cartes de controle (cartes espelho) ou pronturio eletrnico, para convocao e busca de faltosos; Somar as doses registradas no Mapa Dirio de Vacinao e encaminhar Boletim Mensal de Doses Aplicadas ao Servio de Vigilncia em Sade. Cuidados com o resduo da Sala de Vacinas: O resduo da Sala de Vacinas caracterizado como perigoso e/ou comum. So considerados resduos perigosos: Material biolgico; Sobras dirias de imunobiolgicos ou produtos que sofreram alterao de temperatura ou com prazo de validade vencido; Resduos perfurantes, agulhas, ampolas de vacinas e seringas descartveis; Os demais resduos da Sala de Vacinas so considerados comuns. Observaes: O resduo perigoso, por conta de sua composio, recebe cuidados es- peciais na separao, no acondicionamento, na coleta, no tratamento e no destino fnal. O responsvel pela limpeza da Sala de Vacinas faz, tambm, a identifca- o e a separao dos resduos, alm do tratamento dos resduos perfu- rantes e infectantes. A unidade responsvel por garantir, conforme determina a Resoluo da ANVISA, RDC 306/2004, que os resduos resultantes de atividades de vacinao com micro-organismos vivos ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com expirao do prazo de validade, com contedo inutilizado, vazios ou com restos do produto, sejam submetidos a tratamento antes da disposio fnal. ANEXO VI Fluxo de investigao e conduta para eventos adversos ps-vacinao Eventos locais e moderados: dor local/endurao, cefaleia, febre, mialgia, sintomas respiratrios, diarreia, vmitos, outros. Notifcar e investigar Solicitar avaliao clnica Uso de compressas frias e/ou uso de sintomticos, se necessrio Acompanhar evoluo Hipersensibilidade: choque anafltico (na 1 hora), urticria generalizada, exantema pruriginoso, angioedema, laringoespasmo, taquicardia, dispineia. Notifcar e investigar Realizar atendimento para choque anafltico (se necessrio): Adrenalina (administrar 0,01ml/kg SC ou IM) - criana: mximo de 0,3ml - adulto: 0,5ml Pode ser repetido a cada 10/15 minutos Encaminhar para unidade hospitalar para observao Acompanhar a evoluo Neurolgicos: paralisia fcida simtrica, ascendente, sbita e progressiva, fraqueza muscular, perda de refexos profundos, alterao da conscincia, parestesias, em geral at 4 semanas da vacinao. Notifcar e investigar Realizar atendimento neurolgico para avaliao especializada (ver com Coordenao de Imunizaes) Coletar liquor e realizar Eletroneuromiografa e Ressonncia Magntica 52 Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fm comercial. Tiragem 2 edio 2013. 1.000 exemplares. Coordenao do Programa de Imunizaes Rua Afonso Cavalcanti, 455/8 andar/sala 809 Cidade Nova Rio de Janeiro/RJ CEP: 20211-901 Telefone: +55 21 3971.1762 imunizacaovs@rio.rj.gov.br http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/