Trabalho de Imunologia

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TRABALHO DE IMUNOLOGIA

3.1 Princípios e objetivos da imunização

Quando se fala em “Imunização” pode-se descrever sobre a capacidade


do organismo de reconhecer o agente causador de uma doença e de produzir
anticorpos a partir da doença adquirida ou por meio da vacinação, ficando
protegido temporária ou permanentemente. Foi a partir do surgimento dos
estudos sobre Imunologia que, pela primeira vez, a medicina foi capaz de intervir
no curso de uma doença e isto se fez através da VACINA. Que tem como objetivo
combater as doenças de forma indireta, ou seja, “preparar” o sistema
imunológico de um indivíduo para melhor lutar contra um ser vivo ou produto
específico antes que ele se exponha ao mesmo.

3.2 Características gerais da Imunização Ativa

Imunização Ativa se refere à imunidade produzida pelo corpo após


exposição de antígenos. Ocorre quando o próprio sistema imune da pessoa, ao
entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde
produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T). Esse tipo de imunidade
geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Os dois meios de
se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação.

3.3 Imunizações ativas recomendadas e calendário vacinal do Ministério da


Saúde do Brasil

No Brasil, desde o início do século XIX, as vacinas são utilizadas como


medida de controle de doenças. E somente a partir do ano de 1973 é que se
formulou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), regulamentado pela Lei
Federal no 6.259, de 30 de outubro de 1975, e pelo Decreto n° 78.321, de 12 de
agosto de 1976, que instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
(SNVE).

O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população


brasileira e tem como missão o controle, a erradicação e a eliminação de
doenças imunopreveníveis. É considerado uma das principais e mais relevantes
intervenções em saúde pública no Brasil, em especial pelo importante impacto
obtido na redução de doenças nas últimas décadas. Os principais aliados no
âmbito do SUS são as secretarias estaduais e municipais de saúde. As diretrizes
e responsabilidades para a execução das ações de vigilância.

As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de saúde são definidas nos


calendários de vacinação, nos quais estão estabelecidos:

• os tipos de vacina;

• o número de doses do esquema básico e dos reforços;

• a idade para a administração de cada dose; e

• o intervalo entre uma dose e outra no caso do imunobiológico cuja


proteção exija mais de uma dose.

Considerando o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais, o


PNI define calendários de vacinação com orientações específicas para crianças,
adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas. As vacinas recomendadas
para as crianças têm por objetivo proteger esse grupo o mais precocemente
possível, garantindo o esquema básico completo no primeiro ano de vida e os
reforços e as demais vacinações nos anos posteriores.

Os calendários de vacinação estão regulamentados pela Portaria


ministerial nº 1.498, de 19 de julho de 2013, no âmbito do Programa Nacional de
Imunizações (PNI), em todo o território nacional, sendo atualizados
sistematicamente por meio de informes e notas técnicas pela CGPNI. Nas
unidades de saúde, os calendários e os esquemas vacinais para cada grupo-
alvo devem estar disponíveis para consulta e afixados em local visível.

As vacinas que são descritas como “recomendadas” segundo o


Regulamento Sanitário Internacional (RSI/2005), podem ser previstas como
exigidas no Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP),
documento que comprova a vacinação das mesmas.

Entre as vacinas dispostas no Calendário de Vacinação estão:

 Para crianças, vacinas contra: tuberculose (BCG), Poliometite ou Paralisia


infantil (VOP); difteria, tétano, coqueluche (DTP) e meningite causada por
Haemopilhus (vacina Tetravalente); sarampo, rubéola e caxumba (tríplice
viral –SRC); hepatite B e febre amarela.
 Para adolescente, vacinas contra: difteria e tétano (dupla adulto – DT),
febre amarela, hepatite B e sarampo e rubéola (Dupla Viral - SR).
 Para homens, vacinas contra: difteria e tétano (dupla adulto – DT), febre
amarela e sarampo e rubéola (Dupla Viral - SR).
 Para mulheres, vacinas contra: difteria e tétano (dupla adulto – DT),
sarampo e rubéola (Dupla Viral - SR) e febre amarela.
o Para gestantes: difteria e tétano (dupla adulto – DT).
 Para idosos, vacinas contra: gripe (Influenza), pneumonia (pneumococo)
e difteria e tétano (dupla adulto – DT).

3.4 Precauções com vacinas

Algumas precauções devem ser levadas em considerações com a


vacinação. Com relação ao intervalo entre as doses de uma vacina, deve-se
atentar que cada uma possui seu tempo de dosagem (caso não sejam dose
única). No caso desse intervalo ter sido ultrapassado, não existe a indicação de
se reiniciar nova vacinação e deve-se administrar as doses subseqüentes da
vacina. Por outro lado, a não obediência do intervalo mínimo permitido entre as
doses pode implicar em redução da eficácia da vacina.

Não existe contra-indicação a aplicação simultânea e não simultânea de


diferentes vacinas, A única exceção a essa regra fica por conta da administração
simultânea das vacinas da febre amarela e cólera, que devem ser separadas por
um período mínimo de 3 semanas, e para duas vacinas vivas atenuadas, deve-
se esperar 4 semanas.

Após receberem as vacinas, as pessoas podem sentir algumas reações


que são esperadas como: febre, cansaço, dor e vermelhidão local. Isto ocorre
pois a vacina está estimulando a produção dos anticorpos e a defesa do nosso
organismo. Estas reações são geralmente transitórias e não fazem mal, apesar
de serem incômodas.

As vacinas podem e devem ser tomadas mesmo quando a pessoa estiver:

• com febre baixa;


• desnutrida;

• com doenças comuns, como resfriados ou outras infecções

respiratórias com tosse e coriza;

• com diarréia leve ou moderada;

• com doenças de pele;

• tomando antibióticos;

• com baixo peso ao nascer ou se for prematura;

• internada num hospital.

3.4 Abordagens recentes sobre produção de vacinas

Um meio, atualmente muito abordado, é a produção de vacinas através


de DNA. As vacinas de DNA ou vacinas gênicas não são baseadas no próprio
patógeno, como as vacinas atenuadas ou inativadas e sim, na informação
genética do mesmo. Dessa forma, essa informação genética codifica uma ou
mais proteínas do organismo patogênico, utilizando a maquinaria do próprio
hospedeiro. Essas proteínas são denominadas antígenos e irão ativar o sistema
imunológico do receptor da vacina, levando à produção de anticorpos, de células
citotóxicas e de células de memória. Assim, quando o indivíduo entrar em contato
com esse patógeno, não desenvolverá a doença e, inclusive, poderá estar
protegido por toda a sua vida. Ademais, a ativação da resposta imunológica
celular faz com que as vacinas de DNA apresentem potencial aplicação na
terapêutica contra o câncer.

O grande avanço que a Biotecnologia tem sido um grande aliado no


desenvolvimento deste tipo de vacinas, em especial da técnica do DNA
recombinante. A produção de uma vacina gênica se baseia na inserção de um
ou mais genes do patógeno em um plasmídeo. Várias técnicas vêm sendo
utilizadas com intuito de melhorar a entrega destes plasmídeos recombinantes,
evitando, assim, a sua degradação por nucleases no citoplasma das células.
3.6 Características Gerais da Imunização Passiva

A Imunização Passiva é obtida pela transferência à criança de anticorpos


produzidos por um animal ou outro homem. Esse tipo de imunidade produz uma
rápida e eficiente proteção, que, contudo, é temporária, durando em média
poucas semanas ou meses. Isso é feito pela transferência de soro ou
gamaglobulinas de um doador imune para um indivíduo não imune.
Alternativamente, células imunes de um indivíduo imunizado podem ser usadas
para transferir imunidade. Imunidade passiva pode ser adquirida naturalmente
ou artificialmente.

3.7 Imunização via colostro e por transferência de anticorpos via


placenta

A imunidade é transferida da mãe para o feto através da transferência


placentária de IgG ou transferência pelo colostro de IgA. São duas formas de
imunização em que um indivíduo recebe anticorpos de outro indivíduo, por uma
via natural. Na imunização por transferência placentária alguns tipos de
anticorpos atravessam a placenta, passando da circulação materna para a fetal.
Ao nascer, a criança possui uma grande quantidade desses anticorpos, que
permanecem em seu organismo por 6 a 9 meses.

Na imunização por transferência via colostro sabe-se que é muito


importante o leite produzido nos primeiros dias logo após o parto, que é chamado
colostro. Sua concentração de anticorpos é muito elevada, e esses anticorpos
atapetam o tubo digestivo da criança, constituindo-se em uma eficiente barreira
contra infecções intestinais. Além de anticorpos, o leite materno também contém
outros fatores de proteção, como células fagocitárias e anticorpos.

O leite materno não é apenas o mais adequado alimento que um recém-


nascido pode receber. Trata-se, ainda, de uma poderosa arma de prevenção e
de combate às infecções, que a criança recebe de sua mãe, pois contém
anticorpos.
3.8 Terapias passivas com anticorpos

São feitas quando o organismo já está contraído com a doença e utilizam-


se anticorpos para combater os agente infecciosos, diferente da ativa que onde
coloca-se o agente inativado pro sistema imune produzir as próprias defesas.

3.9 Indicações e precauções para o uso da terapia com


Imunoglobulina.

Esse tipo de terapia é utilizado quando há uma decaída brusca na


imunidade do organismo a ser tratado. É feita, por exemplo, para o tratamento
de Leucemia, onde essa terapia é imprescindível. As precauções são quanto a
ter um diagnóstico preciso, isto é, deve-se observar coisas como: o corpo não
está produzindo anticorpos? Está produzindo células imaturas? Está produzindo
e havendo sequestro? Qual é a reação situação? Pois, algumas vezes o
organismo está produzindo exacerbadamente imunoglobulinas mas o resultado
do exame mostra que há baixa contagem do mesmo, pois o sistema imune está
utilizando todas. Se começar-se um tratamento nessas condições, o organismo
que estava reagindo bem pode começar a ficar mal, pois ele irá identificar que já
se tem as células suficientes e vai parar de produzir. Por isso a importância do
diagnóstico e da causa da doença.

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