Raciocínio Lógico
Raciocínio Lógico
Raciocínio Lógico
com
RACIOCNIO LGICO
Em lgica, pode-se distinguir trs tipos de raciocnio lgico: deduo, induo e abduo. Dada uma premissa,
uma concluso, e uma regra segundo a qual apremissa implica a concluso, eles podem ser explicados da seguinte forma:
Deduo corresponde a determinar a concluso. Utilizase da regra e sua premissa para chegar a uma concluso.
Exemplo: "Quando chove, a grama fica molhada. Choveu
hoje. Portanto, a grama est molhada." comum associar
os matemticos com este tipo de raciocnio.
Induo determinar a regra. aprender a regra a partir
de diversos exemplos de como a concluso segue
da premissa. Exemplo: "A grama ficou molhada todas as
vezes em que choveu. Ento, se chover amanh, a grama
ficar molhada." comum associar os cientistas com este
estilo de raciocnio.
Abduo significa
determinar
a premissa.
Usa-se
a concluso e a regra para defender que a premissa poderia
explicar a concluso. Exemplo: "Quando chove, a grama fica
molhada. A grama est molhada, ento pode ter chovido."
Associa-se
este
tipo
de
raciocnio
aos diagnosticistas e detetives.
Lgica Matemtica
Imagine que voc foi convocado a participar de um jri
em um processo criminal e o advogado de defesa apresenta
os seguintes argumentos:
Ao procurarmos a soluo de um problema quando dispomos de dados como um ponto de partida e temos um
objetivo a estimularmos, mas no sabemos como chegar a
esse objetivo temos um problema. Se soubssemos no
haveria problema.
necessrio, portanto, que comece por explorar as possibilidades, por experimentar hipteses, voltar atrs num
caminho e tentar outro. preciso buscar idias que se conformem natureza do problema, rejeitar aqueles que no se
ajustam a estrutura total da questo e organizar-se.
Pergunta: O argumento do advogado esta correto? Como voc deveria votar o destino do ru?
E mais fcil responder a essa pergunta reescrevendo o
argumento com a notao de lgica formal, que retira todo o
palavrrio que causa confuso e permite que nos concentremos na argumentao subjacente.
A lgica formal fornece as bases para o mtodo de pensar organizado e cuidadoso que caracteriza qualquer atividade racional.
"Lgica: Coerncia de raciocnio, de ideias. Modo de raciocinar peculiar a algum, ou a um grupo. Sequencia coerente, regular e necessria de acontecimentos, de coisas."
(dicionrio Aurlio), portanto podemos dizer que a Lgica e a
cincia do raciocnio.
Raciocnio Lgico
Partindo-se do contexto histrico, a lgica enquanto cincia do raciocnio pode ser subdividida em duas grandes correntes, quais sejam: Lgica Clssica e Lgica Formal.
Enquanto Lgica Clssica esta fundamentada em processos no matemticos, processos no analticos, sendo
que suas verdades advm de entidades filosficas. Pode-se
dizer que a Lgica Clssica tem um carter intuitivo.
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A Lgica Matemtica constitui em termos gerais um sistema cientfico de raciocnio, que se baseia em estados bivalentes, ou seja, um sistema dicotmico onde a quaisquer
de suas entidades pode-se predicar a verdade ou a falsidade, sendo estados mutuamente excludentes. Desta forma
a partir de seus axiomas fundamentais e do sistema bivalente estabelecido desenvolver-se- um mtodo analtico de
raciocnio que objetiva analisar a validade do processo informal a partir das denominadas primeiras verdades, primcias.
Desta forma toda sentena declarativa, afirmativa de sentido completo que expresso um determinado pensamento
so denominado predicados ou enunciados, as quais de
acordo com o universo relacional onde se encontram sempre possvel predicar-se verdade ou a falsidade.
So exemplos de proposies:
Ana e inteligente.
Exemplos de no proposies:
Uma proposio simples ou um tomo ou ainda uma proposio atmica, constituem a unidade mnima de anlise do
clculo sentencial e corresponde a uma estrutura tal em que
no existe nenhuma outra proposio como parte integrante
de si prprio. Tais estruturas sero designadas pelas letras
latinas minsculas tais como:
Neste sistema de raciocnio tem-se estabelecido to somente dois estados de verdade, isto , a verdade e a no
verdade. Portanto a Lgica Matemtica um sistema bivalente ou dicotmico, onde os dois estados de verdade servem para caracterizar todas as situaes possveis sendo
mutuamente excludentes (isto , a ocorrncia da primeira
exclui a existncia da segunda).
Raciocnio Lgico
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oportuno salientar-se que a lgica matemtica no cabe a obrigao de decidir se uma dada proposio verdade
ou falsidade, isto , compete aos respectivos especialistas
das correspondentes reas de conhecimento. Contudo a
lgica tem por obrigao estruturar mtodos ou procedimentos de deciso que permita, num tempo finito, a deciso
sobre os valores lgicos de frmulas proposicionais constitudas de n proposies e m raciocnios (sobre o ponto de vista
da analiticidade de tais processos). A de se observar tambm, que validade em lgica matemtica corresponde, to
somente a avaliao de argumentos dedutivos ou de inferncia de argumentos, no tendo sentido associar validade ou
legitimidade a proposies ou enunciados.
p: A filosofia arte
q: A dialtica cincia.
Seja, portanto, a proposio composta A filosofia arte
embora a dialtica a cincia.
Para se indicar que a dada sentena designada pela letra proposicional P, sendo constituda de p e q componentes
adota-se a notao P (p, q): A filosofia arte embora a dialtica a cincia.
Observe que uma frmula proposicional pode ser constituda de outras frmulas proposicionais. Alm do mais uma
letra proposicional pode designar uma nica proposio, quer
seja simples ou composta, contudo uma dada proposio
pode ser qualificada por quaisquer das letras proposicionais
num dado universo.
Sejam as proposies:
p: A lgica condiciona a Matemtica
Vejam os exemplos:
P (p, q): A lgica condiciona a Matemtica, mas a dialtica fundamenta o pensamento ambguo.
Q (p, q): A lgica condiciona a Matemtica e/ou a dialtica fundamenta o pensamento ambguo.
S (P, Q): Se a lgica condiciona a Matemtica mas a dialtica fundamente o pensamento ambguo, ento a Lgica
condiciona a matemtica e/ou a dialtica fundamente o pensamento ambguo.
Tem-se que:
P (p, q): p e q.
Partindo-se do fato de que a lgica matemtica um sistema cientfico de raciocnios, bivalentes e dicotmicos, em
que existem apenas dois estados de verdade capazes de
gerar todos os resultados possveis, a verdade corresponde
a afirmaes do fato enquanto tal, sendo a falsidade a contradio ou a negao do fato enquanto tal. Assim a verdade
ou a falsidade, corresponde respectivamente ao verdadeiro
ou falso, segundo o referencial terico que institui as determinadas entidades proposies ou enunciados, de um
dado universo relacional.
Q (p, q): p ou q.
R (p, q): p ou q, e no ambos.
S (p, q): Se p, ento q.
W (p, q): p se, e somente se q.
P1 (p): no p
Observe que as frmulas proposicionais ou proposies
compostas anteriormente apresentadas foram obtidas a partir
de duas proposies simples quaisquer, unidas pelo conjunto
de palavras, quando utilizadas para estabelecer a conexo
entre duas ou mais proposies (simples ou compostas), so
denominadas conectivos lgicos ou conectivos proposicionais, os quais definem classes de frmulas proposicionais
especficas.
Prof.a Paula Francis Benevides
Smbolos
Raciocnio Lgico
no
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ou
se ... ento
se e somente se
tal que
O que um argumento?
implica
equivalente
existe
existe um e somente
um
Valor lgiSmbolo
co
Negao
,,~
ou '
Um argumento um conjunto de proposies que utilizamos para justificar (provar, dar razo, suportar) algo. A
proposio que queremos justificar tem o nome de concluso; as proposies que pretendem apoiar a concluso ou a
justificam tm o nome de premissas.
Expresso
no, falso, no verdade que
Conjuno
Disjuno
ou
Condicional
Bicondicional
Muito bem, a lgica estuda argumentos. Mas qual o interesse disso para a filosofia? Bem, tenho de te lembrar que
a argumentao o corao da filosofia. Em filosofia temos a
liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sustentar o que defendemos com bons argumentos e, claro,
tambm temos de aceitar discutir os nossos argumentos.
Exemplo 2
Premissa: O Joo e o Jos so alunos do 11. ano.
Concluso: Logo, o Joo aluno do 11. ano.
Os argumentos constituem um dos trs elementos centrais da filosofia. Os outros dois so os problemas e as teorias. Com efeito, ao longo dos sculos, os filsofos tm procurado resolver problemas, criando teorias que se apoiam em
argumentos.
Ests a ver por que que o estudo dos argumentos importante, isto , por que que a lgica importante. importante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos vlidos
dos invlidos, permite-nos compreender por que razo uns
Raciocnio Lgico
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Exemplo 2
Por outro lado, aqueles indicadores (palavras e expresses) podem aparecer em frases sem que essas frases sejam premissas ou concluses de argumentos. Por exemplo,
se eu disser:
Exemplo 3:
Proposies e frases
Um argumento um conjunto de proposies. Quer as
premissas quer a concluso de um argumento so proposies. Mas o que uma proposio?
Neste argumento, a concluso est claramente identificada ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto acontece. Contudo, h certas expresses que nos ajudam a perceber qual a concluso do argumento e quais so as premissas. Repara, no argumento anterior, na expresso "dado
que". Esta expresso um indicador de premissa: ficamos a
saber que o que se segue a esta expresso uma premissa
do argumento. Tambm h indicadores de concluso: dois
dos mais utilizados so "logo" e "portanto".
H vrios tipos de frases: declarativas, interrogativas, imperativas e exclamativas. Mas s as frases declarativas exprimem proposies. Uma frase s exprime uma proposio
quando o que ela afirma tem valor de verdade.
Por exemplo, as seguintes frases no exprimem proposies, porque no tm valor de verdade, isto , no so verdadeiras nem falsas:
pois
porque
dado que
como foi dito
visto que
devido a
a razo que
admitindo que
sabendo-se que
assumindo que
Indicadores de concluso
por isso
por conseguinte
implica que
logo
portanto
ento
da que
segue-se que
pode-se inferir que
consequentemente
Uma proposio uma entidade abstracta, o pensamento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
frases. Por isso, a mesma proposio pode ser expressa por
diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
pelo governo" exprimem a mesma proposio. As frases
seguintes tambm exprimem a mesma proposio: "A neve
branca" e "Snow is white".
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Ambiguidade e vagueza
Para alm de podermos ter a mesma proposio expressa por diferentes frases, tambm pode acontecer que a
mesma frase exprima mais do que uma proposio. Neste
caso dizemos que a frase ambgua. A frase "Em cada dez
minutos, um homem portugus pega numa mulher ao colo"
ambgua, porque exprime mais do que uma proposio: tanto
pode querer dizer que existe um homem portugus (sempre
o mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao
colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um
homem portugus (diferente) pega numa mulher ao colo (a
sua).
Validade e verdade
A verdade uma propriedade das proposies. A validade uma propriedade dos argumentos. incorrecto falar em
proposies vlidas. As proposies no so vlidas nem
invlidas. As proposies s podem ser verdadeiras ou falsas. Tambm incorrecto dizer que os argumentos so verdadeiros ou que so falsos. Os argumentos no so verdadeiros nem falsos. Os argumentos dizem-se vlidos ou invlidos.
Quando que um argumento vlido? Por agora, referirei apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento
dedutivo vlido quando impossvel que as suas premissas sejam verdadeiras e a concluso falsa. Repara que, para
um argumento ser vlido, no basta que as premissas e a
concluso sejam verdadeiras. preciso que seja impossvel
que sendo as premissas verdadeiras, a concluso seja falsa.
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Mas no penses que s os argumentos em que a concluso repete a premissa que so maus. Um argumento
mau (ou fraco) se as premissas no forem mais plausveis do
que a concluso. o que acontece com o seguinte argumento:
Para que um argumento seja bom (ou forte), as premissas tm de ser mais plausveis do que a concluso, como
acontece no seguinte exemplo:
As noes de lgica que acabei de apresentar so elementares, certo, mas, se as dominares, ajudar-te-o a
fazer um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porventura, noutras.
Um argumento bom (ou forte) um argumento vlido persuasivo (persuasivo, do ponto de vista racional).
As proposies simples ou atmicas so assim caracterizadas por apresentarem apenas uma idia. So indicadas
pelas letras minsculas: p, q, r, s, t...
As proposies compostas ou moleculares so assim caracterizadas por apresentarem mais de uma proposio
conectadas pelos conectivos lgicos. So indicadas pelas
letras maisculas: P, Q, R, S, T...
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto , argumentos que no so bons (apesar de slidos), mais vezes do que
imaginas. Com certeza, j viveste situaes semelhantes a
esta:
Raciocnio Lgico
Exemplo:
Proposies simples:
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p: O nmero 24 mltiplo de 3.
q: Braslia a capital do Brasil.
r: 8 + 1 = 3 . 3
s: O nmero 7 mpar
t: O nmero 17 primo
Proposies compostas
P: O nmero 24 divisvel por 3 e 12 o dobro de 24.
Q: A raiz quadrada de 16 4 e 24 mltiplo de 3.
R(s, t): O nmero 7 mpar e o nmero 17 primo.
Noes de Lgica
Srgio Biagi Gregrio
5. SOFISMA
1. CONCEITO DE LGICA
Sofisma um raciocnio falso que se apresenta com aparncia de verdadeiro. Todo erro provm de um raciocnio
ilegtimo, portanto, de um sofisma.
Esta ltima qualidade aquela que efetivamente distingue o homem dentre os demais seres vivos (2).
3. JUZO E O RACIOCNIO
Entende-se por juzo qualquer tipo de afirmao ou negao entre duas idias ou dois conceitos. Ao afirmarmos,
por exemplo, que este livro de filosofia, acabamos de
formular um juzo.
O enunciado verbal de
do proposio ou premissa.
um
juzo
Aristteles considerado, com razo, o fundador da lgica. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamente, as leis do pensamento. Suas pesquisas lgicas foram
reunidas, sob o nome de Organon, por Digenes Larcio. As
leis do pensamento formuladas por Aristteles se caracterizam pelo rigor e pela exatido. Por isso, foram adotadas
pelos pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, so
admitidas por muitos filsofos.
denomina-
Raciocnio - o processo mental que consiste em coordenar dois ou mais juzos antecedentes, em busca de um
juzo novo, denominado concluso ou inferncia.
O objetivo primacial da lgica , portanto, o estudo da inteligncia sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
ela que fornece ao filsofo o instrumento e a tcnica necessria para a investigao segura da verdade. Mas, para
atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e raciocinar corretamente, a fim de que o esprito no caia em contradio consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, so. Da as vrias divises
da lgica.
4. SILOGISMO
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PROPOSIO
Denomina-se proposio a toda frase declarativa, expressa
em palavras ou smbolos, que exprima um juzo ao qual se
possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois
valores lgicos possveis: verdadeiro ou falso.
So exemplos de proposies as seguintes sentenas
declarativas:
A capital do Brasil Braslia.
23 > 10
Existe um nmero mpar menor que dois.
Joo foi ao cinema ou ao teatro.
No so proposies:
1) frases interrogativas: Qual o seu nome?
2) frases exclamativas: Que linda essa mulher!
3) frases imperativas: Estude mais.
4) frases optativas: Deus te acompanhe.
5) frases sem verbo: O caderno de Maria.
6) sentenas abertas (o valor lgico da sentena depende do
valor (do nome) atribudo a varivel):
ARGUMENTO
PROPOSIO CATEGRICA
Proposio categrica faz uma afirmao da qual no ficaremos com duvidas.
Essas no so proposies categricas, e somos deixados na dvida sobre quando o produto realmente ser entregue.
Um argumento categrico (formado por proposies categricas) , ento, o mais efetivo dos argumentos porque
nos fornece certo conhecimento.
- PROPOSIO HIPOTTICA.
A Hiptese (do gr. Hypthesis) uma proposio que se
admite de modo provisrio como verdadeira e como ponto de
partida a partir do qual se pode deduzir, pelas regras da
lgica, um conjunto secundrio de proposies, que tm por
objetivo elucidar o mecanismo associado s evidncias e
dados experimentais a se explicar.
Literalmente pode ser compreendida como uma suposio ou proposio na forma de pergunta, uma conjetura que
orienta uma investigao por antecipar caractersticas provveis do objeto investigado e que vale quer pela concordncia
com os fatos conhecidos quer pela confirmao atravs de
dedues lgicas dessas caractersticas, quer pelo confronto
com os resultados obtidos via novos caminhos de investigao
(novas
hipteses
e
novos
experimentos).
No possvel provar ou refutar uma hiptese, mas confirm-la ou invalid-la: provar e confirmar so coisas diferentes
embora divisadas por uma linha tnue. Entretanto, para as
questes mais complexas, lembre-se, podem existir muitas
explicaes possveis, uma ou duas experincias talvez no
provem ou refutar uma hiptese.
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mais comumente referida como lgica matemtica) e so
expressos em uma linguagem formal. Lgica informal pode
chamar a ateno para o estudo da argumentao, que
enfatiza implicao, lgica formal e de inferncia.
Argumentos dedutivos
O argumento dedutivo uma forma de raciocnio que
geralmente parte de uma verdade universal e chega a uma
verdade menos universal ou singular. Esta forma de
raciocnio vlida quando suas premissas, sendo
verdadeiras, fornecem provas evidentes para sua concluso.
Sua caracterstica principal a necessidade, uma vez que
ns admitimos como verdadeira as premissas teremos que
admitir a concluso como verdadeira, pois a concluso
decorre necessariamente das premissas. Dessa forma, o
argumento deve ser considerado vlido. Um raciocnio
dedutivo vlido quando suas premissas, se verdadeiras,
fornecem provas convincentes para sua concluso, isto ,
quando as premissas e a concluso esto de tal modo
relacionados que absolutamente impossvel as premissas
serem verdadeiras se a concluso tampouco for verdadeira
(COPI, 1978, p.35). Geralmente os argumentos dedutivos
so estreis, uma vez que eles no apresentam nenhum
conhecimento novo. Como dissemos, a concluso j est
contida nas premissas. A concluso nunca vai alm das
premissas. Mesmo que a cincia no faa tanto uso da
deduo em suas descobertas, exceto a matemtica, ela
continua sendo o modelo de rigor dentro da lgica. Note que
em todos os argumentos dedutivos a concluso j est
contida nas premissas.
1) S h movimento no carro se houver combustvel.
O carro est em movimento.
Logo, h combustvel no carro.
2) Tudo que respira um ser vivo.
A planta respira.
Logo, a planta um ser vivo.
3) O som no se propaga no vcuo.
Na lua tem vcuo.
Logo, no h som na lua.
4) S h fogo se houver oxignio
Na lua no h oxignio.
Logo, na lua no pode haver fogo.
5) P=Q
Q=R
Logo, P=R
Validade
Argumentos tanto podem ser vlidos ou invlidos. Se um
argumento vlido, e a sua premissa verdadeira, a
concluso deve ser verdadeira: um argumento vlido no
pode ter premissa verdadeira e uma concluso falsa.
Solidez de um argumento
Um argumento slido um argumento vlido com as
premissas verdadeiras. Um argumento slido pode ser vlido
e, tendo ambas as premissas verdadeiras, deve seguir uma
concluso verdadeira.
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Argumentos indutivos
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Argumentao convincente
Um argumento convincente se e somente se a
veracidade das premissas tornar verdade a provvel
concluso (isto , o argumento forte), e as premissas do
argumento so, de fato, verdadeiras. Exemplo:
Falcias e no argumentos
Uma falcia um argumento invlido que parece vlido,
ou um argumento vlido com premissas "disfaradas". Em
primeiro Lugar, as concluses devem ser declaraes,
capazes de serem verdadeiras ou falsas. Em segundo lugar
no necessrio afirmar que a concluso resulta das
premissas. As palavras, por isso, porque, normalmente e
consequentemente separam as premissas a partir da
concluso de um argumento, mas isto no
necessariamente assim. Exemplo: Scrates um homem e
todos os homens so mortais, logo, Scrates mortal. Isso
claramente um argumento, j que evidente que a
afirmao de que Scrates mortal decorre das declaraes
anteriores. No entanto: eu estava com sede e, por isso, eu
bebi no um argumento, apesar de sua aparncia. Ele no
est reivindicando que eu bebi por causa da sede, eu poderia
ter bebido por algum outro motivo.
Argumentos elpticos
Muitas vezes um argumento no vlido, porque existe
uma premissa que necessita de algo mais para torn-lo
vlido. Alguns escritores, muitas vezes, deixam de fora uma
premissa estritamente necessria no seu conjunto de
premissas se ela amplamente aceita e o escritor no
pretende indicar o bvio. Exemplo: Ferro um metal, por
isso, ele ir expandir quando aquecido. (premissa
descartada: todos os metais se expandem quando
aquecidos). Por outro lado, um argumento aparentemente
vlido pode ser encontrado pela falta de uma premissa - um
"pressuposto oculto" - o que se descartou pode mostrar uma
falha
no
raciocnio.
Exemplo:
Uma
testemunha
fundamentada diz Ningum saiu pela porta da frente, exceto
o pastor, por isso, o assassino deve ter sado pela porta dos
fundos. (hiptese que o pastor no era o assassino).
Retrica, dialtica e dilogos argumentativos
Considerando que os argumentos so formais (como se
encontram em um livro ou em um artigo de investigao), os
dilogos argumentativos so dinmicos. Servem como um
registro publicado de justificao para uma afirmao.
Argumentos podem tambm ser interativos tendo como
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(6) J H.
(7) Logo, J M.
O que fizemos em C foi substituir "humano" por "H",
"Joo" por "J" e "mentiroso" por "M", como resultado dessas
alteraes temos que (5-7) uma forma do argumento
original (1), ou seja (5-7) a forma de argumento de (1).
Alm disso, cada sentena individual de (5-7) a forma de
sentena de uma respectiva sentena em (1).
Inferncia
Inferncia, em Lgica, o ato ou processo de derivar
concluses
lgicas
de premissas conhecida
ou
decididamente verdadeiras. A concluso tambm chamada
de idiomtica.
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Portanto, John Lennon era um msico
Neste caso, temos duas falsas premissas que implicam
uma concluso verdadeira.
Inferncia incorreta
Uma inferncia incorreta conhecida como uma falcia.
Os filsofos que estudam lgica informal compilaram grandes
listas deles, e os psiclogos cognitivos tm documentado
muitas vieses de raciocnio humano que favorecem o
raciocnio incorreto.
RACIOCNIO
uma
operao lgica discursiva e mental. Neste, o intelecto
humano utiliza uma ou mais proposies, para concluir,
atravs de mecanismos de comparaes e abstraes, quais
so os dados que levam s respostas verdadeiras, falsas ou
provveis. Das premissas chegamos a concluses.
Foi pelo processo do raciocnio que ocorreu o
desenvolvimento do mtodo matemtico, este considerado
instrumento puramente terico e dedutivo, que prescinde de
dados empricos.
Atravs da aplicao do raciocnio, as cincias como um
todo evoluram para uma crescente capacidade do intelecto
em alavancar o conhecimento. Este utilizado para isolar
questes e desenvolver mtodos e resolues nas mais
diversas questes relacionadas existncia e sobrevivncia
humana.
O raciocnio, um mecanismo da inteligncia, gerou a
convico nos humanos de que a razo unida
imaginao constituem os instrumentos fundamentais para
a compreenso do universo, cuja ordem interna, alis, tem
um carter racional, portanto, segundo alguns, este processo
a base do racionalismo.
Logo, resumidamente, o raciocnio pode ser considerado
tambm um dos integrantes dos mecanismos dos
processos cognitivos superiores da formao de conceitos e
da soluo de problemas, sendo parte do pensamento.
Lgica De Predicados
Gottlob Frege, em sua Conceitografia (Begriffsschrift),
descobriu uma maneira de reordenar vrias sentenas para
tornar sua forma lgica clara, com a inteno de mostrar
como as sentenas se relacionam em certos aspectos. Antes
de Frege, a lgica formal no obteve sucesso alm do nvel
da lgica de sentenas: ela podia representar a estrutura de
sentenas compostas de outras sentenas, usando palavras
como "e", "ou" e "no", mas no podia quebrar sentenas em
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propriedade vale para qualquer indivduo do universo. Porm, usando uma linguagem proposicional para expressar
"um indivduo arbitrrio de um universo tem uma certa propriedade " e "esta propriedade vale para qualquer indivduo
do universo" usaramos dois smbolos proposicionais distintos e no teramos como concluir o segundo do primeiro.
A linguagem de primeira ordem vai captar relaes entre
indivduos de um mesmo universo de discurso e a lgica de
primeira ordem vai permitir concluir particularizaes de uma
propriedade geral dos indivduos de um universo de discurso,
assim como derivar generalizaes a partir de fatos que
valem para um indivduo arbitrrio do universo de discurso.
Para ter tal poder de expresso, a linguagem de primeira
ordem vai usar um arsenal de smbolos mais sofisticado do
que o da linguagem proposicional.
Considere a sentena "Todo objeto igual a si mesmo".
Para expressar propriedades gerais (que valem para todos os indivduos) ou existenciais (que valem para alguns
indivduos) de um universo so utilizados os quantificadores
(universal) e (existencial), respectivamente. Estes quantificadores viro sempre seguidos de um smbolo de varivel,
captando, desta forma, a idia de estarem simbolizando as
palavras "para qualquer" e "para algum".
Considere as sentenas:
"Scrates homem"
"Todo aluno do departamento de Cincia da Computao
estuda lgica"
Raciocnio Lgico
ARGUMENTO DEDUTIVO: vlido quando suas premissas, se verdadeiras, a concluso tambm verdadeira.
Premissa : "Todo homem mortal."
Premissa : "Joo homem."
Concluso : "Joo mortal."
ARGUMENTO INDUTIVO: a verdade das premissas no
basta para assegurar a verdade da concluso.
Premissa : " comum aps a chuva ficar nublado."
Premissa : "Est chovendo."
Concluso: "Ficar nublado."
As premissas e a concluso de um argumento, formuladas em uma linguagem estruturada, permitem que o argumento possa ter uma anlise lgica apropriada para a verificao de sua validade. Tais tcnicas de anlise sero tratadas no decorrer deste roteiro.
OS SMBOLOS DA LINGUAGEM DO CLCULO PROPOSICIONAL
VARIVEIS PROPOSICIONAIS: letras latinas minsculas p,q,r,s,.... para indicar as proposies (frmulas
atmicas) .
Exemplos:
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A lua quadrada: p
A neve branca : q
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dem ser combinadas entre si e, para representar tais
combinaes usaremos os conectivos lgicos:
: e , : ou , : se...ento , : se e somente se , : no
Exemplos:
A lua quadrada e a neve branca. : p q (p e q so chamados conjuntos)
A lua quadrada ou a neve branca. : p q ( p e q so
chamados disjuntos)
Se a lua quadrada ento a neve branca. : p q (p o
antecedente e q o conseqente)
A lua quadrada se e somente se a neve branca. : p q
A lua no quadrada. : p
Exemplos:
Se a lua quadrada e a neve branca ento a lua
no quadrada.: ((p q) p)
A lua no quadrada se e somente se a neve
branca.: (( p) q))
DEFINIO DE FRMULA :
1. Toda frmula atmica uma frmula.
2. Se A e B so frmulas ento (A B), (A B), (A B),
(A B) e ( A) tambm so frmulas.
3. So frmulas apenas as obtidas por 1. e 2. .
h
uma
falcia
da
demonstrao pretendida. As vrias provas invlidas
(e.g., que 1 = 2) so exemplos clssicos, geralmente
dependendo de uma diviso por zero despercebida.
Outro exemplo o paradoxo do cavalo.
Um paradoxo que no pertence a nenhuma das classes
acima pode ser uma antinomia, uma declarao que
chega a um resultado auto-contraditrio aplicando
apropriadamente meios aceitveis de raciocnio. Por
exemplo, o paradoxo de Grelling-Nelson aponta
problemas genunos na nossa compreenso das
idias de verdade e descrio.
Paradoxo
O frasco com auto-fluxo de Robert Boyle preenche a si
prprio neste diagrama, mas mquinas de moto contnuo no
existem.
Um paradoxo uma declarao aparentemente
verdadeira que leva a uma contradio lgica, ou a uma
situao que contradiz a intuio comum. Em termos
simples, um paradoxo "o oposto do que algum pensa ser
a verdade". A identificao de um paradoxo baseado em
conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes,
auxiliado significativamente o progresso da cincia, filosofia e
matemtica.
A etimologia da palavra paradoxo pode ser traada a
textos que remontam aurora da Renascena, um perodo
de acelerado pensamento cientfico na Europa e sia que
comeou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da
palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas
tambm so encontradas em textos em grego como
paradoxon (entretanto, o Latim fortemente derivado do
alfabeto grego e, alm do mais, o Portugus tambm
derivado do Latim romano, com a adio das letras "J" e "U").
A palavra composta do prefixo para-, que quer dizer
"contrrio a", "alterado" ou "oposto de", conjungada com o
sufixo nominal doxa, que quer dizer "opinio". Compare com
ortodoxia e heterodoxo.
Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos
debates sobre tica. Por exemplo, a admoestao tica para
"amar o seu prximo" no apenas contrasta, mas est em
contradio com um "prximo" armado tentando ativamente
matar voc: se ele bem sucedido, voc no ser capaz de
am-lo. Mas atac-lo preemptivamente ou restringi-lo no
usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser
considerado um dilema tico. Outro exemplo o conflito
Raciocnio Lgico
Proposio
Segundo Quine, toda proposio uma frase mas nem
toda frase uma proposio; uma frase uma proposio
apenas quando admite um dos dois valores lgicos: Falso
(F)ou Verdadeiro (V). Exemplos:
1. Frases que no so proposies
o Pare!
o Quer uma xcara de caf?
o Eu no estou bem certo se esta cor me agrada
2. Frases que so proposies
o A lua o nico satlite do planeta terra (V)
o A cidade de Salvador a capital do estado do Amazonas (F)
o O numero 712 mpar (F)
o Raiz quadrada de dois um nmero irracional (V)
Composio de Proposies
possvel construir proposies a partir de proposies
j existentes. Este processo conhecido por Composio
de Proposies. Suponha que tenhamos duas proposies,
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1. A = "Maria tem 23 anos"
2. B = "Maria menor"
Pela legislao corrente de um pas fictcio, uma pessoa
considerada de menor idade caso tenha menos que 18
anos, o que faz com que a proposio B seja F, na interpretao da proposio A ser V. Vamos a alguns exemplos:
1. "Maria no tem 23 anos" (noA)
2. "Maria no menor"(no(B))
3. "Maria tem 23 anos" e "Maria menor" (A e B)
4. "Maria tem 23 anos" ou "Maria menor" (A ou B)
5. "Maria no tem 23 anos" e "Maria menor" (no(A) e
B)
6. "Maria no tem 23 anos" ou "Maria menor" (no(A)
ou B)
7. "Maria tem 23 anos" ou "Maria no menor" (A ou
no(B))
8. "Maria tem 23 anos" e "Maria no menor" (A e
no(B))
9. Se "Maria tem 23 anos" ento "Maria menor" (A =>
B)
10. Se "Maria no tem 23 anos" ento "Maria menor"
(no(A) => B)
11. "Maria no tem 23 anos" e "Maria menor" (no(A) e
B)
12. "Maria tem 18 anos" equivalente a "Maria no
menor" (C <=> no(B))
Note que, para compor proposies usou-se os smbolos
no (negao), e (conjuno), ou (disjuno), => (implicao) e, finalmente, <=> (equivalncia). So os chamados
conectivos lgicos. Note, tambm, que usou-se um smbolo
para representar uma proposio: C representa a proposio
Maria tem 18 anos. Assim, no(B) representa Maria no
menor, uma vez que B representa Maria menor.
Algumas Leis Fundamentais
Lei do Meio Excluido
Lei da Contradio
Raciocnio Lgico
Smbolo de Designao
Verdade
Falsidade
VERDADES E MENTIRAS
Este item trata de questes em que algumas personagens
mentem e outras falam a verdade. Trata-se de descobrir qual
o fato correto a partir das afirmaes que forem feitas por
eles, evidentemente, sem conhecer quem fala verdade ou
quem fala mentira.
Tambm no h uma teoria a respeito. A aprendizagem das
solues de questes desse tipo depende apenas de treinamento.
Um dos mtodos para resolver questes desse tipo consiste
em considerar uma das afirmaes verdadeira e, em segui-
16
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da, verificar se as demais so ou no consistentes com ela.
Isto significa verificar se h ou no contradio nas demais
afirmaes.
Exemplo 1 - (Fiscal Trabalho 98 ESAF) - Um crime foi
cometido por uma e apenas uma pessoa de um grupo de
cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e Tarso. Perguntados
sobre quem era o culpado, cada um deles respondeu:
Armando: "Sou inocente"
Celso: "Edu o culpado"
Edu: "Tarso o culpado"
Juarez: "Armando disse a verdade"
Tarso: "Celso mentiu"
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que
todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir que o
culpado :
a) Armando
b) Celso
c) Edu
d) Juarez
e)
Tarso
Vamos considerar que Armando foi quem mentiu.
Neste caso ele o culpado. Isto contradiz s palavras de
Celso, pois se Armando mente, Celso teria dito uma verdade.
Teramos ento dois culpados: Armando e Tarso. Portanto,
Armando no mente.
Passemos agora a considerar Celso o mentiroso.
Isto consistente. Pois, como j foi dito, Armando diz a verdade . Edu inocente (Celso mente). Edu diz a verdade.
Juarez tambm disse uma verdade. Tarso tambm foi verdadeiro. Portanto, o culpado Tarso. Resposta: letra (e)
Exemplo 2 - (CVM 2000 ESAF) - Cinco colegas foram a um
parque de diverses e um deles entrou sem pagar. Apanhados por um funcionrio do parque, que queria saber qual
deles entrou sem pagar, ao serem interpelados:
No fui eu, nem o Manuel, disse Marcos.
Foi o Manuel ou a Maria, disse Mrio.
Foi a Mara, disse Manuel.
O Mrio est mentindo, disse Mara.
Foi a Mara ou o Marcos, disse Maria.
Sabendo-se que um e somente um dos cinco colegas mentiu, conclui-se logicamente que quem entrou sem pagar foi:
a) Mrio b) Marcos
c) Mara
d) Manuel
e) Maria
Faamos como no item anterior.
Hiptese 1: Marcos o mentiroso. Se Marcos o mentiroso, ento um dos dois entrou sem pagar. Mas como Manuel
deve dizer a verdade (s um mente), Mara entrou sem pagar.
Assim, seriam dois a entrar sem pagar Mara e Marcos ou
Mara e Manuel. Concluso Marcos fala a verdade.
Hiptese 2: Mrio o mentiroso. Nesse caso, nem Maria e
nem Manuel teria entrado sem pagar. Pois quando se usa o
ou, ser verdade desde que um deles seja verdadeiro. Esto
eliminados Marcos, Manuel e Maria, de acordo com a verdade de Marcos. Seria ento Mara pois Manuel no seria mentiroso. Mara teria dito a verdade pois, de acordo com a hiptese somente Mrio o mentiroso. Como Maria tambm no
seria a mentirosa, nem Mara nem Marcos teria entrado sem
pagar.
Portanto: Marcos, Manuel, Mario e Maria so os que pagaram a entrada e Mara a que no pagou.
Mas e se houver outra possibilidade? Devemos ento tentar
outras hipteses.
Hiptese 3: Manuel o mentiroso. Como Marcos fala a
verdade, no foi ele (Marcos) e nem o Manuel. Como Mrio
tambm fala a verdade, um dos dois Manuel ou Maria entrou
sem pagar. Mas Marcos pagou. Ento Maria entrou sem
pagar. Maria tambm diz a verdade, No teria pago a entrada, Marcos ou Mara. Mas, outra vez, Marcos pagou. Ento
Mara no pagou a entrada.
Temos duas pessoas que entraram sem pagar: Maria e Ma-
Raciocnio Lgico
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Dr. Turing, distrado, no ouve a resposta.
Os andrides restantes fazem, ento, as seguintes declaraes:
Beta: Alfa respondeu que sim.
Gama: Beta est mentindo.
Delta: Gama est mentindo.
psilon: Alfa do tipo M.
Mesmo sem ter prestado ateno resposta de Alfa, Dr.
Turing pde, ento, concluir corretamente que o nmero de
andrides do tipo V, naquele grupo, era igual a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Soluo:
Vejamos as informaes:
(1) Os andrides do tipo M sempre mentem.
(2) Os andrides do tipo V sempre falam a verdade.
Sendo feita a pergunta, voc mente, a resposta s poderia
ser uma: NO. Pois, o mentiroso iria negar dizendo NO e o
verdadeiro tambm iria negar dizendo NO.
Como a resposta tinha que ser NO e Beta disse que alfa
respondeu SIM, Beta est mentindo.
Como Gama disse Beta est mentindo, ento Gama disse a
verdade.
Como Delta disse que Gama est mentindo, Delta um
mentiroso.
Restam agora Alfa e psilon.
psilon disse que Alfa do tipo M. Isto Alfa mentiroso.
Das duas uma: (1) se psilon fala a verdade, ele do tipo V
e Alfa do tipo M; (2) se psilon do tipo M ele mente. Ento Alfa do tipo V. Assim, um dos dois do tipo V.
Portanto, alm do andride Gama tem mais um andride do
tipo V. So ento, dois andrides do tipo V. Resposta: letra
(b) Aula 8 - internet
CONTINGNCIA
Em filosofia e lgica, contingncia
o
status
de
proposies que no so necessariamente verdadeiras nem
necessariamente falsas. H quatro classes de proposies,
algumas das quais se sobrepem:
proposies necessariamente
verdadeiras ou Tautologias, que devem ser verdadeiras, no
importa quais so ou poderiam ser as circunstncias
(exemplos: 2 + 2 = 4; Nenhum solteiro casado).Geralmente
o que se entende por "proposio necessria" a proposio
necessariamente verdadeira.
proposies necessariamente falsas ou Contradies,
que devem ser falsas, no importa quais so ou poderiam
ser as circunstncias (exemplos: 2 + 2 = 5; Ana mais alta e
mais baixa que Beto).
proposies contingentes,
que
no
so
necessariamente verdadeiras nem necessariamente falsas
(exemplos: H apenas trs planetas; H mais que trs
planetas).
A primeira maneira foi mostrada no captulo um, mas vejamos outros exemplos:
Raciocnio Lgico
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A seguir, veremos a transformao de uma sentena aberta numa proposio por meio de quantificadores.
Quantificadores
Consideremos as afirmaes:
a) Todo sangue vermelho.
b) Cada um dos alunos participar da excurso.
c) Algum animal selvagem.
d) Pelo menos um professor no rico.
e) Existe uma pessoa que poliglota.
f) Nenhum crime perfeito.
Expresses como todo, cada um, "algum", "pelo menos um", existe, nenhum so quantificadores.
H fundamentalmente dois tipos de quantificadores: Universal e Existencial.
So quantificadores:
outro(s)
pouco(s)
quantos
tanto(s)
qualquer / quaisquer
certo(s)
todo(s)
ambos
algum / alguns
vrio(s) / vria(s)
Raciocnio Lgico
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a) 40 cm
b) 35 cm
c) 23 cm
d) 42 cm
9) (QUESTES DE RACIOCNIO LGICO) Para cada pessoa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a me de x. A esse respeito, assinale a afirmativa FALSA.
a) f[f(x)] = av paterno de x
b) g[g(x)] = av materna de x
c) f[g(x)] = av materno de x
d) f[g(x)] = g[f(x)]
10) Numa avenida reta h cinco pontos comerciais, todos do
mesmo lado da rua. A farmcia fica entre a padaria e o restaurante, a padaria fica entre o supermercado e a lotrica e o
supermercado fica entre o restaurante e a farmcia. Nessas
condies, qual das proposies abaixo verdadeira?
a) O supermercado fica entre a padaria e a lotrica.
b) A lotrica fica entre a padaria e o supermercado.
c) Para ir do supermercado lotrica, passa-se em frente ao
restaurante.
d) A farmcia fica entre o supermercado e a padaria.
11) Andr inocente ou Beto inocente. Se Beto inocente,
ento Caio culpado. Caio inocente se e somente se Dnis culpado. Ora, Dnis culpado. Logo:
a) Caio e Beto so inocentes
b) Andr e Caio so inocentes
c) Andr e Beto so inocentes
d) Caio e Dnis so culpados
12) Qual das alternativas a seguir melhor representa a afirmao: Para todo fato necessrio um ato gerador?
a) possvel que algum fato no tenha ato gerador.
b) No possvel que algum fato no tenha ato gerador.
c) necessrio que algum fato no tenha ato gerador.
d) No necessrio que todo fato tenha um ato gerador.
13) (QUESTES DE RACIOCNIO LGICO) Marcos que
pesar trs mas numa balana de dois pratos, mas ele
dispes apenas de um bloco de 200 gramas. Observando o
equilbrio na balana, ele percebe que a ma maior tem o
mesmo peso que as outras duas mas; o bloco e a ma
menor pesam tanto quanto as outras duas mas; a ma
maior junto com a menor pesam tanto quanto o bloco. Qual
o peso total das trs mas?
a) 300 gramas.
b) 150 gramas.
c) 100 gramas.
d) 50 gramas.
14) Se Joo toca piano, ento Lucas acorda cedo e Cristina
no consegue estudar. Mas Cristina consegue estudar. Segue-se logicamente que:
a) Lucas acorda cedo.
b) Lucas no acorda cedo.
c) Joo toca piano.
d) Joo no toca piano.
15) Alice entra em uma sala onde h apenas duas sadas,
uma que fica a Leste e outra a Oeste. Uma das sadas leva
ao Paraso, a outra ao Inferno. Na sala, tambm h dois
homens, um alto e outro baixo. Um dos homens apenas fala
a verdade, o outro apenas diz o falso. Ento, Alice mantm o
seguinte dilogo com um deles:
- O homem baixo diria que a sada do Leste que leva ao
Paraso? - questiona Alice.
- Sim, o homem baixo diria que a sada do Leste que levaria ao Paraso - diz o homem alto.
Considerando essa situao, pode-se afirmar que:
Raciocnio Lgico
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21) Dizer que "Pedro no pedreiro ou Paulo paulista" ,
do ponto de vista lgico, o mesmo que dizer que:
a) se Pedro pedreiro, ento Paulo paulista
b) se Paulo paulista, ento Pedro pedreiro
c) se Pedro no pedreiro, ento Paulo paulista
d) se Pedro pedreiro, ento Paulo no paulista
22) A negao lgica da proposio "O pai de Marcos pernambucano, e a me de Marcos gacha" :
a) "O pai de Marcos no pernambucano, e a me de Marcos no gacha".
b) "O pai de Marcos no pernambucano, ou a me de Marcos no gacha".
c) "O pai de Marcos no pernambucano, ou a me de Marcos gacha".
d) "O pai de Marcos pernambucano, e a me de Marcos
no gacha".
23) Em um oramento foram acrescidos juros no valor de R$
73,80 a fim de que o mesmo pudesse ser financiado em 5
prestaes de R$ 278,50. O valor real (inicial) do servio
de:
a) R$ 1.318,70
b) R$ 1.329,70
c) R$ 976,70
d) R$ 1.087,70
24) (QUESTES DE RACIOCNIO LGICO) De uma chapa
que mede 2 m por 1,5 m o serralheiro separou 2/6 dela para
cortar quadrados que medem 0,25 m de lado. Com esse
pedao de chapa ele cortou exatamente:
a) 12 quadrados
b) 10 quadrados
c) 20 quadrados
d) 16 quadrados
25) (QUESTES DE RACIOCNIO LGICO) Esta sequncia
de palavras segue uma lgica:
- P
- Xale
- Japeri
Uma quarta palavra que daria continuidade lgica sequncia poderia ser:
a) Casa.
b) Anseio.
c) Urubu.
d) Caf.
26) A negao da sentena Todas as mulheres so elegantes est na alternativa:
a) Nenhuma mulher elegante.
b) Todas as mulheres so deselegantes.
c) Algumas mulheres so deselegantes.
d) Nenhuma mulher deselegante.
27) (QUESTES DE RACIOCNIO LGICO) Pedro e Paulo
esto em uma sala que possui 10 cadeiras dispostas em
uma fila. O nmero de diferentes formas pelas quais Pedro e
Paulo podem escolher seus lugares para sentar, de modo
que fique ao menos uma cadeira vazia entre eles, igual a:
a) 80
b) 72
c) 90
d) 18
28) MMMNVVNM est para 936 assim como MMNNVMNV
est para:
a) 369
b) 693
c) 963
d) 639
Raciocnio Lgico
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estrutura diferente da sentena se Deus existe, a felicidade
eterna possvel. Esta ltima formada a partir de duas
outras sentenas Deus existe e a felicidade eterna possvel, conectadas pelo operador lgico se...ento. J para
analisar o argumento (2) precisamos analisar a estrutura
interna das sentenas, e no apenas o modo pelo qual sentenas so conectadas umas s outras. O que caracteriza a
lgica de predicados o uso dos quantificadores todo, algum
e nenhum. por esse motivo que a validade de um argumento como o (2) depende da estrutura interna das sentenas. A diferena entre a lgica sentencial e a lgica de predicados ficar mais clara no decorrer desta e da prxima unidade.
Usualmente o estudo da lgica comea pela lgica sentencial, e seguiremos esse caminho aqui. Nesta unidade
vamos estudar alguns elementos da lgica sentencial. Na
prxima unidade, estudaremos elementos da lgica de predicados.
2. Sentenas atmicas e moleculares
Considere-se a sentena
(1) Lula brasileiro.
A sentena (1) composta por um nome prprio, Lula, e
um predicado, ... brasileiro. Em lgica, para evitar o uso
de ..., usamos uma varivel para marcar o(s) lugar(es) em
que podemos completar um predicado. Aqui, expresses do
tipo x brasileiro designam predicados. Considere agora a
sentena (2) Xuxa me de Sasha.
A sentena (2) pode ser analisada de trs maneiras diferentes, que correspondem a trs predicados diferentes que
podem ser formados a partir de (2):
(2a) x me de Sasha;
(2b) Xuxa me de x;
(2c) x me de y.
Do ponto de vista lgico, em (2c) temos o que chamado
de um predicado binrio, isto , um predicado que, diferentemente de x brasileiro, deve completado por dois nomes
prprios para formar uma sentena.
As sentenas (1) e (2) acima so denominadas sentenas
atmicas. Uma sentena atmica uma sentena formada
por um predicado com um ou mais espaos vazios, sendo
todos os espaos vazios completados por nomes prprios.
Sentenas atmicas no contm nenhum dos operadores
lgicos e, ou, se...ento etc., nem os quantificadores todo,
nenhum, algum etc.
Sentenas moleculares so sentenas formadas com o
auxlio dos operadores sentenciais. Exemplos de sentenas
moleculares so
(3) Lula brasileiro e Zidane francs,
(4) Se voc beber, no dirija,
(5) Joo vai praia ou vai ao clube.
3. A interpretao vero-funcional dos operadores sentenciais
Os operadores sentenciais que estudaremos aqui so as
partculas do portugus no, ou, e, se...ento, se, e somente
se. A lgica sentencial interpreta esses operadores como
funes de verdade ou vero-funcionalmente. Isso significa
que eles operam apenas com os valores de verdade dos
seus operandos, ou em outras palavras, o valor de verdade
de uma sentena formada com um dos operadores determinado somente pelos valores de verdade das sentenas
que a constituem.
Os operadores sentenciais se comportam de uma maneira anloga s funes matemticas. Estas recebem nmeros
Raciocnio Lgico
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(13) Pedro foi ao futebol
conectadas pelo operador lgico e. Na interpretao verofuncional do operador e, o valor de verdade de (11) depende
apenas dos valores de verdade das sentenas (12) e (13).
fcil perceber que (11) verdadeira somente em uma situao: quando (12) e (13) so ambas verdadeiras. A tabela de
verdade de uma conjuno A e B a seguinte:
ABAeB
VVV
VFF
FVF
FFF
Note que, na interpretao vero-funcional da conjuno,
A e B equivalente a B e A. No faz diferena alguma afirmarmos (11) ou (14) Pedro foi ao futebol e Joo foi praia.
importante observar que a interpretao vero-funcional
da conjuno no expressa todos os usos da partcula e em
portugus. A sentena
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram no equivalente a
(16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho.
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) no
uma funo de verdade.
6. A disjuno
Uma sentena do tipo A ou B denominada uma disjuno. H dois tipos de disjuno, a inclusiva e a exclusiva.
Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e
produzem um valor de verdade como resultado. Comearei
pela disjuno inclusiva. Considere-se a sentena
(17) Ou Joo vai praia ou Joo vai ao clube, que formada pela sentenas
(18) Joo vai praia
e
(19) Joo vai ao clube combinadas pelo operador ou. A
sentena (17) verdadeira em trs situaes:
(i) Joo vai praia e tambm vai ao clube;
(ii) Joo vai praia mas no vai ao clube e
(iii) Joo no vai praia mas vai ao clube.
A tabela de verdade da disjuno inclusiva a seguinte:
A B A ou B
VVV
VFV
FVV
FFF
No sentido inclusivo do ou, uma sentena A ou B verdadeira quando uma das sentenas A e B verdadeira ou
quando so ambas verdadeiras, isto , a disjuno inclusiva
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente
verdadeiras.
No sentido exclusivo do ou, uma sentena A ou B verdadeira apenas em duas situaes:
(i) A verdadeira e B falsa;
(ii) B verdadeira e A e falsa.
No h, na disjuno exclusiva, a possibilidade de serem
ambas as sentenas verdadeiras. A tabela de verdade da
disjuno exclusiva
A B A ou B
VVF
VFV
FVV
FFF
Um exemplo de disjuno exnclusiva
(20) Ou o PMDB ou o PP receber o ministrio da sade,
Raciocnio Lgico
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Suponha que voc no conhece Victor, mas sabe que
Victor um parente do seu vizinho que acabou de chegar da
Frana. Voc no sabe mais nada sobre Victor. Agora considere a sentena:
(25) Se Victor carioca, ento Victor brasileiro.
O antecedente de (25) (26) Victor carioca e o conseqente (27) Victor brasileiro.
A sentena (25) verdadeira, pois sabemos que todo carioca brasileiro. Em outras palavras, impossvel que algum simultaneamente seja carioca e no seja brasileiro. Por
esse motivo, a terceira linha da tabela de verdade, que tornaria a condicional falsa, nunca ocorre.
Descartada a terceira linha, ainda h trs possibilidades,
que correspondem s seguintes situaes:
(a) Victor carioca.
(b) Victor paulista.
(c) Victor francs.
Suponha que Victor carioca. Nesse caso, o antecedente
e o conseqente da condicional so verdadeiros.
Temos a primeira linha da tabela de verdade. At aqui
no h problema algum.
Suponha agora que Victor paulista. Nesse caso, o antecedente da condicional (26) Victor carioca falso, mas o
conseqente (27) Victor brasileiro verdadeiro.
Temos nesse caso a terceira linha da tabela de verdade
da condicional. Note que a condicional (25) continua sendo
verdadeira mesmo que Victor seja paulista, isto , quando o
antecedente falso.
Por fim, suponha que Victor francs. Nesse caso, tanto
(26) Victor carioca quanto (27) Victor brasileiro so falsas. Temos aqui a quarta linha da tabela de verdade da condicional material. Mas, ainda assim, a sentena (25) verdadeira.
Vejamos outro exemplo. Considere a condicional
(28) Se Pedro no jogar na loteria, no ganhar o prmio.
Raciocnio Lgico
9. Negaes
Agora ns vamos aprender a negar sentenas construdas com os operadores sentenciais.
Negar uma sentena o mesmo afirmar que a sentena
falsa. Por esse motivo, para negar uma sentena construda com os operadores sentenciais e, ou e se...ento, basta
afirmar a(s) linha(s) da tabela de verdade em que a sentena
falsa.
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9a. Negao da disjuno
Comecemos pelos caso mais simples, a disjuno (inclusiva). Como vimos, uma disjuno A ou B falsa no caso em
que tanto A quanto B so falsas. Logo, para negar uma disjuno, ns precisamos dizer que A falsa e tambm que B
falsa, isto , no A e no B. Fica como exerccio para o
leitor a construo das tabelas de verdade de A ou B e no A
e no B para constatar que so idnticas.
(1) Joo comprou um carro ou uma moto.
A negao de (1) :
(2) Joo no comprou um carro e no comprou uma moto,
ou
(3) Joo nem comprou um carro, nem comprou uma moto.
Na linguagem natural, freqentemente formulamos a negao de uma disjuno com a expresso nem...nem. Nem
A, nem B significa o mesmo que no A e no B.
(4) O PMDB receber o ministrio da sade ou o PP receber o ministrio da cultura.
A negao de (4) :
(5) Nem o PMDB receber o ministrio da sade, nem o
PP receber o ministrio da cultura.
Exerccio: complete a coluna da direita da tabela abaixo
com a negao das sentenas do lado esquerdo.
DISJUNO NEGAO
A ou B no A e no B
A ou no B
no A ou B
no A ou no B
9b. Negao da conjuno
Por um raciocnio anlogo ao utilizado na negao da disjuno, para negar uma conjuno precisamos afirmar os
casos em que a conjuno falsa. Esses casos so a segunda, a terceira e a quarta linhas da tabela de verdade. Isto
, A e B falsa quando:
(i) A falsa,
(ii) B falsa ou
(iii) A e B so ambas falsas.
fcil perceber que basta uma das sentenas ligadas pelo e ser falsa para a conjuno ser falsa. A negao de A e
B, portanto, no A ou no B. Fica como exerccio para o
leitor a construo das tabelas de verdade de A e B e no A
ou no B para constatar que so idnticas.
Exemplos de negaes de conjunes:
(6) O PMDB receber o ministrio da sade e o ministrio
da cultura.
A negao de (6)
(6a) Ou PMDB no receber o ministrio da sade, ou
no receber o ministrio da cultura.
(7) Beba e dirija.
A negao de (7)
(7a) no beba ou no dirija.
Fonte: http://abilioazambuja.sites.uol.com.br/1d.pdf
QUESTES I
01. Sendo p a proposio Paulo paulista e q a proposio
Ronaldo carioca, traduzir para a linguagem corrente as
seguintes proposies:
a) ~q
b) p ^ q
c) p v q
d) p " q
e) p " (~q)
02. Sendo p a proposio Roberto fala ingls e q a proposio Ricardo fala italiano traduzir para a linguagem simblica
as seguintes proposies:
Raciocnio Lgico
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02. a) p ^ q
b) (~p) v p
c) q " p
d) (~p) ^ (~q)
03. B
04. C
05. A
06. C
07. C
08. C
09. C
10. C
http://www.coladaweb.com/matematica/logica
JULGUE SE PROPOSIO E JUSTIFIQUE:
1. Paulo alto.
2. Ele foi o melhor jogador da copa.
3. x > y
4. Rossana mais velha que Marcela?
5. Mrio pintor
6. x + 2 = 5
7. 3 + 4 = 9
8. um pssimo livro de geografia
9. Se x um nmero primo ento x um nmero real
10. x um nmero primo.
GABARITO
1.proposio
2. vaga ou sentena aberta
3.sentena aberta
4. interrogativa
5. proposio
6. sentena aberta
7. proposio
8. proposio
9. proposio ( varivel no livre )
10. sentena aberta ou imperativa
TESTES
1. Julgue se a afirmao a seguir CERTA ou
ERRADA.
H duas proposies no seguinte conjunto de
sentenas:
I O BB foi criado em 1980.
II Faa seu trabalho corretamente.
III Manuela tem mais de 40 anos de idade.
2. Julgue com CERTO ou ERRADO:
Na lista de frases apresentadas a seguir, h
exatamente trs proposies.
a frase dentro destas aspas uma mentira
A expresso x + y positiva
O valor de + 3 = 7
Pel marcou dez gols para a seleo brasileira.
O que isto?
3. Agente Fiscal de Rendas Nvel I / SP 2006
FCC
Considere as seguintes frases:
I Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.
II (x + y) / 5 um nmero inteiro
III Joo da Silva foi o Secretrio da Fazenda do
Estado de So Paulo em 2000.
verdade que APENAS
a) I e II so sentenas abertas
b) I e III so sentenas abertas
c) II e III so sentenas abertas
d) I uma sentena aberta
e) II uma sentena aberta
4. Das cinco frases abaixo, quatro delas tm
uma mesma caracterstica lgica em comum,
enquanto uma delas no tem essa
caracterstica.
I Que belo dia!
II Um excelente livro de raciocnio lgico.
Raciocnio Lgico
ESTRUTURAS LGICAS
As questes de Raciocnio Lgico sempre vo ser compostas por proposies que provam, do suporte, do razo
a algo, ou seja, so afirmaes que expressam um pensamento de sentindo completo. Essas proposies podem ter
um sentindo positivo ou negativo.
Exemplo 1: Joo anda de bicicleta.
Exemplo 2: Maria no gosta de banana.
Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirmao/proposio.
A base das estruturas lgicas saber o que verdade ou mentira (verdadeiro/falso).
Os resultados das proposies SEMPRE tem que dar
verdadeiro.
H alguns princpios bsicos:
Contradio: Nenhuma proposio pode ser verdadeira e
falsa ao mesmo tempo.
Terceiro Excludo: Dadas duas proposies lgicas contraditrias somente uma delas verdadeira. Uma proposio
ou verdadeira ou falsa, no h um terceiro valor lgico
(mais ou menos, meio verdade ou meio mentira).
Ex. Estudar fcil. (o contrrio seria: Estudar difcil.
No existe meio termo, ou estudar fcil ou estudar difcil).
Para facilitar a resoluo das questes de lgica usam-se
os Conectivos Lgicos, que so smbolos que comprovam
a veracidade das informaes e unem as proposies uma a
outra ou as transformam numa terceira proposio.
Veja abaixo:
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CONDICIONAL (smbolo )
Este conectivo d a ideia de condio para que a outra
proposio exista. P ser condio suficiente para Q e Q
condio necessria para P.
Ex4.: P Q. (Se o Po barato ento o Queijo no
bom.) = se...ento
PQ
~P
BICONDICIONAL (smbolo )
O resultado dessas proposies ser verdadeiro se e
somente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
duas falsas). P ser condio suficiente e necessria para
Q
Ex5.: P Q. (O Po barato se e somente se o Queijo
no bom.) = se e somente se
CONJUNO (smbolo ):
PQ
Raciocnio Lgico
PQ
Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/
TABELA VERDADE
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
um tipo de tabela matemtica usada em Lgica para
determinar se uma frmula vlida ou se um sequente
correto.
As tabelas-verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege,
Charles Peirce e outros da dcada de 1880, e tomaram a
forma atual em 1922 atravs dos trabalhos de Emil Post e
Ludwig Wittgenstein. A publicao do Tractatus LogicoPhilosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para
classificar funes veritativas em uma srie. A vasta
influncia de seu trabalho levou, ento, difuso do uso de
tabelas-verdade.
PVQ
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{ ((AB)
AB
V
F
V
F
V
F
V
V
AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
F
V
Negao
~A
V
V
F
F
A(B
V
V
F
F
V
F
V
F
F
V
V
F
A^B
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
F
F
A(B
AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
V
V
F
F
F
F
V
Disjuno (OU)
A disjuno falsa se, e somente se ambos os
operandos forem falsos
AvB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
V
V
F
AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
V
Modus tollens
Raciocnio Lgico
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AB
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V
F
F
F
V
F
F
V
V
F
V
V
Silogismo Hipottico
Tipos
Existem trs possveis tipos de relacionamento entre dois
diferentes conjuntos:
AB
BC
AC
V
V
V
V
F
F
F
F
V
V
F
F
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
F
V
V
F
F
V
V
V
V
V
F
V
V
V
F
V
V
V
F
V
F
V
V
V
V
Algumas falcias
Afirmao do conseqente
Se A, ento B. (AB)
B.
Logo, A.
A
AB
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
V
AB
BA
V
V
F
F
V
F
V
F
V
F
V
V
V
V
F
V
Fonte: Wikipdia
DIAGRAMAS LGICOS
Histria
Para entender os diagramas lgicos vamos dar uma rpida passada em sua origem.
O suo Leonhard Euler (1707 1783) por volta de 1770,
ao escrever cartas a uma princesa da Alemanha, usou os
diagramas ao explicar o significado das quatro proposies
categricas:
Todo A B.
Algum A B.
Nenhum A B.
Algum A no B.
Raciocnio Lgico
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obedincia a algumas regras apropriadas ao modo como foi
formulado etc.
Apenas a ttulo de ilustrao, seguem-se algumas definies e outras referncias lgica:
A arte que dirige o prprio ato da razo, ou seja, nos
permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao prprio
ato da razo o raciocnio (Jacques Maritain).
A lgica o estudo dos mtodos e princpios usados para distinguir o raciocnio correto do incorreto (Irving Copi).
A lgica investiga o pensamento no como ele , mas
como deve ser (Edmundo D. Nascimento).
A princpio, a lgica no tem compromissos. No entanto,
sua histria demonstra o poder que a mesma possui quando
bem dominada e dirigida a um propsito determinado, como
o fizeram os sofistas, a escolstica, o pensamento cientfico
ocidental e, mais recentemente, a informtica (Bastos; Keller).
1.1. Lgica formal e Lgica material
Desde Aristteles, seu primeiro grande organizador, os
estudos da lgica orientaram-se em duas direes principais:
a da lgica formal, tambm chamada de lgica menor e a
da lgica material, tambm conhecida como lgica maior.
A lgica formal preocupa-se com a correo formal do
pensamento. Para esse campo de estudos da lgica, o contedo ou a matria do raciocnio tem uma importncia relativa. A preocupao sempre ser com a sua forma. A forma
respeitada quando se preenchem as exigncias de coerncia
interna, mesmo que as concluses possam ser absurdas do
ponto de vista material (contedo). Nem sempre um raciocnio formalmente correto corresponde quilo que chamamos
de realidade dos fatos. No entanto, o erro no est no seu
aspecto formal e, sim, na sua matria. Por exemplo, partindo
das premissas que
(1) todos os brasileiros so europeus
e que
(2) Pedro brasileiro,
formalmente, chegar-se- concluso lgica que
(3) Pedro europeu.
Materialmente, este um raciocnio falso porque a experincia nos diz que a premissa falsa.
No entanto, formalmente, um raciocnio vlido, porque a
concluso adequada s premissas. nesse sentido que se
costuma dizer que o computador falho, j que, na maioria
dos casos, processa formalmente informaes nele previamente inseridas, mas no tem a capacidade de verificar o
valor emprico de tais informaes.
J, a lgica material preocupa-se com a aplicao das
operaes do pensamento realidade, de acordo com a
natureza ou matria do objeto em questo. Nesse caso,
interessa que o raciocnio no s seja formalmente correto,
mas que tambm respeite a matria, ou seja, que o seu contedo corresponda natureza do objeto a que se refere.
Neste caso, trata-se da correspondncia entre pensamento e
realidade.
Assim sendo, do ponto de vista lgico, costuma-se falar
de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade material. A verdade formal diz respeito, somente e to-somente,
forma do discurso; j a verdade material tem a ver com a
Raciocnio Lgico
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De qualquer modo, argumentar no implica, necessariamente, manter-se num plano distante da existncia humana,
desprezando sentimentos e motivaes pessoais. Pode-se
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emoes, como no caso de convencer o aluno a se esforar nos
estudos diante da perspectiva de frias mais tranqilas. Enfim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
interlocutor) apresentar boas razes para o debate, sustentar adequadamente um dilogo, promovendo a dinamizao
do pensamento. Tudo isso pressupe um clima democrtico.
1.3. Inferncia Lgica
Cabe lgica a tarefa de indicar os caminhos para um
raciocnio vlido, visando verdade.
Contudo, s faz sentido falar de verdade ou falsidade
quando entram em jogo asseres nas quais se declara algo,
emitindo-se um juzo de realidade. Existem, ento, dois tipos
de frases: as assertivas e as no assertivas, que tambm
podem ser chamadas de proposies ou juzos.
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos: a raiz quadrada de 9 3 ou o sol brilha noite. J,
nas frases no assertivas, no entram em jogo o falso e o
verdadeiro, e, por isso, elas no tm valor de verdade. o
caso das interrogaes ou das frases que expressam estados emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente
ou ordens. A frase toque a bola, por exemplo, no falsa
nem verdadeira, por no se tratar de uma assero (juzo).
As frases declaratrias ou assertivas podem ser combinadas de modo a levarem a concluses conseqentes, constituindo raciocnios vlidos. Veja-se o exemplo:
(1) No h crime sem uma lei que o defina;
(2) no h uma lei que defina matar ETs como crime;
(3) logo, no crime matar ETs.
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocutor, vo sendo criadas as condies lgicas adequadas
concluso do raciocnio. Esse processo, que muitas vezes
permite que a concluso seja antecipada sem que ainda
sejam emitidas todas as proposies do raciocnio, chamase
inferncia. O ponto de partida de um raciocnio (as premissas) deve levar a concluses bvias.
1.4. Termo e Conceito
Para que a validade de um raciocnio seja preservada,
fundamental que se respeite uma exigncia bsica: as palavras empregadas na sua construo no podem sofrer modificaes de significado. Observe-se o exemplo:
Os jaguares so quadrpedes;
Meu carro um Jaguar
logo, meu carro um quadrpede.
O termo jaguar sofreu uma alterao de significado ao
longo do raciocnio, por isso, no tem validade.
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamentos aos outros, empregamos palavras tais como animal,
lei, mulher rica, crime, cadeira, furto etc. Do ponto de
vista da lgica, tais palavras so classificadas como termos,
que so palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
o termo o signo lingstico, falado ou escrito, referido a um
conceito, que o ato mental correspondente ao signo.
Raciocnio Lgico
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ApostilasBrasil.com
Dos raciocnios mais empregados na argumentao, merecem ser citados a analogia, a induo e a deduo. Dos
trs, o primeiro o menos preciso, ainda que um meio bastante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
discursos jurdico e religioso; o segundo amplamente empregado pela cincia e, tambm, pelo senso comum e, por
fim, a deduo tida por alguns como o nico raciocnio
autenticamente lgico, por isso, o verdadeiro objeto da lgica
formal.
A maior ou menor valorizao de um ou de outro tipo de
raciocnio depender do objeto a que se aplica, do modo
como desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
s vezes, um determinado tipo de raciocnio no adequadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
mdico alemo Ludwig Bchner (1824-1899) apresentou
como argumento contra a existncia da alma o fato de esta
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecaes do corpo humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
que Deus no existe pois esteve l em cima e no o encontrou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocnio indutivo, baseado na observao emprica, no o mais adequado para os objetos em questo, j que a alma e Deus so de
ordem metafsica, no fsica.
2.1. Raciocnio analgico
Se raciocinar passar do desconhecido ao conhecido,
partir do que se sabe em direo quilo que no se sabe, a
analogia (an = segundo, de acordo + lgon = razo) um
dos caminhos mais comuns para que isso acontea. No
raciocnio analgico, compara-se uma situao j conhecida
com uma situao desconhecida ou parcialmente conhecida,
aplicando a elas as informaes previamente obtidas quando
da vivncia direta ou indireta da situao-referncia.
Normalmente, aquilo que familiar usado como ponto
de apoio na formao do conhecimento, por isso, a analogia
um dos meios mais comuns de inferncia. Se, por um lado,
fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, tambm
tem servido de inspirao para muitos gnios das cincias e
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei
do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pndulo)
ou de Newton sob a macieira (lei da gravitao universal). No
entanto, tambm uma forma de raciocnio em que se cometem muitos erros. Tal acontece porque difcil estabelecerlhe regras rgidas. A distncia entre a genialidade e a falha
grosseira muito pequena. No caso dos raciocnios analgicos, no se trata propriamente de consider-los vlidos ou
no-vlidos, mas de verificar se so fracos ou fortes. Segundo Copi, deles somente se exige que tenham alguma probabilidade (Introduo lgica, p. 314).
A fora de uma analogia depende, basicamente, de trs
aspectos:
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e
importantes;
b) o nmero de elementos semelhantes entre uma situao e outra deve ser significativo;
c) no devem existir divergncias marcantes na comparao.
Raciocnio Lgico
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Se, do ponto de vista da lgica formal, o raciocnio analgico precrio, ele muito importante na formulao de
hipteses cientficas e de teses jurdicas ou filosficas. Contudo, as hipteses cientficas oriundas de um raciocnio analgico necessitam de uma avaliao posterior, mediante
procedimentos indutivos ou dedutivos.
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, fsico e
professor de cincia da computao da Universidade de
Michigan, lanou a hiptese (1995) de se verificar, no campo
da computao, uma situao semelhante que ocorre no
da gentica. Assim como na natureza espcies diferentes
podem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento
gentico - um indivduo mais adaptado ao ambiente -, na
informtica, tambm o cruzamento de programas pode contribuir para montar um programa mais adequado para resolver um determinado problema. Se quisermos obter uma rosa
mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espcies:
uma com forte perfume e outra que seja bela diz Holland.
Para resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos
um programa que d conta de uma parte do problema e
cruzamos com outro programa que solucione outra parte.
Entre as vrias solues possveis, selecionam-se aquelas
que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por
vrias geraes - sempre selecionando o melhor programa at obter o descendente que mais se adapta questo. ,
portanto, semelhante ao processo de seleo natural, em
que s sobrevivem os mais aptos. (Entrevista ao JB,
19/10/95, 1 cad., p. 12).
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averiguao indutiva das concluses extradas desse tipo de
raciocnio para, s depois, serem confirmadas ou no.
2.2. Raciocnio Indutivo - do particular ao geral
Ainda que alguns autores considerem a analogia como
uma variao do raciocnio indutivo, esse ltimo tem uma
base mais ampla de sustentao. A induo consiste em
partir de uma srie de casos particulares e chegar a uma
concluso de cunho geral. Nele, est pressuposta a possibilidade da coleta de dados ou da observao de muitos fatos
e, na maioria dos casos, tambm da verificao experimental. Como dificilmente so investigados todos os casos possveis, acaba-se aplicando o princpio das probabilidades.
Assim sendo, as verdades do raciocnio indutivo dependem das probabilidades sugeridas pelo nmero de casos
observados e pelas evidncias fornecidas por estes. A enumerao de casos deve ser realizada com rigor e a conexo
entre estes deve ser feita com critrios rigorosos para que
sejam indicadores da validade das generalizaes contidas
nas concluses.
O esquema principal do raciocnio indutivo o seguinte:
B A e X;
C A e tambm X;
D A e tambm X;
E A e tambm X;
logo, todos os A so X
No raciocnio indutivo, da observao de muitos casos
particulares, chega-se a uma concluso de cunho geral.
Aplicando o modelo:
A jararaca uma cobra e no voa;
A caninana uma cobra e tambm no voa;
A urutu uma cobra e tambm no voa;
A cascavel uma cobra e tambm no voa;
logo, as cobras no voam.
Contudo,
Raciocnio Lgico
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b.a. todos os casos so verificados e contabilizados;
Raciocnio Lgico
c) A probabilidade natural a relativa a fenmenos naturais dos quais nem todas as possibilidades so conhecidas.
A previso meteorolgica um exemplo particular de probalidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevisibilidade relativa e da descrio apenas parcial de alguns
eventos naturais.
Por lidarem com probabilidades, a induo e a analogia
so passveis de concluses inexatas.
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas concluses. Elas expressam muito bem a necessidade
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
contudo, tambm revelam as limitaes humanas no que diz
respeito construo do conhecimento.
2.3. Raciocnio dedutivo - do geral ao particular
O raciocnio dedutivo, conforme a convico de muitos
estudiosos da lgica, aquele no qual so superadas as
deficincias da analogia e da induo.
No raciocnio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
do geral e vai-se ao particular. As inferncias ocorrem a partir
do progressivo avano de uma premissa de cunho geral,
para se chegar a uma concluso to ou menos ampla que a
premissa. O silogismo o melhor exemplo desse tipo de
raciocnio:
Premissa maior: Todos os homens so mamferos. universal
Premissa menor: Pedro homem.
Concluso: Logo, Pedro mamfero. Particular
No raciocnio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
podem-se tirar concluses de cunho particular.
Aristteles refere-se deduo como a inferncia na
qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas.
Uma vez posto que todos os homens so mamferos e que
Pedro homem, h de se inferir, necessariamente, que Pedro um mamfero. De certo modo, a concluso j est presente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
a concluso.
2.3.1. Construo do Silogismo
A estrutura bsica do silogismo (sn/com + lgos/razo)
consiste na determinao de uma premissa maior (ponto de
partida), de uma premissa menor (termo mdio) e de uma
concluso, inferida a partir da premissa menor. Em outras
palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
atravs da premissa menor e infere, necessariamente, uma
concluso adequada.
Eis um exemplo de silogismo:
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Todos os atos que ferem a lei so punveis Premissa
Maior A concusso um ato que fere a lei Premissa Menor
Logo, a concusso punvel Concluso
O silogismo estrutura-se por premissas. No mbito da lgica, as premissas so chamadas de proposies que, por
sua vez, so a expresso oral ou grfica de frases assertivas
ou juzos. O termo uma palavra ou um conjunto de palavras
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo so
necessariamente trs: maior, mdio e menor. O termo maior
aquele cuja extenso maior (normalmente, o predicado
da concluso); o termo mdio o que serve de intermedirio
ou de conexo entre os outros dois termos (no figura na
concluso) e o termo menor o de menor extenso (normalmente, o sujeito da concluso). No exemplo acima,
punvel o termo maior, ato que fere a lei o termo mdio e
concusso o menor.
2.3.1.1. As Regras do Silogismo
Oito so as regras que fazem do silogismo um raciocnio
perfeitamente lgico. As quatro primeiras dizem respeito s
relaes entre os termos e as demais dizem respeito s
relaes entre as premissas. So elas:
2.3.1.1.1. Regras dos Termos
1) Qualquer silogismo possui somente trs termos: maior,
mdio e menor.
Exemplo de formulao correta:
Termo Maior: Todos os gatos so mamferos.
Termo Mdio: Mimi um gato.
Termo Menor: Mimi um mamfero.
Exemplo de formulao incorreta:
Termo Maior: Toda gata(1) quadrpede.
Termo Mdio: Maria uma gata(2).
Termo Menor: Maria quadrpede.
O termo gata tem dois significados, portanto, h quatro
termos ao invs de trs.
2) Os termos da concluso nunca podem ser mais extensos que os termos das premissas.
Exemplo de formulao correta:
Termo Maior: Todas as onas so ferozes.
Termo Mdio: Nikita uma ona.
Termo Menor: Nikita feroz.
Exemplo de formulao incorreta:
Termo Maior: Antnio e Jos so poetas.
Termo Mdio: Antnio e Jos so surfistas.
Termo Menor: Todos os surfistas so poetas.
Antonio e Jos um termo menos extenso que todos
os surfistas.
3) O predicado do termo mdio no pode entrar na concluso.
Exemplo de formulao correta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Mdio: Pedro homem.
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
Exemplo de formulao incorreta:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Mdio: Pedro homem.
Termo Menor: Pedro ou homem (?) ou pode infringir a
lei.
A ocorrncia do termo mdio homem na concluso inoportuna.
4) O termo mdio deve ser tomado ao menos uma vez
em sua extenso universal.
Exemplo de formulao correta:
Termo Maior: Todos os homens so dotados de habilidades.
Raciocnio Lgico
A FUNDAO DA LGICA
Anthony Kenny
Universidade de Oxford
Muitas das cincias para as quais Aristteles contribuiu
foram disciplinas que ele prprio fundou. Afirma-o explicitamente em apenas um caso: o da lgica. No fim de uma das
suas obras de lgica, escreveu:
No caso da retrica existiam muito escritos antigos para nos apoiarmos, mas no
caso da lgica nada tnhamos absolutamente a referir at termos passado muito
tempo em laboriosa investigao.
As principais investigaes lgicas de Aristteles incidiam
sobre as relaes entre as frases que fazem afirmaes.
Quais delas so consistentes ou inconsistentes com as outras? Quando temos uma ou mais afirmaes verdadeiras,
que outras verdades podemos inferir delas unicamente por
meio do raciocnio? Estas questes so respondidas na sua
obra Analticos Posteriores.
Ao contrrio de Plato, Aristteles no toma como elementos bsicos da estrutura lgica as frases simples compostas por substantivo e verbo, como "Teeteto est sentado".
Est muito mais interessado em classificar frases que comeam por "todos", "nenhum" e "alguns", e em avaliar as infe-
35
ApostilasBrasil.com
rncias entre elas. Consideremos as duas inferncias seguintes:
1) Todos os gregos so europeus.
Alguns gregos so do sexo masculino.
Logo, alguns europeus so do sexo masculino.
2) Todas as vacas so mamferos.
Alguns mamferos so quadrpedes.
Logo, todas as vacas so quadrpedes.
As duas inferncias tm muitas coisas em comum. So
ambas inferncias que retiram uma concluso a partir de
duas premissas. Em cada inferncia h uma palavra-chave
que surge no sujeito gramatical da concluso e numa das
premissas, e uma outra palavra-chave que surge no predicado gramatical da concluso e na outra premissa. Aristteles
dedicou muita ateno s inferncias que apresentam esta
caracterstica, hoje chamadas "silogismos", a partir da palavra grega que ele usou para as designar. Ao ramo da lgica
que estuda a validade de inferncias deste tipo, iniciado por
Aristteles, chamamos "silogstica".
Uma inferncia vlida uma inferncia que nunca conduz
de premissas verdadeiras a uma concluso falsa. Das duas
inferncias apresentadas acima, a primeira vlida, e a
segunda invlida. verdade que, em ambos os casos, tanto
as premissas como a concluso so verdadeiras. No podemos rejeitar a segunda inferncia com base na falsidade das
frases que a constituem. Mas podemos rejeit-la com base
no "portanto": a concluso pode ser verdadeira, mas no se
segue das premissas.
Podemos esclarecer melhor este assunto se concebermos uma inferncia paralela que, partindo de premissas
verdadeiras, conduza a uma concluso falsa. Por exemplo:
3)Todas as baleias so mamferos.
Alguns mamferos so animais terrestres.
Logo, todas as baleias so animais terrestres.
Esta inferncia tem a mesma forma que a inferncia 2),
como poderemos verificar se mostrarmos a sua estrutura por
meio de letras esquemticas:
4) Todo o A B.
Algum B C.
Logo, todo o A C.
Uma vez que a inferncia 3) conduz a uma falsa concluso a partir de premissas verdadeiras, podemos ver que a
forma do argumento 4) no de confiana. Da a no validade da inferncia 2), no obstante a sua concluso ser de
facto verdadeira.
A lgica no teria conseguido avanar alm dos seus
primeiros passos sem as letras esquemticas, e a sua utilizao hoje entendida como um dado adquirido; mas foi
Aristteles quem primeiro comeou a utiliz-las, e a sua
inveno foi to importante para a lgica quanto a inveno
da lgebra para a matemtica.
Uma forma de definir a lgica dizer que uma disciplina
que distingue entre as boas e as ms inferncias. Aristteles
estuda todas as formas possveis de inferncia silogstica e
estabelece um conjunto de princpios que permitem distinguir
os bons silogismos dos maus. Comea por classificar individualmente as frases ou proposies das premissas. Aquelas
que comeam pela palavra "todos" so proposies universais; aquelas que comeam com "alguns" so proposies
Raciocnio Lgico
36
ApostilasBrasil.com
natureza (physis); inclui, alm das disciplinas que hoje integraramos no campo da fsica, a qumica, a biologia e a psicologia humana e animal. A "teologia" , para Aristteles, o
estudo de entidades superiores e acima do ser humano, ou
seja, os cus estrelados, bem como todas as divindades que
podero habit-los. Aristteles no se refere "metafsica";
de facto, a palavra significa apenas "depois da fsica" e foi
utilizada para referenciar as obras de Aristteles catalogadas
a seguir sua Fsica. Mas muito daquilo que Aristteles
escreveu seria hoje naturalmente descrito como "metafsica";
e ele tinha de facto a sua prpria designao para essa disciplina, como veremos mais frente. Anthony Kenny
Raciocnio Lgico
37
ApostilasBrasil.com
complicao que esclareceremos dentro de momentos. Para
j, vejamos alguns exemplos:
Se Scrates era ateniense, era grego.
Scrates era grego.
Logo, era ateniense.
Deste modo, podemos manter a tradio de falar de argumentos dedutivos e indutivos; e podemos dizer que h
argumentos dedutivos invlidos; e no somos forados a
aceitar que todo o argumento indutivo, por melhor que seja,
sempre um argumento dedutivo invlido. Isto no acontece
porque os argumentos dedutivos nunca so indutivos, ainda
que sejam invlidos. Porque o que conta o tipo de explicao adequada para a sua validade ou invalidade.
Em termos primitivos, pois, o que conta a validade e invalidade; h diferentes tipos de validade e invalidade: a dedutiva e a indutiva. E os argumentos so dedutivos ou indutivos consoante a sua validade ou invalidade for dedutiva ou
indutiva.
agora tempo de esclarecer que nem todos os argumentos dedutivos dependem exclusivamente da sua forma lgica;
h argumentos dedutivos de carcter conceptual, como "O
Joo casado; logo, no solteiro". No difcil acomodar
estas variedades de deduo no formal no esquema aqui
proposto: tudo depende da melhor explicao disponvel para
a validade ou invalidade em causa.
Podemos assim continuar a falar de argumentos dedutivos e indutivos, validos ou invlidos. E os argumentos dedutivos invlidos nunca so uma subclasse dos argumentos
indutivos.
DIAGRAMAS LGICOS
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES
Introduo
Raciocnio Lgico
38
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Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente montar os diagramas que representam cada conjunto.
A colocao dos valores comear pela interseco dos trs
conjuntos e depois para as interseces duas a duas e por
ltimo s regies que representam cada conjunto individualmente.
Representaremos esses conjuntos dentro de um retngulo
que indicar o conjunto universo da pesquisa.
Raciocnio Lgico
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5. Em uma pesquisa, foram entrevistados 100 telespectadores. 60 assistiam televiso noite e 50 assistiam televiso de dia. Quantos assistiam televiso de dia e de noite?
a) 5
b) 10
c) 15
d) 20
e) 25
6. Em uma pesquisa, foram entrevistadas 200 pessoas. 100
delas iam regularmente ao cinema, 60 iam regularmente ao
teatro e 50 no iam regularmente nem ao cinema nem ao
teatro. Quantas
dessas pessoas iam regularmente a ambos?
a) 10
b) 20
c) 30
d) 40
e) 50
7. (NCNB_02) Uma professora levou alguns alunos ao parque de diverses chamado Sonho. Desses alunos:
16 j haviam ido ao parque Sonho, mas nunca andaram de
montanha russa.
6 j andaram de montanha russa, mas nunca haviam ido
ao parque Sonho.
Ao todo, 20 j andaram de montanha russa.
Ao todo, 18 nunca haviam ido ao parque Sonho.
Pode-se afirmar que a professora levou ao parque Sonho:
a) 60 alunos
b) 48 alunos
c) 42 alunos
d) 366alunos
e) 32 alunos
8. (ICMS_97_VUNESP) Em uma classe, h 20 alunos que
praticam futebol mas no praticam vlei e h 8 alunos que
praticam vlei mas no praticam futebol. O total dos que
praticam vlei 15.
Ao todo, existem 17 alunos que no praticam futebol. O nmero de alunos da classe :
a) 30
b) 35
c) 37
d) 42
e) 44
9. Suponhamos que numa equipe de 10 estudantes, 6 usam
culos e 8 usam relgio. O numero de estudantes que usa ao
mesmo tempo, culos e relgio :
a) exatamente 6
b) exatamente 2
c) no mnimo 6
d) no mximo 5
e) no mnimo 4
10. Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas vrias
pessoas acerca de suas preferncias em relao a 3 produtos: A, B e C. Os resultados da pesquisa indicaram que:
210 pessoas compram o produto A.
210 pessoas compram o produto N.
250 pessoas compram o produto C.
20 pessoas compram os trs produtos.
100 pessoas no compram nenhum dos 3 produtos.
60 pessoas compram o produto A e B.
70 pessoas compram os produtos A eC.
50 pessoas compram os produtos B e C.
Quantas pessoas foram entrevistadas:
a) 670
b) 970
c) 870
d) 610
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a) A B C
b) (A B) C
c) A B C
d) (A B) C
EQUIVALNCIA LGICA
11.C
12.E
13.A
14.C
15.C (certo)
16.C,E,C,C,E
17.E,C,E,C
Raciocnio Lgico
~q
~(p)
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mento (premissa 1, premissa 2, e concluso, precedida por
"logo"), no temos um argumento porque os enunciados no
tm a menor relao entre si. No devemos sequer afirmar
que temos um argumento invlido aqui, porque mesmo num
argumento invlido as premissas e a concluso precisam ter
uma certa relao entre si.
Por outro lado, o seguinte um argumento:
4. Todos os homens so mortais
5. Scrates homem
6. Logo, Scrates mortal.
Neste caso, temos um argumento vlido, em que todas
as premissas so verdadeiras e a concluso tambm -- ou
pelo menos assim parecem primeira vista.
A Forma de um Argumento
Argumentos tm uma certa forma ou estrutura. O argumento constitudo pelo conjunto de enunciados (2) tem a
seguinte forma:
7. Todos os x so y
8. z x
9. Logo, z y.
Imaginemos o seguinte argumento, que tem a mesma
forma do argumento constitudo pelo conjunto de enunciados
4-6:
10. Todos os homens so analfabetos
11. Raquel de Queiroz homem
12. Logo, Raquel de Queiroz analfabeta.
Este argumento, diferentemente do argumento constitudo pelos enunciados 4-6, tem premissas e concluso todas
falsas. No entanto, tem exatamente a mesma forma ou estrutura do argumento anterior (forma explicitada nos enunciados
7-9). Se o argumento anterior (4-6) vlido (e ), este (1012) tambm .
Quando dois ou mais argumentos tm a mesma forma, se
um deles vlido, todos os outros tambm so, e se um
deles invlido, todos os outros tambm so. Como o argumento constitudo pelos enunciados 4-6 vlido, e o argumento constitudo pelos enunciados 10-12 tem a mesma
forma (7-9), este (1012) tambm vlido.
A Forma de um Argumento e a Verdade das Premissas
O ltimo exemplo mostra que um argumento pode ser vlido apesar de todas as suas premissas e a sua concluso
serem falsas. Isso indicativo do fato de que a validade de
um argumento no depende de serem suas premissas e sua
concluso efetivamente verdadeiras.
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bolas, a afirmao "Toda Bola Vermelha" e a afirmao
"Alguma Bola no Vermelha" formam uma contradio,
visto que:
se "Toda Bola Vermelha" for verdadeira, "Alguma Bola
no Vermelha" tem que ser falsa
se "Toda Bola Vermelha" for falsa, "Alguma Bola no
Vermelha" tem que ser verdadeira
se "Alguma Bola no Vermelha" for verdadeira, "Toda
Bola Vermelha" tem que ser falsa
e
se "Alguma Bola no Vermelha" for falsa, "Toda Bola
Vermelha" tem que ser verdadeira
Raciocnio Lgico
Tautologia
Na lgica proposicional, uma tautologia (do grego
) uma frmula proposicional que verdadeira
para todas as possveis valoraes de suas variveis
proposicionais. A negao de uma tautologia uma
contradio ou antilogia, uma frmula proposicional que
falsa independentemente dos valores de verdade de suas
variveis. Tais proposies so ditas insatsfatveis.
Reciprocamente, a negao de uma contradio uma
tautologia. Uma frmula que no nem uma tautologia nem
uma contradio dita logicamente contingente. Tal
frmula pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos
valores atribudos para suas variveis proposicionais.
Uma propriedade fundamental das tautologias que
existe um procedimento efetivo para testar se uma dada
frmula sempre satisfeita (ou, equivalentemente, se seu
complemento insatisfatvel). Um mtodo deste tipo usa as
tabelas-verdade. O problema de deciso de determinar se
uma frmula satisfatvel o problema de satisfabilidade
booleano, um exemplo importante de um problema NPcompleto na teoria da complexidade computacional.
Tautologias e Contradies
Considere a proposio composta s: (pq) (pq)
onde p e q so proposies simples lgicas quaisquer. Vamos construir a tabela verdade da proposio s :
Considerando-se o que j foi visto at aqui, teremos:
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pre logicamente verdadeira. Dizemos ento que s uma
TAUTOLOGIA.
Trazendo isto para a linguagem comum, considere as
proposies: p: O Sol um planeta
(valor lgico falso - F) e q: A Terra um planeta plano
(valor lgico falso - F), podemos concluir que a proposio
composta Se o Sol um planeta e a Terra um planeta
plano ento o Sol um planeta ou a Terra um planeta
plano uma proposio logicamente verdadeira.
Opostamente, se ao construirmos uma tabela verdade
para uma proposio composta, verificarmos que ela sempre falsa, diremos que ela uma CONTRADIO.
Ex.: A proposio composta t: p~p uma contradio,
seno vejamos:
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O SILOGISMO
O silogismo uma forma de inferncia mediata, ou raciocnio dedutivo. So duas as espcies de silogismos que
estudaremos aqui, que recebem a sua designao do tipo de
juzo ou proposio que forma a primeira premissa:
O silogismo categrico
A natureza do silogismo, o elo de necessidade lgica que
liga as premissas concluso, est bem patente no exemplo
que daremos a seguir, e que servir de ponto de partida para
o nosso estudo desta forma de deduo:
Se todos os homens so mortais e todos os franceses
so homens, ento todos os franceses so mortais.
Em primeiro lugar, notemos que o silogismo categrico
composto de trs proposies ou juzos: duas premissas
"Todos os homens so mortais" e "Todos os franceses so
homens" e uma concluso "Todos os franceses so mortais". Neste caso as premissas e a concluso so todas proposies universais afirmativas (A), mas cada uma poderia
em princpio ser de qualquer outro tipo: universal negativa
(E), particular afirmativa (I) ou particular negativa (O).
Em segundo lugar, nas trs proposies entram unicamente trs termos: "mortais", "homens" e "franceses". Um
destes termos entra nas premissas mas no na concluso:
o chamado termo mdio, que simbolizaremos pela letra M.
Os outros dois termos so o termo maior, que figura na
primeira premissa, que por isso tambm designada de
premissa maior; e o termo menor, que figura na segunda
premissa ou premissa menor. Estes dois termos so simbolizados respectivamente pelas letras P e S. Assimilaremos
melhor este simbolismo se tivermos em conta que, na concluso, o termo maior, P, predicado e o termo menor, S,
sujeito.
Finalmente, embora a forma que utilizamos para apresentar o silogismo seja a melhor para dar conta da ligao lgica
entre as premissas e a concluso e esteja mais de acordo
com a formulao original de Aristteles, existem outras duas
formas mais vulgarizadas, uma das quais ser aquela que
utilizaremos com mais frequncia.
Todo o M P.
Todo o S M.
Logo todo o S P.
Todo o M P.
Todo o S M.
Todo o S P.
Regras do silogismo
So em nmero de oito. Quatro referem-se aos termos e
as outras quatro s premissas.
Regras dos termos
1. Apenas existem trs termos num silogismo: maior,
mdio e menor. Esta regra pode ser violada facilmente
quando se usa um termo com mais de um significado: "Se o
co pai e o co teu, ento teu pai." Aqui o termo "teu"
tem dois significados, posse na segunda premissa e parentesco na concluso, o que faz com que este silogismo apresente na realidade quatro termos.
2. Nenhum termo deve ter maior extenso na concluso do que nas premissas: "Se as orcas so ferozes e
algumas baleias so orcas, ento as baleias so ferozes." O
termo "baleias" particular na premissa e universal na concluso, o que invalida o raciocnio, pois nada dito nas premissas acerca das baleias que no so orcas, e que podem
muito bem no ser ferozes.
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forma como os diferentes tipos de proposio A, E, I, O
nele se dispem, teremos 64 (sessenta e quatro) silogismos
possveis, nmero que obtido quando fazemos todas as
combinaes possveis das quatro letras em grupos de trs,
que o nmero de proposies num silogismo categrico.
Figura do silogismo
Todavia, para alm do modo, temos de ter em considerao a figura, que definida pelo papel, sujeito ou predicado,
que o termo mdio desempenha nas duas premissas. Existem quatro figuras possveis: 1) sujeito-predicado, 2) predicado-predicado, 3) sujeito-sujeito e 4) predicado-sujeito,
correspondendo as trs primeiras aos exemplos dados. Se
combinarmos estas quatro figuras com os sessenta e quatro
modos encontrados acima, obtemos o bonito produto de 256
silogismos. Felizmente para ns muitos desses silogismos
so repeties por exemplo, o modo AEE equivale a EAE
, ou infringem diversas das regras do silogismo por exemplo, o modo IIO compe-se de duas premissas particulares,
pelo que, pela regra 8, no vlido , de maneira que no se
conseguem mais do que dezanove silogismos concludentes.
Modos vlidos
Assim, na primeira figura, em que o termo mdio sujeito
na premissa maior e predicado na menor, apenas so vlidos
os modos seguintes: AAA, EAE, AII, EIO. Para memorizar
melhor estes modos, os lgicos medievais associaram-nos a
determinadas palavras, que se tornaram uma espcie de
designao para os mesmos: so elas, respectivamente,
Barbara, Celarent, Darii, Ferio. O primeiro exemplo que
demos neste ponto, sobre os asiticos e os coreanos, um
exemplo de silogismo na primeira figura, modo Celarent. Os
modos vlidos das outras figuras teriam tambm as suas
designaes mnemnicas prprias:
2. figura: Cesare, Camestres, Festino, Baroco.
3. figura: Darapti, Felapton, Disamis, Bocardo, Ferison.
4. figura: Bamalip, Calemes, Dimatis, Fesapo, Fresison.
Existe uma particularidade importante em relao s diversas figuras. Atravs de diversos procedimentos, dos quais
o mais importante a converso, possvel reduzir silogismos de uma figura a outra figura, ou seja, pegar, por exemplo, num silogismo na segunda figura e transform-lo num
silogismo na primeira figura.
Nenhum ladro sbio.
Alguns polticos so sbios.
Portanto alguns polticos no so ladres.
Nenhum sbio ladro.
Alguns polticos so sbios.
Portanto alguns polticos no so ladres.
Aqui o primeiro silogismo tem o termo mdio na posio
de predicado das duas premissas. Trata-se portanto de um
silogismo da segunda figura, modo Festino. Atravs da converso da premissa maior um processo simples neste caso, mas convm rever o que dissemos anteriormente sobre o
assunto (cf. Inferncia imediata ) , transformmo-lo num
silogismo categrico da primeira figura, em que o termo mdio desempenha o papel de sujeito na premissa maior e
predicado na menor. O modo do novo silogismo Ferio.
Tradicionalmente, a primeira figura tem sido considerada
como a mais importante, aquela em que a evidncia da deduo mais forte. Reduzir os silogismos nas outras figuras
a silogismos equivalentes na primeira figura seria uma maneira de demonstrar a validade dos mesmos. A utilidade de
decorar os diversos modos vlidos relativa, uma vez que a
aplicao das regras do silogismo permitem perfeitamente
definir se um qualquer silogismo ou no vlido.
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Resposta para a questo: existem 87.835.000 placas onde a parte dos algarismos formem um nmero par.
PRINCPIO DA ADIO
Suponhamos um procedimento executado em k fases. A
fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2
maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser
executada. As fases so excludentes entre si, ou seja, no
possvel que duas ou mais das fases sejam realizadas em
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk
maneiras de ser realizado.
Exemplo
Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a
cidade B. Existem 5 caminhos possveis para a cidade A e 3
possveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possveis.
PRINCPIO DA MULTIPLICAO
Suponhamos um procedimento executado em k fases,
concomitantes entre si. A fase 1 tem n1 maneiras de ser
executada, a fase 2 possui n2 maneiras de ser executada e a
fase k tem nk modos de ser executada. A fase 1 poder ser
seguida da fase 2 at a fase k, uma vez que so
concomitantes. Logo, h n1 . n2 . ... . nk maneiras de
executar o procedimento.
Exemplo
Supondo uma viagem para a cidade C, mas para chegar
at l voc deve passar pelas cidades A e B. Da sua cidade
at a cidade A existem 2 caminhos possveis; da cidade A
at a B existem 4 caminhos disponveis e da cidade B at a
C h 3 rotas possveis. Portanto, h 2 x 4 x 3 = 24 diferentes
caminhos possveis de ida da sua cidade at a cidade C.
Os princpios enunciados acima so bastante intuitivos.
Contudo, apresentaremos ainda alguns exemplos um pouco
mais complexos de aplicao.
Quantos nmeros naturais pares de trs algarismos
distintos podemos formar?
Inicialmente, devemos observar que no podemos
colocar o zero como primeiro algarismo do nmero. Como os
nmeros devem ser pares, existem apenas 5 formas de
escrever o ltimo algarismo (0, 2, 4, 6, 8). Contudo, se
colocamos o zero como ltimo algarismo do nmero, nossas
escolhas para distribuio dos algarismos mudam. Portanto,
podemos pensar na construo desse nmero como um
processo composto de 2 fases excludentes entre si.
Fixando o zero como ltimo algarismo do nmero, temos
as seguintes possibilidades de escrever os demais
algarismos:
1 algarismo: 9 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9)
2 algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9), porm
exclumos a escolha feita para o 1 algarismo;
3 algarismo: 1 possibilidade (fixamos o zero).
Logo, h 9 x 8 x 1 = 72 formas de escrever um nmero de
trs algarismos distintos tendo o zero como ltimo algarismo.
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O valor de N
a) 27 b) 216 c) 512 d) 729 e) 1.331
4) (UFC/2002) A quantidade de nmeros inteiros, positivos e
mpares, formados por trs algarismos distintos, escolhidos
dentre os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, igual a:
a) 320 b) 332 c) 348 d) 360 e) 384
5)(UFAL/200) Quantos nmeros pares de quatro algarismos
distintos podem ser formados com os elementos do conjunto
A={0,1,2,3,4}?
a) 60 b) 48 c) 36 d) 24 e) 18
6)(UFPI/2000) Escrevendo-se em ordem decrescente todos
os nmeros de cinco algarismos distintos formados pelos
algarismos 3, 5, 7, 8 e 9, a ordem do nmero 75389 :
a) 54 b) 67 c) 66 d) 55 e) 56
7)(UFAL/99) Com os elementos do conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6,
7} formam-se nmeros de 4 algarismos distintos. Quantos
dos nmeros formados NO so divisveis por 5?
a) 15 b) 120 c) 343 d) 720 e) 840
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CONJUNTO
Em matemtica, um conjunto uma coleo de
elementos. No interessa a ordem e quantas vezes os
elementos esto listados na coleo. Em contraste, uma
coleo de elementos na qual a multiplicidade, mas no a
ordem, relevante, chamada multiconjunto.
Conjuntos so um dos conceitos bsicos da matemtica.
Um conjunto apenas uma coleo de entidades, chamadas
de elementos. A notao padro lista os elementos
separados por vrgulas entre chaves (o uso de "parnteses"
ou "colchetes" incomum) como os seguintes exemplos:
{1, 2, 3}
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
{x : x um nmero inteiro tal que 0<x<4}
Os trs exemplos acima so maneiras diferentes de
representar o mesmo conjunto.
um elemento de
elemento
pertence ao conjunto
. Se
e podemos escrever
no um elemento de
, ns podemos
no pertence ao conjunto
a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto
formado pelos algarismos do nosso sistema de numerao.
b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v,
x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do nosso
alfabeto.
c) Quando um conjunto possui nmero elevado de
elementos, porm apresenta lei de formao bem clara,
podemos representa-lo, por enumerao, indicando os
primeiros e os ltimos elementos, intercalados por
reticncias. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto
dos nmeros pares positivos, menores do que100.
d) Ainda usando reticncias, podemos representar, por
enumerao, conjuntos com infinitas elementos que tenham
uma lei de formao bem clara, como os seguintes:
D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos nmeros
inteiros no negativos;
E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos
nmeros inteiros;
F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos nmeros
mpares positivos.
A representao de um conjunto por meio da descrio
de uma propriedade caracterstica mais sinttica que sua
representao por enumerao. Neste caso, um conjunto C,
de elementos x, ser representado da seguinte maneira:
C = { x | x possui uma determinada propriedade }
1. Conceitos primitivos
Raciocnio Lgico
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Resoluo
a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de possuir
dote letras, possui apenas seis letras distintas entre si.
c)
n(C) = 2, pois h dois elementos que pertencem a
C: c e C e d e C
d) observe que:
2 = 2 . 1 o 1 par positivo
4 = 2 . 2 o 2 par positivo
6 = 2 . 3 o 3 par positivo
8 = 2 . 4 o 4 par positivo
.
.
.
.
.
.
98 = 2 . 49 o 49 par positivo
logo: n(D) = 49
e)
As duas retas, esquematizadas na figura,
possuem apenas um ponto comum.
Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E , portanto, unitrio.
6 igualdade de conjuntos
4 Nmero de elementos de um conjunto
Consideremos um conjunto C. Chamamos de nmero de
elementos deste conjunto, e indicamos com n(C), ao nmero
de elementos diferentes entre si, que pertencem ao conjunto.
Exemplos
Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 so iguais, e indicaremos com A = 8, se ambos possurem os mesmos elementos. Quando isto no ocorrer, diremos que os conjuntos
so diferentes e indicaremos com A B. Exemplos .
a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
d) {a;e;i;o;u} {a;e;i;o}
2
e) { x | x = 100} = {10; -10}
2
f) { x | x = 400} {20}
a) O conjunto A = { a; e; i; o; u }
tal que n(A) = 5.
b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } tal que
n(B) = 10.
c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) tal que n (C) =
99.
7 Subconjuntos de um conjunto
Exemplo: M = { x | x = -25}
O conjunto vazio representado por
{ } ou por
Exerccio resolvido
Determine o nmero de elementos dos seguintes com
juntos :
a)
A = { x | x letra da palavra amor }
b)
B = { x | x letra da palavra alegria }
c)
c o conjunto esquematizado a seguir
d)
D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
e)
E o conjunto dos pontos comuns s relas
r e s, esquematizadas a seguir :
Raciocnio Lgico
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Observaes:
Quando A no subconjunto de B, indicamos com A
B ou B
A.
Admitiremos que o conjunto vazio est contido em
qualquer conjunto.
Exemplos
a) {a;b;c}
b) {a;b;c}
c) {a;b;c}
Exerccios resolvidos
1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t ),
determinar os seguintes conjuntos:
f) B C
a) A B
b) A B
g) A B C
h) A B C
c) A C
i) (A B) U (A C)
d) A C
e) B C
Resoluo
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
Resposta: 1024
3. Determine o nmero de subconjuntos do conjunto
C=
1 1 1 2 3 3
; ; ; ; ;
2 3 4 4 4 5
Resposta: 32
B) OPERAES COM CONJUNTOS
1 Unio de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos unio ou reunio
de A com B, e indicamos com A B, ao conjunto constitudo
por todos os elementos que pertencem a A ou a B.
a) A B C
b) (A B) (A
Exemplos
{a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}
{a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d}
{a;b;c} U {a;c}={a;b;c}
.Resoluo
2 Interseco de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseo de
A com B, e indicamos com A B, ao conjunto constitudo
por todos os elementos que pertencem a A e a B.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando
com hachuras a interseco dos conjuntos, temos:
Raciocnio Lgico
A B = {x; y; z; w; v }
A B = {x }
A C = {x; y;z; u; t }
A C = {y }
B C={x;w;v;y;u;t}
B C=
A B C= {x;y;z;w;v;u;t}
A B C=
(A B) u (A C)={x} {y}={x;y}
a)
b)
c)
{d;e} =
{b;c,d} = {b;c}
{a;c} = {a;c}
51
C)
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CB
Resoluo
a)
b)
c)
d)
e)
f)
A - B = { y; z }
B - A= {w;v}
A - C= {x;z}
C A = {u;t}
B C = {x;w;v}
C B = {y;u;t}
PROBABILIDADES
Introduo
n(A
B) = 20 + 30 5 e ento:
n(A
B) = 45.
Ouvimos falar desse assunto em situaes como: a probabilidade de ser sorteado, de acertar numa aposta, de um
candidato vencer uma eleio, de acertar o resultado de um
jogo etc. Portanto, usamos probabilidades em situaes em
que dois ou mais resultados diferentes podem ocorrer e no
possvel saber, prever, qual deles realmente vai ocorrer em
cada situao.
Ao lanarmos para o alto uma moeda e quisermos saber
se o resultado cara ou coroa, no podemos prever o resultado mas podemos calcular as chances de ocorrncia de
cada um. Este clculo a probabilidade de ocorrncia de um
resultado.
Por meio dos exemplos desta aula, voc aprender o clculo de probabilidades.
EXEMPLO 1
4 Conjunto complementar
Dados dois conjuntos A e B, com
B A, chamamos
de conjunto complementar de B em relao a A, e indicamos
com CA B, ao conjunto A - B.
Observao: O complementar um caso particular de
diferena em que o segundo conjunto subconjunto do
primeiro.
Soluo:
Raciocinando matematicamente, os resultados cara e coroa tm as mesmas chances de ocorrer. Como so duas
possibilidades (cara ou coroa) podemos dizer que as chances de dar cara de 1 para 2. Isto o mesmo que dizer que
a probabilidade de o resultado ser cara ou 0,5 ou 50%.
Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}
Observao: O conjunto complementar de B em
relao a A formado pelos elementos que faltam para
"B chegar a A"; isto , para B se igualar a A.
Exerccios resolvidos:
4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y; u; t
}, determinar os seguintes conjuntos:
AB
BA
Raciocnio Lgico
C-A
BC
52
ApostilasBrasil.com
O conceito de probabilidade
EXEMPLO 2
Soluo:
O chefe de uma seo com 5 funcionrios deu a eles 1
ingresso da final de um campeonato para que fosse sorteado. Aps escreverem seus nomes em papis idnticos, colocaram tudo num saco para fazer o sorteio. Qual a chance
que cada um tem de ser sorteado?
Soluo:
Os 5 funcionrios tm todos a mesma chance de serem
sorteados. No caso de Paulo, por exemplo, as chances de
ser sorteado so de 1 para 5, ou 1/5. Ento, podemos dizer
que a chance, ou a probabilidade, de cada um deles ser
sorteado de 1/5 , ou 0,2, ou ainda 20%.
p(mais caro) =
EXEMPLO 3
No lanamento de um dado, qual a probabilidade de o resultado ser um nmero par?
18 3
= = 0,75 = 75%
54 4
Soluo:
Para que o resultado seja par devemos conseguir:
EXEMPLO 6
De um baralho normal de 52 cartas e mais 2 coringas retiramos uma das cartas ao acaso. Qual a probabilidade de:
a) ser um s?
n de ases existen4
=
=
p (s) tes
54
=
n total de cartas
7%
0,07 =
EXEMPLO 4
p(coringa) =
No Exemplo 2 da Aula 48 vimos que, num restaurante
que prepara 4 pratos quentes, 2 saladas e 3 sobremesas
diferentes, existem 24 maneiras diferentes de um fregus se
servir de um prato quente, uma salada e uma sobremesa.
n total de cartas
6
=
54
0,11
11%
EXEMPLO 7
Em anlise combinatoria, vimos que, com 6 homens e 3
No Exemplo 3 daquela aula descobrimos que havia, dentre os 24 cardpios possveis, 6 cardpios econmicos. Qual
Raciocnio Lgico
53
ApostilasBrasil.com
C 56 = 6 grupos de 5 pessoas nos quais s escolhemos homens. Supondo que as chances de cada um dos grupos a
mesma, qual a probabilidade de escolher:
P (mltiplo de 3) =
6
=1
6
Soluo:
a) p (no mulher) =
6
= 0,05 = 5%
126
120
= 0,95 = 95%
126
p (par) =
0
=0
6
6
120 126
+
=
ou 100%
126 126 126
(5% + 95%).
J sabemos que:
p (E) =
n de resultados favorveis a E
n total de resultados possveis
m
ser menor ou igual a 1: p (E) 1.
n
Caso a condio E exigida no possa ser cumprida, ou
seja, se no houver nenhum resultado favorvel a E, o nmero m ser zero e p (E) =
Um pouco de histria
Os primeiros estudos envolvendo probabilidades foram
motivados pela anlise de jogos de azar. Sabe-se que um
dos primeiros matemticos que se ocupou com o clculo das
probabilidades foi Cardano (1501-1576). Data dessa poca a
expresso que utilizamos at hoje para o clculo da probabilidade de um evento (nmero de casos favorveis dividido
pelo nmero de casos possveis).
Com Fermat (1601-1665) e Pascal (1623-1662), a teoria
das probabilidades comeou a evoluir e ganhar mais consistncia, passando a ser utilizada em outros aspectos da vida
social, como, por exemplo, auxiliando na descoberta da vacina contra a varola no sculo XVIII.
Atualmente, a teoria das probabilidades muito utilizada
em outros ramos da Matemtica (como o Clculo e a Estatstica), da Biologia (especialmente nos estudos da Gentica),
da Fsica (como na Fsica Nuclear), da Economia, da Sociologia etc.
m
=0
n
Exerccios
Exerccio 1
m
ser sempre positiva
n
m
1
n
ou
EXEMPLO 8
Com os algarismos 1, 3 e 5 formamos todos os nmeros
de 3 algarismos possveis. Dentre eles escolhemos um nmero, ao acaso.
a) Qual a probabilidade de escolher um nmero que seja
mltiplo de 3?
b) Qual a probabilidade de o nmero escolhido ser par?
Exerccio 2
No lanamento de um dado, qual a probabilidade de o
nmero obtido ser menor ou igual a 4?
Exerccio 3
No lanamento de dois dados, um verde e outro vermelho, qual a probabilidade de que a soma dos pontos obtidos
seja:
Soluo:
a) 7
Raciocnio Lgico
b) 1
c) maior que 12
54
ApostilasBrasil.com
d) um nmero par
n de resultados favorveis a
E
p (E) =
n total de resultados possveis
Exerccio 4
Na Aula 48 vimos que na SENA existem 11.441.304.000
maneiras de escolher 6 nmeros de 01 a 50. Se voc apostar
em 6 nmeros, qual a probabilidade de sua aposta ser a
sorteada?
Exerccio 5
O que acontece se voc apostar em 5 nmeros de 01 a
100? Qual a probabilidade de voc acertar a quina de nmeros sorteada?
Exerccio 6
Suponha que sejam iguais as chances de qualquer uma
das placas novas para automveis (3 letras e 4 nmeros) ser
escolhida para o seu automvel.
Iremos calcular a probabilidade de ocorrncia de um evento e outro, bem como a ocorrncia de um ou outro evento. Em muitas situaes a ocorrncia de um fato qualquer
depende da ocorrncia de um outro fato; nesse caso dizemos que so ocorrncias dependentes. Em situaes onde
no h essa dependncia, precisamos calcular probabilidades de duas situaes ocorrerem ao mesmo tempo.
Para abordarmos situaes como as que acabamos de
descrever, utilizaremos vrios exemplos durante esta aula.
Leia-os com bastante ateno e procure refazer as solues
apresentadas.
Clculo da probabilidade de ocorrncia de um evento e
de outro
1. a)
4
1
=
= 7,69%
52 13
b)
12 2
= = 23%
52 3
2.
4
1
=
= 67%
6 13
3. a)
EXEMPLO 1
1
. Nesse mesmo grupo, a probabilidade de que um jovem
5
5
. Qual a probabilidade de escolhersaiba jogar futebol
6
mos um jovem (ao acaso) que tenha mdia maior que 7,0 e
saiba jogar futebol?
Soluo:
O fato de ter mdia maior que 7,0 no depende do
fato de saber jogar futebol, e vice-versa. Quando
isso ocorre, dizemos que os eventos so independentes.
6
1
=
= 17%
36 6
b) 0
c) 0
24
= 67%
d)
36
4.
1
= 0,000 000 000 087 =
1144130400 0
5.
1
= 0,000 000 000 11 =
9034502400
1
tm mdia acima de 7,0 e
5
5
1
5
1
jogar futebol. Ora,
de
, ou seja,
x
=
6
5
6
5
todos os jovens,
5
sabem
6
1
, sabem
6
1
.
6
3!
6
=
= 0,000 000 034 =
6.
3
4
175760000
26 10
0,000 003 4%
EXEMPLO 2
Calculando probabilidades
Voc j aprendeu que a probabilidade de um evento E :
Raciocnio Lgico
55
ApostilasBrasil.com
Dos 30 funcionrios de uma empresa, 10 so canhotos e
25 vo de nibus para o trabalho. Escolhendo ao acaso um
desses empregados, qual a probabilidade de que ele seja
canhoto e v de nibus para o trabalho?
Soluo:
Considere os eventos:
A : ser canhoto
enunciado
deste
problema
nos
diz
que
P(A)
4
3
= P(B/A)= ; assim,
7
4
4 3 3
x =
7 4 7
P (B) =
10 1
=
30 3
25 5
=
30 6
P (A e B) = P (A) P (B/A)
1 5 5
P (A e B) = P (A) P (B) = x =
3 6 18
5
.
18
9
. Depois de ser
10
EXEMPLO 3
4
. Para continuar na competio
7
3
.
7
3
. Qual a probabilidade de que um atleta que
4
Considere os eventos:
Soluo:
A : terminar a 1 etapa da prova (natao).
B : terminar a 2 etapa da prova (corrida), tendo terminado a 1.
Note que A e B no so eventos independentes pois, para comear a 2 etapa necessrio, antes, terminar a 1.
Nesse caso dizemos que a ocorrncia do evento B depende (est condicionada) ocorrncia do evento A.
Calculando:
Utilizamos ento a notao B/A, que significa a dependncia dos eventos, ou melhor, que o evento B/A denota a
ocorrncia do evento B, sabendo que A j ocorreu. No caso
Raciocnio Lgico
2
.
3
P(A) =
56
9
10
ApostilasBrasil.com
P(B/A) =
2
3
P(A e B) =
9 2 3
x =
10 3 5
3
direo .
5
EXEMPLO 5
Soluo:
Na Copa Amrica de 1995, o Brasil jogou com a Colmbia. No primeiro tempo, a seleo brasileira cometeu 10
faltas, sendo que 3 foram cometidas por Leonardo e outras 3
por Andr Cruz. No intervalo, os melhores lances foram reprisados, dentre os quais uma falta cometida pelo Brasil,
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de que a falta escolhida seja de Leonardo ou de Andr Cruz?
Soluo:
Das 10 faltas, 3 foram de Leonardo e 3 de Andr Cruz.
Portanto, os dois juntos cometeram 6 das 10 faltas do Brasil.
Assim, a probabilidade de que uma das faltas seja a escolhida dentre as 10
3
6
= .
5
10
100
1
= .
500
5
b) Usando o raciocnio do Exemplo 5, para saber a probabilidade da ocorrncia de um evento ou outro, somamos
as probabilidades de os dois eventos ocorrerem separadamente. Mas, neste exemplo, devemos tomar cuidado com o
seguinte: existem pessoas que consomem os dois sucos
indiferentemente, compram o que estiver mais barato, por
exemplo. Assim, no podemos contar essas pessoas (que
consomem um e outro) duas vezes.
Observe que a soma dos resultados maior que o
nmero de entrevistados (300 + 100 + 200 + 50
= 650), ou seja, h pessoas que, apesar de preferirem um dos sucos, consomem os dois. Para
facilitar daremos nomes aos eventos:
3
.
10
A : preferir o SOSUMO
B: preferir o SUMOBOM
3
.
10
3
3
6
3
+
=
=
10
10
10
5
.
Lembre-se de que qualquer uma das duas escolhas ter
um resultado favorvel.
Temos ento:
P (A ou B) = P (A) + P (B) P (A e B)
Temos ento:
Calculando:
Raciocnio Lgico
57
P(A) =
250 1
=
500 2
P(B) =
300 3
=
500 5
ApostilasBrasil.com
P(A e B) =
100
1
=
500
5
1 3 1 1 2 5+4 9
P(A ou B) = + - = + =
=
2 5 5 2 5 10
10
9
.
10
Dos 140 funcionrios de uma fbrica, 70 preferem a marca de cigarros FUMAA, 80 preferem TOBACO e 30 fumam
ambas sem preferncia.
Observao
Sabendo que 20 funcionrios no fumam, calcule a probabilidade de que um funcionrio, escolhido ao acaso:
a) fume FUMAA e TOBACO
Observe que o evento A ou B (consumir um suco ou outro) deve incluir como casos favorveis todas as pessoas que
no fazem parte do grupo dos que no consomem esses
dois sucos.
Sabamos que dos 500 entrevistados, 50 pessoas consumiam nenhum dos dois e a probabilidade de escolhermos
uma dessas pessoas ao acaso era
50
1
, ou seja,
.
500
10
a) fume s FUMAA
1
9
=
, raciocinando por exclu10
10
b) fume s TOBACO
Exerccios propostos.
Exerccio 1
e) no fume FUMAA
f) no fume TOBACO
11
. J a probabilidade de esse habitante ser um
12
1
comerciante
. Escolhendo um habitante dessa cidade
11
Respostas
casa
1. Eventos independentes:
1
12
1
6
3.
4. a) P (A e B) =
3
30
=
140 14
1
e de aprovao na prova prtica (depois de ser aprova4
2
, calcule a probabilidade de que um prodo na escrita)
3
Raciocnio Lgico
b) P (A ou B) =
58
40 + 30 + 50 120 6
=
=
140
140 7
ApostilasBrasil.com
5. a)
40 2
=
140 7
b)
5
50
=
140 14
c)
40 + 50 9
=
14
140
d)
20 1
=
140 7
e)
50 + 20 70 1
=
=
140
140 2
f)
40 + 20 60 3
=
=
140 7
140
Fonte: http://www.bibvirt.futuro.usp.br
ANLISE COMBINATORIA
O PRINCPIO MULTIPLICATIVO
Raciocnio Lgico
59
ApostilasBrasil.com
9 9 8 = 648 nmeros.
De acordo com o exemplo anterior, se desejssemos
contar dentre os 648 nmeros de 3 algarismos distintos apenas os que so pares (terminados em 0, 2, 4, 6 e 8), como
deveramos proceder?
Soluo:
EXEMPLO 3
Se o restaurante do exemplo anterior oferecesse dois
preos diferentes, sendo mais baratas as opes que inclussem frango ou salsicho com salada verde, de quantas maneiras voc poderia se alimentar pagando menos?
Soluo:
Note que agora temos uma condio sobre as decises
d1 e d2:
d1: escolher um dentre 2 pratos quentes (frango ou salsicho).
d2: escolher salada verde (apenas uma opo).
d3: escolher uma das 3 sobremesas oferecidas.
Ento, h 2 1 3 = 6 maneiras de montar cardpios econmicos. (Verifique os cardpios mais econmicos na
rvore de possibilidades do exemplo anterior).
EXEMPLO 4
Quantos nmeros naturais de 3 algarismos distintos existem?
Soluo*:
Um nmero de 3 algarismos c d u formado por 3 ordens: Como o algarismo da ordem das centenas no pode
ser zero, temos ento trs decises:
Raciocnio Lgico
60
ApostilasBrasil.com
As placas de automveis eram todas formadas por 2 letras (inclusive K, Y e W) seguidas por 4 algarismos. Hoje
em dia, as placas dos carros esto sendo todas trocadas
e passaram a ter 3 letras seguidas e 4 algarismos. Quantas placas de cada tipo podemos formar?
Soluo:
No primeiro caso
Soluo:
Como temos 3 caixas - sada (S), pendncias (P) e entrada (E) vamos escolher uma delas para ficar embaixo. Escolhida a caixa inferior, sobram 2 escolhas para a caixa que
ficar no meio e a que sobrar ficar sobre as outras.
Ento, usando o princpio multiplicativo temos
26 26 10 10 10 10 = 6 760 000
3 2 1 = 6 opes
No segundo caso
26 26 26 10 10 10 10 = 26 6 760 000 =
= 175 760 000
A nova forma de identificao de automveis possibilita
uma variedade 26 vezes maior. A diferena de
169.000.000, ou seja, 169 milhes de placas diferentes a
mais do que anteriormente.
EXEMPLO 2
De quantas maneiras podemos arrumar 5 pessoas em fila
indiana?
Soluo:
AS PERMUTAES
um tipo muito comum de problemas de contagem, que
est relacionado com as vrias formas de organizar ou arrumar os elementos de um conjunto.
P3
P5
P2
P4
P5
P2
P1
P3
P4
etc.
Ao escolher uma pessoa para ocupar a primeira posio
na fila temos cinco pessoas disposio, ou seja, 5 opes;
para o 2 lugar , como uma pessoa j foi escolhida, temos 4
opes; para o 3 lugar sobram trs pessoas a serem escolhidas; para o 4 lugar duas pessoas, e para o ltimo lugar na
fila sobra apenas a pessoa ainda no escolhida.
Raciocnio Lgico
P1
61
ApostilasBrasil.com
5 4 3 2 1 = 120 opes
Permutao
Dado um conjunto formado por n elementos, chama-se
permutao desses n elementos qualquer seqncia de n
elementos na qual apaream todos os elementos do conjunto.
Os Exemplos 1 e 2 so demonstraes de permutaes
feitas com 3 caixas e 5 pessoas. No Exemplo 2, como na
maioria dos casos, no descrevemos ou enumeramos todas
as permutaes que podemos encontrar, pois apenas calculamos o nmero de permutaes que poderamos fazer.
Soluo:
n (n - 1) (n - 2) ... 1
EXEMPLO 3
Quantos nmeros diferentes de 4 algarismos podemos
formar usando apenas os algarismos 1, 3, 5 e 7?
Soluo:
Um grupo de 5 pessoas decide viajar de carro, mas apenas 2 sabem dirigir. De quantas maneiras possvel dispor as 5 pessoas durante a viagem?
5! = 5 4 3 2 1 = 120
b)
4! = 4 3 2 1 = 24
c)
5! 4! = (5 4 3 2 1) (4 3 2 1) =
Soluo:
O banco do motorista pode ser ocupado por uma das 2
pessoas que sabem guiar o carro e as outras 4 podem ser
permutadas pelos 4 lugares restantes, logo:
2 4! = 2 24 = 48 maneiras
Nos Exemplos 6 e 7 vemos que em alguns problemas
(que envolvem permutaes dos elementos de um conjunto)
podem existir restries que devem ser levadas em conta na
resoluo.
Portanto, fique sempre muito atento ao enunciado da
questo, procurando compreend-lo completamente antes de
buscar a soluo.
EXEMPLO 7
120 24 = 2880
d)
8! = 8 7!
e)
f)
EXEMPLO 4
Quantos so os anagramas da palavra MARTELO?
Soluo:
Raciocnio Lgico
62
ApostilasBrasil.com
EXEMPLO 1
b) Observe que, agora, queremos contar apenas o nmero de permutaes nas quais os presidentes A e B aparecem
juntos, como, por exemplo:
ABCDEFG
BACGDFE
GABDCEF
Soluo:
etc.
Raciocnio Lgico
O nmero de permutaes de uma palavra com sete letras distintas (MARTELO) igual a 7! = 5040. Neste exemplo
formaremos uma quantidade menor de anagramas, pois so
iguais aqueles em que uma letra A aparece na 2 casa e a
outra letra A na 5 casa (e vice-versa).
Para saber de quantas maneiras podemos arrumar as
duas letras A, precisamos de 2 posies. Para a primeira
letra A teremos 7 posies disponveis e para a segunda
letra A teremos 6 posies disponveis (pois uma das 7 j foi
ocupada).
Temos ento, 7
6
= 21 opes de escolha.
2
76
5! = 21 120 = 2520 anagramas da palavra MA2
DEIRA
EXEMPLO 2
Uma urna contm 10 bolas: 6 pretas e 4 brancas. Quantas so as maneiras de se retirar da urna, uma a uma, as 10
bolas?
Soluo:
Vejamos primeiro algumas possibilidades de se retirar as
bolas da urna, uma a uma, sendo 6 bolas pretas e 4 bolas
brancas.
Nesse exemplo temos uma permutao de 10 elementos.
Caso fossem todos distintos, nossa resposta seria 10!. No
entanto, o nmero de permutaes com repetio de 6 bolas
pretas e 4 bolas brancas ser menor.
Se as bolas brancas (que so iguais) fossem numeradas
de 1 a 4, as posies seriam diferentes.
Note que para cada arrumao das bolas brancas temos
4! = 24 permutaes que so consideradas repeties, ou
seja, que no fazem a menor diferena no caso de as bolas
serem todas iguais.
63
ApostilasBrasil.com
10! 3.628.800
=
= 210
4!6!
24.720
b)
5!
1
5!
=
=
7! 7 6 5! 7 6
c)
n(n - 1)!
n!
=
=n
(n - 1)! (n - 1)!
d)
5 4 3! 5 4
5!
=
= 52
=
3!2!
2 1
3!2!
Permutaes circulares
EXEMPLO 3
Quantos anagramas podemos formar com a palavra
PRPRIO?
Soluo:
Este exemplo parecido com o das bolas pretas e brancas. Mas observe que aqui temos 7 letras a serem permutadas, sendo que as letras P, R e O aparecem 2 vezes cada
uma e a letra I, apenas uma vez.
Como no caso anterior, teremos 2! repeties para cada
arrumao possvel da letra P (o mesmo ocorrendo com as
letras R e O). O nmero de permutaes sem repetio ser,
ento:
etc...
nmero total de permutaes de 7 letras.
7!
2! 2! 2!
5040
= 630
222
120
= 24
5
Havendo n elementos para permutar e dentre eles um elemento se repete p vezes e outro elemento se repete q
vezes, temos:
n!
p! q!
No exemplo anterior, voc viu que podemos ter mais de 2
elementos que se repetem. Neste caso, teremos no denominador da expresso o produto dos fatoriais de todos os elementos que se repetem.
Simplificando fatoriais
Uma frao com fatoriais no numerador e no denominador pode ser facilmente simplificada.
Se temos n objetos, cada disposio equivalente por rotao pode ser obtida de n maneiras. Confirme isso com os
exemplos a seguir:
a) 3 elementos: A, B, C. Considere a roda ABC. As rodas
BCA e CAB so rodas equivalentes.
b) 8 elementos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8. Verifique que as 8
rodas abaixo so equivalentes:
1-2-3-4-5-6-7-8
8-1-2-3-4-5-6-7
7-8-1-2-3-4-5-6
6-7-8-1-2-3-4-5
5-6-7-8-1-2-3-4
4-5-6-7-8-1-2-3
3-4-5-6-7-8-1-2
2-3-4-5-6-7-8-1
Observe os exemplos:
a)
10! 10 9 8 7 6!
=
= 10 9 8 7
6!
6!
Raciocnio Lgico
64
ApostilasBrasil.com
A expresso geral do nmero de permutaes circulares ser o nmero total de permutaes, n!, dividido pelas n vezes que cada roda equivalente
foi contada:
n! n(n 1)!
=
= (n 10)!
n
n
EXEMPLO 4
no utilizamos todos os objetos;
Quantas rodas de ciranda podemos formar com 8 crianas?
Soluo:
Vamos comear compreendendo e resolvendo um problema.
Podemos formar
8!
= 7! = 5040 rodas diferentes.
8
EXEMPLO 5
Se no encontro dos 7 presidentes as reunies fossem ocorrer ao redor de uma mesa, de quantas maneiras poderamos organiz-los?
EXEMPLO 1
Em uma obra havia trs vagas para pedreiro. Cinco candidatos se apresentaram para preencher as vagas. De quantas formas o encarregado da obra pode escolher os trs de
que ele precisa?
Soluo:
Note que ele no vai usar todos os candidatos, de 5
escolher apenas 3.
Soluo:
7!
= 6! = 720 posies circulares diferentes.
7
EXEMPLO 6
Soluo:
Se a ordem de escolha dos candidatos importasse, poderamos usar o princpio multiplicativo. Nesse caso, teramos 5
candidatos para a primeira vaga, 4 candidatos para a segunda e 3 candidatos para a ltima. A soluo seria: 5 4 3 =
60. Portanto, haveria 60 formas de escolher os trs novos
pedreiros.
Neste caso, poderamos contar as permutaes circulares dos outros 5 presidentes e depois encaixar os 2 que
devem ficar separados nos espaos entre os 5 j arrumados.
O nmero de permutaes circulares com 5 elementos
4! = 24, e entre eles ficam formados 5 espaos.
Raciocnio Lgico
Jos
Pedro
Joo
Jos
Pedro
Joo
Pedro
Jos
Jos
Joo
Joo
Pedro
Estes seis grupos so iguais e foram contados como agrupamentos diferentes nas 60 formas de escolher que encontramos. Para retirar as repeties destes e de outros
grupos, vamos dividir o resultado pelo nmero de vezes que
eles se repetem na contagem. Que nmero esse?
Os grupos repetidos so as formas de .embaralhar. trs
candidatos escolhidos.
Ora embaralhar trs objetos fazer permutaes! O
nmero de permutaes de 3 objetos voc j sabe que 3! =
6. Logo, basta dividir 60 por 6 para no contarmos as repeties dentro de cada grupo formado. Isso significa que h 10
65
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maneiras de escolher os trs novos pedreiros, entre os 5
candidatos.
Soluo:
De 15 operrios, 11 sero escolhidos e a ordem de escolha no importa, pois queremos escolher apenas os jogadores sem determinar as posies em campo.
Vamos supor que temos n objetos disponveis para escolha e que, destes, vamos escolher p objetos (p < n). O nmero de maneiras de se fazer essa escolha chama-se combi-
Usando a frmula:
p
Cn =
n!
(n p! )p!
C 35 =
5!
5!
=
(5 3! )3! 2!3!
Vamos resolver mais alguns problemas nos prximos exemplos. Leia com ateno o enunciado, interprete-o e tente
resolver cada exemplo sozinho. S depois disso leia a soluo.
Assim voc poder verificar se realmente compreende o
problema e sua soluo.
EXEMPLO 2
Em um hospital h apenas 5 leitos disponveis na emergncia. Dez acidentados de um nibus chegam e preciso
escolher 5 para ocupar os leitos. Os outros ficariam em macas, no corredor do hospital. De quantas formas poderamos
escolher 5 pessoas que ficariam nos leitos?
C 11
15 =
15!
= 1365
(15 11! )11!
Soluo:
2
=
C 13
Na realidade, os responsveis pela emergncia estudariam cada caso e escolheriam os mais graves, mas imagine
que todos tenham a mesma gravidade.
Nesse caso, h duas coisas a observar: de 10 pessoas, 5
sero escolhidas e a ordem em que a escolha feita no
importa. Trata-se, ento, de uma combinao onde:
EXEMPLO 5
De quantos modos podemos formar 2 times de vlei com
12 moas?
Soluo:
13!
13!
=
(13 2! )2! 11!2!
6
modos. Escolhido esse time,
pode ser escolhido de C 12
sobram exatamente 6 moas para formar o segundo. A res-
10!
10!
=
(10 5! )5! 5!5!
6
posta, ento, parece ser C 12
1 . No entanto, contamos cada
time duas vezes. Observe, por exemplo, que as formaes
abaixo so idnticas:
5
C 10
=
a, b, c, d, e, f
g, h, i, j, l, m
a, b, c, d, e, f
ou
EXEMPLO 3
g, h, i, j, l, m
Uma pequena empresa quer formar um time de futebol e
15 funcionrios se inscreveram, dizendo que aceitam jogar
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66
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A resposta correta :
6
C 12
1 1 12!
=
= 462
2
2 6!6!
Soluo:
ARRANJOS SIMPLES
Introduo:
Na aplicao An,p, calculamos quantos nmeros de 2 algarismos distintos podemos formar com 1, 2, 3 e 4. Os nmeros so :
Exerccios
12 13 14 21 23 24 31 32 34 41 42 43
Observe que os nmeros em questo diferem ou pela ordem dentro do agrupamento (12 21) ou pelos elementos
componentes (13 24). Cada nmero se comporta como
uma seqncia, isto :
(1,2)
(2,1)
e (1,3)
Calcule:
b) A8,2
a) A8,1
c ) A8,3
d) A8,4
Efetue:
(3,4)
a) A7,1 + 7A5,2 2A4,3 - A 10,2 b)
A 8,2 + A 7,4
A 5,2 A10,1
Definio:
Resolva as equaes:
Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se arranjo
simples dos n elementos de /, tomados p a p, a toda sequncia de p elementos distintos, escolhidos entre os elementos de l ( P n).
FATORIAL
O nmero de arranjos simples dos n elementos, tomados
p a p, indicado por An,p
Definio:
Chama-se fatorial de um nmero natural n, n 2, ao
produto de todos os nmeros naturais de 1 at n.
Assim :
n ! = n( n - 1) (n - 2) . . . 2 . 1, n 2 (l-se: n fatorial)
1! = l
0! = 1
Frmula:
1) calcular:
a) A7,1 b) A7,2
c) A7,3
A N,P =
d) A7,4
Soluo:
a) A7,1 = 7
c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210
aplicaes
b) A7,2 = 7 . 6 = 42
d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840
Calcular:
n!
, pn e
( n p) !
c)
Soluo:
x . ( x - 1) . ( x 2 ) = 3 . x . ( x - 1)
b)
x ( x 1) (x 2) - 3x ( x 1) =0
5!
4!
Soluo:
x( x 1)[ x 2 3 ] = 0
5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120
x = 0 (no convm)
ou
x = 1 ( no convm)
ou
x = 5 (convm)
S = {5}
Raciocnio Lgico
8!
6!
5! 5 4!
=
=5
4!
4!
8! 8 7 6!
=
= 56
6!
6!
67
{ p,n}
lN
n!
(n - 2)!
11! + 10 !
d)
10 !
e)
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11! + 10 ! 11 10 ! + 10 ! 10 ! (11 + 1)
=
=
= 12
10 !
10 !
10!
Seja I um conjunto com n elementos. Chama-se permutao simples dos n elementos de l a toda a seqncia dos n
elementos.
n!
n ( n - 1)( n - 2) !
=
= n2 n
( n - 2) !
(n - 2)!
Frmula:
Soluo:
Pn = n !
n!
n ( n - 1) ( n - 2) !
= 30
= 30
(n - 2)!
(n - 2)!
Aplicaes
Considere a palavra ATREVIDO.
n=6
n - n - 30 = 0
ou
n = -5 ( no convm)
4 ( n - 1 )!
n!
4 ( n - 3 )!
n!
= 3
= 3
( n - 4) !
( n - 4) !
( n - 3) !
( n - 1) !
n ( n - 1) !
4 ( n - 3 )( n - 4 ) !
= 3
( n - 4)!
( n - 1) !
4n 12 = 3n n = 12
Obter n, tal que :
( n + 2 )! - ( n + 1)!
=4
n!
Ou ento, P8 = 8 ! = 40 320 anagramas
Soluo:
( n + 2 )! ( n + 1)! n ! - ( n + 1) n !
= 4
n!
n ! ( n + 2 ) [n + 2 - 1]
=4
n!
n + 1 = 2 n =1
(n + 1 )2 = 4
n + 1 = -2
convm )
n = -3 (no
c) Como as 3 primeiras posies ficam ocupadas pela slaba TRE, devemos distribuir as 5 letras restantes em 5 posies. Ento:
PERMUTAES SIMPLES
Introduo:
Consideremos os nmeros de trs algarismos distintos
formados com os algarismos 1, 2 e 3. Esses nmeros so :
123
132
213
231
312
321
A3,3= 6.
Definio:
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PROVA SIMULADA I
EXERCCIOS
PROPOSIES E CONECTIVOS
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08. (ICMS/SP 2006 FCC) Considere a proposio
Paula estuda, mas no passa no concurso.
Nessa proposio, o conectivo lgico
(A) disjuno inclusiva.
(B) conjuno.
(C) disjuno exclusiva.
(D) condicional.
(E) bicondicional.
09. (TRT 9 Regio 2004 FCC) Leia atentamente as proposies simples P e Q:
P: Joo foi aprovado no concurso do Tribunal.
Q: Joo foi aprovado em um concurso.
Do ponto de vista lgico, uma proposio condicional correta
em relao a P e Q :
(A) Se no Q, ento P.
(B) Se no P, ento no Q.
(C) Se P, ento Q.
(D) Se Q, ento P.
(E) Se P, ento no Q.
10. (BACEN 2006 FCC) Sejam as proposies:
p: atuao compradora de dlares por parte do Banco Central;
q: fazer frente ao fluxo positivo.
Se p implica em q, ento
(A) a atuao compradora de dlares por parte do Banco
Central condio necessria para fazer frente ao fluxo
positivo.
(B) fazer frente ao fluxo positivo condio suficiente para a
atuao compradora de dlares por parte do Banco Central.
(C) a atuao compradora de dlares por parte do Banco
Central condio suficiente para fazer frente ao fluxo positivo.
(D) fazer frente ao fluxo positivo condio necessria e
suficiente para a atuao compradora de dlares por parte
do Banco Central.
(E) a atuao compradora de dlares por parte do Banco
Central no condio suficiente e nem necessria para
fazer frente ao fluxo positivo.
11. (TRT-SP Anal Jud 2008 FCC) So dadas as seguintes
proposies:
- p: Computadores so capazes de processar quaisquer tipos
de dados.
- q: possvel provar que + 1 = .
Se p implica em q, ento o fato de
(A) ser possvel provar que + 1 = uma condio necessria e suficiente para que os computadores sejam capazes
de processar quaisquer tipos de dados.
(B) computadores serem capazes de processar quaisquer
tipos de dados no condio necessria e nem suficiente
para que seja possvel provar que + 1 = .
(C) ser possvel provar que + 1 = uma condio suficiente para que os computadores sejam capazes de processar
quaisquer tipos de dados.
(D) computadores serem capazes de processar quaisquer
tipos de dados condio necessria para que seja possvel
provar que + 1 = .
(E) ser possvel provar que + 1 = condio necessria
para que os computadores sejam capazes de processar
quaisquer tipos de dados.
12. (MRE 2008 CESPE) Julgue o seguinte item:
Item 1. Considerando que A e B simbolizem, respectivamente, as proposies A publicao usa e cita documentos do
Itamaraty e O autor envia duas cpias de sua publicao de
pesquisa para a Biblioteca do Itamaraty, ento a proposio
BA uma simbolizao correta para a proposio Uma
condio necessria para que o autor envie duas cpias de
sua publicao de pesquisa para a Biblioteca do Itamaraty
que a publicao use e cite documentos do Itamaraty.
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Raciocnio Lgico
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(D) Bencio foi o nico dos trs que foi reprovado no concurso.
(E) Ariovaldo foi o nico dos trs que foi reprovado no concurso.
NEGAO DE PROPOSIES
27. D a negao de cada uma das proposies abaixo.
a) Todos os corvos no so negros. Algum corvo negro.
b) Nenhum gato no sabe pular. Algum gato no sabe pular.
c) Algum sapo prncipe. Nenhum sapo prncipe.
d) Alguma planta no venenosa. Toda planta venenosa.
28. (TRT 9 Regio 2004 FCC) A correta negao da proposio "todos os cargos deste concurso so de analista judicirio :
(A) alguns cargos deste concurso so de analista judicirio.
(B) existem cargos deste concurso que no so de analista
judicirio.
(C) existem cargos deste concurso que so de analista judicirio.
(D) nenhum dos cargos deste concurso no de analista
judicirio.
(E) os cargos deste concurso so ou de analista, ou no judicirio.
29. (Escriturrio Banco do Brasil 2011 FCC) Um jornal publicou a seguinte manchete:
Toda Agncia do Banco do Brasil tem dficit de funcionrios.
Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se,
publicando uma negao de tal manchete. Das sentenas
seguintes, aquela que expressaria de maneira correta a negao da manchete publicada :
(A) Qualquer Agncia do Banco do Brasil no tm dficit de
funcionrios.
(B) Nenhuma Agncia do Banco do Brasil tem dficit de funcionrios.
(C) Alguma Agncia do Banco do Brasil no tem dficit de
funcionrios.
(D) Existem Agncias com deficit de funcionrios que no
pertencem ao Banco do Brasil.
(E) O quadro de funcionrios do Banco do Brasil est completo.
30. (Prominp 2009 Cesgranrio) A negao de Todos os
filhos de Maria gostam de quiabo
(A) nenhum dos filhos de Maria gosta de quiabo.
(B) nenhum dos filhos de Maria desgosta de quiabo.
(C) pelo menos um dos filhos de Maria gosta de quiabo.
(D) pelo menos um dos filhos de Maria desgosta de quiabo.
(E) alguns filhos de Maria no gostam de quiabo.
31. (Metr-SP 2010 FCC) A negao da proposio Existem
Linhas do Metr de So Paulo que so ociosas. :
(A) Nenhuma Linha do Metr de So Paulo ociosa.
(B) Nenhuma Linha ociosa do Metr de So Paulo.
(C) Nem toda Linha do Metr de So Paulo ociosa.
(D) Algumas Linhas do Metr de So Paulo no so ociosas.
(E) Toda Linha do Metr de So Paulo no ociosa.
32. (Oficial de Justia TJ-PE 2006 FCC) Considere a afirmao abaixo.
Existem funcionrios pblicos que no so eficientes.
Se essa afirmao FALSA, ento verdade que:
(A) nenhum funcionrio pblico eficiente.
(B) nenhuma pessoa eficiente funcionrio pblico.
(C) todo funcionrio pblico eficiente.
(D) nem todos os funcionrios pblicos so eficientes.
(E) todas as pessoas eficientes so funcionrios pblicos.
33. (TRT 9 Regio 2004 FCC) Em uma declarao ao tribunal, o acusado de um crime diz:
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(D) No verdade que, se Maly no usuria do Metr,
ento ela gosta de dirigir automvel.
(E) Se Maly no usuria do Metr, ento ela no gosta de
dirigir automvel.
38. (ANEEL Analista 2006 ESAF) A negao da afirmao
condicional se Ana viajar, Paulo vai viajar :
a) Ana no est viajando e Paulo vai viajar.
b) se Ana no viajar, Paulo vai viajar.
c) Ana est viajando e Paulo no vai viajar.
d) Ana no est viajando e Paulo no vai viajar.
e) se Ana estiver viajando, Paulo no vai viajar.
39. (Prominp 2008 Cesgranrio) Sejam p, q e r proposies
simples e ~p, ~q e ~r as suas respectivas negaes. A negao de
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(B) A negao da proposio Ele faz caminhada se, e somente se, o tempo est bom, a proposio Ele no faz
caminhada se, e somente se, o tempo no est bom.
(C) A proposio ~[ p ~(p q)] logicamente falsa.
(D) A proposio Se est quente, ele usa camiseta, logicamente equivalente proposio No est quente e ele
usa camiseta.
(E) A proposio Se a Terra quadrada, ento a Lua
triangular falsa.
49. (Especialista em Polticas Pblicas SP 2009 FCC) Um
fornecedor do governo apresentou, no ms de abril, um contrato para realizao de um servio que seria pago somente
em maio. O contrato trazia a seguinte clusula:
Se o IPCA de abril for menor do que 2%, ento os valores
constantes no contrato no sofrero qualquer correo.
De acordo com essa clusula, correto concluir que, necessariamente, se
(A) os valores constantes no contrato sofreram uma correo
de 2%, ento o IPCA de abril foi, no mnimo, 2%.
(B) os valores constantes no contrato sofreram uma correo
de 1%, ento o IPCA de abril ficou entre 1% e 2%.
(C) o IPCA de abril foi 3%, ento os valores do contrato sofreram algum tipo de correo.
(D) o IPCA de abril foi 1%, ento os valores do contrato sofreram correo de, no mnimo, 1%.
(E) os valores constantes no contrato no sofreram qualquer
correo, ento o IPCA de abril foi, no mximo, 1%
TAUTOLOGIA, CONTRADIO E CONTINGNCIA
50. (TRT9 2004 FCC) Considere a seguinte proposio: "na
eleio para a prefeitura, o candidato A ser eleito ou no
ser eleito. Do ponto de vista lgico, a afirmao da proposio caracteriza:
(A) um silogismo. (D) uma contingncia.
(B) uma tautologia. (E) uma contradio.
(C) uma equivalncia.
RESPOSTAS
01. A
11.
02. E
12.
03. C
13.
04. D
14.
05. A
15.
06. E
16.
07. CC 17.
08. B
18.
09. C
19.
10. C
20.
E
C
C
C
B
C
A
D
B
C
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
B
C
B
C
B
D
B
C
D
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
C
C
C
C
A
C
A
A
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
A
C
E
D
E
B
B
C
A
B
27.
a) Algum corvo negro.
b) Algum gato no sabe pular.
c) Nenhum sapo prncipe. (Todo sapo no prncipe.)
d) Toda planta venenosa. (Nenhuma planta no venenosa.)
36.
a) X Y ou Z W.
b) X > Y e Z W.
c) O tempo est chuvoso e no faz calor.
d) Ou Joo bom mdico ou estudou muito, mas no ambos.
QUESTES RESOLVIDAS
Questo 1: FUNIVERSA/2012 - Concurso PC-DF Perito
Criminal Odontologia
Pergunta: Cinco amigos encontraram-se em um bar e, depois
de algumas horas de muita conversa, dividiram igualmente a
conta, a qual fora de, exatos, R$ 200,00, j com a gorjeta
includa. Como se encontravam ligeiramente alterados pelo
Raciocnio Lgico
74
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leira vai enfrentar o Uruguai. De acordo com essa anlise,
conclui-se que se o Brasil
a) no enfrentar o Uruguai, necessariamente ter perdido o
jogo para o Equador.
b) no se classificar para a semifinal, ter necessariamente
empatado o jogo com o Equador.
c) enfrentar o Uruguai, necessariamente ter vencido ou
empatado seu jogo contra o Equador.
d) perder seu jogo contra o Equador, necessariamente no
se classificar para a semifinal.
e) se classificar para a semifinal, ento necessariamente no
ter sido derrotado pelo Equador.
Questo 6: FCC/2012 - TCE SP Agente de Fiscalizao
Financeira Administrao
Pergunta: Se a tinta de boa qualidade ento a pintura melhora a aparncia do ambiente. Se o pintor um bom pintor
at usando tinta ruim a aparncia do ambiente melhora. O
ambiente foi pintado. A aparncia do ambiente melhorou.
Ento, a partir dessas afirmaes, verdade que:
a) O pintor era um bom pintor ou a tinta era de boa qualidade.
b) O pintor era um bom pintor e a tinta era ruim.
c) A tinta no era de boa qualidade.
d) A tinta era de boa qualidade e o pintor no era bom pintor.
e) Bons pintores no usam tinta ruim.
Questo 7: FCC/2012 - Concurso TCE- AP Tcnico de Controle Externo
Pergunta: O responsvel por um ambulatrio mdico afirmou:
Todo paciente atendido com certeza, a menos que tenha
chegado atrasado. De acordo com essa afirmao, concluise que, necessariamente,
a) nenhum paciente ter chegado atrasado se todos tiverem
sido atendidos.
b) nenhum paciente ser atendido se todos tiverem chegado
atrasados.
c) se um paciente no for atendido, ento ele ter chegado
atrasado.
d) se um paciente chegar atrasado, ento ele no ser atendido.
e) se um paciente for atendido, ento ele no ter chegado
atrasado.
Respostas
Questo 1
O enunciado informa que todas as informaes dadas so
verdadeiras, portanto:
Baslio pagou;
Carlos pagou;
Antnio pagou com R$ 100,00 reais e retirou da mesa o troco
de R$ 60,00 reais. Inclundo a nota de R$ 50,00 que havia
sido dada por Eduardo.
Eduardo pagou, portanto sobra danton.
Questo 2
Afirmao: No vou morar em Parsgada. Para ser verdadeiro deve ter pelo menos uma proposio verdadeira.
Caso (V) v Compro a Bicicleta (F)
Viajo (V) v No caso (F)
Morar em Parsgada (F) v No compro bicicleta (V)
Concluso:
-Viajo, Caso e No compro a bicicleta.
Questo 3
Afirmao: No sonho acordado. Isso nos leva a pensar na
frase: "Ou no toco muito bem ou sonho acordado". Porque
se ele no sonha acordado tambm no toca muito bem.
Se o instrumento soa bem, ento toco muito bem.
Se afino as cordas, ento o instrumento soa bem.
Raciocnio Lgico
Resposta Certa
Letra D
Letra B
Letra C
Letra A
Letra A
Letra A
Letra C
Okconcursos
PROVA SIMULADA II
75
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3.
(A) 10.
(B) 12.
(C) 18.
(D) 24.
(E) 32.
9.
10.
(A) quem no mais rico do que Vlter mais pobre
do que Vlter.
(B) Geraldo mais rico do que Vlter.
(C) Vlter no tem inveja de quem no mais rico do
que ele.
(D) Vlter inveja s quem mais rico do que ele.
(E) Geraldo no mais rico do que Vlter.
11.
12.
6. Um tcnica de futebol, animado com as vitrias obtidas pela sua equipe nos ltimos quatro jogos,
decide apostar que essa equipe tambm vencer
o prximo jogo. Indique a Informao adicional
que tornaria menos provvel a vitria esperada.
(A) Sua equipe venceu os ltimos seis jogos, em vez
de apenas quatro.
(B) Choveu nos ltimos quatro jogos e h previso de
que no chover no prximo jogo.
Raciocnio Lgico
Todas as plantas verdes tm clorofila. Algumas plantas que tem clorofila so comestveis. Logo,
(A) algumas plantas verdes so comestveis.
(B) algumas plantas verdes no so comestveis.
(C) algumas plantas comestveis tm clorofila.
(D) todas as plantas que tm clorofila so comestveis.
(E) todas as plantas vendes so comestveis.
4. Vlter tem inveja de quem mais rico do que ele. Geraldo no mais rico do que quem o inveja. Logo,
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(C) precisa gostar dos estados em que no sabe a
resposta correta.
(D) que no fica aflito explora com mais dificuldades
os problemas.
(E) no deve tolerar estados cognitivos de conflito.
13.
As rosas so mais baratas do que os lrios. No tenho dinheiro suficiente para comprar duas dzias de
rosas. Logo,
(A) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dzia
de rosas.
(B) no tenho dinheiro suficiente para comprar uma
dzia de rosas.
(C) no tenho dinheiro. suficiente para comprar meia
dzia de lrios.
(D) no tenho dinheiro suficiente para comprar duas
dzias de lrios.
(E) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dzia
de lrios.
14.
Contudo, apesar da tecnologia disponvel, a educao universal apresenta tremendos desafios. Os conceitos
tradicionais de educao no so mais suficientes. Ler,
escrever e aritmtica continuaro a ser necessrios como
hoje, mas a educao precisar ir muito alm desses itens
bsicos. Ela ir exigir familiaridade com nmeros e clculos;
uma compreenso bsica de cincia e da dinmica da tecnologia; conhecimento de lnguas estrangeiras. Tambm
ser necessrio aprender a ser eficaz como membro de uma
organizao, como empregado." (Peter Drucker, A sociedade ps-capitalista).
17.
18.
19.
Raciocnio Lgico
Na escola de amanh os estudantes sero seus prprios instrutores, com programas de computador como ferramentas. Na verdade, quanto mais jovens forem os estudantes, maior o apelo do computador para eles e maior o
seu sucesso na sua orientao e instruo. Historicamente,
"O primeiro impacto da nova tecnologia de aprendizado ser sobre a educao universal. Atravs dos tempos,
as escolas, em sua maioria, gastaram horas interminveis
tentando ensinar coisas que eram melhor aprendidas do que
ensinadas, isto , coisas que so aprendidas de forma comportamental e atravs de exerccios, repetio e feedback.
Pertencem a esta categoria todas as matrias ensinadas no
primeiro grau, mas tambm muitas daquelas ensinadas em
estgios posteriores do processo educacional. Essas matrias - seja ler e escrever, aritmtica, ortografia, histria, biologia, ou mesmo matrias avanadas como neurocirurgia,
diagnstico mdico e a maior parte da engenharia - so
melhor aprendidas atravs de programas de computador. O
professor motiva, dirige, incentiva. Na verdade, ele passa a
ser um lder e um recurso.
16.
15.
20.
21.
22.
77
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(A) 30.
(B) 35.
(C) 37.
(D) 42.
(E) 44.
INSTRUO: Utilize o texto a seguir para responder
s questes de n 23 e 24.
Os homens atribuem autoridade a comunicaes de
posies superiores, com a condio de que estas comunicaes sejam razoavelmente consistentes com as vantagens de escopo e perspectiva que so creditadas a estas
posies. Esta autoridade , at um grau considervel, independente da habilidade pessoal do sujeito que ocupa a
posio. E muitas vezes reconhecido que, embora este
sujeito possa ter habilidade pessoal limitada, sua recomendao deve ser superior pela simples razo da vantagem de
posio. Esta a autoridade de posio.
Mas bvio que alguns homens tm habilidade superior. O seu conhecimento e a sua compreenso, independentemente da posio, geram respeito. Os homens atribuem autoridade ao que eles dizem, em uma organizao,
apenas por esta razo. Esta a autoridade de liderana.'
(Chester Barnard, The Functions of the Executive).
23.
25.
26.
28.
Se Francisco desviou dinheiro da campanha assistencial, ento ele cometeu um grave delito.
Raciocnio Lgico
29.
30.
Assinale a alternativa em que ocorre uma concluso verdadeira (que corresponde realidade) e o
argumento invlido (do ponto de vista lgico).
(A) Scrates homem, e todo homem mortal, portanto Scrates mortal.
(B) Toda pedra um homem, pois alguma pedra
um ser, e todo ser homem.
(C) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto
cachorros no so gatos.
(D) Todo pensamento um raciocnio, portanto, todo
pensamento um movimento, visto que todos os
raciocnios so movimentos.
(E) Toda cadeira um objeto, e todo objeto tem cinco
ps, portanto algumas cadeiras tem quatro ps.
Para o autor,
(A) autoridade de posio e autoridade de liderana
so sinnimos.
(B) autoridade de posio uma autoridade superior
autoridade de liderana.
(C) a autoridade de liderana se estabelece por caractersticas individuais de alguns homens.
(D) a autoridade de posio se estabelece por habilidades pessoais superiores de alguns lderes.
(E) tanto a autoridade de posio quanto a autoridade
de liderana so ineficazes.
24.
27.
78
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e) X no est contido nem em Y e nem em Z
33- A operao x definida como o dobro do quadrado de
x. Assim, o valor da expresso 21/2 - [ 1 2 ] igual a
a) 0
b) 1
c) 2
d) 4
e) 6
34- Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de
um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e
Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um
deles respondeu:
Armando: "Sou inocente"
Celso: "Edu o culpado"
Edu: "Tarso o culpado"
Juarez: "Armando disse a verdade"
Tarso: "Celso mentiu"
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que
todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir que o
culpado :
a) Armando
b) Celso
c) Edu
d) Juarez
e) Tarso
35- Trs rapazes e duas moas vo ao cinema e desejam
sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O nmero de
maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos
de modo que as duas moas fiquem juntas, uma ao lado da
outra, igual a
a) 2
b) 4
c) 24
d) 48
e) 120
36- De um grupo de 200 estudantes, 80 esto matriculados
em Francs, 110 em Ingls e 40 no esto matriculados nem
em Ingls nem em Francs. Seleciona-se, ao acaso, um dos
200 estudantes. A probabilidade de que o estudante selecionado esteja matriculado em pelo menos uma dessas disciplinas (isto , em Ingls ou em Francs) igual a
a) 30/200
b) 130/200
c) 150/200
d) 160/200
e) 190/200
37- Uma herana constituda de barras de ouro foi totalmente
dividida entre trs irms: Ana, Beatriz e Camile. Ana, por ser
a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais
meia barra. Aps Ana ter recebido sua parte, Beatriz recebeu
a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile
o restante da herana, igual a uma barra e meia. Assim, o
nmero de barras de ouro que Ana recebeu foi:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
38- Chama-se tautologia a toda proposio que sempre
verdadeira, independentemente da verdade dos termos que
a compem. Um exemplo de tautologia :
a) se Joo alto, ento Joo alto ou Guilherme gordo
b) se Joo alto, ento Joo alto e Guilherme gordo
c) se Joo alto ou Guilherme gordo, ento Guilherme
gordo
Raciocnio Lgico
79
ApostilasBrasil.com
07.
08.
09.
10.
B
D
C
B
17.
18.
19.
20.
C
A
D
D
27.
28.
29.
30.
A
D
B
E
37.
38.
39.
40.
E
A
C
A
47.
48.
49.
50.
A
C
E
B
2.
3.
01.
02.
03.
04.
05.
06.
B
A
C
E
E
B
11.
12.
13.
14.
15.
16.
C
C
D
A
A
D
RESPOSTAS
21. B
31.
22. E
32.
23. C 33.
24. B
34.
25. C 35.
26. E
36.
Raciocnio Lgico
C
B
C
E
D
D
41.
42.
43.
44.
45.
46.
4.
5.
14
14
6.
8.
9.
10
B
C
D
E
A
B
80
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11-
12.
13.
14.
19
21
34
15
16.
17
18.
19
20.
21
22
23
24
25
Raciocnio Lgico
26
18. (Existem duas sries alternadas, uma que aumenta de 4 em 4 e a outra de 3 em 3).
10
11
12
13
14
42
81
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15
16
17
18
19
20
21
22
23
5
mais.
6
mais.
7
mais.
24
8
mais.
2
mais.
9
mais.
3
mais.
Raciocnio Lgico
82
ApostilasBrasil.com
10
mais.
11
mais.
12
mais.
13
mais.
14
mais.
15
mais.
16
mais.
17
mais.
18
mais.
Assinale a figura que no tem relao com as de19. Assinale a figura que no tem relao com as demais.
20
mais.
21
mais.
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83
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22
mais.
23
mais.
24
mais.
25
mais.
26
mais.
27
mais.
28
mais.
29
mais.
30
Raciocnio Lgico
84
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Raciocnio Lgico
FUNDAMENTOS DE MATEMTICA
NMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS,
IRRACIONAIS E REAIS.
Conjuntos numricos podem ser representados de
diversas formas. A forma mais simples dar um nome
ao conjunto e expor todos os seus elementos, um ao
lado do outro, entre os sinais de chaves. Veja o exemplo abaixo:
A = {51, 27, -3}
Esse conjunto se chama "A" e possui trs termos,
que esto listados entre chaves.
Os nomes dos conjuntos so sempre letras maisculas. Quando criamos um conjunto, podemos utilizar
qualquer letra.
Vamos comear nos primrdios da matemtica.
- Se eu pedisse para voc contar at 10, o que voc
me diria?
- Um, dois, trs, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove
e dez.
Pois , estes nmeros que saem naturalmente de
sua boca quando solicitado, so chamados de nme.
ros NATURAIS, o qual representado pela letra
85
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Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e
tinha como inteno mostrar quantidades.
*Obs.: Originalmente, o zero no estava includo
neste conjunto, mas pela necessidade de representar
uma quantia nula, definiu-se este nmero como sendo
pertencente ao conjunto dos Naturais. Portanto:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros
nmeros e possui algumas propriedades prprias, algumas vezes teremos a necessidade de representar o
conjunto dos nmeros naturais sem incluir o zero. Para
isso foi definido que o smbolo * (asterisco) empregado
ao lado do smbolo do conjunto, iria representar a ausncia do zero. Veja o exemplo abaixo:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Estes nmeros foram suficientes para a sociedade
durante algum tempo. Com o passar dos anos, e o
aumento das "trocas" de mercadorias entre os homens, foi necessrio criar uma representao numrica para as dvidas.
Com isso inventou-se os chamados "nmeros negativos", e junto com estes nmeros, um novo conjunto: o
conjunto dos nmeros inteiros, representado pela letra
.
O conjunto dos nmeros inteiros formado por todos os nmeros NATURAIS mais todos os seus representantes negativos.
N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
Conjunto dos Nmeros Inteiros
So todos os nmeros que pertencem ao conjunto
dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negativos).
So representados pela letra Z:
Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
Raciocnio Lgico
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5 + 6 = 11
Veja agora outra operao: 7 3 = 4
Quando tiramos um subconjunto de um conjunto,
realizamos a operao de subtrao, que indicamos
pelo sinal - .
7
minuendo
subtraendo
3
4
resto ou diferena
0 minuendo o conjunto maior, o subtraendo o
subconjunto que se tira e o resto ou diferena o conjunto que sobra.
Somando a diferena com o subtraendo obtemos o
minuendo. Dessa forma tiramos a prova da subtrao.
4+3=7
EXPRESSES NUMRICAS
Para calcular o valor de uma expresso numrica
envolvendo adio e subtrao, efetuamos essas operaes na ordem em que elas aparecem na expresso.
Exemplos:
35 18 + 13 =
17 + 13 = 30
Veja outro exemplo: 47 + 35 42 15 =
82 42 15=
40 15 = 25
Quando uma expresso numrica contiver os sinais
de parnteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, procederemos do seguinte modo:
Efetuamos as operaes indicadas dentro dos parnteses;
efetuamos as operaes indicadas dentro dos colchetes;
efetuamos as operaes indicadas dentro das chaves.
Fonte:
http://www.infoescola.com/matematica/conjuntosnumericos/
2 parcela
+ 3 parcela
5 soma
35 +[ 80 (42 + 11) ] =
= 35 + [ 80 53] =
= 35 + 27 = 62
2)
18 + { 72 [ 43 + (35 28 + 13) ] } =
= 18 + { 72 [ 43 + 20 ] } =
= 18 + { 72 63} =
= 18 + 9 = 27
CLCULO DO VALOR DESCONHECIDO
Quando pretendemos determinar um nmero natural em certos tipos de problemas, procedemos do seguinte modo:
- chamamos o nmero (desconhecido) de x ou
qualquer outra incgnita ( letra )
- escrevemos a igualdade correspondente
- calculamos o seu valor
A adio de trs ou mais parcelas pode ser efetuada adicionando-se o terceiro nmero soma dos dois
primeiros ; o quarto nmero soma dos trs primeiros
e assim por diante.
Exemplos:
1) Qual o nmero que, adicionado a 15, igual a 31?
Soluo:
3+2+6 =
Raciocnio Lgico
1)
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3 x 4 x 2 x 5 =
12 x 2 x 5
24 x 5 = 120
EXPRESSES NUMRICAS
Sinais de associao
O valor das expresses numricas envolvendo as
operaes de adio, subtrao e multiplicao obtido do seguinte modo:
efetuamos as multiplicaes
efetuamos as adies e subtraes, na ordem em
que aparecem.
1)
2)
9 . 6 4 . 12 + 7 . 2 =
= 54 48 + 14 =
= 20
Passamos o nmero 25 para o outro lado da igualdade e com isso ele mudou de sinal.
3) Qual o nmero natural que, adicionado a 8, igual a 20?
Soluo:
x + 8 = 20
x = 20 8
x = 12
4) Determine o nmero natural do qual, subtraindo
62, obtemos 43.
Soluo:
x 62 = 43
x = 43 + 62
x = 105
No se esquea:
Se na expresso ocorrem sinais de parnteses colchetes e chaves, efetuamos as operaes na ordem
em que aparecem:
1) as que esto dentro dos parnteses
2) as que esto dentro dos colchetes
3) as que esto dentro das chaves.
Exemplo:
22 + {12 +[ ( 6 . 8 + 4 . 9 ) 3 . 7] 8 . 9 }
= 22 + { 12 + [ ( 48 + 36 ) 21] 72 } =
= 22 + { 12 + [ 84 21] 72 } =
= 22 + { 12 + 63 72 } =
= 22 + 3 =
= 25
Para sabermos se o problema est correto simples, basta substituir o x pelo valor encontrado e realizarmos a operao. No ltimo exemplo temos:
x = 105
105 62 = 43
DIVISO
MULTIPLICAO
Observe a operao: 30 : 6 = 5
Observe: 4 X 3 =12
A operao efetuada chama-se multiplicao e
indicada escrevendo-se um ponto ou o sinal x entre os
nmeros.
3 X 4 = 12
ou
30
=5
6
produto
O dividendo (D) o nmero de elementos do conjunto que dividimos o divisor (d) o nmero de elementos do subconjunto pelo qual dividimos o dividendo
e o quociente (c) o nmero de subconjuntos obtidos
com a diviso.
3
X 4
12
fatores
Raciocnio Lgico
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SE 30 : 6 = 5, ENTO 5 x 6 = 30
x = 23
Prova: 23 + 35 18 = 40
32
6
2
5
32 = dividendo
6 = divisor
5 = quociente
2 = resto
Essa diviso no exata e chamada diviso aproximada.
ATENO:
Na diviso de nmeros naturais, o quociente
sempre menor ou igual ao dividendo.
O resto sempre menor que o divisor.
O resto no pode ser igual ou maior que o divisor.
O resto sempre da mesma espcie do dividendo.
Exemplo: dividindo-se laranjas por certo nmero, o resto ser laranjas.
impossvel dividir um nmero por 0 (zero), porque
no existe um nmero que multiplicado por 0 d
o quociente da diviso.
Dividindo 1736 por um nmero natural, encontramos 56. Qual o valor deste numero natural?
1736 : x = 56
1736 = 56 . x
56 . x = 1736
x. 56 = 1736
x = 1736 : 56
x = 31
PROBLEMAS
Determine um nmero natural que, multiplicado por
17, resulte 238.
X . 17 = 238
X = 238 : 17
X = 14
Prova: 14 . 17 = 238
Raciocnio Lgico
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3x = 3 . 7 = 21 (o outro nmero).
Resposta: 7 e 21
Exemplos: 1 = 1 . 1 . 1 = 1
15 = 1 . 1 . 1 . 1 . 1 = 1
Por conveno, tem-se que:
0
a potncia de expoente zero igual a 1 (a = 1, a
0)
Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas. Marcelo tem 6 bolinhas a mais que Pedro. Quantas bolinhas tem cada um?
Pedro: x
Marcelo: x + 6
x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
2 x + 6 = 30
2 x = 30 6
2 x = 24
x = 24 : 2
x = 12 (Pedro)
Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18
30 = 1 ; 50 = 1 ; 120 = 1
1
2 =2;
7 =7;
100 =100
am . an = a m + n
2
2+8
Exemplos: 3 . 3 = 3
6
1+6
5.5 = 5
= 310
=5
am : an = am - n
Sinais de associao:
O valor das expresses numricas envolvendo as
quatro operaes obtido do seguinte modo:
efetuamos as multiplicaes e as divises, na ordem em que aparecem;
efetuamos as adies e as subtraes, na ordem
em que aparecem;
Exemplos:
37 : 33 = 3 7 3 = 34
510 : 58 = 5 10 8 = 52
para elevar uma potncia a um outro expoente,
conserva-se base e multiplicam-se os expoentes.
2 4
2.4
= 38
Exemplo: (3 ) = 3
para elevar um produto a um expoente, eleva-se
cada fator a esse expoente.
Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 =
= 45 + 4
= 49
Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 6 . 5 : 10 =
= 6 . 2 + 8 30 : 10 =
= 12 + 8 3 =
= 20 3
= 17
(a. b)m = am . bm
3
Exemplos: (4 . 7) = 4 . 7 ;
(3. 5)2 = 32 . 52
RADICIAO
POTENCIAO
Considere a multiplicao: 2 . 2 . 2
trs fatores so todos iguais a 2.
em que os
Indica-se por:
2
0=0
9 = 3 32 = 9
9 chama-se radical
Raciocnio Lgico
Da , escrevemos:
potncia
Observaes:
os expoentes 2 e 3 recebem os nomes especiais de
quadrado e cubo, respectivamente.
2
As potncias de base 0 so iguais a zero. 0 = 0 .
9 =3
90
36
raiz quadrada de 36
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32
Num joguinho de "pega-varetas", Andr e Renato fizeram 235 pontos no total. Renato fez 51 pontos a mais que Andr. Quantos pontos fez cada
um? ( Andr-92 e Renato-143)
EXERCCIOS
Calcule:
a) 10 10 : 5 =
c) 20 + 40 : 10 =
e) 30 : 5 + 5 =
g) 63 : 9 . 2 2 =
i) 3 . 15 : 9 + 54 :18 =
Respostas:
a) 8
c) 24
e) 11
g) 12
i) 8
Distribuo 50 balas, em iguais quantidades, a 3 amigos. No final sobraram 2. Quantas balas coube
a cada um? (16)
b) 45 : 9 + 6 =
d) 9. 7 3 =
f) 6 . 15 56 : 4 =
h) 56 34 : 17 . 19 =
j) 24 12 : 4+1. 0 =
b) 11
d) 60
f) 76
h) 18
j) 21
Se eu tivesse 3 dzias de balas a mais do que tenho, daria 5 e ficaria com 100. Quantas balas
tenho realmente? (69)
A soma de dois nmeros 428 e a diferena entre
eles 34. Qual o nmero maior? (231)
b) 26
d) 20
f) 11
PROBLEMAS
1) x + 4 = 10
Obtm-se o valor de x, aplicando a operao inversa da adio:
x = 10 4
x=6
2) 5x = 20
Aplicando a operao inversa da multiplicao, te-
Raciocnio Lgico
91
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mos:
x = 20 : 5
x=4
3) x 5 = 10
Obtm-se o valor de x, aplicando a operao inversa da subtrao:
x = 10 + 5
x =15
PROBLEMA 4
Repartir R$ 2.100,00 entre trs irmos de modo que
o 2 receba o dobro do que recebe o 1 , e o 3 o
dobro do que recebe o 2. Quanto receber cada
um?
Soluo:
x + 2x + 4x = 2100
7x = 2100
x = 2100 : 7
x = 300
300 . 2 = 600
300 . 4 =1200
Resposta: R$ 300,00; R$ 600,00; R$ 1200,00
4) x : 2 = 4
Aplicando a operao inversa da diviso, temos:
x=4.2
x=8
COMO ACHAR O VALOR DESCONHECIDO EM UM
PROBLEMA
Usando a letra x para representar um nmero, podemos expressar, em linguagem matemtica, fatos e
sentenas da linguagem corrente referentes a esse
nmero, observe:
- duas vezes o nmero
2.x
- o nmero mais 2
x+2
- a metade do nmero
x
2
PROBLEMA 5
A soma das idades de duas pessoas 40 anos. A
idade de uma o triplo da idade da outra. Qual a
idade de cada uma?
Soluo:
3x + x = 40
4x = 40
x = 40 : 4
x = 10
3 . 10 = 30
Resposta: 10 e 30 anos.
2 x +
x
2
x
4
PROBLEMA 6
A soma das nossas idades 45 anos. Eu sou 5 anos mais velho que voc. Quantos anos eu tenho?
x + x + 5 = 45
x + x= 45 5
2x = 40
x = 20
20 + 5 = 25
Resposta: 25 anos
PROBLEMA 1
Vera e Paula tm juntas R$ 1.080,00. Vera tem o
triplo do que tem Paula. Quanto tem cada uma?
Soluo:
x + 3x = 1080
4x= 1080
x =1080 : 4
x= 270
3 . 270 = 810
Resposta: Vera R$ 810,00 e Paula R$ 270,00
PROBLEMA 7
Sua bola custou R$ 10,00 menos que a minha.
Quanto pagamos por elas, se ambas custaram R$
150,00?
Soluo:
x + x 10= 150
2x = 150 + 10
2x = 160
x = 160 : 2
x = 80
80 10 = 70
Resposta: R$ 70,00 e R$ 80,00
PROBLEMA 2
Paulo foi comprar um computador e uma bicicleta.
Pagou por tudo R$ 5.600,00. Quanto custou cada
um, sabendo-se que a computador seis vezes
mais caro que a bicicleta?
Soluo:
x + 6x = 5600
7x = 5600
x = 5600 : 7
x = 800
6 . 800= 4800
R: computador R$ 4.800,00 e bicicleta R$ 800,00
PROBLEMA 8
Jos tem o dobro do que tem Srgio, e Paulo tanto
quanto os dois anteriores juntos. Quanto tem cada
um, se os trs juntos possuem R$ 624,00?
Soluo:
x + 2x + x + 2x = 624
6x = 624
x = 624 : 6
x = 104
Resposta:S-R$ 104,00; J-R$ 208,00; P- R$ 312,00
PROBLEMA 3
Repartir 21 cadernos entre Jos e suas duas irms,
de modo que cada menina receba o triplo do que
recebe Jos. Quantos cadernos receber Jos?
Soluo:
Raciocnio Lgico
92
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PROBLEMA 9
Se eu tivesse 4 rosas a mais do que tenho, poderia
dar a voc 7 rosas e ainda ficaria com 2. Quantas
rosas tenho?
Soluo:
x+47 = 2
x+4 =7+2
x+4 =9
x =94
x =5
Resposta: 5
PROPRIEDADES DA ADIO
A adio de nmeros inteiros possui as seguintes
propriedades:
1) FECHAMENTO
A soma de dois nmeros inteiros sempre um nmero inteiro: (-3) + (+6) = + 3 Z
Exemplo:
+ 3 = 3 ; +10 = 10
Ento, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 ,
1, 2, 3, ...}
2) ASSOCIATIVA
Se a, b, c so nmeros inteiros quaisquer, ento: a
+ (b + c) = (a + b) + c
Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)
(+3) + (-2) = (-1) + (+2)
+1 = +1
N um subconjunto de Z.
REPRESENTAO GEOMTRICA
Cada nmero inteiro pode ser representado por um
ponto sobre uma reta. Por exemplo:
... -3
... C
-2
B
-1
A
0 +1 +2
0
A B
+3
C
+4 ...
D ...
3) ELEMENTO NEUTRO
Se a um nmero inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a
e0+a=a
Isto significa que o zero elemento neutro para a
adio.
4) OPOSTO OU SIMTRICO
Se a um nmero inteiro qualquer, existe um nico
nmero oposto ou simtrico representado por (-a),
tal que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a)
Observando a figura anterior, vemos que cada ponto a representao geomtrica de um nmero inteiro.
5) COMUTATIVA
Se a e b so nmeros inteiros, ento:
a+b=b+a
Exemplos:
ponto C a representao geomtrica do nmero
+3
ponto B' a representao geomtrica do nmero 2
Raciocnio Lgico
( -5) + (+5) = 0
Exemplo:
93
ApostilasBrasil.com
- ( -2) = +2
- (+3) = -3
+(-6 ) = -6
+(+1) = +1
PROPRIEDADE DA SUBTRAO
A subtrao possui uma propriedade.
FECHAMENTO: A diferena de dois nmeros inteiros sempre um nmero inteiro.
MULTIPLICAO DE NMEROS INTEIROS
1 CASO: OS DOIS FATORES SO NMEROS
INTEIROS POSITIVOS
Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6
Exemplo:
(+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6
Logo: (+3) . (+2) = +6
Observando essa igualdade, conclumos: na multiplicao de nmeros inteiros, temos:
(+) . (+) =+
2 CASO: UM FATOR POSITIVO E O OUTRO
NEGATIVO
Exemplos:
1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12
ou seja: (+3) . (-4) = -12
PROPRIEDADES DA MULTIPLICAO
No conjunto Z dos nmeros inteiros so vlidas as
seguintes propriedades:
1) FECHAMENTO
Exemplo:
(+4 ) . (-2 ) = - 8 Z
Ento o produto de dois nmeros inteiros inteiro.
2) ASSOCIATIVA
Exemplo:
(+2 ) . (-3 ) . (+4 )
Este clculo pode ser feito diretamente, mas tambm podemos faz-lo, agrupando os fatores de duas
maneiras:
(+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 )
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 )
-24 = -24
De modo geral, temos o seguinte:
Se a, b, c representam nmeros inteiros quaisquer,
ento: a . (b . c) = (a . b) . c
3) ELEMENTO NEUTRO
Observe que:
(+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4
Raciocnio Lgico
ApostilasBrasil.com
Concluso:
Se a, b, c representam nmeros inteiros quaisquer,
temos:
a) a . [b + c] = a . b + a . c
A igualdade acima conhecida como propriedade distributiva da multiplicao em relao adio.
b) a . [b c] = a . b - a . c
A igualdade acima conhecida como propriedade distributiva da multiplicao em relao
subtrao.
O EXPOENTE PAR
Calcular as potncias
4
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16
4
(+2) = +16
4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16
4
(-2 ) = +16
isto ,
isto ,
(-1) = +1
Outros exemplos:
Exemplos:
( -8 ) : (+2 ) = -4
( -4 ) : (+3 ) = no um nmero inteiro
O EXPOENTE MPAR
Calcular as potncias:
3
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
isto , (+2) = + 8
3
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
ou seja, (-2) = -8
(-10) : ( -5 ) = +2
(-12) : (+3 ) = -4
(+3) = +9
Outros exemplos: (- 3) = - 27
(+2) = +16
PROPRIEDADES
Portanto, no vale em Z a propriedade do fechamento para a diviso. Alem disso, tambm no so
vlidas as proposies associativa, comutativa e do
elemento neutro.
Raciocnio Lgico
ApostilasBrasil.com
( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10
Da, a regra:
Quando o expoente mpar, a potncia tem o
mesmo sinal da base.
[( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15
Para calcular uma potncia de potncia, conservamos a base da primeira potncia e multiplicamos os
expoentes .
POTNCIA DE UM PRODUTO
4
4
4
4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
Para calcular a potncia de um produto, sendo n o
expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
POTNCIA DE EXPOENTE ZERO
(+2 ) : (+2 ) = 1
0
Consequentemente: (+2 ) = 1
( -4 ) = 1
(+2) = +16
Outros exemplos: (- 3) = - 27
PROPRIEDADES
PRODUTO DE POTNCIAS DE MESMA BASE
3
2
3
2
5
Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 )
2
3
5
2+3+5
10
= ( -2 )
( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = ( -2 )
Para multiplicar potncias de mesma base, mantemos a base e somamos os expoentes.
QUOCIENTE DE POTNCIAS DE MESMA BASE
5
2
5-2
3
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
7
3
7-3
4
( -2 ) : ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 )
Para dividir potncias de mesma base em que o
expoente do dividendo maior que o expoente do divisor, mantemos a base e subtramos os expoentes.
POTNCIA DE POTNCIA
3 5
3.5
15
= ( -4 )
[( -4 ) ] = ( -4 )
Para calcular uma potncia de potncia, conservamos a base da primeira potncia e multiplicamos os
expoentes .
POTNCIA DE UM PRODUTO
4
4
4
4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
Para calcular a potncia de um produto, sendo n o
expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
POTNCIA DE EXPOENTE ZERO
5
5
5-5
0
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
5
5
e
(+2 ) : (+2 ) = 1
0
0
( -4 ) = 1
Consequentemente: (+2 ) = 1
Qualquer potncia de expoente zero igual a 1.
-32 = -( 3 )2 = -9
2
enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
2
Logo: -3
( -3 )2
CLCULOS
O EXPOENTE PAR
Calcular as potncias
4
4
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto , (+2)
= +16
4
4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto , (-2 )
= +16
4
Raciocnio Lgico
(+3) = +9
O EXPOENTE MPAR
Exemplos:
Calcular as potncias:
3
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
isto , (+2) = + 8
3
2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
ou seja, (-2) = -8
ApostilasBrasil.com
no admite a diviso em partes desiguais, porque
ele formado por duas unidades e, se isto pode
ser dito, do primeiro nmero par, 2.
Para exemplificar o texto acima, considere o nmero
10, que par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5,
mas tambm como a soma de 7 e 3 (que so ambos
mpares) ou como a soma de 6 e 4 (ambos so pares);
mas nunca como a soma de um nmero par e outro mpar. J o nmero 11, que mpar pode ser escrito como
soma de 8 e 3, um par e um mpar. Atualmente, definimos nmeros pares como sendo o nmero que ao ser
dividido por dois tm resto zero e nmeros mpares aqueles que ao serem divididos por dois tm resto diferente de
zero. Por exemplo, 12 dividido por 2 tm resto zero, portanto 12 par. J o nmero 13 ao ser dividido por 2 deixa
resto 1, portanto 13 mpar.
30
15
5
MLTIPLOS E DIVISORES
DIVISIBILIDADE
Um nmero divisvel por 2 quando termina em 0, 2, 4,
6 ou 8. Ex.: O nmero 74 divisvel por 2, pois termina em
4.
Um nmero divisvel por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos um nmero divisvel
por 3. Ex.: 123 divisvel por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6
divisvel por 3
60 = 2 . 2 . 3 . 5
Exemplo:
60 2
30 2
15 3
5 5
1
Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
NMEROS PRIMOS
DIVISORES DE UM NMERO
Consideremos o nmero 12 e vamos determinar todos
os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado
escrever os nmeros naturais de 1 a 12 e verificar se
cada um ou no divisor de 12, assinalando os divisores.
1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12
= = = =
=
==
Indicando por D(12) (l-se: "D de 12) o conjunto dos
divisores do nmero 12, temos:
D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12}
Na prtica, a maneira mais usada a seguinte:
1) Decompomos em fatores primos o nmero considerado.
12 2
6 2
3 3
1
Raciocnio Lgico
Na prtica, costuma-se traar uma barra vertical direita do nmero e, direita dessa barra, escrever os divisores primos; abaixo do nmero escrevem-se os quocientes obtidos. A decomposio em fatores primos estar
terminada quando o ltimo quociente for igual a 1.
Exemplos:
O nmero 2 primo, pois divisvel apenas por dois
nmeros diferentes: ele prprio e o 1.
O nmero 5 primo, pois divisvel apenas por dois
nmeros distintos: ele prprio e o 1.
O nmero natural que divisvel por mais de dois
nmeros diferentes chamado composto.
O nmero 4 composto, pois divisvel por 1, 2, 4.
O nmero 1 no primo nem composto, pois divisvel apenas por um nmero (ele mesmo).
O nmero 2 o nico nmero par primo.
1
Portanto:
97
ApostilasBrasil.com
3 3
1
3) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e escrevemos o produto obtido na linha correspondente.
x1
12 2
2
6 2
3 3
1
4) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos
divisores j obtidos, escrevendo os produtos nas
linhas correspondentes, sem repeti-los.
x1
12 2
2
6 2
4
3 3
1
12 2
6 2
3 3
1
x1
2
4
3, 6, 12
1
2
3, 6
9, 18
24
24
2)
30 2
15 3
5 5
1
32
1
2
3, 6
5, 10, 15, 30
18 = 2 . 3
12 = 2 . 3
2
2
Resposta: M.M.C (12, 18) = 2 . 3 = 36
Observao: Esse processo prtico costuma ser simplificado fazendo-se uma decomposio simultnea dos
nmeros. Para isso, escrevem-se os nmeros, um ao
lado do outro, separando-os por vrgula, e, direita da
barra vertical, colocada aps o ltimo nmero, escrevemse os fatores primos comuns e no-comuns. 0 calculo
estar terminado quando a ltima linha do dispositivo for
composta somente pelo nmero 1. O M.M.C dos nmeros apresentados ser o produto dos fatores.
Raciocnio Lgico
ApostilasBrasil.com
5)
Razes quadradas
+ 3 e -3
+ 4 e -4
+ 1 e -1
+ 8 e -8
+ 9 e -9
+ 7 e -7
+6 e -6
32 = 2
3)
4)
2( -3 1) +3 . ( -1 3) + 4
2
3
-2 . ( -4 ) + 3 . ( - 4 ) + 4 =
-2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4
-32 192 + 4 =
-212 + 4 = - 208
8 = 2 pois 2 3 = 8
8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8
PROPRIEDADES (para a
1)
2)
3)
a n = a n: p
a b = n a n b
m: p
a:b = n a :n b
Raciocnio Lgico
310 = 3 3 2
6 = 2 3
4
5
5
=4
16
16
99
5)
6)
7)
5 : (+25) - (-4 ) : 2 - 1 =
-25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 =
-1 - (+1) 1 = -1 -1 1 = -3
8)
2 . ( -3 ) + (-40) : (+2) - 2 =
2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 =
+18 + (-5) - 4 =
0, b 0)
15
radical
Outros exemplos :
2)
pois 2 = 32
raiz
2
3 = 12 3
Exemplos:
1) 2 + 7 . (-3 + 4) =
2 + 7 . (+1) = 2 + 7 = 9
b = a an = b
ndice
radicando
a = mn a
= 3 x5
( )
5
32
3 ETAPA:
a) efetuamos o que est entre chaves { }
b) eliminamos as chaves
RADICIAO
m n
( x)
= m an
2 ETAPA:
a) efetuamos o que est entre colchetes
b) eliminamos os colchetes
1 ETAPA:
a) efetuamos o que est entre parnteses
b) eliminamos os parnteses
25 = +5
Como 25 = +5 , ento: 25 = 5
Agora, consideremos este problema.
( a)
O smbolo
4)
ApostilasBrasil.com
+ 18 - 9 = +9
1 2 3
= = = (definido pela classe de equivaln2 4 6
a
, sendo a e b
b
a
.O termo a chama-se numeb
5 7
,
, etc.
10 100
b) prprias: aquelas que representam quantidades
menores do que 1.
1 3 2
, , , etc.
2 4 7
2 2 5 10 10 2 20
3 3 5 15 15 2 30
3 6 9 12
, , , , (classe de equivalncia da fra1 2 3 4
3
o: )
1
Agora j podemos definir nmero racional : nmero
racional aquele definido por uma classe de equivalncia da qual cada frao um representante.
NMERO RACIONAL NATURAL ou NMERO
NATURAL:
0 0
0 = = =
1 2
1 2
1 = = =
1 2
5 8 9
, , , etc.
5 1 5
d) aparentes: todas as que simbolizam um nmero
natural.
20
= 5,
4
Raciocnio Lgico
3
3
,
=
4
4
8 8
= , etc.
5 5
4
2 A parte natural 2 e a parte fracio 7
4
.
7
h) irredutvel: aquela que no pode ser mais simplificada, por ter seus termos primos entre si.
3
,
4
5
,
12
3
, etc.
7
8
= 4 , etc.
2
e) ordinrias: o nome geral dado a todas as fraes, com exceo daquelas que possuem como de2
3
nominador 10, 10 , 10 ...
mesmo
8
8:4 2
=
=
12 12 : 4 3
5. COMPARAO DE FRAES.
Para comparar duas ou mais fraes quaisquer
primeiramente convertemos em fraes equivalentes
de mesmo denominador. De duas fraes que tm o
mesmo denominador, a maior a que tem maior numerador. Logo:
100
ApostilasBrasil.com
6
8
9
1 2 3
<
<
< <
12 12 12
2 3 4
(ordem crescente)
De duas fraes que tm o mesmo numerador, a
maior a que tem menor denominador.
Exemplo:
7 7
>
2 5
3
6
1 2
1) + =
3 4
4
6
=
+
=
12 12
4+6
=
=
12
10 5
=
=
12 6
2
6
5
6
Indicamos por:
3 2 5
+ =
6 6 6
5 3
+ =
8 6
15 12
=
+
=
24 24
15 + 12
=
=
24
27 9
=
=
24 8
2)
Observaes:
Para adicionar mais de duas fraes, reduzimos todas ao mesmo denominador e, em seguida, efetuamos
a operao.
2
6
5
6
3
6
Indicamos por:
5 2 3
=
6 6 6
Exemplos.
2 7 3
a) + + =
15 15 15
2+7+3
=
=
15
12 4
= =
15 5
3 5 1 1
b) + + + =
4 6 8 2
18 20 3 12
= + + + =
24 24 24 24
18 + 20 + 3 + 12
=
=
24
53
=
24
Havendo nmero misto, devemos transform-lo em
frao imprpria:
Exemplo:
1 5
1
+
+3 =
3 12
6
7
5 19
+
+
=
3 12
6
28
5
38
+
+
=
12 12 12
28 + 5 + 38 71
=
12
12
Exemplos:
3 1 3 +1 4
+ =
=
5 5
5
5
4 8 4 + 8 12 4
+ =
=
=
9 9
9
9 3
(
Raciocnio Lgico
101
ApostilasBrasil.com
ma ordem:
1) efetuamos as operaes no interior dos parnteses;
2) as operaes no interior dos colchetes;
3) as operaes no interior das chaves.
Exemplos:
2 3 5 4
1) + =
3 4 2 2
9 1
8
=
+ =
12 12 2
17 1
=
=
12 2
17
6
=
=
12 12
11
=
12
3 1 2 3
2)5 1 + =
2 3 3 4
9 2 5 3
= 5 + =
6 6 3 4
7 20 9
= 5 + =
6 12 12
30 7 29
=
=
6 6 12
23 29
=
=
6 12
46 29
=
=
12 12
17
=
12
NMEROS RACIONAIS
Dizemos que:
3
2
1
=
=
6
4
2
- Para obter fraes equivalentes, devemos multiplicar ou dividir o numerador por mesmo nmero diferente de zero.
1 2
2
1 3
3
Ex:
=
ou
. =
2 2
4
2 3
6
Para simplificar fraes devemos dividir o numerador e o denominador, por um mesmo nmero diferente
de zero.
Quando no for mais possvel efetuar as divises
dizemos que a frao irredutvel.
Um crculo foi dividido em duas partes iguais. Dizemos que uma unidade dividida em duas partes iguais e
indicamos 1/2.
onde: 1 = numerador e
2 = denominador
Exemplo:
3
9
18 2
=
=
Frao Irredutvel ou Sim:
6
6
12 2
plificada
Exemplo:
3
1
e
4
3
Raciocnio Lgico
A frao
102
4
1
equivalente a
.
12
3
ApostilasBrasil.com
A frao
3
9
equivalente
.
4
12
Exerccios:
1) Achar trs fraes equivalentes s seguintes
fraes:
1
2
2)
1)
4
3
4
3
2
4 6 8
Respostas: 1)
2)
,
,
, ,
8 12 16
6 9 12
COMPARAO DE FRAES
a) Fraes de denominadores iguais.
Se duas fraes tem denominadores iguais a maior
ser aquela: que tiver maior numerador.
3
1
1 3
>
ou
<
Ex.:
4 4
4 4
(15.5).4
(15 : 3).2
?
15
15
crescente)
SIMPLIFICAO DE FRAES
Para simplificar fraes devemos dividir o numerador e o denominador por um nmero diferente de zero.
Quando no for mais possvel efetuar as divises,
dizemos que a frao irredutvel. Exemplo:
18 : 2 9 : 3 3
=
=
12 : 2 6 : 3 2
Respostas: 1)
3)
2)
5
4
<
3
3
3
5
4
<
<
2
6
3
1) Adio e Subtrao
a) Com denominadores iguais somam-se ou subtraem-se os numeradores e conserva-se o denominador comum.
2
5
1
2 + 5 +1 8
Ex:
+
+
=
=
3
3
3
3
3
1
43
3
4
=
=
5
5
5
5
b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo
denominador depois soma ou subtrai.
Ex:
1 3 2
M.M.C.. (2, 4, 3) = 12
1) + + =
2 4 3
Exerccios. Calcular:
2 5 1
5 1
2 1 1
2)
3) +
1) + +
7 7 7
6 6
3 4 3
7
8
4 2
Respostas: 1)
2)
3)
=
12
7
6 3
3
1
e
4
3
Raciocnio Lgico
2
2
<
3
5
Ex.:
12
10
(ordem
<
15
15
MULTIPLICAO DE FRAES
103
ApostilasBrasil.com
Para multiplicar duas ou mais fraes devemos multiplicar os numeradores das fraes entre si, assim
como os seus denominadores.
Exemplo:
3
6
2 3 2 3
. = x =
=
5 4 5 4 20 10
Exerccios: Calcular:
2 5
2 3 4
2)
1)
5 4
5 2 3
Respostas: 1)
1 3 2 1
3) +
5 5 3 3
4
24 4
2)
3)
=
15
30 5
10 5
=
12 6
DIVISO DE FRAES
2 3 4 1
3) + :
5 5 3 3
Respostas: 1) 6
2)
20
9
Outros exemplos:
2187
34
635
= 3,4 2)
= 6,35 3)
=218,7
1)
100
10
10
Note que a vrgula caminha da direita para a esquerda, a quantidade de casas deslocadas a mesma
quantidade de zeros do denominador.
Exerccios. Representar em nmeros decimais:
430
473
35
2)
3)
1)
10
1000
100
3) 1
POTENCIAO DE FRAES
23
8
2
= 3 =
27
3
3
Ex.:
Exerccios. Efetuar:
3
1)
4
1
2)
2
Respostas: 1)
9
16
4 1
3)
3 2
2)
1
16
3)
119
72
RADICIAO DE FRAES
Extrai raiz do numerador e do denominador.
4
4 2
Exemplo:
=
=
9
9 3
1
9
16
25
2)
Respostas: 1)
1
3
3)
2)
4
5
9 1
+
16 2
Adio e Subtrao
Coloca-se vrgula sob virgula e somam-se ou subtraem-se unidades de mesma ordem. Exemplo 1:
10 + 0,453 + 2,832
10,000
+
0,453
2,832
_______
13,285
3) 1
NMEROS DECIMAIS
Raciocnio Lgico
104
ApostilasBrasil.com
Exemplo 2:
47,3 - 9,35
47,30
9,35
______
37,95
Respostas: 1) 4
2) 129 3) 35,07
4) 37,855 5) 200,0833....
2) 20,97
6,00
0,15
000
Igualam se as casas decimais.
Cortam-se as vrgulas.
7,85 : 5 = 7,85 : 5,00
Respostas: 1) 15,183
3) 23,4936
2) 629,9
46 | 20
60 2,3
0
Obs.: Para transformar qualquer frao em nmero
decimal basta dividir o numerador pelo denominador.
ento 2/5=0,4
Ex.: 2/5 = 2
|5 ,
20 0,4
Exerccios
1) Transformar as fraes em nmeros decimais.
1
1
4
2)
3)
1)
4
5
5
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8
3) 0,25
Raciocnio Lgico
40
105
ApostilasBrasil.com
3 = 1,7320508...
milhar
centena
dezena
Unidade
simples
dcimo
centsimo
milsimo
1 000
100
10
0,1
0,01
0,001
2) 12,75
3) 8,309
Observaes:
1) Quando a parte inteira zero, apenas a parte
decimal lida.
Exemplos:
a) 0,5
- L-se: "cinco
dcimos".
b) 0,38
c) 0,421
- L-se: "quatrocentos
e vinte e um
milsimos".
5 = 2,2360679...
Estes nmeros no so racionais: Q,
Exerccios resolvidos
1. Completar com ou :
a) 5
Z
3
*
b) 5
Z
4
*
c) 3,2
Z+
2
2
1
4
2 = 1,4142135...
Raciocnio Lgico
106
Q*
( )
Q-
R-
ApostilasBrasil.com
4
1
2
Resoluo
, pois 5 positivo.
, pois 5 positivo e os positivos foram excludos
*
de Z
3,2 no inteiro.
1
no inteiro.
4
4
, pois = 4 inteiro.
1
, pois 2 no racional.
, pois
, pois
3 no racional
, pois
4 = 2 racional
( 2)
, pois
e) Z
R
R+
c)
d)
3.
a)
b)
4 = 2 positivo, e os
, pois
*
d) Z
N*
N
Q
e)
c)
d)
e)
4.
2 real.
, pois
2. Completar com ou :
a) N
d) Q
Z*
b) N
c) N
Z+
Q
R+*
*
e) Q +
Resoluo:
, pois 0 N e 0 Z * .
, pois N = Z +
, pois todo nmero natural tambm racional.
, pois h nmeros racionais que no so inteiros
2
como por exemplo, .
3
, pois todo racional positivo tambm real
Reta numrica
Uma maneira prtica de representar os nmeros
reais atravs da reta real. Para constru-la, desenhamos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso
gosto, um ponto origem que representar o nmero
zero; a seguir escolhemos, tambm a nosso gosto,
porm direita da origem, um ponto para representar a
unidade, ou seja, o nmero um. Ento, a distncia
entre os pontos mencionados ser a unidade de medida e, com base nela, marcamos, ordenadamente, os
nmeros positivos direita da origem e os nmeros
negativos sua esquerda.
positivo.
Exerccios propostos:
1. Completar com ou
a) 0
N
b) 0
c) 7
d) - 7
e) 7
1
f)
7
N*
g)
Z
Z+
Q
h)
7
1
Q +*
i) 7 2
j) 7
R*
2. Completar com ou
Q
a) 3
Q
d)
b) 3,1
Q
e) 3,141414... Q
c) 3,14
Q
EXERCCIOS
Dos conjuntos a seguir, o nico cujos elementos so
todos nmeros racionais :
1
, 2, 3, 5, 4 2
a)
2
b)
d)
{
{
2,
}
4 , 5, 7 }
3, 2, 2, 0
0,
9,
5 irracional, ento:
m
5 escreve-se na forma
, com n 0 e m, n N.
n
Se
3. Completar com ou :
Raciocnio Lgico
, 0,
1,
7
c)
107
ApostilasBrasil.com
5 jamais se escreve sob a forma
N.
2 5 racional
Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos dos
naturais, inteiros, racionais e reais, podemos escrever:
a) x N x R
c) Z Q
b) x Q x Z
d) R Z
Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos
afirmar que:
x A x primo
x A | x maior que 7
x A x mltiplo de 3
x A | x par
nenhuma das anteriores
Assinale a alternativa correta:
Os nmeros decimais peridicos so irracionais
Existe uma correspondncia biunvoca entre os pontos
da reta numerada, e o conjunto Q.
Entre dois nmeros racional existem infinitos nmeros
racionais.
O conjunto dos nmeros irracionais finito
Podemos afirmar que:
a) todo real racional.
b) todo real irracional.
c) nenhum irracional racional.
d) algum racional irracional.
a)
b)
c)
d)
a)
b)
d)
a)
0,3333...
e)
b)
345,777...
d)
b)
c)
d)
a, b N a : b N
a, b R a + b R
a, b Z a : b Z
a representao de { x R | x 7 }
O nmero irracional :
4
5
I)
7 irracional.
0,777... irracional.
2
a)
b)
c)
d)
2 racional.
Podemos afirmar que:
l falsa e II e III so verdadeiros.
I verdadeiro e II e III so falsas.
I e II so verdadeiras e III falsa.
I e II so falsas e III verdadeira.
Raciocnio Lgico
a = 0 e b=0
c)
a=1eb=
c) a = 0 e b =
d) a =
16 e b = 0
5 :
e) 3,464646...
ApostilasBrasil.com
a)
b)
do por:
R*
R_
c) R
d) R*
3,6
6
3
c)
3 e
HECTA
DECA
DECI
CENTI
MILI
6 :
3. 6
2
1km = 1.000m
1hm = 100m
1dam = 10m
3+ 6
2
d)
1 m = 10 dm
1 m = 100 cm
1 m = 1000 mm
125
c)
27
b)
d)
169
1) d
2) c
3) a
4) e
5) b
6) c
7) b
8) c
RESPOSTAS
9) b
13) b
10) c
14) d
11) b 15) d
12) c
16) b
Ex.:
17) c
18) b
19) a
20) b
21) b
22) b
23) c
24) d
Resumo
A) UNIDADES DE COMPRIMENTO
Medidas de comprimento:
Medir significa comparar. Quando se mede um
determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida.
Portanto, notamos que existe um nmero seguido de um
nome: 4 metros o nmero ser a medida e o nome ser a
unidade de medida.
Podemos medir a pgina deste livro utilizando um
lpis; nesse caso o lpis foi tomado como unidade de medida
ou seja, ao utilizarmos o lpis para medirmos o comprimento
do livro, estamos verificando quantas vezes o lpis (tomado
como medida padro) caber nesta pgina.
Raciocnio Lgico
109
ApostilasBrasil.com
Permetro: a + a + b + b
Quadrado: a rea do quadrado dada pelo produto
lado por lado, pois sendo um retngulo de lados iguais, base
= altura = lado.
Submltiplos
2
2
cm : 0,0001 m
2
2
dm : 0,01 m
2
2
mm : 0,000001m
Regras Prticas:
para se converter um nmero medido numa unidade
para a unidade imediatamente superior deve-se
dividi-lo por 100.
para se converter um nmero medido numa unidade,
para uma unidade imediatamente inferior, devese multiplic-lo por 100.
Medidas Agrrias:
2
centiare (ca) o m
2
Raciocnio Lgico
110
ApostilasBrasil.com
VOLUMES
GEOMTRICOS
DOS
PRINCIPAIS
SLIDOS
SUB-MLTIPLOS
V = a. a . a = a cubo
Como se v:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m
3
3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m
3
3
1dam = 1000
(10x10x10)m
3
1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm
3
3
(=100 x 100 x 100) cm
1m =1000 000
3
3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm
Submltiplos
dl (0,1 l)
cl (0,01 l)
ml (0,001 l)
litro l
Como se v:
1 hl = 100 l
1 dal = 10 l
1 l = 10 dl
1 l = 100 cl
1 l = 1000 ml
Raciocnio Lgico
111
ApostilasBrasil.com
4 12
, 4 . x = 8 . 12
=
8
F
96
x=
=24.
4
F) UNIDADES DE MASSA
A unidade fundamental para se medir massa de um
corpo (ou a quantidade de matria que esse corpo possui),
o kilograma (kg).
3
o kg a massa aproximada de 1 dm de gua a 4
graus de temperatura.
1g = 10 dg
1g= 100 cg
1g = 1000 mg
4 + 8 + 12 + 20
44
=
= 11
4
4
ma =
4
X
=
X 16
4 . 16 x . x
2
x = 64
Raciocnio Lgico
mp =
Notas
60,0
40,0
70,0
Peso
5
3
2
60 . 5 + 40 3 + 70 . 2
5+3+2
NGULO
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
ApostilasBrasil.com
por
sua
Tipos de ngulos
Com relao s suas medidas, os ngulos podem
ser classificados como
Nulo: Um ngulo nulo mede 0 ou 0 radianos.
Agudo: ngulo cuja medida maior do que 0 (ou
0 radianos) e menor do que 90 (ou /2
radianos).
Reto: Um ngulo reto um ngulo cuja medida
exatamente 90 (ou /2 radianos). Assim os
seus lados esto localizados em retas
perpendiculares.
Obtuso: um ngulo cuja medida est entre 90 e
180 (ou entre /2 e radianos).
Raso: ngulo que mede exatamente 180 (ou
radianos), os seus lados so semi-retas opostas.
Cncavo: ngulo que mede mais de 180 (ou
radianos) e menos de 360 (ou 2 radianos).
Giro ou Completo: ngulo que mede 360 (ou 2
radianos). Tambm pode ser chamado de
ngulo de uma volta.
O ngulo reto (90) provavelmente o ngulo mais
importante, pois o mesmo encontrado em inmeras
aplicaes prticas, como no encontro de uma parede
com o cho, os ps de uma mesa em relao ao seu
tampo, caixas de papelo, esquadrias de janelas, etc...
Um ngulo de 360 graus o ngulo que completa o
crculo. Aps esta volta completa este ngulo coincide
com o ngulo de zero graus mas possui a grandeza de
360 graus (360 ).
Observao: possvel obter ngulos maiores do
que 360 mas os lados destes ngulos coincidiro com
os lados dos ngulos menores do que 360 na medida
que ultrapassa 360. Para obter tais ngulos basta
Raciocnio Lgico
113
ApostilasBrasil.com
ENCAIXE: BACEN (Banco Central) determina uma porcentagem que podem ser emprestada sobre os depsitos efetuados em um banco.
MOEDA FIDUCIRIA: Moeda que tem curso obrigatrio, por
Lei, em um pas. No Brasil a Moeda Fiduciria o Real R$.
PRINCIPAIS FUNES DA MOEDA
Intermedirio de trocas;
Medida de valor;
Reserva de Valor;
Liberatria;
Padro de pagamentos diferidos;
Instrumento de poder.
Intermedirio de Trocas: Esta funo permite a superao
de economia de escambo e a passagem economia monetria;
Medida de valor: a utilizao generalizada da moeda implica na criao de um
a unidade-padro de medida pela qual so convertidos
os valores de todos os bens e servios;
Reserva de valor: outra funo exercida pela moeda, pois
pode servir como umareserva de valor, desde o momento
que recebida at o instante em que gasta por quem a
detenha.
Poder Liberatrio: o poder de saldar dvidas, liquidar dbitos, livrar seu detentor de sair de uma posio passiva. Esta particularidade da moeda d-se o nome de: poder liberatrio.
Raciocnio Lgico
114
ApostilasBrasil.com
1
2
a
, ou a : b.
b
1
10
RAZES E PROPORES
1. INTRODUO
Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um
reajuste de R$ 80,00, como voc reagiria? Acharia
caro, normal, ou abaixo da expectativa? Esse mesmo
valor, que pode parecer caro no reajuste da mensalidade, seria considerado insignificante, se tratasse de
um acrscimo no seu salrio.
Teremos, pois:
De cada 20 habitantes, 5 so analfabetos.
Razo =
5
20
2
3
(ferro) Razo =
5
5
Escrevemos:
10
40
20
80
a
e
b
c
, com b e d 0,
d
a
c
.
teremos uma proporo se
=
b
d
Exemplo:
2
Razo =
10
A proporo
Raciocnio Lgico
(zinco).
3. PROPORO
H situaes em que as grandezas que esto sendo comparadas podem ser expressas por razes de
antecedentes e consequentes diferentes, porm com o
mesmo quociente. Dessa maneira, quando uma pesquisa escolar nos revelar que, de 40 alunos entrevistados, 10 gostam de Matemtica, poderemos supor que,
se forem entrevistados 80 alunos da mesma escola, 20
devero gostar de Matemtica. Na verdade, estamos
afirmando que 10 esto representando em 40 o mesmo que 20 em 80.
6
6
115
3
9
, ou 3 : 7 : : 9 : 21,
=
7
21
ApostilasBrasil.com
a c
= ad = bc ; b, d 0
b d
Exemplo:
Se 6
24
24 , ento 6
96
. 96
= 24 . 24 = 576.
3.2
ADIO
(OU
SUBTRAO)
DOS
ANTECEDENTES E CONSEQUENTES
Em toda proporo, a soma (ou diferena) dos antecedentes est para a soma (ou diferena) dos consequentes assim como cada antecedente est para
seu consequente. Ou seja:
a
c
=
, entao
b
d
a - c
a
ou
=
=
b - d
b
Se
a + c
=
b + d
c
d
a
=
b
c
,
d
21 + 7
28
7
=
=
4
12 + 4
16
21
7
=
12
4
Assim:
Duas grandezas So diretamente proporcionais
quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
numa determinada razo, a outra diminui (ou
aumenta) nessa mesma razo.
3. PROPORO INVERSA
Grandezas como tempo de trabalho e nmero de
operrios para a mesma tarefa so, em geral, inversamente proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10
operrios executam em 20 dias, devemos esperar que
5 operrios a realizem em 40 dias.
Podemos destacar outros exemplos de grandezas
inversamente proporcionais:
Velocidade mdia e tempo de viagem, pois, se voc
dobrar a velocidade com que anda, mantendo fixa a
distncia a ser percorrida, reduzir o tempo do percurso pela metade.
Nmero de torneiras de mesma vazo e tempo para
encher um tanque, pois, quanto mais torneiras estiverem abertas, menor o tempo para completar o tanque.
21 - 7
14
7
=
=
12 - 4
8
4
2. PROPORO DIRETA
Grandezas como trabalho produzido e remunerao
Raciocnio Lgico
116
10
ApostilasBrasil.com
Despesa
diria (R$ )
100
200
500
1.000
Voc pode perceber na tabela que a razo de aumento do nmero de pessoas a mesma para o aumento da despesa. Assim, se dobrarmos o nmero de
pessoas, dobraremos ao mesmo tempo a despesa.
Esta portanto, uma proporo direta, ou melhor, as
grandezas nmero de pessoas e despesa diria so
diretamente proporcionais.
Suponha tambm que, nesse mesmo exemplo, a
quantia a ser gasta pelo grupo seja sempre de
R$2.000,00. Perceba, ento, que o tempo de permanncia do grupo depender do nmero de pessoas.
Analise agora a tabela abaixo :
Nmero de
pessoas
Tempo
de
permanncia
(dias)
20
10
660
X
6 660
=
X =
= 360
11
6
11
Como X + Y = 660, ento Y = 300
Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B,
R$ 300,00.
vem
10
Dividir um nmero em partes inversamente proporcionais a outros nmeros dados encontrar partes
desse nmero que sejam diretamente proporcionais aos inversos dos nmeros dados e cuja soma
reproduza o prprio nmero.
x + y = 160
4. 1 Diretamente proporcional
Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricao de
um mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas
e B durante 5 horas. Como, agora, elas devero dividir
com justia os R$ 660,00 apurados com sua venda?
Na verdade, o que cada um tem a receber deve ser
diretamente proporcional ao tempo gasto na confeco
x + y
1
1
+
3
5
Mas, como
160
=
8
15
Y
5
= Substituindo
Raciocnio Lgico
X + Y por
x
1
3
x + y
=
8
15
x
1
3
x + y = 160, ento
x
160
1
x =
1
8
3
3
15
1
15
x = 100
3
8
X + Y
6 + 5
x = 160
X + Y = 660
=
y
1
5
X
6
x
1
3
Teremos:
660,
ApostilasBrasil.com
rante 5 dias; na segunda turma, 12 homens trabalharam durante 4 dias. Estamos considerando que os
homens tinham a mesma capacidade de trabalho. A
empreiteira tinha R$ 29.400,00 para dividir com justia
entre as duas turmas de trabalho. Como faz-lo?
Essa diviso no de mesma natureza das anteriores. Trata-se aqui de uma diviso composta em partes
proporcionais, j que os nmeros obtidos devero ser
proporcionais a dois nmeros e tambm a dois outros.
Grandeza 1: tempo
(horas)
Grandeza 2: distncia
percorrida
(km)
900
6
900
=
8
x
x
y
x
y
=
ou
=
12 4
50
48
10 5
x + y
x
=
50 + 48
50
29400 x
=
98
50
29400 50
15.000
98
Portanto y = 14 400.
Concluindo, a primeira turma deve receber R$
15.000,00 da empreiteira, e a segunda, R$ 14.400,00.
Ento: 6 . x = 8 . 900
Raciocnio Lgico
7200
= 1 200
6
x =
Grandeza 1: tempo
(horas)
Grandeza 2: velocidade
(km/h)
90
60
ApostilasBrasil.com
Como a proporo inversa, ser necessrio invertermos a ordem dos termos de uma das colunas, tornando a proporo direta. Assim:
60
90
2000
20
1680
8
60
8 90
=
x=
= 12
x
90
60
2000
10
6
=
1680
x
20
10 12000
10 33600
=
x=
= 28
x
33600
12000
Grandeza 2:
dias
Grandeza 3:
nmero de peas
10
20
2000
1680
Raciocnio Lgico
PORCENTAGEM
1. INTRODUO
Quando voc abre o jornal, liga a televiso ou olha
vitrinas, frequentemente se v s voltas com
expresses do tipo:
"O ndice de reajuste salarial de maro de
16,19%."
"O rendimento da caderneta de poupana em
fevereiro foi de 18,55%."
"A inflao acumulada nos ltimos 12 meses foi de
381,1351%.
"Os preos foram reduzidos em at 0,5%."
Mesmo supondo que essas expresses no sejam
completamente desconhecidas para uma pessoa,
importante fazermos um estudo organizado do assunto
porcentagem, uma vez que o seu conhecimento ferramenta indispensvel para a maioria dos problemas
relativos Matemtica Comercial.
2. PORCENTAGEM
O estudo da porcentagem ainda um modo de
comparar nmeros usando a proporo direta. S que
uma das razes da proporo um frao de denominador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situao em que voc tiver de calcular 40% de R$ 300,00, o
seu trabalho ser determinar um valor que represente,
em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso pode ser resumido na proporo:
40
x
=
100
300
Ento, o valor de x ser de R$ 120,00.
Sabendo que em clculos de porcentagem ser
necessrio utilizar sempre propores diretas, fica
claro, ento, que qualquer problema dessa natureza
poder ser resolvido com regra de trs simples.
3. TAXA PORCENTUAL
119
ApostilasBrasil.com
O uso de regra de trs simples no clculo de porcentagens um recurso que torna fcil o entendimento
do assunto, mas no o nico caminho possvel e
nem sequer o mais prtico.
Para simplificar os clculos numricos,
necessrio, inicialmente, dar nomes a alguns termos.
Veremos isso a partir de um exemplo.
Exemplo:
Calcular 20% de 800.
20
de 800 dividir 800 em
100
100 partes e tomar 20 dessas partes. Como a
centsima parte de 800 8, ento 20 dessas partes
ser 160.
Calcular
20%, ou
800 de
Temos, portanto:
Principal: nmero sobre o qual se vai calcular a
porcentagem.
Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes
do principal.
Porcentagem: nmero que se obtm somando cada
uma das 100 partes do principal at conseguir a
taxa.
A partir dessas definies, deve ficar claro que, ao
calcularmos uma porcentagem de um principal conhecido, no necessrio utilizar a montagem de uma
regra de trs. Basta dividir o principal por 100 e tomarmos tantas destas partes quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo.
Exemplo:
Calcular 32% de 4.000.
Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que
a centsima parte de 4 000. Agora, somando 32 partes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que a resposta para o problema.
JUROS SIMPLES
Consideremos os seguintes fatos:
Emprestei R$ 100 000,00 para um amigo pelo
prazo de 6 meses e recebi, ao fim desse tempo,
R$ 24 000,00 de juros.
O preo de uma televiso, a vista, R$
4.000,00. Se eu comprar essa mesma televiso
em 10 prestaes, vou pagar por ela R$
4.750,00. Portanto, vou pagar R$750,00 de juros.
Raciocnio Lgico
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Dai:
x = 0,108 . 10 000 = 1080
Resposta: Render juros de R$ 1 080,00.
3. exemplo: Tomei emprestada certa quantia durante 6 meses, a uma taxa de 1,2% ao ms, e devo
pagar R$ 3 600,00 de juros. Qual foi a quantia emprestada?
De acordo com os dados do problema:
1,2% em 1 ms 6 . 1,2% = 7,2% em 6 meses
7,2
7,2% =
= 0,072
100
Nessas condies, devemos resolver o seguinte
problema:
3 600 representam 7,2% de uma quantia x. Calcule
x.
Dai:
3600 = 0,072 . x 0,072x = 3 600
3600
x=
0,072
x = 50 000
Resposta: A quantia emprestada foi
50.000,00.
Respostas
R$ 4 400,00
R$ 70 000,00
R$ 48 000,00 e R$ 248 000,00
R$ 5 220,00
1,1%
R$ 1 075,00 e R$ 215,00
2,5%
JUROS COMPOSTOS
de
R$
Raciocnio Lgico
1. Introduo
O dinheiro e o tempo so dois fatores que se
encontram estreitamente ligados com a vida das
pessoas e dos negcios. Quando so gerados excedentes de fundos, as pessoas ou as empresas,
aplicam-no a fim de ganhar juros que aumentem o
capital original disponvel; em outras ocasies, pelo
contrrio, tem-se a necessidade de recursos
financeiros durante um perodo de tempo e deve-se
pagar juros pelo seu uso.
Em perodo de curto-prazo utiliza-se, geralmente,
como j se viu, os juros simples. J em perodos de
longo-prazo, utiliza-se, quase que exclusivamente, os
juros compostos.
2. Conceitos Bsicos
No regime dos juros simples, o capital inicial sobre
o qual calculam-se os juros, permanece sem variao
alguma durante todo o tempo que dura a operao. No
regime dos juros compostos, por sua vez, os juros que
vo sendo gerados, vo sendo acrescentados ao
capital inicial, em perodos determinados e, que por
sua vez, iro gerar um novo juro adicional para o
perodo seguinte.
Diz-se, ento, que os juros capitalizam-se e que se
est na presena de uma operao de juros
compostos.
Nestas operaes, o capital no constante atravs do tempo; pois aumenta ao final de cada
perodo pela adio dos juros ganhos de acordo com a
taxa acordada.
Esta diferena pode ser observada atravs do
seguinte exemplo:
Exemplo 1: Suponha um capital inicial de R$
1.000,00 aplicado taxa de 30.0 % a.a. por um
perodo de 3 anos a juros simples e compostos. Qual
ser o total de juros ao final dos 3 anos sob cada um
dos rearmes de juros?
Pelo regime de juros simples:
J = c . i . t = R$ 1.000,00 (0,3) (3) = R$ 900,00
121
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Juros Compostos
1 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
2 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
3 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
R$ 900,00
R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
R$ 1.300,00(0,3) = R$ 390,00
R$ 1.690,00(0,3) = R$ 507,00
R$ 1.197,00
Resoluo:
Vamos utilizar a frmula do desconto:
Df =
VP
a.a.
D D d n = VP d n
D(1 d n) = VP d n Df =
Df =
Raciocnio Lgico
d = 0,6
166.667( 0,6)(1 3)
1 ( 0,6)(1 3)
VP d n
(1 d n)
33.333
=
0,8
Df =$41.667,00
Utilizando a frmula VF = VP + D, temos:
VF = 166.667, + 41.667, = $208.334,00
Exemplo 3 - Uma empresa desconta um titulo, pelo qual
recebe $87.912,00. A taxa contratada de 55% a.a. e o
valor nominal do titulo de $100.000,00 . Calcular quanto
tempo falta para o vencimento do ttulo.
Resoluo:
VF = $100.000 d = 0,55 a.a.
Df = 100.000 - 87.912 = 12.088
VP = $ 87.912
VP = VF(1 d . n)
onde:
Df = valor do desconto efetuado.
VF = valor nominal do ttulo, ou seja, o valor futuro.
n = prazo da operao ou prazo de vencimento do ttulo.
d = taxa de juros utilizada no desconto do ttulo.
VP = valor presente ou valor lquido recebido pelo ttulo
descontado.
$166.667
D f = ( VF + D f )d n = VP d n + D d n
=
n = 4/12 =1/3
DESCONTO SIMPLES
Desconto uma operao de crdito que se realiza, principalmente, em instituies financeiras bancrias ou monetrias, e consiste em que estas instituies aceitem ttulos de
crdito, tais como notas promissrias e duplicatas mercantis,
entre outros antes da data de seus vencimentos, e descontem de seus valores nominais, o equivalente aos juros do
mercado mais comisses de servio, alm do IOF - Imposto
sobre Operaes Financeiras. Este imposto da Unio e a
instituio de crdito apenas recolhe-o do cliente financiado,
creditando o errio pblico. Dependendo da poltica de crdito do governo e do momento econmico, os bancos costumam exigir dos financiados uma manuteno de saldo mdio, deixando parte do emprstimo vinculado conta corrente. Esta operao chamada de reciprocidade bancria.
Depois de todos estes descontos sobre o valor nominal do
ttulo, ao financiado resta o valor lquido recebido. Esta modalidade de desconto, a que denominamos de desconto
comercial, ou bancrio, ou por fora.
VP d n
1 dn
n=
12.088
=
55.000
122
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Dd =
VF i n
1+ i n
Resoluo:
Temos: D1=C . i . n/100 =10.000
Resoluo:
VF = $185.000,00 n = 2/12 = 1/6 = 0,50
VP = valor Lquido Recebido
Como neste caso temos o VF, vamos utilizar a frmula
do VP = Dd
Dd =
185.000(0,5)(1 6)
1 + (0,5)(1 6)
15.417
= $14.231
1083333
,
Resoluo:
VP = 166.677,
i = 0,60 n = 1/3
Frmula: VF = VP(1 + i . n)
VF = 166.677(1 +(0,6) (1/3) = $200.000
Comparando este exemplo com o exemplo 1.9.2., observamos a diferena, no valor dos juros, entre a modalidade de
desconto comercial e o desconto racional:
Juros pelo desconto racional:
$200.000 - $166.667 = $ 33.333
$208.333 - $166.667 = $ 41.667
Esta uma das principais razes que justificam a
escolha, pelos bancos, pela utilizao do desconto bancrio,
ao invs do desconto racional: maior taxa de desconto sobre
o mesmo valor descontado.
3. Desconto Comercial e a Taxa de IOF
O Imposto sobre Operaes Financeiras defini do pelo
Banco Central do Brasil e, na data que elaborvamos este
trabalho, as alquotas vigentes em relao aos tipos de operaes eram as seguintes:
TIPO _______________________________I O F
Operaes at 364 dias ...........................................0,0041% ao dia
Operaes com prazo 360 dias ....................................1,5% no ato
Crdito Direto ao Consumidor (CDC)..........0,3% a.m. e mx. 3,6%
Desconto de Duplicatas...........................................0,0041% ao dia
Repasses governamentais............................................1,5% no ato
D2 =
(iem ) =
i em =
i em
13
Valor nominal)
(
=
Valor do desconto
(10.000,00)1 3
8.163,10
iea = 1 + iem
12
1=
1 = 0,07 ou 7% ao mes
1 = (107
, )
12
1 = 12522
,
ou 125,22% a. a.
13
iea = (11068
,
)
12
1 = 2,3783 ou 237,83% a. a.
EQUAES
Raciocnio Lgico
123
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IGUALDADES E PROPRIEDADES
So expresses constitudas por nmeros e letras,
unidos por sinais de operaes.
2
2
Exemplo: 3a ; 2axy + 4x ; xyz; x
+ 2 , o mes3
mo que 3.a ; 2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a,
x, y e z representam um nmero qualquer.
2
Chama-se valor numrico de uma expresso algbrica quando substitumos as letras pelos respectivos
valores dados:
Exemplos: 1)2a b 5x
Exemplo:
3x + 2y para x = 1 e y = 2, substituin2
do os respectivos valores temos, 3.(1) + 2.2 3 . 1+
4 3 + 4 = 7 o valor numrico da expresso.
5x , 2y,
3 x , 4a ,
3,x
4 2
Exemplo: 5a x 3a x y + 2xy
Exerccios
Calcular os valores numricos das expresses:
3x 3y
para x = 1 e y =3
x + 2a
para x =2 e a = 0
2
5x 2y + a para x =1, y =2 e a =3
Respostas: 1) 6
2) 2 3) 4
Exemplo:
2)3x + 2b+ 1
2) 9x 3x + 3
Exemplos:
4 3
4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
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124
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Respostas: 1) 8x y z
3 5
x=4
Sabendo que o valor de x igual 4 substitua este valor em qualquer uma das equaes ( I ou II ),
Substitui em I fica:
4+y=7 y=74 y=3
Se quisermos verificar se est correto, devemos
substituir os valores encontrados x e y nas equaes
x+y=7
xy=1
4 +3 = 7
43=1
2) 10a b x
EQUAES DO 1. GRAU
Equao: o nome dado a toda sentena algbrica
que exprime uma relao de igualdade.
Ou ainda: uma igualdade algbrica que se verifica
somente para determinado valor numrico atribudo
varivel. Logo, equao uma igualdade condicional.
Note que temos apenas a operao +, portanto devemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por 1, escolhendo a II, temos:
2x + y = 11
2x + y = 11
x + y = 8 . ( - 1)
- x y = 8
Exemplo: 5 + x = 11
0
0
2 .membro
1 .membro
- x - y =-8
x+0 = 3
x=3
Resoluo de equaes
Para resolver uma equao (achar a raiz) seguiremos os princpios gerais que podem ser aplicados numa
igualdade.
Ao transportar um termo de um membro de uma igualdade para outro, sua operao dever ser invertida.
Exemplo:
2x + 3 = 8 + x
fica assim: 2x x = 8 3 = 5 x = 5
Note que o x foi para o 1. membro e o 3 foi para o
2. membro com as operaes invertidas.
Dizemos que 5 a soluo ou a raiz da equao, dizemos ainda que o conjunto verdade (V).
Exerccios
Resolva as equaes :
1) 3x + 7 = 19
2) 4x +20=0
3) 7x 26 = 3x 6
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4}
2) x = 5 ou V = {5}
3) x = 5 ou V = {5}
EQUAES DO 1. GRAU COM DUAS VARIVEIS
OU SISTEMA DE EQUAES LINEARES
Resoluo por adio.
x+ y=7 -I
Exemplo 1:
x y = 1 - II
Soma-se membro a membro.
2x +0 =8
2x = 8
8
x=
2
Raciocnio Lgico
-
3x - y = 2
neste exemplo, devemos multiplicar a equao II por
2 (para desaparecer a varivel y).
5 x + 2 y = 18
5x + 2y = 18
3x
y
2
.(2)
=
6 x 2 y = 4
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3) y 4y b + 4b
INEQUAES DO 1. GRAU
Distinguimos as equaes das inequaes pelo sinal,
na equao temos sinal de igualdade (=) nas inequaes so sinais de desigualdade.
> maior que, maior ou igual, < menor que ,
menor ou igual
Exemplo 1: Determine os nmeros naturais de modo que 4 + 2x > 12.
4 + 2x > 12
2x > 12 4
8
x>4
2x > 8 x >
2
Exemplo 2: Determine os nmeros inteiros de modo
que 4 + 2x 5x + 13
4+2x 5x + 13
2x 5x 13 4
3x 9 . (1) 3x 9, quando multiplicamos por
(-1), invertemos o sinal d desigualdade para , fica:
9
ou x 3
3x 9, onde x
3
Exerccios. Resolva:
1) x 3 1 x,
2) 2x + 1 6 x 2
3) 3 x 1 + x
Respostas: 1) x 2
2) x 3/4 3) x 2
PRODUTOS NOTVEIS
1. Caso: Quadrado da Soma
2
2
2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
2
2
1. 2.
a + 2ab +b
Exerccios. Fatorar:
2
2
2) 3ax + 6a y
1) 4a + 2a
2) 9 + 12a + 4a
Respostas: 1. caso
2) 3a .(x + 2ay)
2) 16 24a + 9a
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3) 4a + 2a
1) 2a .(2a + 1)
2
3) 2a (2a + 1)
2. Caso: Trinmio quadrado perfeito ( a operao inversa dos produtos notveis caso 1)
Exemplo 1
2
2
a + 2ab + b extrair as razes quadradas do extremo a2 + 2ab + b2
a 2 = a e b2 = b e o
2
2
2
termo do meio 2.a.b, ento a + 2ab + b = (a + b)
(quadrado da soma).
2) a. (b + x)
Exemplo 2:
2
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) 3,
porque MDC (3, 6) = 3.
Resumindo: O quadrado da soma igual ao quadrado do primeiro mais duas vezes o 1. pelo 2. mais o
quadrado do 2..
Respostas: 1. caso
2
1) a + 4a + 4
4
2
2
3) x + 6x a + 9a
3) 4ac + 4ab
Exemplo 2:
2
4a + 4a + 1
2
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Exerccios
Fatorar os trinmios (soma)
2
2
2
2) 9a + 6a + 1
1) x + 2xy + y
2
3) 16 + 8a + a
2 + 6x = 7x equao do 1. grau.
Resolvendo temos: 2 = 7x 6x
2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
Respostas: 2. caso
2
2) (3a + 1)
1) (x + y)
2
3) (4 + a)
Exerccios
Resolver as equaes fracionrias:
3 1
3
x0
+ =
1)
x 2 2x
1
5
x0
2) + 1 =
x
2x
x2 = x e
2
x 2xy + y = (x y)
Exemplo 3:
2
16 8a + a , extrair as razes dos extremos
Respostas: Equaes:
2) 4 4a + a
RADICAIS
3) 4a 8a + 4
2
Respostas: 2. caso
2
2) (2 a)
1) (x y)
2
3) (2a 2)
1,41421356...,
3
5
= 1,73205807...,
=
2,2360679775..., etc. no so razes exatas, no so
nmeros inteiros. So nmeros irracionais. Do mesmo
racionais, j 3 9 = 2,080083823052..,
2,714417616595... so irracionais.
Exemplo 1
a2 = a e
b2 = b, ento fica: a b = (a + b) . (a b)
2
20
= sinal
Exemplos:
4 = 2,
a2
1)
2, 3 2, - 2 so semelhantes observe o n = 2
3) 16x 1
1) (x + y) (x y)
3) (4x + 1) (4x 1)
EQUAES FRACIONRIAS
3 2 2 2 + 5 2 = (3 2 + 5 ) 2 = 6 2
53 6 33 6 + 73 6 = (5 3 + 7 )3 6 = 93 6
4
1
3
= 2,
+
= 8, note que nos dois exemx
x
2x
Para resolver uma equao fracionria, devemos achar o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os
dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos
ento uma equao do 1. grau.
1
7
+ 3 = , x 0,
m.m.c. = 2x
Ex:
x
2
1
7
. 2x
2x . +3 =
x
2
Raciocnio Lgico
Exemplo 2:
Respostas: 3. caso
2) (3 + b) (3 b)
2=
modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 , 3 27 = 3 , 3 64 = 4 ,etc., so
Ex:
Exerccios
Fatorar:
2
2
1) x 2xy + y
1) V = {3} 2) V = { 3
Exemplos
2 2 = 2.2 = 4 = 2
3 4 = 3 . 4 = 12
3
3 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3
5 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20
3 5 6 = 3 . 5 . 6 = 90
127
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Exerccios
3 8
Respostas: 1)
3) 3 6 3 4 3 5
5 5
2)
18
1)
20
2)
15
= 15 : 5 = 15 : 5 = 3
2)
Respostas: 1)
2 3
so fraes equivalentes. Dizemos que
3
3 o fator racionalizante.
Exerccios
Racionalizar:
16
24
3)
2
2) 2 3) 2
1)
n n
Outros exemplos:
simplificar ndice
2
3
1)Simplificar 12
decompor 12 em fatores primos:
12 2
2
22
22
2 3 22
3
21 2 2
3)
6
2
devemos fazer:
23 4
3
23
23 4 3
= 4
2
1
3
2)
4
3
Respostas: 1)
3
3
3)
2
3
16
4
2)
3 2
2
3)
18
3
EQUAES DO 2. GRAU
32 = 2 2 2 = 2 2 2 = 2 2 2 = 4 2
2
1)
32 , decompondo 32 fica:
2) Simplificar
32 2
16 2
8
2
4
2
2
2
21
Exerccios.
Racionalizar:
12 = 22 3 = 22 3 = 2 3
2
3
1
2
3
3)
5
2) 2
5
Respostas: 1)
2)
Simplificao de Radicais
6
3
3) 2. 3 5
2) 5 2
3) 3 40
50
2)
Racionalizao de Radiciao
Em uma frao quando o denominador for um radical
2
devemos multiplidevemos racionaliz-lo. Exemplo:
3
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical
do denominador.
2
3
2 3
2 3 2 3
=
=
=
3
3
3
33
9
3
3
Respostas: 1) 2 5
= 20 : 10 = 20 : 10 = 2
10
3
3)
= 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3
20
1)
2) 5 3) 3 120
24
Exerccios
Simplificar os radicais:
Efetuar as multiplicaes
1)
128 = 23 23 2 = 23 23 3 2 = 2 2 3 2 = 43 2
2 2
Raciocnio Lgico
y -y+9 =0
2
5x + 7x - 9 = 0
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b b2 4 a c
x=
2a
x=
b
2a
Exemplos:
2
a) 2x + 7x + 3 = 0
a = 2, b =7, c = 3
2
(+ 7 ) (7 ) 4 2 3
b b2 4 a c
x=
x=
22
2a
(+ 7 ) 49 24
(+ 7 ) 25
x =
4
4
(+ 7 ) 5
7 + 5 -2 -1
x'=
x=
=
=
4
4 2
4
7 5 -12
x"=
=
=-3
4
4
1
S = , - 3
2
x=
Respostas:
1) a =3, b = 5 e c = 0
2)a = 2, b = 2 e c = 1
3) a = 5, b = 2 e c =3
4) a = 6, b = 0 e c =3
EQUAES COMPLETAS E INCOMPLETAS
Temos uma equao completa quando
coeficientes a , b e c so diferentes de zero.
Exemplos:
ou
2
b) 2x +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3
2
= b 4.a. c
2
=7 4 . 2 . 3
= 49 24
= 25
(+ 7 ) 25
(+ 7 ) 5
x =
x=
4
4
7 + 5 -2 -1
x'=
=
=
4
4 2
7 5 -12
x"=
=
=-3
4
4
1
S = , - 3
2
os
So equaes completas.
EXERCCIOS
Resolva as equaes do 2. grau completa:
2
1) x 9x +20 = 0
2
2) 2x + x 3 = 0
2
3) 2x 7x 15 = 0
2
4) x +3x + 2 = 0
2
5) x 4x +4 = 0
Respostas
1) V = { 4 , 5)
3
}
2) V = { 1,
2
3
}
3) V = { 5 ,
2
4) V = { 1 , 2 }
5) V = {2}
EXERCCIOS
Escreva as equaes na forma normal:
2
2
2
2
2) 5x 2x = 2x + 2
1) 7x + 9x = 3x 1
2
2
Respostas: 1) 4x + 9x + 1= 0 2) 3x 2x 2 = 0
Resoluo de Equaes Completas
Para resolver a equao do 2. Grau, vamos utilizar a
frmula resolutiva ou frmula de Bscara.
2
A expresso b - 4ac, chamado discriminante de
equao, representada pela letra grega (l-se
deita).
= b - 4ac logo se > 0 podemos escrever:
2
b
2a
RESUMO
NA RESOLUO DE EQUAES DO 2. GRAU
COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:
Raciocnio Lgico
x=
= b - 4ac
b) y + 0y + 3 = 0
a = 1,b = 0, c = 3
2
d) 7y + 3y + 0 = 0
a = 7, b = 3, c = 0
Exerccios
Destaque os coeficientes:
2
2
2)2x 2x + 1 = 0
1)3y + 5y + 0 = 0
2
2
4) 6x + 0x +3 = 0
3)5y 2y + 3 = 0
3x 2x 1= 0
2
y 2y 3 = 0
2
y + 2y + 5 = 0
ou
ApostilasBrasil.com
x=0
ou
2x 7 = 0
Os nmeros reais 0 e
x'+x"=
b+ b
2a
b
2b
x'+x"=
x'+x"=
a
2a
x'+x"=
x=
7
2
7
so as razes da equao
2
7
)
S={0;
2
2
Equao da forma: ax + c = 0, onde b = 0
Exemplos
2
a) x 81 = 0
2
x = 81transportando-se o termo independente
para o 2. termo.
x' x"=
x'x"=
25 ,
( b + ) ( b )
4a2
( )
b2 b2 4ac
x'x"=
2
4a
isto 25 R
a equao dada no tem razes em IR.
S=
ou S = { }
c)
b+ b
2a
2a
b2 2
x'x"=
= b2 4 a c
2
4a
b) x +25 = 0
2
x = 25
x =
b+ b
+
2a
2a
9x 81= 0
2
9x = 81
81
2
x =
9
2
x = 9
x= 9
x=3
S = { 3}
x'x"=
b2 b2 + 4ac
4a2
x'x"=
4ac
4a2
x'x" =
c
a
x'x" =
c
ou seja:
a
c
( Relao de produto)
a
Sua Representao:
Representamos a Soma por S
b
S=x'+x"=
a
Representamos o Produto pr P
P = x 'x " =
x = + 0
S={0}
Exerccios
2
1) 4x 16 = 0
2
2) 5x 125 = 0
2
3) 3x + 75x = 0
Exemplos:
2
1) 9x 72x +45 = 0 a = 9, b = 72, c = 45.
(-72) = 72 = 8
b
S=x'+ x"= =9
9
a
c 45
P = x'x" = =
=5
a 9
Respostas:
1) V = { 2, + 2}
2) V = { 5, +5}
3) V = { 0, 25}
Raciocnio Lgico
c
a
3) 4x 16 = 0
130
b = 0, (equao incompleta)
ApostilasBrasil.com
c = 16
b 0
S = x ' + x "= = = 0
a 4
c + (- 16 ) 16
P = x'x" = =
=
= 4
4
4
a
2
4) ( a+1) x ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0
a = a+1
b = (a+ 1)
c = 2a+2
b) 0,2 e 0,3
S = x+ x =0,2 + 0,3 = 0,5
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
2
x Sx + P = 0
2
x 0,5x + 0,06 = 0
[- (a + 1)] = a + 1 = 1
b
=a +1
a +1
a
c 2a + 2 2(a + 1)
P = x'x" = =
=2
=
a +1
a +1
a
S=x'+x"=
c)
Se a = 1 essas relaes podem ser escritas:
b
x'+ x"=
x ' + x " = b
1
c
x'x"=
x 'x "=c
1
3
4
5
3 10 + 3 13
+ =
=
2
4
4
4
5 3 15
. =
P=x.x=
2 4
8
2
x Sx + P = 0
13
15
2
x+
=0
x
4
8
S = x+ x =
Exemplo:
2
x 7x+2 = 0
a = 1, b =7, c = 2
(
- 7)
b
S=x'+x"= ==7
1
a
c 2
P = x'x" = = = 2
a 1
EXERCCIOS
Calcule a Soma e Produto
2
1) 2x 12x + 6 = 0
2
2) x (a + b)x + ab = 0
2
3) ax + 3ax- 1 = 0
2
4) x + 3x 2 = 0
4e4
S = x +x = 4 + (4) = 4 4 = 0
P = x . x = 4 . (4) = 16
2
x Sx + P = 0
2
x 16 = 0
Exerccios
Componha a equao do 2. grau cujas razes so:
4
1) 3 e 2
2) 6 e 5
3) 2 e
5
Respostas:
1) S = 6 e P = 3
2) S = (a + b) e P = ab
1
3) S = 3 e P =
a
4) S = 3 e P = 2
APLICAES DAS RELAES
2
Se considerarmos a = 1, a expresso procurada x
+ bx + c: pelas relaes entre coeficientes e razes
temos:
x + x= b
b = ( x + x)
x . x = c
c = x . x
5
e
2
4) 3 +
5e3
5) 6 e 0
Respostas:
2
2
2) x x 30 = 0
1) x 5x+6= 0
6x
8
2
=0
3)x
5
5
2
2
4) x 6x + 4 = 0
5) x 6x = 0
RESOLUO DE PROBLEMAS
Um problema de 2. grau pode ser resolvido por
meio de uma equao ou de um sistema de equaes
do 2. grau.
Da temos: x + bx + c = 0
REPRESENTAO
Representando a soma
x + x = S
Representando o produto x . x = P
2
E TEMOS A EQUAO: x Sx + P = 0
Raciocnio Lgico
131
ApostilasBrasil.com
x + 2x 15 = 0
2
2
= (2) 4 .1.(15)
=b 4ac
= 64
2 64
2 8
x=
x=
2 1
2
2 + 8 6
x'=
= =3
2
2
2 8 10
x"=
=
= 5
2
2
= 4 + 60
Logo:
Os nmeros so 3 e 5.
Verificao:
2
x + 2x 15 = 0
2
(3) + 2 (3) 15 = 0
9 + 6 15 = 0
0=0
(V)
S = { 3 , 5 }
Substituindo na segunda:
x + 2x 15 = 0
2
(5) + 2 (5) 15 = 0
25 10 15 = 0
0=0
(V)
Usando a frmula:
Logo
2) 5 e 2
4) 0 e 3
Substituindo em I:
Raciocnio Lgico
132
ApostilasBrasil.com
Aplicando na segunda:
Os nmeros so 3 e - 2 ou 2 e - 3.
De Produtos notveis:
Dividindo por 2:
Logo:
= b 4ac
= (6) 4 * 1 * 8
= 36 32
=4
a = 1, b = 6 e c = 8
Substituindo em II:
Raciocnio Lgico
133
ApostilasBrasil.com
Para y = 1, temos:
x=y3
x = 1 3
x = 4
Isolando x ou y na 2 equao:
x y = 3
x=y3
Substituindo o valor de x na 1 equao:
x + 2y = 18
(y 3) + 2y = 18
y 6y + 9 + 2y 18 = 0
3y 6y 9 = 0 (dividir todos os membros da equao
por 3)
y 2y 3 = 0
= b 4ac
= (2) 4 * 1 * (3)
= 4 + 12
= 16
a = 1, b = 2 e c = 3
Raciocnio Lgico
134