Manual de Criação de Frango Caipira No Cerrado
Manual de Criação de Frango Caipira No Cerrado
Manual de Criação de Frango Caipira No Cerrado
MANUAL DO PRODUTOR
PRODUÇÃO DE
FRANGO CAIPIRA DO CERRADO
DO TERRITÓRIO ESTRADA DE FERRO -
ESTADO DE GOIÁS
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PRODUÇÃO DE FRANGO CAIPIRA DO CERRADO
MANUAL DO PRODUTOR
PRODUÇÃO DE
FRANGO CAIPIRA DO CERRADO
DO TERRITÓRIO ESTRADA DE FERRO -
ESTADO DE GOIÁS
Equipe Técnica:
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PRODUÇÃO DE FRANGO CAIPIRA DO CERRADO
MANUAL DO PRODUTOR
Benedito Machado
Médico Veterinário – Agência Rural – Silvânia/GO
ÍNDICE
2. EDIFICAÇÕES........................................................................................06
2.1. LOCALIZAÇÃO.....................................................................................06
2.2. ORIENTAÇÃO......................................................................................06
2.3. VENTILAÇÃO.......................................................................................07
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3. MÓDULO BÁSICO PARA ENGORDA DE FRANGO
4. OS GALPÕES...........................................................................................12
5. PIQUETES...............................................................................................12
6. O PASTO...................................................................................................13
7. EQUIPAMENTOS...................................................................................14
7.1. COMEDOUROS.....................................................................................15
7.2. BEBEDOUROS......................................................................................16
7.3. CORTINAS...........................................................................................18
10.1. NUTRIÇÃO..........................................................................................26
10.2. TEMPERATURA..................................................................................28
10.3. ILUMINAÇÃO....................................................................................28
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11. ÁGUA........................................................................................................34
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Diante do exposto acima, o modelo de produção de FRANGO
CAIPIRA do CERRADO é uma alternativa absolutamente segura para
a produção de alimentos que atendam as expectativas desse
contingente crescente de consumidores.
2. EDIFICAÇÕES
2.1. LOCALIZAÇÃO
A escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar
os processos construtivos, oferecendo boa temperatura e condições
sanitárias. O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem
as vantagens da circulação natural do ar e se evite a obstrução do
mesmo, por outras construções, barreiras naturais ou artificiais.
Escolher o local com declividade suave a média, voltada para o norte,
o que facilita a boa ventilação.
É recomendável, dentro do possível, que sejam situados em locais de
topografia plana ou levemente ondulada, onde não sejam necessários
serviços e gastos excessivos para construções e muros de contenção.
2.2. ORIENTAÇÃO
O sol é uma fonte poderosa de calor e se possível, o melhor é evitá-lo
nas horas mais quentes do dia dentro dos aviários. Assim, devem ser
construídos com o seu eixo longitudinal orientado no sentido leste-
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oeste. Nessa posição, nas horas mais quentes do dia, a sombra vai
incidir embaixo da cobertura e a carga calorífica recebida pelo
aviário será a menor possível.
Por mais que se oriente adequadamente o aviário em relação ao sol,
haverá incidência direta de radiação solar em seu interior em algumas
horas do dia na face norte, no período de inverno. Providenciar nesta
face, dispositivos para evitar este fato, sombreamento arbustivo ou
tela sombrite.
2.3. VENTILAÇÃO
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permitir a renovação do ar regulando o nível de oxigênio necessário às
aves, eliminando gás carbônico e gases de fermentação.
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O pé direito do aviário é estabelecido em função da largura adotada,
de forma que quanto mais largo for o aviário maior será a sua altura.
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madeira, telhas onduladas, fibra de vidro, lâminas de isopor ou
alvenaria.
PIQUETE
ARBUSTOS
BEBEDOURO (pneu)
CRONOGRAMA DE PRODUÇÃO
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JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
G 1 01-30 31-60 61-90 91-120 01-30 31-60 61-90 91-120 01-30 31-60 61-90 91-120
G 2 91-120 01-30 31-60 61-90 91-120 01-30 31-60 61-90 91-120 01-30 31-60 61-90
G 3 61-90 91-120 01-30 31-60 61-90 91-120 01-30 31-60 61-90 91-120 01-30 31-60
G 4 31-60 61-90 91-120 01-30 31-60 61-90 91-120 01-30 31-60 61-90 91-120 01-30
4. OS GALPÕES
Uma das diferenças do FRANGO CAIPIRA do CERRADO para o
frango de corte convencional é que deve ser criado semi-confinado.
Partindo deste conceito, o galpão pode ser novo ou mesmo
aproveitamento de uma antiga instalação da propriedade, desde que
vistoriado e aprovado pela equipe técnica envolvida.
Precaução especial é não construí-lo em locais de difícil acesso,
distante das fontes de alimentação ou mesmo longe da observação
dos responsáveis.
5. PIQUETES
Os piquetes já foram muito utilizados no começo da avicultura
comercial no Brasil. Existem registros na literatura que em 1937 já se
faziam piquetes para a criação de aves comerciais, tanto de corte
como de postura.
No sistema de criação do FRANGO CAIPIRA do CERRADO procura-
se resgatar esta técnica com grande sucesso.
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Cercados com telas de arame, bambu, madeira, alvenaria ou mesmo
pré-fabricados. Não esquecer que arbustos devem ser plantadas nos
piquetes para obtenção de vários pontos de sombreamento.
A formação dos piquetes tem o papel fundamental nesse estilo de
criação, já que a ave tem o hábito e a necessidade de pastar. A ave
precisa de espaço para andar e desenvolver sua musculatura.
Levando-se em conta a qualidade do solo, pode-se optar pelo plantio
de um único tipo de grama ou da conservação de duas ou mais
espécies.
6. O PASTO
O pasto é um ponto forte na criação do FRANGO CAIPIRA do
CERRADO, pois gramas e capins contém um pigmento chamado
xantofila, que quando ingerido proporciona a cor amarelo alaranjada à
carne, pele e gema dos ovos das aves e fibra para boa digestibilidade.
Os capins e gramas mais usados para piquetes são os mais proteicos,
como, o Capim Coast-Cross, o Capim Tiffiton, a Grama Estrela
Africana, Quicuiu (braquiária humidícula) e outros.
Recomenda-se alojar 1 ave para 4 m2, se houver rodízio de pastejo e
1 ave para 8 m2 sem rodízio, desta forma o piquete poderá resistir ao
pisoteio das aves até a retirada do lote. Havendo disponibilidade de
área de pastagem, fica a critério do Produtor aumentar a área por
ave.
7. EQUIPAMENTOS
Em qualquer atividade avícola, por mais rústica que seja, os
equipamentos são fundamentais.
Necessita- se portanto de:
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- Cortinas
- Círculos de proteção
- Comedouros tubulares infantis
- Fonte de Aquecimento
- Comedouros tubulares
- Bebedouros pendulares
7.1. COMEDOUROS
A partir do 1o. dia deve-se colocar os comedouros tubulares infantis e
a partir do 10o. dia procede-se a retirada dos comedouros iniciais, de
forma escalonada, num período de 2 a 3 dias. Garantir que os
comedouros definitivos estejam uniformemente distribuídos.
O espaçamento é muito importante. No caso de comedouros
tubulares, devemos trabalhar com 1/80 quando pintainhos, e 1/40
quando adultos ou conforme recomendação do fabricante.
É desejável que a borda do prato do comedouro tenha a altura do
dorso da ave, acompanhando seu crescimento regulamos a cada 7 dias
a sua altura, evitando assim desperdício de ração.
7.2. BEBEDOUROS
Na fase inicial é essencial garantir que os bebedouros estejam bem
distribuídos nos círculos de proteção ou na área para alojamento das
aves, sempre objetivando que qualquer que seja o lugar onde o pinto
se encontre haja um bebedouro próximo. Da mesma forma, à medida
que os círculos de proteção são abertos os bebedouros também
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devem ser movimentados, buscando sempre obter uma distribuição
uniforme por todo o galpão.
Os pendulares serão utilizados na proporção de um bebedouro para
80 pintos. A limpeza deve ser feita diariamente para evitar o acúmulo
de ração, pó e excreções das aves no fundo dos bebedouros,
garantindo a qualidade da água. A regulagem da altura do bebedouro
deve garantir que o pinto possa beber confortavelmente e evitar o
desperdício de água, empastamento e apodrecimento da cama. De 15 a
20 dias de idade a base superior do bebedouro deve estar à altura de
5 cm do dorso da ave, sendo regulado de acordo com o
desenvolvimento.
Para o bebedouro pendular automático, com capacidade de 3 litros,
usa-se 1/80 tanto na fase inicial como na fase adulta ou conforme
recomendação do fabricante.
Os bebedouros não devem ter vazamentos para não molhar a cama ou
produzir poças d´água nos piquetes.
Água limpa, fresca e pura deve existir em quantidade suficiente, pois
a sua eventual falta pode provocar perdas significativas por
desidratação ou morbidade e mortalidade por estresse. O consumo de
ração é totalmente dependente do consumo de água.
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7.3. CORTINAS
As cortinas são tão importantes quanto os outros equipamentos do
aviário, tendo a função de proteger e aquecer as aves.
Instalar cortinas nas laterais, pelo lado de fora, para evitar
penetração de sol, chuva e controlar a ventilação no interior do
aviário. As cortinas poderão ser de plástico especial trançado,
confeccionadas em fibras diversas, e deverão ser abertas de cima
para baixo para se obter maior eficiência da ventilação natural.
A sobrecortina deve ser fixada na parte interna superior do aviário,
de tal forma que se sobreponha a tela, evitando a entrada de
correntes de ar. O aviário poderá ter portas nas extremidades para
facilitar o manejo.
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CO
7.5. FONTE DE AQUECIMENTO
Geralmente usa-se campânula a gás com capacidade de aquecimento
de 500 pintos. O seu uso pode variar de 7 a 20 dias, dependendo da
temperatura ambiente.
Na primeira semana de vida do pintinho é indispensável, pois ele
necessita de uma maior quantidade de calor no início e vai diminuindo
à medida que as aves crescem.
O aquecimento deve ser iniciado pelo menos três horas antes da
chegada dos pintos. No inverno deve-se manter o aquecimento nas
horas mais frias do dia, pelo menos até 15-20 dias de idade, podendo
variar em função do clima. No verão pode ser dispensado a partir da
segunda semana, sendo usado apenas nas horas mais frias,
normalmente à noite.
O controle da temperatura pode ser feito na área abaixo da
campânula e a 5 cm acima da cama com um termômetro ou ainda com
base no comportamento dos pintos, baixando ou levantando o sistema
de aquecimento em relação a cama.
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As exigências de temperatura para que as aves encontrem conforto
ambiental para seu crescimento adequado são os seguintes:
• 32°C = 1°dia
• 30°C = 2° ao 7° dia
• 29°C = 2ª semana
• 27°C = 3ª semana
• 24°C = 4ª semana
A abertura do círculo de proteção é feita gradativamente, a partir do
3º dia, podendo ser aberto diariamente conforme o comportamento e
crescimento das aves. Os círculos devem ser retirados após 7 a 8
dias no verão e 10 a 12 dias de idade no inverno. O espaçamento entre
os comedouros e bebedouros deve ser feito ao mesmo tempo da
abertura dos círculos, de forma a deixá-los bem distribuídos para
favorecer o acesso das aves.
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ERRADO – A disposição dos pintinhos indica que estão com frio, por motivo de
campânula apagada, queda repentina da temperatura ou campânula posicionada
muito distante dos pintinhos quanto sua altura.
ERRADO – A disposição dos pintinhos indica que estão com calor, por motivo de
campânula permanecer acesa nas horas quente do dia, aumento repentino da
temperatura ou campânula posicionada muito próxima dos pintinhos.
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CERTO: Os pintinhos devem circular a vontade, comendo e bebendo sem fugir da
fonte de calor e sem se aglomerarem.
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equipamentos, assegurando-se as condições de funcionamento,
limpeza e em número suficiente.
Os círculos de proteção ou área para o alojamento devem ocupar
menos da metade do aviário. Duas a três horas antes do alojamento
dos pintos é necessário verificar se as campânulas estão funcionando
e os bebedouros e comedouros abastecidos. Na chegada dos pintos,
além de efetuar-se a contagem dos existentes nas caixas, deve-se
separar aqueles que apresentam pernas retorcidas, cabeças e olhos
defeituosos, bicos cruzados e aspecto de inviabilidade de
sobrevivência (refugo). O total de pintos com problemas deve ser
anotado. Alojar somente aves de mesma idade em cada aviário
(sistema todos dentro todos fora).
Os pintos devem ser colocados no círculo de proteção ou área para o
alojamento, molhando-se o bico de alguns deles para servir de
orientação da fonte d´água para os demais. Todos os pintinhos devem
ter acesso à ração e água logo após o seu alojamento.
Retirar imediatamente do galpão as caixas vazias para que sejam
queimadas, se forem de papelão. Se forem caixas plásticas, queimar o
papel e/ou cama contida nos mesmos.
Registrar as seguintes informações em fichas específicas: número de
pintos e data do alojamento, ração fornecida, mortalidade e outras
que forem importantes.
Manter a densidade de 14 frangos/m2, porém, considerar que a
densidade pode ser variada com a época do ano, com o peso e idade
das aves ao abate.
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A partir de 25 dias até o abate, as aves devem ser soltas pela manhã
para pastejo, visando o desenvolvimento da musculatura, e à tarde
devem ser recolhidas.
Qualquer dúvida com relação ao estado geral do lote deve ser
esclarecida o mais rápido possível, para detectar precocemente um
eventual problema e evitar assim o prejuízo na criação.
10.1. NUTRIÇÃO
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Mandioca ou macacheira deve ser quebrada e colocada ao sol ou
cozida para quebrar as proteínas nocivas a digestão. A alimentação
alternativa deve ser servidas após 25 dias de idade
10.2. TEMPERATURA
A temperatura de um galpão é muito importante e seu controle
permite obter resultados compensadores.
A temperatura de conforto para as aves deverá estar entre 20 e 28º
C.
A falta de calor nas primeiras semanas de vida traz problemas de
desuniformidade do lote e o excesso desidratação.
Para evitar estes problemas recomenda-se que o avicultor tenha
sempre à mão um termômetro, controlando a temperatura ambiente
constantemente.
O termômetro deve ficar na lateral interna do círculo de proteção à
altura da ave.
10.3. ILUMINAÇÃO
O FRANGO CAIPIRA do CERRADO, por ser uma ave destinada ao
abate com idade mais avançada recomenda-se o fornecimento
somente de luz natural, evitando-se assim o seu crescimento muito
acelerado e o aumento de mortalidade.
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momento do carregamento e nos meses de muito calor fazer a
retirada escalonada, para que as aves fiquem o mínimo possível sem a
disponibilidade de água.
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trabalho implica em sérios riscos para a integridade da carcaça, em
especial o peito, as pernas e asas, devido ao manejo inadequado das
aves, sendo a causa mais provável de danos.
Apanha pelo dorso: é o mais usado. Apanha-se a ave pelo dorso, por
sobre as asas com firmeza. A apanha individual oferece maior
proteção a integridade física das aves. Ao se pegar uma a uma, as
aves são manejadas e colocadas cuidadosamente nas caixas. Esse
método beneficia também os trabalhadores, cujo desgaste físico e
estresse são reduzidos. Como resultado final tem–se melhor
qualidade de carcaça, maior rendimento pela redução de lesões
físicas, redução de perdas, redução dos custos operacionais diretos e
indiretos;
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duas. Toda e qualquer batida ou movimentos bruscos, devem ser
evitados.
Um sistema também de canos, tipo escada, ou esteira, deve ir do chão
até a altura da carroceria para deslizar suavemente as caixas. As
pessoas que ficam encima do caminhão tem que ser as mais
experientes e eficientes para evitar as batidas e as contusões.
Deve-se manter um ponto de equilíbrio quanto ao número de caixas na
altura de 7 a 8, já que sabe-se que as duas últimas fileiras são
responsáveis por 40% das hemorragias de peito. A maneira de
transportar as caixas nos caminhões é bastante variada.
Normalmente usa-se o sistema de canos laterais e de cobertura: tela,
ou simples amarrações que deverão dar garantias para que as caixas
tenham um mínimo de movimento, sem risco de acidentes, já que no
momento que uma caixa se solta, outras sofrerão o mesmo processo.
Os motoristas que transportam aves devem ser bem treinados e ter
noção exata da carga que estão transportando, ter idéia do número
de aves que morrem normalmente no carregamento e transporte,
além do conhecimento das lesões que podem ocorrer. O transporte
das aves no período noturno é vantajoso por evitar temperaturas
elevadas, favorecendo o bem estar das aves, o que reduz as perdas
por mortalidade e resulta em carne de melhor qualidade.
4-Medicamento administrados:
Data
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Identificação do aviário
Idade das aves
Principais sintomas
Medicamento administrado (nome comercial e princípio ativo
Via de administração
Dose administrada
Período de administração
5-Mortalidade diária:
Semana Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Total
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
Outras Observações:_______________________________
11. ÁGUA
A água como insumo na exploração avícola é um importante aspecto a
ser considerado, uma vez que participa de várias fases do processo
produtivo. Redundante seria destacar o papel da água como elemento
necessário à manutenção da vida, pois é o mais importante nutriente
para qualquer ser vivo; entretanto, além da água utilizada para
consumo, na exploração avícola seu papel também é relevante nas
etapas de limpeza e higienização de instalações e equipamentos.
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1 32 384
2 69 828
3 104 1248
4 143 1716
5 179 2149
6 214 2568
7 250 3000
8 286 3432
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21 dias Vacina contra Gumboro * Água
25 dias Vermífugo Ração
50 dias Vermífugo Ração
75 dias Vermífugo Ração
*para região endêmica
Como proceder:
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Ÿ Retirar toda a cama antiga;
Ÿ Varrer o galpão todo;
Ÿ Passar lança chamas em todo o chão e ao redor do galpão;
Ÿ Lavar com água sob pressão e sabão (para pisos de alvenaria);
Ÿ Pulverizar desinfetante;
Ÿ Fazer uma caiação (8 sacas de cal/200 litros de água);
Ÿ Espalhar a cama nova;
Ÿ Desinfetar e realizar a manutenção de todo o equipamento;
Ÿ Recolher entulhos ao redor do galpão;
Ÿ Lavar e desinfetar a caixa d’água e encanamentos do galpão;
Ÿ Colocar raticidas e inseticida (dentro do galpão) e retirá-los antes
da entrada dos pintos;
Ÿ Após análise da água, se necessário, realizar o tratamento da
mesma.
Caixas de água e - + + - ++
encanamento
Piso + + + + -
Paredes + + + + -
Telhados + + + + -
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Telas + - + + -
Pedilúvio - + + + -
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até atingir 1,50 m de altura. Fecha-se a pilha, acrescentando uma
camada espessa de material aerador seco e deixando fermentar, no
caso de frangos de corte, por 10 dias.
A fermentação diminui o volume das carcaças permitindo que se
trabalhe até 600 kg de carcaças em uma câmara de 2x2x2m, com
altura da pilha de 1,50m. Após os 10 dias pode-se retirar o composto
da câmara e refazer a pilha em camadas, acrescentando água,
deixando outros 10 dias para a fermentação total dos resíduos.
Após esse prazo o material pode ser utilizado como adubo ou ser mais
uma vez utilizado como material aerador na formação das novas
pilhas.
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Total 14.117,14
EQUIPAMENTOS
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Total 1.609,00
TOTAL DO INVESTIMENTO:
R$ 15.726,14
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Total 385,50
Total 909,20
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MARGEM MENSAL
Receita = R$ 909,20
Despesa = R$ 385,50
Margem = R$ 523,70
Margem = 57,6%
AGROCERES ROSS. Manual de manejo de matrizes. Rio Claro: Agroceres, 1996. 76p.
AVILA V. S.; JAENISCH, F. R. F.; PIENIZ, L. C.; LEDUR., M. C.; ALBINO, L. F: T.;
OLIVEIRA, P. A. V. Produção e manejo de frangos de corte. Concórdia: EMBRAPA -
CNPSA, 1992. (EMBRAPA-CNPSA. Documentos, 28).
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BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Instrução Normativa nº 04 de
30 de dezembro de 1998. Dispõe sobre normas para registro e fiscalização dos
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DF, p.1-7, 31 dezembro 1998. Seção 1.
BERCHIERI JÚNIOR A.; MACARI, M. Doença das aves. Campinas, FACTA, 2000.
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NORTH, M. O.; BELL, D. D. (Ed.) Commercial chicken production manual. 4. ed. New
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BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO, Instrução
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GARCIA, R.G., CALDARA, F.R., ABREU, A.P.N., DEMATTÊ FILHO, L.C.D., PEROSA,
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