DPC2
DPC2
DPC2
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Elementos estruturantes
1. Elementos polarizadores
-
A funo jurisdicional
erigida em meio de tutela, a tutela judiciria.
2. Elemento aglutinador
-
O processo,
Enquanto relao jurdica ou instncia, atravs da qual se
opera a sntese do exerccio da funo jurisdicional com o
exerccio de direito da aco judicial.
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o poder jurisdicional
o direito de aco
o processo equitativo
Tribunal
Direito de
Ac
Poder
o
Jurisdicional
Dispositivo
Inquisitrio
Direito de
Defesa
Dispositivo
Base dialgica
Contraditrio
Autor
Ru
Processo judicial
a sequncia de procedimentos dos interessados e do tribunal com
vista adopo de uma providncia jurisdicional, num caso
concreto
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Sujeitos
Parte passiva
Requerido, demandado, ru, executado
Tribunal
Direitos processuais
ESTRUTURA
Contedo
Poderes-deveres processuais
Deveres processuais
nus processual
Mediato
O bem sob litgio
Objecto
Pedido
A providncia judicial requerida
Imediato
Causa de pedir
Os factos que fundamentam a
aco
INTERESSE
Tutela definitiva
Tutela declarativa
Tutela satisfativa
Tutela cautelar
BEM
Quanto ao tribunal
Art. 22LOFTJ e 267/1 CPC
Quanto ao ru
Art. 267/2 CPC
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requerente / requerido
A designao especfica de :
-
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OBJECTO
OBJECTO MEDIATO
OBJECTO IMEDIATO
Objecto mediato
O bem sob litgio
Objecto imediato
O pedido e a causa de pedir
-
O pedido
a providncia judicial requerida
A causa de pedir
So os factos que fundamentam a aco
Pedido
A vertente processual
-
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Causa de pedir
A causa de pedir integrada pelo ...
-
substracto fctico
A alegao dos factos que servem de fundamento pretenso
perfil normativo
O enquadramento jurdico susceptvel de conduzir ao efeito
pretendido
CONTEDO
Contedo
O contedo da relao processual constitudo pelas posies
recprocas que se estabelecem entre os respectivos sujeitos e pelo
feixe de vnculos que os entrelaam.
Pode considerar-se as seguintes categorias :
Direitos processuais - Os poderes que a lei confere s partes
de agirem no quadro da relao processual
Poderes-deveres processuais - Os poderes funcionais
conferidos ao tribunal e secretaria, como rgo auxiliar, de
actuar no domnio da relao processual, praticando os actos
que so da sua esfera de competncia.
Deveres processuais - Condutas exigidas s partes sob pena
de sano ou at de cumprimento compulsivo
-
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Poder de iniciativa
Poder de iniciativa das partes (direito de aco / direito de defesa)
Na configurao do objecto do litgio (arts. 3, 3-, 264, 27 a
275
Iniciativa probatria (arts. 342 e ss. do CC; arts. 303/1, 512,
519 , 523 , alm de outras normas mais especficas)
Impulso processual subsequente (arts 265/1 e 285)
Poder de iniciativa do juiz
Poder-dever de proferir despacho e sentena sobre as
matrias pendentes (art. 156/1)
Poder-dever de cooperao quanto configurao do litgio
( arts. 266/2, 508/1/b e 508/3, 954/4)
- poder inquisitrio quanto actividade probatria
(arts. 264/2, 265/3, 380/4, 514, 511, 1017/5, 1409/2,
e art. 572 do CC.)
Poder-dever de sanao de falta de pressupostos
processuais e suprimento de irregularidades (arts. 24, 25,
33, 40, 31/4, 314/3, 265/2, 508/1/a, 508/2, 812/4, 820/2)
Poder de direco processual (art. 265/1)
Poder de disciplina processual (arts. 154, 456, 519/2, 532,
650/2/a, b, c, d, e)
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ARTIGO 4.
Espcies de aces, consoante o seu fim
1. As aces so declarativas ou executivas.
2. As aces declarativas podem ser de simples apreciao, de condenao ou constitutivas.
Tm por fim:
a) As de simples apreciao, obter unicamente a declarao da existncia ou inexistncia de
um direito ou de um facto;
b) As de condenao, exigir a prestao de uma coisa ou de um facto, pressupondo ou
prevendo a violao de um direito;
c) As constitutivas, autorizar uma mudana na ordem jurdica existente.
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O processo de declarao
utilizado para se obter o reconhecimento de um direito real ou de
um direito de crdito e a condenao do ru a realizar certa
prestao, por violao do dever jurdico correspondente.
(arts. 467 a 800)
Aco de execuo
Atravs desta aco, perante a proibio da auto-defesa e a no
satisfao efectiva do seu direito, o credor obtm a realizao
coactiva da prestao no cumprida.
Exemplo:
Aco de divrcio, com condenao de um dos
ex-cnjuges a prestar alimentos ao outro (art. 470/2)
aco executiva corresponde o processo executivo
O processo de execuo
utilizado quando proferida sentena condenatria, se impe
proceder sua efectivao, extraindo coactivamente ao devedor a
respectiva prestao ou um seu equivalente patrimonial.
Princpio da tutela jurisdicional
Impe a interveno dos rgos jurisdicionais aps a resoluo do
conflito, a fim de ser dado adequado cumprimento ao decidido na
sentena.
Sem a execuo a sentena condenatria no teria eficcia
H uma estreita relao entre a funo jurisdicional de
declarao e a de execuo, sendo esta o complemento natural
daquela.
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ACO EXECUTIVA
Aco executiva
A aco que tem por fim exigir o cumprimento duma obrigao
estabelecida em ttulo bastante, ou substituio da prestao
respectiva por um valor igual do patrimnio do devedor.
Fundamento da execuo
Que direitos se faz valer por meio do processo
executivo ?
Direito de acesso aos tribunais (art. 20/1 CRP,
que se configura como um dos subprincpios concretizadores do
princpio de Estado de direito democrtico (art. 2 CRP
Direito a um processo de execuo,
Direito a que, atravs do rgo jurisdicional, se efective a sano
contida na sentena condenatria proferida pelo tribunal ou que a
lei considera integrada no ttulo executivo negocial.
Direito de aco executiva
tem a mesma natureza que o direito de aco declarativa, sendo
como este um direito autnomo e independente do direito
substancial.
Basta ao credor estar munido do ttulo executivo para poder
exercitar a aco executiva.
no processo executivo tambm h lugar a uma ...
actividade jurisdicional declarativa
No decurso da qual se examinam certos pressupostos especiais
especficos e se viabiliza um debate sobre o direito subjectivo
material para o qual se solicita a tutela jurisdicional executiva.
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PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
(da aco executiva
Concreto
Concreto porque se reporta, afirmativamente, a uma situao e a
efeitos singulares.
Autnomo
Autnomo porque no depende da existncia do direito afirmado,
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Objecto
O direito de aco executiva tem por objecto a ...
Pretenso executiva,
Que compreende uma ...
Vertente substantiva
a prestao acertada, atestada ou certificada no ttulo executivo
e uma ...
Vertente processual
As providncias jurisdicionais adequadas satisfao da prestao
acertada (penhora, venda e pagamento coercivo; apreenso e entrega da coisa)
Causa presumida
- o fundamento do direito da aco executiva traduz-se na causa
presumida pelo prprio ttulo.
Contedo
O contedo
O contedo do direito de aco executiva compreende o complexo
das posies jurdicas que assistem ao exequente no
desenvolvimento da relao processual.
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da obrigao exequenda
obrigao
Obrigaes pecunirias
Constituem uma espcie de obrigao genrica com regime prprio
(arts 550 a 558 CC) e ...
distribuem-se por 3 modalidades
- Obrigaes de quantidade (arts. 550 e 551 CC)
As que tm por objecto determinada quantia em moeda com
curso legal no Pas .
- Obrigaes de moeda especfica (arts. 552 a 557 CC).
So aquelas em que as prestaes sero efectuadas em
quantidade determinada, num gnero de moeda.
- Obrigaes em moeda estrangeira (art. 558CC)
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TTULO EXECUTIVO
Ttulo executivo
Pressuposto processual especfico da aco executiva, pelo qual se
- define o objecto da execuo
- aferem os titulares da obrigao exequenda
- delimita a interveno dos rgos executivos
Espcies de ttulos executivos
ARTIGO 46.
Espcies de ttulos executivos
1 - execuo apenas podem servir de base:
a) As sentenas condenatrias;
b) Os documentos exarados ou autenticados por notrio que
importem constituio ou reconhecimento de qualquer obrigao;
c) Os documentos particulares, assinados pelo devedor, que
importem constituio ou reconhecimento de obrigaes
pecunirias, cujo montante seja determinado ou determinvel por
simples clculo aritmtico, ou de obrigao de entrega de coisa ou
de prestao de facto;
d) Os documentos a que, por disposio especial, seja atribuda
fora executiva.
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Ttulos Judiciais
Aqueles que so produzidos em juzo ou em instncia equiparada
(tribunais arbitrais e julgados de paz)
nacionais
ou
estrangeiras
Ttulos Extrajudiciais
Ttulos negociais
- Documentos exarados ou autenticados por notrio
- Documentos particulares
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Sentenas homologatrias
Quando versem sobre transaco, confisso do pedido, partilha de
bens ou diviso de coisa comum, elas relevaro como ttulo
executivo se as obrigaes delas decorrentes forem de pagamento
de quantia certa, de entrega de coisa certa ou de prestao de facto
positivo ou negativo, equivalendo s sentenas condenatrias
(arts. 814/h), e 301)
Para saber se uma sentena
proferida em aco diversa de
Resumindo ...
aco de condenao contm uma
condenao implcita
equivalente a sentena
condenatria, para os efeitos do
artigo 46/a), haver que se tomar
em conta o seu contexto no plano
da respectiva fundamentao .
Capito ?!!
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ARTIGO 47.
Requisitos da exequibilidade da sentena
1. A sentena s constitui ttulo executivo depois do trnsito
em julgado, salvo se o recurso contra ela interposto tiver efeito
meramente devolutivo.
2. A execuo iniciada na pendncia de recurso extingue-se ou
modifica-se em conformidade com a deciso definitiva comprovada
por certido. ...
As decises intermdias podem igualmente suspender ou
modificar a execuo, consoante o efeito atribudo ao recurso que
contra elas se interpuser.
3. Enquanto a sentena estiver pendente de recurso, no pode o
exequente ou qualquer credor ser pago sem prestar cauo.
4 - Quando se execute sentena da qual haja sido interposto
recurso com efeito meramente devolutivo, sem que a parte
vencida haja requerido a atribuio do efeito suspensivo, nos
termos do n. 3 do artigo 692., nem a parte vencedora haja
requerido a prestao de cauo, nos termos do n. 2 do artigo
693., o executado pode obter a suspenso da execuo, mediante
prestao de cauo, aplicando-se, devidamente adaptado, o n. 3
do artigo 818..
5 - Tendo havido condenao genrica, nos termos do n. 2 do
artigo 661., e no dependendo a liquidao da obrigao de
simples clculo aritmtico, a sentena s constitui ttulo executivo
aps a liquidao no processo declarativo, sem prejuzo da imediata
exequibilidade da parte que seja lquida e do disposto no n. 6 do
artigo 805..
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Requisitos de exequibilidade
Em regra, os documentos exarados por notrio, com as
formalidades legais, no carecem de qualquer outro requisito de
exequibilidade.
Excepto, quando nesses documentos ...
- se convencionarem prestaes futuras para a concluso
do negcio (contrato de abertura de crdito, contrato de fornecimento)
ou ...
- seja previsto a constituio de obrigaes futuras
(constituio de hipoteca voluntria, por contrato ou negcio unilateral, para garantir
obrigao futura ou condicional (686/2, e 712 CC)
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ARTIGO 804.
Obrigao condicional ou dependente de prestao
1 - Quando a obrigao esteja dependente de condio
suspensiva ou de uma prestao por parte do credor ou de
terceiro, incumbe ao credor provar documentalmente, perante o
agente de execuo, que se verificou a condio ou que se
efectuou ou ofereceu a prestao.
2 - Quando a prova no possa ser feita por documentos, o
credor, ao requerer a execuo, oferece as respectivas provas, que
so logo sumariamente produzidas perante o juiz, a menos que este
entenda necessrio ouvir o devedor; neste caso, o devedor citado
com a advertncia de que, na falta de contestao, se considerar
verificada a condio ou efectuada ou oferecida a prestao, nos
termos do requerimento executivo, salvo o disposto no artigo 485..
3 - A contestao do executado s pode ter lugar em oposio
execuo.
4 - Os n.s 7 e 8 do artigo 805. aplicam-se, com as necessrias
adaptaes, quando se execute obrigao que s parcialmente seja
exigvel.
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mbito de exequibilidade
Os documentos exarados por notrio podem consistir em....
- documentos constitutivos (da obrigao exequenda)
Quando deles constem os negcios jurdicos, contrato ou negcio
unilateral, que servem de fonte ou de causa a essa obrigao
- documentos recognitivos (da obrigao exequenda)
Quando deles apenas conste a declarao de reconhecimento ou
confisso da obrigao, sem indicao da respectiva causa, a qual
se presumir juris tantum , por fora do art. 458/1 CC.
Os documentos exarados por notrio, com as formalidades
legais, tm um mbito de exequibilidade plena
na esfera negocial das partes ... e ... dentro dos limites da lei,
nos termos do art. 45/2 CPC.
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Requisitos de exequibilidade
Valem os mesmos requisitos quanto aos documentos autnticos
exarados por notrio.
mbito de exequibilidade
Os documentos autenticados por notrio podem servir de
ttulo executivo, (art. 45/2 ) desde que seja lcito aos seus
outorgantes dispor sobre os direitos ou obrigaes ali
plasmados.
Os documentos autenticados tm a fora probatria dos
documentos autnticos, mas no os substituem quando a lei
exija documento desta natureza para a validade do acto
(art. 377 CC)
Quando o documento autntico for exigido somente para prova
do negcio jurdico causante documento ad probationem
esse documento no pode ser substitudo por documento
autenticado de que conste apenas uma confisso tcita, mas j o
poder ser no caso de se tratar de uma confisso expressa
(conjugando os arts. 364/2, 377 1 parte, e 458/2 CC)
mbito da oposio execuo
Valem aqui as consideraes j expendidas para os documentos
autnticos (art. 377CC)
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- Documentos recognitivos
da obrigao exequenda
(458/1 CC)
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Mas ...
H que ter em conta as regras de repartio do nus da prova
especficas dos documentos particulares
Quanto fora probatria formal
- assinatura no reconhecida presencialmente por notrio
A impugnao da assinatura pelo devedor/executado, faz
recair sobre o exequente o nus da prova da autoria do
documento dado execuo (art. 374 CC)
- Assinatura reconhecida presencialmente por notrio
Incumbir ao devedor/executado a arguio da falsidade
desse reconhecimento (art. 375/2 CC)
Quanto fora probatria material
Uma vez estabelecida a autoria do documento, considera-se:
- que o documento faz prova plena quanto atribuio das
declaraes nele contidas ao seu autor (sem prejuzo do
constante nos artigos 376/2 e 378 CC)
- que esto provados os factos constantes do documento, na
medida em que sejam contrrios ao interesse do declarante
(ver os arts. 376 e 360 CC)
Nos documentos recognitivos
presume-se a prova da relao fundamental, recaindo sobre o
devedor/executado o nus de provar a inexistncia insubsistncia
dessa relao (sem prejuzo do constante no art. 374 CC)
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.. .continua no prximo
episdio !!
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