Contabilidade Rural
Contabilidade Rural
Contabilidade Rural
RURAL
Graduao
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pr-Reitor de Administrao
Wilson de Matos Silva Filho
Pr-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cludio Ferdinandi
NEAD - Ncleo de Educao a Distncia
Direo de Operaes
Chrystiano Mincoff
Direo de Mercado
Hilton Pereira
Direo de Polos Prprios
James Prestes
Direo de Desenvolvimento
Dayane Almeida
Direo de Relacionamento
Alessandra Baron
Direo de Planejamento de Ensino
Fabrcio Lazilha
Direo Operacional de Ensino
Katia Coelho
Diretoria Operacional
de Ensino
autor
Apresentao
Contabilidade Rural
Seja bem-vindo(A)!
Prezado(a) acadmico(a), com muita alegria que iniciamos uma fase de discusses e
aprendizagem sobre a Contabilidade Rural.
Eu sou o professor Augusto Csar Oliveira Camelo, bacharel em Cincias Contbeis (UVACE), especialista em Auditoria e Percia Contbil (UEM-PR) e Controladoria e Gerncia
Financeira (FCV-PR), com experincia na docncia dos cursos de Graduao e Ps-Graduao em Contabilidade e Administrao. Atualmente, exero a funo de Snior de
Auditoria da Empresa Bez & Associados Auditores Independentes, em Maring, Paran.
Este livro foi feito especialmente para contribuir para os seus estudos, facilitar a aprendizagem de mais uma temtica da rea contbil e demonstrar como so feitos os registros
contbeis da atividade rural: agricultura e pecuria. Alm de aprender novos conceitos,
voc ter a oportunidade de aplic-los com excelente aproveitamento, caso atue profissionalmente nessa atividade como contador ou consultor.
Este livro est dividido em cinco unidades. A Unidade I, chamada de Atividade Rural,
trar conceitos da atividade rural, agropecuria e do agronegcio. Tambm apresentaremos os principais segmentos da economia do setor primrio e a classificao dos
fatores de produo na atividade rural: terra, capital e trabalho. Aspectos importantes e
algumas particularidades da administrao e do gerenciamento da empresa rural sero
evidenciados nesta Unidade. Encerramos, portanto, com os conceitos da empresa rural
e suas classificaes em atividades agrcolas, zootcnicas e agroindustriais.
Na Unidade II, o termo atividade agrcola ser fragmentado para proporcionar mais
discusso e conhecimento do assunto. Alm dos conceitos bsicos dessa rea, abordaremos temas relacionados com o cultivo de plantas, versaremos, tambm, sobre a
diferena entre ativo biolgico, produto agrcola e produto agrcola processado; a particularidade entre o incio e trmino do ano agrcola versus o ano fiscal; as consideraes
sobre a produo agrcola com colheitas em perodos diferentes; os tipos de cultura
(temporria e permanente). Por fim, abordaremos uma demonstrao tcnica, por meio
da escriturao contbil, das culturas temporrias e permanentes, dos fatos relacionados com a plantao, colheita e venda da produo agrcola e a classificao das culturas no Balano Patrimonial.
Na Unidade III, os aspectos tcnicos da escriturao contbil tambm sero explorados, desta vez, para falar da atividade pecuria (criao de animais). Destacam-se os
conceitos sobre as fases da pecuria (cria, recria e engorda), sobre a classificao do
gado no Balano Patrimonial, nos grupos do Ativo Circulante (Estoques) e do Ativo No
Circulante (Imobilizado), sobre a diferena entre gados reprodutores, gados de renda e
animais de trabalho e, finalizando a unidade, destaca-se a abordagem do custo histrico
na pecuria e a contabilizao do rebanho em diferentes fases.
Na Unidade IV, abordaremos de forma prtica a variao patrimonial, do mtodo de
custo e a valor de mercado, destacando os conceitos de supervenincia e insubsistncia
ativa no Balano Patrimonial e na Demonstrao do Resultado do Exerccio. A Unidade
APRESENTAo
sumrio
UNIDADE I
ATIVIDADE RURAL
15 Introduo
16 Atividade Rural
21 Administrao Rural
23 Empresa Rural
25 Atividade Agrcola
26 Atividade Zootcnica
26 Atividade Agroindustrial
27 Atividade Agropecuria e o Agronegcio
28 Consideraes Finais
UNIDADE II
ATIVIDADE AGRCOLA
37 Introduo
38 Atividade Agrcola
42 Produo Agrcola com Colheitas em Diferentes Perodos
43 Contabilidade Agrcola e Tipos de Culturas
44 Fases da Cultura Temporria
46 Lanamentos Contbeis da Cultura Temporria
52 Fases da Cultura Permanente
60 Lanamentos Contbeis da Cultura Permanente
65 Consideraes Finais
sumrio
UNIDADE III
ATIVIDADE PECURIA
77 Introduo
78 Atividade Pecuria
80 Classificao do Gado no Balano Patrimonial
82 Sistemas de Reproduo
83 Pastagens
84 Mtodo de Custo na Pecuria
86 Registro Contbil do Custo Histrico na Pecuria
91 Registro Contbil da Morte de Bezerros
95 Consideraes Finais
UNIDADE IV
UNIDADE V
ATIVIDADE RURAL
UNIDADE
Objetivos de Aprendizagem
Compreender os conceitos da atividade rural, as particularidades da
administrao rural e os fatores de produo presentes na atividade
rural.
Entender a empresa rural e seus aspectos organizacionais.
Estudar a diviso da empresa rural por atividades agrcolas,
zootcnicas e agroindustriais.
Aprender a diferena entre produo animal, vegetal e industrial
rural.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Atividade Rural
Administrao Rural
Empresa Rural
Atividade Agrcola
Atividade Zootcnica
Atividade Agroindustrial
Atividade Agropecuria e o Agronegcio
14 - 15
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introduo
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade, voc conhecer os assuntos que envolvem a
atividade rural. Atualmente, os produtores rurais esto investindo em tecnologia
para o aprimoramento do processo produtivo e, em consequncia, para adquirir
produtos de melhor qualidade. Alm da preocupao de melhoria dos processos rurais, existe tambm inquietao com o gerenciamento financeiro para que
esses investimentos possam acontecer. Desse modo, as empresas rurais precisam da terra e dos animais para ter uma fonte de renda e manter todo o custeio
dessas atividades. Em vista disso, a Contabilidade vem trazer informaes aos
empresrios rurais para que eles possam fazer o planejamento financeiro e aprimorar o processo de tomada de decises.
Dessa maneira, este material foi produzido com o intuito de informar quais
so os termos e conceitos da atividade rural e como os agricultores, produtores e pecuaristas tratam as operaes de compra e venda de animais, sementes
e insumos na Contabilidade.
A partir da noo de como funciona o setor rural, podemos visualizar quais
so os procedimentos necessrios para o desenvolvimento das empresas rurais.
Assim sendo, no decorrer da unidade I, sero apresentados alguns assuntos
importantes para o entendimento destas atividades, tais como: Atividade Rural,
Administrao Rural, Empresa Rural, Atividade Agrcola, Atividade Zootcnica,
Atividade Agroindustrial, Atividade Agropecuria e Agronegcio.
Bons estudos!
Introduo
Atividade Rural
se desenvolve a cu aberto em grandes extenses de terra, com distanciamento dos trabalhadores durante a jornada de trabalho;
no contnuo durante o ano, variando em funo da estao;
pode predominar o trabalho manual sobre o mecanizado, exceto em grandes culturas, onde o aparelhamento mecnico e a utilizao de mquinas
resultam em economia;
e pode apresentar dificuldades quanto a controles mecnico e automtico do rendimento de cada tarefa desempenhada.
A ocorrncia dessas e de outras variveis, por exemplo, os fenmenos naturais
(chuva, seca, geada etc.), que diferencia a atividade rural de outras atividades
empresariais. Assim, fatores climticos podem atrasar, favorecer ou prejudicar
a produo do cultivo de plantas ou animais.
Nesse contexto, oportuno destacar que a atividade rural est includa no
ATIVIDADE RURAL
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
16 - 17
Estado, representado pelas prefeituras municipais, governos dos estados e a presidncia da repblica, alm das entidades a estes entes
ligadas. Em outras palavras, denominamos de Primeiro Setor o setor
pblico.
Atividade Rural
primrio:
Extrativismo Vegetal
ATIVIDADE RURAL
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Agricultura
18 - 19
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Caa e Pesca
Extrativismo Mineral
Quadro 1: Segmentos da economia do setor primrio
Fonte adaptada de Wikipdia (2014)
Atividade Rural
Capital
O trabalho o conjunto de atividades
desempenhadas pelo homem, como: administrar, lavrar a terra, cuidar de animais,
construir cercas etc.
Trabalho
Quadro 2: Fatores da produo
Fonte: adaptada de Crepaldi (2012, p. 4)
ATIVIDADE RURAL
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
20 - 21
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Administrao Rural
Diante das rpidas mudanas e do desenvolvimento tecnolgico, o agronegcio
vem se desenvolvendo e demandando, cada vez mais, profissionais capacitados
e atualizados em relao aos meios de gerenciamento para conduzir os negcios empresariais.
Nesse sentido, o administrador rural precisa antecipar-se a inmeras situaes que possam afetar o seu negcio e planejar adequadamente o gerenciamento
da empresa, estabelecendo metas de produo, por exemplo, a deciso do que
produzir, quanto e como produzir. Alm da produo, outros controles operacionais e financeiros so importantes para ajudar na rentabilidade e maximizao
da riqueza dos proprietrios rurais, no atendimento s necessidades dos clientes e no sucesso do empreendimento.
Oliveira (2009, p. 97) destaca que uma propriedade rural para ser bem administrada pode ser dividida em cinco reas: produo, finanas, comercializao,
recursos humanos e familiares. Com um bom planejamento e uma definio
clara dos objetivos empresariais, ser possvel estabelecer uma estratgia efetiva,
vislumbrar um cenrio real das possibilidades a serem alcanadas e a oportunidade para atingir as metas preestabelecidas.
Considerando as mltiplas atividades e o volume financeiro das atividades agropecurias, como a compra, produo e comercializao dos produtos,
Crepaldi (2012, p. 40) lembra que a atividade agropecuria constitui-se na realidade em empresa, apesar de nem sempre estar formalmente assim denominada
e estruturada. Essa atividade, para se tornar moderna, eficiente, lucrativa e em
condies favorveis de produzir, precisa de:
Estrutura organizacional: No sentido de desvincular o empreendimento ou emancip-lo, ele deve ser dotado de uma estrutura
Administrao Rural
Com objetivos claros e bem definidos, os resultados alcanados sero prontamente direcionados manuteno das atividades empresariais, como a compra
de maquinrios, ampliao de galpes, aquisio de insumos e novos recursos
tecnolgicos etc.
ATIVIDADE RURAL
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
22 - 23
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Empresa Rural
Como qualquer outro empreendimento, a empresa rural explora a capacidade
produtiva do solo mediante atividades agrcolas, de criao de gado ou de culturas florestais com a finalidade de rendimentos. Para Marion (2012, p. 2), as
empresas rurais so aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por
meio do cultivo da terra, da criao de animais e da transformao de determinados produtos agrcolas.
Crepaldi (2012, p. 3) aprofunda o conceito quando afirma que a empresa
rural
o empreendimento de pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que
explore econmica e racionalmente imvel rural, dentro de condio
de rendimento econmico da regio em que se situe e que explore rea
mnima agricultvel do imvel segundo os padres fixados, pblica
e previamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim, equiparam-se s
reas cultivadas, as pastagens, as matas naturais e artificiais e as reas
ocupadas com benfeitorias.
Como qualquer empreendimento, a atividade rural necessita de um bom planejamento operacional. Assim, esse planejamento deve contemplar: as reas
disponveis para plantio e criao de animais, os insumos agrcolas, os produtos principais e alternativos para comercializao, o perfil climtico da regio, a
expectativa de produtividade e preo do produto, o retorno dos investimentos
realizados, os impostos e os custos envolvidos na produo.
A figura 1 demonstra, resumidamente, a estrutura das atividades da empresa
rural:
Empresa Rural
EMPRESA RURAL
Atividade
Zootcnica
Atividade
Agroindustrial
Produo
Vegetal
Produo
Animal
Indstrias
Rurais
ATIVIDADE RURAL
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Atividade
Agrcola
24 - 25
Atividade Agrcola
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ARBORICULTURA
Atividade Agrcola
Atividade Zootcnica
A atividade zootcnica responsvel pela criao de animais, conforme evidencia o quadro a seguir:
Atividade Agroindustrial
Por sua vez, a atividade agroindustrial, responsvel pela industrializao rural,
est dividida em beneficiamento e transformao de produtos (zootcnicos e
agrcolas), conforme mostra o quadro a seguir:
BENEFICIAMENTO DO PRODUTO AGRCOLA
- arroz;
- caf;
- milho.
TRANSFORMAO DE
PRODUTOS
ATIVIDADE RURAL
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CRIAO DE ANIMAIS
26 - 27
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Diante da variada produo agropecuria (vegetal, animal, agroindustrial), o destino dessa produo poder ser direcionado a uma nica finalidade: consumo,
por exemplo; ou a um conjunto de finalidades, como: consumo, industrializao, comercializao e/ou venda.
Segmento II
Segmento III
Segmento IV
Ofertantes de insumos
para a agropecuria
Agropecuria
Agroindstrias
Distribuio
Diante de todos os conceitos apresentados acerca da atividade rural, dos seus fatores de produo e da sua classificao em atividade agrcola (produo vegetal),
atividade zootcnica (produo animal) e atividade agroindustrial (indstrias
rurais), percebe-se a importncia que tem um bom planejamento operacional,
financeiro e administrativo para atender com qualidade s diversas necessidades desse setor.
Assim, para obter um excelente resultado gerencial, o gestor rural (produtor ou no) precisa ainda, constantemente, planejar, controlar, avaliar e decidir
sobre fatores como: qualidade da semente, perodo de plantio, preo de venda,
estrutura adequada para criar animais, condies para produzir, beneficiar ou
transformar produtos.
Oportunamente, surge a Contabilidade como instrumento de mensurao, controle, avaliao e apoio ao gestor na atividade rural, para acompanhar
as diversas alteraes patrimoniais ocorridas durante um determinado perodo.
Desse modo, as decises administrativas apresentam uma tendncia maior de
acerto, pontualidade e direcionamento evoluo do patrimnio empresarial.
ATIVIDADE RURAL
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Consideraes Finais
28 - 29
( ) Hortalias
( ) Moagem de trigo
( ) Avicultura
( ) Metalrgica
( ) Hortalias
( ) Moagem de trigo
( ) Avicultura
( ) Metalrgica
( ) Hortalias
( ) Avicultura
( ) Moagem de trigo
( ) Metalrgica
( ) Caprinocultura
( ) Suinocultura
( ) Bovinocultura
( ) Equinocultura
dotado de uma estrutura autnoma responsvel por todas suas atividades (...) (CREPALDI, 2012, p. 41).
e. O conhecimento do agricultor pouco acrescentar nos trabalhos de planejamento e desenvolvimento da atividade rural?
f. Diante da estrutura socioeconmica do nosso pas, qual sua opinio sobre
o xodo rural e o impacto dele na atividade agropecuria?
Material Complementar
Contabilidade Rural
Jos Carlos Marion
Editora: Atlas
Sinopse: Este texto, utilizando-se de uma abordagem
atual, prtica e objetiva, vem preencher uma lacuna
na bibliografia de Contabilidade Rural, no Brasil, e
atender necessidade de um texto com contedo
programtico adequado ao ensino e prtica
profissional.
Em primeiro lugar, trata da Contabilidade Agrcola,
onde so destacadas as diferenas bsicas na contabilizao das culturas temporrias e
permanentes, bem como analisado o tratamento contbil que deve ser dado ao desmatamento
e preparo do solo para o cultivo. Um dos pontos altos aqui abordados o tratamento da
depreciao na agropecuria. Alm disso, o Autor introduz um plano de contas para empresas
agrcolas e faz comentrios sobre o funcionamento das principais contas.
Em segundo lugar, discorre sobre a Contabilidade de Pecuria e trata pormenorizadamente do
mtodo de custo, do custo na pecuria, bem como do mtodo do valor de mercado.
Em terceiro lugar, trata do Imposto de Renda aplicado atividade rural. Em resumo, o contedo
deste livro o seguinte:
- conceitos bsicos da atividade rural: agrcola, zootcnica e agroindustrial;
- ano agrcola X exerccio social; forma jurdica de explorao na agropecuria;
- fluxo contbil na atividade agrcola: culturas temporrias, permanentes, correo monetria;
- novos projetos agropecurios e gastos com melhorias;
- depreciao na agropecuria; casos de exausto e amortizao;
- planificao contbil e operacionalizao do plano de contas; inventrio peridico e
permanente; sistema auxiliar de contas;
- contabilidade da pecuria; classificao do gado no balano patrimonial;
- mtodos do custo X mtodo a valor de mercado;
- Imposto de Renda - pessoa jurdica.
Material Complementar
Material Complementar
Contabilidade Rural
Silvio Aparecido Crepaldi
Editora: Atlas
Sinopse: A atividade rural possui caractersticas
distintas das demais atividades produtivas. Uma
das diferenas significativas entre a indstria e
a atividade rural como um todo o tempo de
planejamento. Enquanto na indstria possvel
seguir rigidamente as variaes na demanda e
executar mudanas em curtssimo prazo, na atividade rural as condies biolgicas e climticas,
por exemplo, limitam a adoo de medidas no mesmo perodo.
Portanto, o sucesso do sucesso do planejamento do empresrio vai depender do seu
entrosamento com a contabilidade, o que possibilitar a anlise e a comparao dos relatrios
contbeis para a tomada de deciso.
Este livro mostra que a Contabilidade rural tem a responsabilidade de fornecer informaes
que possibilitam o planejamento e controle de futuras operaes. Evidencia que para cada tipo
de explorao de atividade rural preciso um sistema adequado de custos. Traz os cuidados
que devem ser tomados nos registros de custos para no distorcer os dados que iro servir de
subsdios tomada de decises e anlise da eficincia das atividades.
Inicialmente, o texto discorre sobre o conceito de agricultura, para depois serem analisados temas
que abrangem a tutela da administrao. Em seguida so estudados: contabilidade gerencial,
importncia da contabilidade rural, operacionalizao contbil, gastos pr-operacionais,
depreciao, exausto e amortizao, clculo do custo de produo, planejamento contbil,
contabilidade da pecuria e o mtodo de custo, fluxo de caixa, custeio baseado em atividades e
apurao e tributao dos resultados.
ATIVIDADE RURAL
Material Complementar
Caro(a) aluno(a), no livro do Prof. Jos Carlos Marion (13 edio) voc encontrar, no primeiro captulo, informaes gerais sobre a atividade rural.
Referncia: MARION, Jos Carlos. Contabilidade rural: contabilidade agrcola, contabilidade da pecuria. 13. ed. So Paulo: Atlas, 2012.
Para saber mais informaes sobre o setor primrio, as suas caractersticas
e tendncias, acesse o endereo: <http://www.infoescola.com/economia/
setor-primario/>.
Uma empresa sem boa Contabilidade como um barco, em alto mar, sem
bssola, totalmente deriva.
Jos Carlos Marion
Material Complementar
ATIVIDADE AGRCOLA
UNIDADE
II
Objetivos de Aprendizagem
Compreender o objetivo da atividade agrcola e a distino entre
ativos biolgicos e produtos agrcolas.
Entender o ano agrcola, o ano fiscal e a colheita em diferentes
perodos.
Aprender sobre os tipos de culturas temporrias e permanentes.
Estudar as fases que compem os ciclos das culturas temporrias e
permanentes.
Estudar como registrar contabilmente os ciclos das culturas
temporrias e permanentes nos grupos patrimoniais do ativo
circulante e no circulante.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Atividade Agrcola
Produo Agrcola com Colheitas em Diferentes Perodos
Contabilidade Agrcola e Tipos de Culturas
Fases da Cultura Temporria
Lanamentos Contbeis da Cultura Temporria
Fases da Cultura Permanente
Lanamentos Contbeis da Cultura Permanente
36 - 37
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introduo
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade, voc estudar alguns temas pertencentes
atividade agrcola e s suas culturas: temporrias e permanentes, explorando
as fases da cultura, a produo com colheitas em perodos diferentes, as contas
contbeis utilizadas para mensurar esses ciclos de plantio, colheita, depreciao
e comercializao da produo agrcola.
A partir da noo de como funciona a atividade agrcola, podemos visualizar
quais so os assuntos relevantes para esse estudo. Dessa forma, na Unidade II,
sero apresentados os seguintes assuntos: Atividade Agrcola, Produo Agrcola
com colheitas em diferentes perodos, Contabilidade Agrcola e tipos de culturas, Fases da cultura temporria, Lanamentos contbeis da cultura temporria,
Fases da cultura permanente e Lanamentos contbeis da cultura permanente.
Nessa perspectiva, esta Unidade tambm estar demonstrando os lanamentos contbeis sobre a cultura temporria e a cultura permanente.
Bons estudos!
Introduo
II
Atividade Agrcola
A agricultura o processo de cultivar a terra e extrair dela produtos para consumo, comercializao e industrializao. O Comit de Pronunciamentos
Contbeis (CPC), por meio do Pronunciamento Tcnico n 29 (correlato s
Normas Internacionais de Contabilidade IAS 41), define a atividade agrcola como
o gerenciamento da transformao biolgica e da colheita de ativos biolgicos
para venda ou para converso em produtos agrcolas ou em ativos biolgicos
adicionais, pela entidade (CPC, 2009, p. 3).
Para melhor entendimento desse conceito e da relao entre os ativos biolgicos (animal ou planta vivos) e produtos agrcolas, observe a estrutura do
quadro abaixo:
Ativos biolgiProduto agrcola
cos
Produtos resultantes do
processamento aps a colheita
Carneiros
Fio, tapete
rvores de uma
plantao
Madeira
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
shutterstock
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
38 - 39
Plantas
Algodo
Cana colhida
Caf
Gado de leite
Leite
Queijo
Porcos
Carcaa
Salsicha, presunto
Arbustos
Folhas
Ch, tabaco
Videiras
Uva
Vinho
rvores frutferas
Fruta colhida
Fruta processada
Para Santos et al. (2002, p. 23), a agricultura a arte de cultivar a terra. Arte essa
decorrente da ao do homem sobre o processo produtivo procura da satisfao de suas necessidades bsicas. Observe que o autor utiliza a palavra arte
para definir a maneira e o conjunto de habilidades que um produtor precisa ter
para manejar a terra e dela extrair bons frutos.
Destarte, supe-se que somente o conhecimento tcnico no seja suficiente
para obter uma boa produo. Na verdade, a unio deste com a habilidade
prtica do agricultor, alm de outros fatores internos e externos, que pode contribuir para uma boa produo agrcola.
Santos et al. (2002, p. 21) informam, ainda, que o processo produtivo representa o conjunto de aes
atravs do qual os fatores de produo se transformam em produtos
vegetais e animais. tambm um sistema de preparar a terra para plantar, tratar e colher, com a finalidade de produzir alimentos para subsistncia do homem e do animal.
II
Ano agrcola o perodo em que se planta, colhe e, normalmente, comercializa a safra agrcola. Algumas empresas, em vez de comercializarem o
produto, desde que possvel, armazenam a safra para obter melhor preo.
Oliveira (2009, p. 24) orienta que se no ocorrer a venda, no ser possvel apurar
o resultado contbil. Porm, caso o produtor queira saber o resultado econmico da atividade antes da venda, basta conhecer os custos de produo e o valor
de comercializao do produto.
Portanto, conclui-se que o momento ideal para mensurar o resultado do
perodo da atividade agrcola ser logo aps a colheita e sua respectiva comercializao. Assim, se o ano agrcola terminar em abril, o exerccio social poder
ser encerrado logo aps (em 31/05 ou 30/06).
Nesse contexto, a figura a seguir demonstra as fases do ano agrcola:
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Observe que, nesse momento, o assunto comea a abordar caractersticas da contabilidade, como a receita do perodo e o encerramento do ano agrcola. Para
isso, torna-se necessrio conceituar ano agrcola, reforar a informao de que a
produo agrcola concentra-se em determinado perodo do ano e que a receita
dessa produo evidenciada aps a colheita e comercializao.
Assim, de acordo com Marion (2012, p. 4)
40 - 41
Incio
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Plantao
Ano Agrcula
Colheita
Fim
Comercializao
Atividade Agrcola
II
Produto agrcola
Perodo de produo
Participao econmica
Milho
Jan/fev
15%
Soja
Abr/jun
60%
Feijo
Set/out
25%
Total
100%
Quadro 8: Fixao do ano agrcola com base na cultura de maior valor econmico
Fonte: Autor (2014)
Assim, se o produtor rural cultivar vrios produtos agrcolas e a colheita apresentar perodos diferentes, ele pode adotar como critrio para encerramento do
ano agrcola o perodo em que ocorrer a colheita da cultura com maior participao econmica no negcio empresarial.
Marion (2012, p. 5) lembra, ainda, que se a empresa plantar feijo entre
os ps de caf, ou milho entre as ruas de uva, certamente o perodo de colheita
do caf e da uva que determinar o ano agrcola, mesmo que no seu encerramento haja uma cultura secundria em formao. O autor afirma tambm que
essa situao no traria grandes problemas para a contabilidade, uma vez que o
valor apurado na avaliao da cultura em formao no seria relevante em relao cultura principal.
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Diante do universo de produtos vegetais disponvel em nosso pas e das possibilidades de cultivo na atividade agrcola, h empresas rurais que lucram com
essa diversificao de culturas, apresentando colheitas em perodos diferentes
no ano. Nesse caso, recomenda-se que o ano agrcola seja fixado em funo da
cultura que prevalea economicamente (MARION, 2012, p. 5).
Oliveira (2009, p. 24) reitera a recomendao acima, afirmando: quando
ocorrer tal situao, recomenda-se que o ano agrcola seja fixado em funo da
cultura que representa o maior valor econmico. Conforme evidencia a situao hipottica demonstrada no quadro abaixo:
42 - 43
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conceitos
Exemplos
Abacaxi,
arroz, cebola, feijo,
milho, soja
etc.
II
Abacate, caf,
goiaba,
limo, canade-acar
ma etc.
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CULTURA
PERMANENTE
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
44 - 45
Conforme apresentado no quadro 09, as fases da cultura temporria apresentam momentos diferentes, etapas e contas contbeis especficas para cada um
Fases da Cultura Temporria
II
Aps o trmino da colheita, o saldo da conta de Culturas Temporrias ser transferido para a conta de Produtos Agrcolas,
na qual sero somados posteriormente colheita os custos para
deixar o produto disposio para a venda. Ao ser vendido o
produto, transfere-se o valor correspondente ao volume vendido
de Produtos Agrcolas para a conta de Custo de Produtos Vendidos, sendo assim possvel calcular o resultado apurando-se o
Lucro Bruto (CREPALDI, 2012, p. 109)
Resumidamente, as culturas temporrias so registradas no Balano Patrimonial
e na Demonstrao do Resultado do Exerccio.
No Balano Patrimonial, essas culturas so classificadas no grupo do Ativo
Circulante, subgrupo Estoques, desde o primeiro momento dos custos iniciais
com o plantio at o trmino da colheita (conta Culturas Temporrias); e posteriormente, esses custos sero transferidos para a conta Produtos Agrcolas, onde
a empresa estocar a sua produo para futura comercializao.
Na Demonstrao do Resultado do Exerccio, essas culturas sero classificadas na conta Custo do Produto Vendido, no momento, em que ocorrer a
realizao da venda do produto agrcola.
Os lanamentos contbeis da cultura temporria so exemplificados a seguir:
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
46 - 47
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
II
FORMAO DA CULTURA
D Cultura Temporria do Feijo (AC Estoque)
$8.000
$8.000
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Formao da Cultura
48 - 49
CULTURA FORMADA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
$ 28.000
$ 28.000
(c.1)
(a)
(b)
INCIO DA COLHEITA
Aps transferido o saldo da conta Cultura Temporria Feijo para a conta
Colheita em Andamento Feijo, os demais lanamentos sero feitos na conta
de colheita em andamento, conforme evidenciamos a seguir:
c.2)
D Colheita em Andamento Feijo (AC Estoque)
12.000
II
ENCERRAMENTO DA COLHEITA
(d)
(c.1)
(c.2)
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Agora, o saldo existente na conta Colheita em Andamento Feijo ser transferido para a conta Produtos Agrcolas Feijo, demonstrando que o produto est
estocado e pronto para ser comercializado:
D Produtos Agrcolas Feijo (AC Estoque)
$
40.000
50 - 51
$ 36.000
$ 36.000
(e.1)
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3 6 .0 0 0
(d)
3 6 .0 0 0
$ 40.000
$ 20.000
II
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
52 - 53
II
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Conforme apresentado no quadro anterior, as fases da cultura permanente apresentam momentos diferentes, etapas e contas contbeis especficas para cada
um deles.
A Cultura Permanente em Formao significa a alocao dos custos despendidos para formar a cultura, ou seja, a conta que demonstra tudo o que
foi gasto durante um perodo necessrio para que essa cultura cresa e produza
frutos. Alm dos gastos apurados, a empresa tambm precisa acrescentar, na
cultura em formao, o valor da depreciao dos tratores, maquinrios e outros
bens utilizados na preparao e manuteno da plantao.
Por sua vez, a Cultura Permanente Formada provida com o saldo transferido da conta da cultura em formao, ou seja, o total transferido demonstrar
o quanto a empresa gastou para formar determinada cultura. Cabe ressaltar,
ainda, que ser a partir do saldo apresentado na Cultura Permanente Formada
e do incio da produo (colheita) que a empresa depreciar a referida cultura.
Crepaldi (2012, p. 110) assegura que os custos de formao da cultura permanente so classificados no Ativo No Circulante Imobilizado, e acumulados
na conta Cultura Permanente em Formao, com especificao do tipo de cultura (caf, laranja, ma etc.). Afirma ainda que:
reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
54 - 55
II
Seguindo a mesma sequncia da figura acima, os registros contbeis da depreciao das mquinas, veculos e outros equipamentos para as culturas (temporrias
e permanentes) seriam feitos da seguinte forma:
$XXX
$XXX
$XXX
$XXX
$XXX
b) J o custo com a depreciao da Cultura Permanente Formada ser calculado e alocado na conta contbil Colheita em Andamento Cultura
Permanente. Dessa forma, a conta de colheita em andamento receber
tanto a depreciao das mquinas e equipamentos quanto da cultura permanente formada.
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
56 - 57
DEPRECIAO
Cultura Permanente Formada
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
$XXX
$XXX
II
Atividades
Conta contbil
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
58 - 59
Atividades
Conta contbil
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Finalmente, a seguir, sero demonstrados os exemplos de lanamentos contbeis da cultura permanente. Esses exemplos contemplam todas as situaes e
contas comentadas anteriormente: cultura permanente em formao, cultura
permanente formada, colheita em andamento da cultura permanente, produtos agrcolas e venda.
II
Trmino da formao
D Cultura Permanente Formada (Caf) Imobilizado
C Cultura Permanente em Formao (Caf) - Imobilizado.... $ XXX
Custos ocorridos durante a colheita
D Colheita em andamento (Caf) - Estoque
C Caixa (Duplicatas a pagar ou Contas a Pagar)................... $ XXX
Encerramento da colheita
D Produtos Agrcolas (Caf) - Estoque
C Colheita em andamento (Caf) Estoque.......................... $ XXX
Pela venda do produto agrcola
Registro da receita com vendas
D Caixa ou Contas a Receber
C Venda de Produtos Agrcolas (Caf)................................... $ XXX
Registro do Custo e baixa do estoque (apurao do resultado)
D Custo do Produto Vendido (Caf)
C Produtos Agrcolas (Milho) - Estoque.................................. $ XXX
Quadro 14: Lanamentos contbeis da cultura permanente
Fonte: adaptada de Crepaldi (2012, p. 111-112)
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
60 - 61
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a) Uma empresa inicia o plantio da cultura permanente da laranja e contabiliza diversos custos com a preparao do solo, irrigao, plantio, tratamento
fitossanitrio, sementes, adubos, mo de obra e outros encargos necessrios para a formao da cultura. O total apurado foi de $ 60.000, pagos
50% vista e o restante a prazo:
$ 30.000
$ 30.000
II
6 0 .0 0 0
Na cultura permanente, todos os custos ocorridos durante a colheita sero alocados na conta Colheita em Andamento da Laranja, os quais, posteriormente,
sero transferidos para a conta Produtos Agrcolas Laranja. Em relao ao saldo
constante na conta Cultura Permanente Formada Laranja, esse valor permanecer na referida conta e somente por meio da depreciao dessa cultura formada
que ser repassado periodicamente conta de Colheita em Andamento da
Laranja:
c.1)
D Colheita em Andamento Laranja (AC Estoque)
$ 40.000
$ 40.000
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
INCIO DA COLHEITA
62 - 63
c.2)
D Colheita em Andamento Laranja (AC Estoque)
$ 4.002 *
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ENCERRAMETO DA COLHEITA
No encerramento da colheita, todo o saldo da conta de Colheita em Andamento
da Laranja ser transferido para a conta Produtos Agrcolas Laranja, conforme a seguir:
c.3)
D Produtos Agrcolas Laranja (AC Estoque)
$ 44.002
$ 44.002
(c.1)
(c.2)
II
(d.1)
$ 44.002
4 4 .0 0 2
$ 75.000
ATIVIDADE AGRCOLA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
4 4 .0 0 2
64 - 65
reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que outro fato tambm ocorra. Trata-se dos gastos que aumentam a vida til da
plantao, melhorando a sua capacidade produtiva. Se isso acontecer, os investimentos realizados (...) devem ser adicionados ao valor da cultura formada para
serem depreciados at o final da vida til da cultura (MARION, 2012, p. 24).
Voc poder consultar, no Anexo III, o plano de contas da atividade agropecuria, que ser utilizado como referncia para os lanamentos contbeis desta
unidade (atividade agrcola) e da prxima (atividade pecuria).
ConSideRaeS FinaiS
Nesta Unidade, houve a oportunidade de conhecer um pouco mais as culturas
da atividade agrcola (temporria e permanente) e aprofundar os conhecimentos
contbeis referentes a essas culturas, como: a classificao dos grupos contbeis,
a contabilizao dos custos para formao das culturas, momento de transferncia e baixa de saldos. Alm disso, apresentaram-se, nesta Unidade, conceitos
relacionados ao ano agrcola e ao ano fiscal, alm da diferena entre o ativo biolgico, produto agrcola e produto processado.
Consideraes Finais
( ) Cultura em erradicao.
( ) Cultura flutuante.
( ) Cultura permanente.
d. Milho :
( ) Cultura temporria.
( ) Cultura em erradicao.
( ) Estoque.
( ) Imobilizado.
( ) Receita Operacional.
( ) Investimento.
( ) Estoque.
( ) Imobilizado.
( ) Receita Operacional.
( ) Custo.
( ) Ativo Imobilizado.
( ) Patrimnio Lquido
bilidade Agropecuria, a:
( ) Produtos Agrcolas.
( ) Insumos.
( ) Colheita em Andamento.
( ) Cultura Formada.
2. Enumere a segunda coluna com relao aos ativos biolgicos presentes na primeira coluna:
(1) Ativos biolgicos
( ) Queijo
( ) Leite
( ) rvores frutferas
( ) Salsicha
3. Qual a diferena entre Cultura TEMPORRIA e Cultura PERMANENTE, e onde
essas contas devem ser classificadas contabilmente?
4. Discorra sobre as caractersticas das Culturas Permanentes EM FORMAO e
FORMADA.
5. A depreciao incide sobre qual tipo de cultura? Qual o fundamento para realizar o clculo da depreciao nessa cultura?
6. Com base nas informaes abaixo, contabilize os fatos mediante o Dirio e Razo da CULTURA TEMPORRIA e apure o saldo das contas no Balano Patrimonial e na Demonstrao do Resultado do Exerccio:
6.1. Balano Patrimonial encerrado em 31/12/X1:
ATIVO
Ativo Circulante
Disponvel
Caixa
Estoques
Prod. Agrcola - Feijo
PASSIVO
$ 110.000 P assivo C ircu lan te
Contas a Pagar
$ 60.000 Fornecedores
Impostos e Contribuies
$ 50.000
$ 39.000 P atrim n io L q u id o
$ 50.000 Capital Social
$ 10.000 Capital Social
$ 40.000 Reservas
-$ 11.000
Reservas de Lucros
-$ 1.000
-$ 10.000
$ 135.000
$ 149.000
$ 149.000
TOTAL
Quadro 15: Balano patrimonial
Fonte: Autor (2014)
TOTAL
$ 14.000
$ 6.000
$ 8.000
$ 120.000
$ 15.000
ATIVO
TOTAL
PASSIVO
TOTAL
Material Complementar
Caro(a) aluno(a), no livro do Prof. Jos Carlos Marion (13 edio) voc encontrar, no segundo captulo, informaes sobre o fluxo contbil na atividade agrcola.
FONTE: MARION, Jos Carlos. Contabilidade rural: contabilidade agrcola,
contabilidade da pecuria. 13. ed. So Paulo: Atlas, 2012.
Outra sugesto para mais informaes das culturas, seus conceitos e contabilizao a indicao do Portal de Contabilidade no endereo eletrnico:
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/atividaderural.htm>.
ATIVIDADE AGRCOLA
Material Complementar
Vocs trouxeram o verde da esperana, enchendo esse ambiente de otimismo e competncia. Desejo que possam caminhar pelos campos do Paran
carregando na alma a esperana de um futuro melhor para o nosso pas. O
nico jeito de mudar com o voto. Esse povo que est aqui, de verde, pode
plantar esperana de um pas melhor, exigindo a mudana desse modelo de
poltica, do fim desse sistema. Senador lvaro Dias Encontro Estadual dos
Empreendedores Rurais 2013.
Material Complementar
ATIVIDADE PECURIA
UNIDADE
III
Objetivos de Aprendizagem
Compreender os conceitos, os objetivos e as fases da atividade
pecuria.
Entender a diferena entre gado reprodutor, gado de renda e animais
de trabalho e a classificao do gado nos grupos patrimoniais do
ativo circulante e no circulante.
Aprender sobre os sistemas de reproduo e a importncia da
pastagem na atividade da pecuria.
Aprender a contabilizao do custo histrico na pecuria.
Estudar a forma contbil para registrar a morte dos bezerros na
atividade pecuria.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Atividade Pecuria
Classificao do Gado no Balano Patrimonial
Sistemas de Reproduo
Pastagens
Mtodo de Custo na Pecuria
Registro Contbil do Custo Histrico na Pecuria
Registro Contbil da Morte de Bezerros
76 - 77
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introduo
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade, voc estudar alguns temas pertencentes atividade pecuria. A palavra pecuria significa a criao e o tratamento de gado,
porque o homem precisava desse animal para obteno de carne e leite. Com o
passar dos anos, essa atividade se expandiu e abriu caminhos para novas criaes de animais. Dessa forma, hoje em dia, a pecuria envolve a criao de bois,
porcos, aves, cavalos, coelhos, avestruzes, entre outros.
Nesse contexto, a Unidade III apresentar alguns conceitos introdutrios da
atividade pecuria, como: Atividade Pecuria, Classificao do gado no Balano
Patrimonial, Sistemas de Reproduo, Pastagens, Mtodo de Custo na Pecuria,
Registro Contbil do Custo Histrico na Pecuria e Registro Contbil da Morte
de Bezerros.
Nessa concepo, esta Unidade tambm estar conceituando alguns termos
da parte contbil para facilitar o entendimento dos lanamentos contbeis que
sero apresentados no decorrer do livro.
Introduo
III
Atividade Pecuria
Aps os conceitos apresentados na Unidade anterior sobre a atividade agrcola
(culturas temporrias e culturas permanentes), estudaremos, a partir de agora,
a atividade pecuria, as atividades para produo e reproduo do rebanho e os
lanamentos contbeis especficos dessa rea.
A atividade da pecuria contempla a criao de animais criados no campo
para diversas finalidades e esses fins podem ser direcionados para os servios na
lavoura, reproduo, abate e comercializao. Santos et al. (2002, p. 29) destacam que a pecuria cuida de animais geralmente criados no campo para abate,
consumo domstico, servios na lavoura, reproduo, leite, para fins industriais
e comerciais.
Semelhante ao que foi descrito na atividade agrcola, na pecuria tambm
fundamental que o pecuarista detenha a arte de criar e tratar o gado, agregando conhecimento tcnico e experincia, para manter um rebanho saudvel,
produtivo, comercializvel e disponvel para executar servios rurais. O perodo
adequado para o encerramento do exerccio social logo aps o nascimento dos
bezerros ou do desmame (MARION, 2012, p. 6).
De acordo com o Ministrio da Agricultura (2014 apud SARMENTO, 2014),
o Brasil dono do segundo maior rebanho do mundo, atrs apenas da ndia. So
ATIVIDADE PECURIA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
shutterstock
78 - 79
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cabe informar que, na literatura rural, o termo gado refere-se tambm a outros
animais, no somente raa bovina conforme esclarece o ilustre professor Jos
Carlos Marion (2012, p. 3): Como exemplos de gado podem-se citar: bovinos,
sunos, caprinos, equinos, ovinos, muares etc. Entre os tipos de gado prevalece o
bovino, tambm chamado de gado vacum. Ser para este tipo de raa na pecuria, o gado bovino, que o livro dar destaque. Portanto, a atividade da pecuria
refere-se criao de gado em geral, como: bois, vacas, bfalos, carneiros, ovelhas, porcos etc.
Na atividade pecuria, existem trs fases distintas, a saber: CRIA, RECRIA
e ENGORDA.
Atividade Pecuria
iii
ATIVIDADE PECURIA
reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
80 - 81
Gado Reprodutor
Gado de Renda
Representado por bovinos, sunos, ovinos e equinos que a empresa explora para a reproduo de
bens que constituem objeto de suas atividades.
Animais de Trabalho
Na classificao do gado, comum a destinao de alguns animais em formao (fmeas e machos) para a reproduo. Segundo Marion (2012, p. 96), essa
deciso de incorporar ao plantel permanente ativo no circulante, imobilizado
parte do rebanho nascido na prpria fazenda ou comprado, (...) com a finalidade de reproduo, s possvel quando o gado demonstrar qualidade para
tal: fertilidade, ardor sexual, carcaa, peso etc. Dessa forma, recomenda-se classificar todo o rebanho nascido na fazenda como Estoque (Ativo Circulante).
Classificao do Gado no Balano Patrimonial
III
Monta natural
ATIVIDADE PECURIA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sistemas de Reproduo
82 - 83
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Inseminao artificial
Portanto, caber ao pecuarista decidir, com base nos seus objetivos econmicos
e nas suas condies financeiras, estruturais e comerciais, o melhor sistema de
reproduo para o seu rebanho. Sempre observando as vantagens e desvantagens
de cada sistema, conforme enumera Machado (2008) no Anexo I.
Pastagens
Outro ponto que merece destaque neste livro refere-se s pastagens, local onde
o animal se alimenta pelas ervas, pois por meio das pastagens que o rebanho
nutre-se para manter a sade em perfeitas condies a fim de exercer trabalhos
de sela, servio na lavoura, procriar etc.
As pastagens tambm so debatidas no campo do planejamento agropecurio. Da mesma forma que o pecuarista ou agricultor se planeja para adquirir
maquinrios, insumos agrcolas, terrenos, galpes e fazer outros investimentos
Pastagens
III
ATIVIDADE PECURIA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
para melhorar o seu negcio empresarial, as pastagens precisam estar relacionadas nesse planejamento para antecipar custos com alimentao, benfeitorias
para o tipo de solo, irrigao etc.
A pastagem natural, ou pasto nativo, uma rea no cultivada, da qual se
aproveita o potencial natural. uma pastagem onde a vegetao original composta principalmente por espcies herbceas (gramneas e no gramneas) e
arbustos. J as pastagens artificiais ou cultivadas so reas formadas por pastos
cultivados, onde exigido o preparo adequado do solo antes da plantao e irrigao (COSTA, 2014).
84 - 85
reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mtodo de contabilizao pelo custo no reflete o valor real dos estoques. Esse mtodo tambm no reconhece o ganho econmico decorrente do crescimento do gado proporcionado pela natureza.
Salrio.................................. $ 1.000
Alimentao do Gado.... $ 1.000
Outros custos.....................$ 1.000
total dos custos do rebanho....$ 3.000
Bezerros nascidos................... 05
Bezerros em crescimento... 10
total de bezerros.............. 15
Clculo para identificar o custo unitrio dos
bezerros:
$ 3.000 = $ 200 (custo unitrio dos bezerros)
15
III
Conforme mostra o quadro anterior, possvel observar que a tcnica utilizada para encontrar o custo do rebanho segue o mesmo raciocnio aplicado
indstria, na qual o custo com energia eltrica, manuteno das maquias etc.,
distribudo proporcionalmente ao produto em elaborao (estoque) e no ao
valor da mquina. Segundo Marion (2012, p. 115),
ATIVIDADE PECURIA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
86 - 87
de cada espcie: gado reprodutor (8 anos) e gado matriz (10 anos) Mais
informaes sobre a depreciao da pecuria voc encontrar na Unidade
IV. Com base nas informaes acima, o Balano Patrimonial do perodo
de X1 ficaria assim:
ATIVO
31/12/X1
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CIRCULANTE
E s to q u e s
Bezerros (0 a 8 meses)
Bezerras (0 a 8 meses)
Novilhos (9 a 18 meses)
Novilhas (9 a 18 meses)
Novilhas em experimentao
T o ta l E s to q u e s
ATIVO
31/12/X1
NO CIRCULANTE
Im o b iliza d o
Reprodutores
16.000
-2 .0 0 0
Matrizes
40.000
-4 .0 0 0
T o ta l Im o b iliza d o
50.000
T o ta l d o P la n te l
50.000
III
31/12/X2
CIRCULANTE
E s to q u e s
Bezerros (0 a 8 meses)
- $
6.000
Bezerras (0 a 8 meses)
- $
12.000
Novilhos (9 a 18 meses)
- $
Novilhas (9 a 18 meses)
- $
- $
Novilhas em experimentao
- $
- $
18.000
T o ta l E s to q u e s
ATIVO
31/12/X1
31/12/X2
NO CIRCULANTE
Im o b iliza d o
Reprodutores
16.000 $
16.000
-2 .0 0 0
-4.000
Matrizes
40.000 $
40.000
-4 .0 0 0
-8.000
T o ta l Im o b iliza d o
50.000 $
44.000
T o ta l d o P la n te l
50.000 $
62.000
ATIVIDADE PECURIA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ATIVO
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
88 - 89
III
ATIVO
31/12/X1
31/12/X2
31/12/X3
CIRCULANTE
E s to q u e s
$
6.000
5.500
Bezerras (0 a 8 meses)
12.000
8.250
Novilhos (9 a 18 meses)
8.750
Novilhas (9 a 18 meses)
17.500
Novilhas em experimentao
18.000
40.000
T o ta l E s to q u e s
ATIVO
31/12/X1
31/12/X2
31/12/X3
NO CIRCULANTE
Im o b iliza d o
Reprodutores
16.000
16.000
16.000
-2 .0 0 0
-4.000
-6.000
Matrizes
40.000
40.000
40.000
-4 .0 0 0
-8.000
-12.000
T o ta l Im o b iliza d o
50.000
44.000
38.000
T o ta l d o P la n te l
50.000
62.000
78.000
ATIVIDADE PECURIA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Bezerros (0 a 8 meses)
90 - 91
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Segundo Marion (2012, p.121-122) essas mortes podem ser acidentais, aleatrias e involuntrias e os seus custos devem ser tratados como perda do perodo
e no incorporados ao rebanho, evitando-se, com isso, onerar os animais vivos.
Assim, os custos devem ser registrados como resultado no operacional. J em
relao s mortes normais,
(...) inerentes ao processo de criao, previsveis estatisticamente, sero
tratadas como custos normais, permanecendo como Custo do Rebanho (no sendo baixado como perdas extraordinrias) diluindo-se por
todo o rebanho (2012, p. 121-122).
Com base nesses conceitos e utilizando os exemplos demonstrados anteriormente, nos balanos patrimoniais at o perodo de X3, considere a seguinte
situao para o perodo de X4.
No perodo de X4:
Morreram 02 bezerras nascidas no perodo de X3, categoria de 0 a 8 meses.
Nasceram 12 bezerros, sendo 06 machos e 06 fmeas.
O custo com o rebanho no perodo foi de $ 39.000, incluindo a manuteno do rebanho de produo e depreciao, salrios do pessoal da fazenda,
medicamentos e raes.
Antes de fazer o rateio do custo para os bezerros e novilhos, observe que o custo
do perodo de X4 ($ 39.000) ser rateado aos animais nascidos nos perodos de
X2, X3 e X4, com exceo das duas bezerras mortas*:
III
ATIVIDADE PECURIA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
92 - 93
Registro Contbil da Morte de Bezerros
III
31/12/X1
31/12/X2
31/12/X3
31/12/X4
CIRCULANTE
E s to q u e s
$
- $
6.000 $
5.500 $
9.000
Bezerras (0 a 8 meses)
- $
12.000 $
8.250 $
9.000
Novilhos (9 a 18 meses)
- $
- $
8.750 $
11.500
Novilhas (9 a 18 meses)
- $
- $
17.500 $
11.500
- $
- $
- $
11.750
Novilhas em experimentao
- $
- $
- $
23.500
- $
18.000 $
40.000 $
76.250
T o ta l E s to q u e s
ATIVO
31/12/X1
31/12/X2
31/12/X3
31/12/X4
NO CIRCULANTE
Im o b iliza d o
Reprodutores
16.000 $
16.000 $
16.000 $
16.000
-2 .0 0 0
-4.000 $
-6.000 $
-8.000
Matrizes
40.000 $
40.000 $
40.000 $
40.000
-4 .0 0 0
-8.000 $
-12.000 $
-16.000
T o ta l Im o b iliza d o
50.000 $
44.000 $
38.000 $
32.000
T o ta l d o P la n te l
50.000 $
62.000 $
78.000 $
108.250
ATIVIDADE PECURIA
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Bezerros (0 a 8 meses)
94 - 95
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Consideraes Finais
Nesta Unidade, foram apresentados os conceitos da atividade pecuria, a classificao do gado no Balano Patrimonial nos grupos do Ativo Circulante e Ativo
No Circulante, de acordo com as caractersticas dos animais em gados reprodutores, gados de renda ou animais de trabalho. A Unidade tambm abordou
os sistemas de reproduo existentes na pecuria e a distino entre eles (monta
natural e inseminao artificial).
Por ltimo, foi demonstrado, pelo mtodo do custo histrico, o registro
contbil da movimentao do rebanho (nascimento, morte, transferncia para
categoria de reprodutor etc.) e a sua classificao final do Balano Patrimonial.
Consideraes Finais
Material Complementar
Fundamentos de Agronegcios
Massilon J. de Arajo
Editora: Atlas
Sinopse: Este livro expe conceitos bsicos e
princpios gerais fundamentais ao entendimento
do significado de agronegcios. Enfoca temas
atuais e de interesse para o setor, como logstica,
marketing e formas de organizao da produo.
Tambm descreve os principais segmentos
anteriores produo agropecuria, as
caractersticas dessa produo propriamente
dita, bem como os segmentos posteriores
produo agropecuria, tanto do ponto de vista
da produo de bens como da prestao de
servios diversos.
Outro aspecto relevante da obra a revelao
da competncia do agronegcio no Brasil, tanto no mercado interno como na balana comercial
brasileira, explicitando a necessidade de organizao da produo e de agregao de valores aos
produtos agropecurios.
Como primeira publicao a tratar especificamente da disciplina Fundamentos de Agronegcios,
torna-se obra indispensvel ao entendimento do significado de agronegcios e concretizao
de anlises mais aprofundadas tanto para alunos de graduao e professores de outras disciplinas
relacionadas s cincias agrrias como para empreendedores.
ATIVIDADE PECURIA
Este livro discorre sobre a Contabilidade de Pecuria e trata, pormenorizadamente, do mtodo de custo, do custo na pecuria, bem como do mtodo
do valor de mercado. Em terceiro lugar, trata do Imposto de Renda aplicado
atividade rural. Em resumo, o contedo deste livro o seguinte:
Contabilidade Rural: contabilidade agrcola, contabilidade da pecuria.
Prof. Jos Carlos Marion
Editora: Atlas
DEPRECIAO NA AGROPECURIA,
VARIAO PATRIMONIAL, MTODO
DE CUSTO E DE MERCADO
NA PECURIA
UNIDADE
IV
Objetivos de Aprendizagem
Estudar a depreciao na atividade agrcola, compreendendo os
conceitos, as causas para depreciar um bem e os mtodos de clculos
utilizados.
Aprender os conceitos da depreciao na atividade agrcola, o tempo
mdio de vida das culturas permanentes e as taxas de depreciao
correspondentes a cada uma delas.
Compreender o clculo para depreciao dos implementos agrcolas,
as horas estimadas para depreciao do trator de pneus e de esteira,
do custo por hectare com tempo improdutivo e outras variveis.
Conhecer a vida mdia produtiva em anos dos animais de criao e
de trabalho e as taxas de depreciao ao ano.
Estudar sobre exausto e amortizao na atividade rural.
Entender o conceito de variao patrimonial lquida e dos mtodos a
valor de custo e de mercado na pecuria.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Depreciao na Agropecuria
Depreciao na Atividade Agrcola
Depreciao da Cultura Agrcola
Depreciao dos Implementos Agrcolas
Depreciao na Atividade Pecuria
Exausto na Atividade Rural
Amortizao na Atividade Rural
Variao Patrimonial Lquida
Mtodo a Valor de Custo e de Mercado na Pecuria
106 - 107
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introduo
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade, voc estudar os procedimentos que envolvem a depreciao, exausto e amortizao na atividade rural. Nesse sentido, a
depreciao representa o custo ou a despesa decorrente dos desgastes dos ativos
imobilizados que so registrados pelas empresas rurais, tais como: mquinas,
equipamentos, veculos, instalaes, entre outros. A amortizao visa reduo
do valor aplicado na aquisio de direito de propriedade e ativos intangveis. A
exausto, por sua vez, representa a reduo do valor, em consequncia da explorao dos recursos minerais, florestais, entre outros.
Nesse contexto, a Unidade IV apresentar alguns conceitos sobre esses mtodos, tais como: Depreciao na Agropecuria, Depreciao na Atividade Agrcola,
Depreciao da Cultura Agrcola, Depreciao dos Implementos Agrcolas,
Depreciao na Atividade Pecuria, Exausto na Atividade Rural, Amortizao
na Atividade Rural, Variao Patrimonial Lquida e o Mtodo a Valor de Custo
e de Mercado na Pecuria.
Bons estudos!
Introduo
iV
dePReCiao na aGRoPeCURia
Causas fsicas
Nesse caso, os bens perdem sua ecincia funcional, ou seja, a capacidade
de gerao de caixa, medida que so
superados tecnologicamente.
Causas funcionais
reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
108 - 109
reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Causas excepcionais
Quadro 25: Fatores que contribuem para a reduo da capacidade produtiva dos bens
Fonte: adaptada de Favero et al (1997, pp. 45-46)
IV
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
referida perda de valor dos direitos, que tem por objeto bens fsicos
do ativo imobilizado das empresas, ser registrada periodicamente nas
contas de custo ou despesa (depreciao encargo do perodo de apurao que tero como contrapartida contas de registro da depreciao
acumulada, classificadas como contas retificadoras do ativo permanente) (BRASIL SRF, 2014).
110 - 111
Tambm conhecido na literatura contbil como Mtodo das Unidades de Produo, considera a depreciao
do bem em cotas/taxas variveis em funo da curva
de utilizao do bem durante sua vida e o volume de
produo estimado e real para este bem. Dessa maneira, o mtodo leva em considerao que a vida do ativo
em funo das unidades que pode produzir.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IV
Exemplo de clculo:
1 ano = 10 x 10.000= 1.818,18 (Dep. Anual) => 8.181,82 (Sd. Contbil).
55
2 ano = 9 x 10.000 = 1.636,36 (Dep. Anual) => 6.545,45 (Sd. Contbil).
55
3 ano = 8 x 10.000 = 1.454,55 (Dep. Anual) => 5.090,91 (Sd. Contbil).
55
4 ano = 7 x 10.000 = 1.272,73 (Dep. Anual) => 3.818,18 (Sd. Contbil).
55
(...)
10 ano = 1 x 10.000 = 181,82 (Dep. Anual) => 0,00 (Sd. Contbil).
55
c) Mtodo do saldo decrescente:
Considerando as mesmas informaes do equipamento de terraplenagem, tem-se a seguinte situao:
Prazo de vida til do bem: 10 anos.
Aplicao do dobro da taxa de depreciao: 10% x 2 = 20%.
Exemplo de clculo:
1 ano = 10.000 (Sd. Inicial) x 20% = 2.000 (Deprec.) => 8.000 (Sd. Contbil).
2 ano = 8.000 (Sd. Inicial) x 20% = 1.600 (Deprec.) => 6.400 (Sd. Contbil).
3 ano = 6.400 (Sd. Inicial) x 20% = 1.280 (Deprec.) => 5.120 (Sd. Contbil).
4 ano = 5.120 (Sd. Inicial) x 20% = 1.024 (Deprec.) => 4.096 (Sd. Contbil).
5 ano = 4.096 (Sd. Inicial) x 20% = 819,20 (Deprec.) => 3.276,80 (Sd.
Cont).
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
112 - 113
(...)
8 ano = 2.097,15 (Sd. Inic.) x 20% = 419,43 (Deprec.) => 1.677,72 (Sd.
Cont.).
9 ano = 1.677,72 (Sd. Inic.) x 20% = 335,54 (Deprec.) => 1.342,18 (Sd.
Cont.).
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
10 ano = 1.342,18 (Sd. Inic.) x 20% = 268,44 (Deprec.) => 1.073,74 (Sd.
Cont.).
Havendo valor residual, deve-se efetuar o seguinte clculo:
Saldo no final do 8 ano: $ 1.677,72.
Nmero de anos a depreciar: 02.
Valor a depreciar por ano ($ 1.677,72 / 2): $ 838,86.
d) Mtodo das horas trabalhadas:
Considere as seguintes informaes:
Valor do bem (equipamento): $ 50.000.
Unidades produzidas no ano: 2.000.
Capacidade estimada de produo total do bem: 20.000.
a) Clculo da taxa: 2.000 = 0,10 ou 10%.
20.000
b) Clculo do valor (quota) a depreciar:
b.1) Quota de depreciao: $ 50.000 x 10% = $ 5.000.
ou
b.2) Depreciao por unidade: $ 50.000 = $ 2,50.
20.000
b.3) Depreciao anual: 2.000 x $ 2,50 = $ 5.000.
b.4) Depreciao mensal: $ 5.000 = $ 416,67.
12
Esse mtodo de depreciao da capacidade produtiva em unidades, muito utilizado na rea industrial, tambm pode ser substitudo pelo nmero de horas
estimadas para vida til do bem como ser visto a seguir com o trator de pneus
Depreciao na Agropecuria, Variao Patrimonial, Mtodo de Custo e de Mercado na Pecuria
IV
e de esteira.
Aps os conceitos iniciais sobre a depreciao e os mtodos utilizados na
contabilidade para calcul-la, falaremos agora da depreciao na atividade agrcola e pecuria.
A depreciao na atividade agrcola apresenta algumas particularidades de clculo, principalmente quando se trata da cultura permanente e dos implementos
agrcolas, como ser estudado adiante.
No que tange s culturas permanentes, s rvores e a todos os vegetais,
Marion (2012, p. 56) lembra que (...) somente se pode falar em depreciao
em caso de empreendimento prprio da empresa e do qual sero extrados os
frutos. Neste caso, o custo de formao da cultura permanente ser depreciado
em tantos anos quantos forem os de produo de frutos. Exemplo: caf, laranja,
ma, uva etc. Afirma o autor.
No que se refere floresta prpria, o custo de formao ou aquisio ser
objeto de exausto, e no de depreciao. O clculo da exausto no inclui o
solo e acontecer medida que os recursos florestais forem exauridos. Crepaldi
(2012, p. 145) esclarece que a exausto
significa esgotar completamente. Em termos contbeis a exausto se
relaciona com a perda de valor dos bens ou direitos do ativo, ao longo
do tempo, decorrentes de sua explorao (extrao ou aproveitamento).
Representa a perda de valor, pela utilizao, de uma lavra, jazida ou
reserva florestal. Dessa forma, a empresa registra, anualmente, a diminuio gradativa do valor de aquisio do bem (jazida, lavra ou reserva
florestal), em funo da quantidade extrada da mesma, avaliados pelo
custo de aquisio corrigido, na conta Exausto Acumulada.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
114 - 115
dependendo da regio, de cinco a seis cortes (ou mais). O autor explica ainda que
se admitindo cinco cortes da cana-de-acar, a quota de exausto anual da referida cultura ser de 20%; no caso de quatro cortes, essa quota passar para 25%.
J a amortizao,
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IV
Cultura Permanente
Taxa de Depreciao
20
8
20
20
17
15
5
5
17
20
5
5%
12,5%
5%
5%
5,88%
6,67%
20%
20%
5,88%
5%
20%
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
N de Anos
116 - 117
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IV
industriais) por causa das chuvas, secas, geadas, entressafras e outras situaes.
Assim recomenda-se a depreciao de acordo com o uso das respectivas culturas.
Surgindo, portanto, a necessidade de se calcular a depreciao desses implementos agrcolas por hora, em vez da quantidade de anos de vida til, estimando-se
um nmero de horas de trabalho por tipo de equipamento.
Ocorrendo qualquer dificuldade para estimar a vida til do equipamento em
horas, aconselhvel consultar o fabricante do bem, para avaliar esse tempo em
horas e saber mais informaes tcnicas. Marion (2012, p. 58) sugere, ainda, que
Trator de Pneus
Trator de Esteira
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
118 - 119
Frmula:
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
( + ) Depreciao:
Valor do equipamento
Nmero estimado de horas de trabalho
$ 40.000
8.000
$ 5,00
=
=
=
=
$ 1.190,00
$ 1.700,00
$ 7.000,00
$ 105,00
$ 10.000,00
Manutenes e reparos
( + ) Outros custos: Combustvel
Salrio por hora do tratorista + encargos
Outros custos indiretos
Aps encontrar o custo por hora do trator, possvel apurar o custo por hectare
(ou alqueire), necessitando apenas multiplicar o nmero de horas necessrias
para passar o trator na rea de plantio pelo custo da hora. Se ocorrer tempo
improdutivo do trator (voltas em torno do campo, troca de peas ou percurso
feito entre o campo e a garagem ou oficina), sugere-se um acrscimo de tempo
improdutivo de 15% (MARION, 2012).
Considerando o tempo improdutivo, a frmula seria:
Custo por hectare (trator + equipamentos) = {(Custo do trator por hora + Custo do equipamento por hora + salrio do tratorista por hora) x Nmero de horas trabalhadas por
hectare} x 1,15
Quadro 29: Clculo do custo por hectare com tempo improdutivo
Fonte: adaptada de Marion (2012, p. 60)
iV
(...) exceto a terra nua, adquiridos por pessoa jurdica que explore a
atividade rural (art. 58), para uso nessa atividade, podero ser depreciados integralmente no prprio ano de aquisio (Medida Provisria n
1.749-37, de 1999, art. 5 ) (BRASIL SRF, 2014).
reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
120 - 121
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Animais de Criao
Bovinos
Reprodutor
12,5%
Matriz
10
10%
25%
Sunos
Animais de Trabalho
Burro de trao
12
8,33%
Cavalo de sela
12,5%
Boi de carro
20%
IV
o percentual encontrado ser aplicado sobre o valor da floresta registrado no Ativo, e o resultado ser considerado como custo dos
recursos florestais extrados.
Dessa forma, e ao concluir a extrao dos ltimos recursos florestais, ser baixado o valor total referente a essa floresta no Ativo.
Considere, por exemplo, que uma reserva florestal concentre 50.000 pinheiros com um custo da cultura formada em $ 120.000. Do total de cortes previstos,
h uma previso para cinco cortes por exerccio social, equivalendo a uma quota
de exausto de 20% (100/5 cortes) por corte.
Supondo que, na primeira colheita, at o final do exerccio social, houve o
corte de 15.000 pinheiros, o custo dos recursos florestais extrados ser de $ 7.200
conforme evidencia o exemplo a seguir:
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
122 - 123
IV
Exerccios de Fixao
1) Marque um X na alternativa correta:
As taxas de depreciao em uma cultura permanente podem ser calculadas:
I - Pelo tempo de vida til de cada espcie de cultura.
II - Pelo nmero de hectare.
III - Pela produo estimada de cada unidade durante sua vida til.
Est(o) correta(s):
( ) As alternativas II e III.
( ) As alternativas I e II.
( ) Apenas a alternativa II.
( ) As alternativas I e III.
b) A depreciao passa a incidir sobre a cultura a partir:
( ) Do plantio das sementes.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
124 - 125
IV
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
126 - 127
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Essa variao pode representar ganho (supervenincia ativa) ou perda (insubsistncia ativa) dos itens patrimoniais. Por exemplo, o nascimento de um bezerro
representa um aumento, um ganho patrimonial, por isso, deve ser classificado
como supervenincia ativa. J a morte de um bezerro representa uma perda,
uma reduo patrimonial, nesse caso, deve ser classificada como insubsistncia
ativa para subtrair dos ganhos e apurar o valor lquido.
Supervenincias Ativas: significam acrscimos, ganhos em relao
ao Ativo da empresa. So os acrscimos que ocorrem em virtude de
nascimento de animais e ganhos que ocorrem do crescimento natural
do gado. So as variaes patrimoniais positivas relativas aos Ativos
Biolgicos. Insubsistncias Ativas: significam redues do Ativo da
empresa causadas por perdas, fatos anormais, fortuitos e imprevistos.
o caso tpico de mortes, desaparecimentos de animais do rebanho etc.
So as variaes patrimoniais negativas, ou seja, as diminuies reais
dos Ativos Biolgicos (MARION, 2012, p. 103-104).
Crepaldi (2012, p. 239) demonstra como essas variaes devem ser estruturadas no Resultado do Exerccio:
DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO 31/12/X1
RECEITA BRUTA
Receita do Gado Bovino
Venda do Gado Bovino
Variao Patrimonial Lquida
(+) Supervenincias Ativas
(-) Insubsistncias Ativas
Quadro 31: Variao patrimonial lquida na DRE
Fonte adaptada de Crepaldi (2012, p. 239)
IV
(...) acumulado ao plantel e destacado no Estoque (Ativos Biolgicos). Por ocasio da venda do plantel, d-se a baixa no Estoque, debitando-se o Custo do Gado Vendido. Portanto, a apurao do lucro ser
no momento da venda. Vejamos um exemplo:
ATIVO
Ativo Circulante
12.000
Venda
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
128 - 129
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IV
Balano Patrimonial
ATIVO
Demonstrao do Resultado
do Exerccio
RECEITA BRUTA
Ativo Circulante
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
130 - 131
dois mtodos, para rematar com qualidade os assuntos abordados nesta Unidade.
Portanto, considere a seguinte situao:
No incio do perodo de X1, determinada empresa possui, em seu estoque de
produtos pecurios, 20 novilhos registrados a $ 1.000 cada um, totalizando um
valor de $ 20.000. Durante esse perodo, a empresa no comprou e no vendeu
nenhum plantel, mas gastou $ 12.000 com a manuteno do rebanho de novilhos. Sabe-se, ainda, que o valor de mercado de cada novilho no final do perodo
de X1 era de $ 1.750, totalizando um valor de $ 35.000.
O registro contbil no mtodo de custo ficaria assim:
Balano Patrimonial
Demonstrao do Resultado
do Exerccio
Nada se registra na DRE, pois no houve venda
dos novilhos; portanto, no se apura o resultado
do perodo.
ATIVO
Ativo Circulante
Estoque (Ativos Biolgicos)
Novilhos................................... $ 20.000
Demonstrao do Resultado
do Exerccio
RECEITA BRUTA
Ativo Circulante
Novilhos.................................... $ 20.000
IV
Conforme visto no mtodo de registro a valor de mercado, o ganho pela valorizao do plantel reconhecido contabilmente, demonstrando que houve retorno
econmico do rebanho mantido naquele ano. Alm disso, o custo com a manuteno dos novilhos lanado diretamente na Demonstrao do Resultado do
Exerccio como custo do perodo, fato que reduz a supervenincia ativa.
Nesta Unidade, abordamos, de forma prtica e conceitual, outros assuntos importantes da atividade rural, como a depreciao (na atividade agrcola e pecuria),
exausto e amortizao assim, informamos sobre os principais fatores que podem
contribuir para a reduo da capacidade produtiva dos bens patrimoniais e
indicamos a consulta aos anexos no final deste livro (plano de contas da atividade rural, prazo mdio de vida til dos animais, equipamentos etc.). Tambm
foi exemplificado o mtodo de custo e a valor de mercado, mediante a supervenincia e insubsistncia ativa no Balano Patrimonial e na Demonstrao do
Resultado do Exerccio.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Consideraes Finais
132 - 133
1) A variao patrimonial diz respeito s alteraes que ocorrem nos valores patrimoniais de uma empresa. Essas alteraes podem ser originadas de SUPERVENINCIA ATIVA ou INSUBSISTNCIA ATIVA, discorra sobre cada uma delas.
2) Considere as duas situaes seguintes: mtodo de custo e a valor de mercado,
respectivamente, e preencha o Balano Patrimonial e a Demonstrao do Resultado
do Exerccio.
a) SITUAO 01 (Mtodo de Custo):
No incio do perodo de X1, determinada empresa possua, em seu estoque de produtos pecurios, 30 novilhos registrados a $ 1.000 cada um, totalizando um valor de
$ 30.000. Durante esse perodo, a empresa contabilizou a:
Venda de 10 novilhos por $ 2.000 cada.
Morte de 02 novilhos.
Balano Patrimonial
Demonstrao do Resultado do
Exerccio
Balano Patrimonial
Demonstrao do Resultado do
Exerccio
Material Complementar
Material Complementar
Este livro mostra que a Contabilidade rural tem a responsabilidade de fornecer informaes que possibilitam o planejamento e controle de futuras
operaes. Evidencia que, para cada tipo de explorao de atividade rural,
preciso um sistema adequado de custos. Traz os cuidados que devem ser
tomados nos registros de custos para no distorcer os dados que iro servir
de subsdios tomada de decises e anlise da eficincia das atividades.
Contabilidade Rural: uma abordagem decisorial.
Silvio AparecidoCrepaldi
Editora: Atlas
Trigo:
A produo de trigo do Paran foi praticamente frustrada no ano passado
por causa das fortes chuvas de inverno, fato que foi objeto de vrias reivindicaes ao governo federal.
Boletim Informativo- A revista do Sistema FAEP- n 1246. Disponvel em:
<www.sistemafaep.org.br>.
Material Complementar
PROPRIEDADE RURAL E
IMPOSTO DE RENDA NA
ATIVIDADE RURAL
UNIDADE
Objetivos de Aprendizagem
Compreender os conceitos da atividade rural, conforme a previso
do imposto de renda e as denominaes que ela pode ter de acordo
com a regio e a rea utilizada.
Entender capital fundirio e capital de exerccio.
Conhecer as formas de associao para a explorao da atividade
agropecuria (parceira, arrendamento, condomnio etc.).
Conhecer informaes sobre a apurao e tributao pelo Lucro Real,
sobre o percentual da atividade rural pelo Lucro Presumido e, ainda,
o clculo da receita bruta com adicional do Imposto de Renda.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tpicos que voc estudar nesta unidade:
Propriedade Rural
Capital Fundirio e Capital de Exerccio
Formas de Associao para Explorao Agropecuria
Imposto de Renda na Atividade Rural
138 - 139
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introduo
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade, voc estudar conceitos voltados Propriedade
Rural, Capital Fundirio e Capital de Exerccio, Formas de Associao para
Explorao Agropecuria e Imposto de Renda na atividade rural.
Nesse contexto, a propriedade rural representa o espao em que o produtor
ou criador rural desenvolve suas atividades, tais como: stio, chcaras e fazendas. O capital fundirio vem demonstrar os recursos fixos, vinculados terra e
dela no retirveis, como: terras, edifcios, edificaes rurais e benfeitoria, entre
outros. Desse modo, o capital de exerccio visa ao capital operacional ou capital
de trabalho, tal como: gado para reproduo, animais de trabalho, equipamentos,
entre outros. E as formas de associao explicam as maneiras em que o empresrio rural poder realizar sua atividade jurdica. De acordo com a legislao, o
empresrio pode constituir a empresa de forma individual, como autnomo ou
como sociedade empresria.
Para finalizar a Unidade V, sero tratados os aspectos referentes ao Imposto
de Renda na atividade rural, visando aos regimes em que o empresrio rural
poder desenvolver suas atividades, tais como: Lucro Real, Lucro Presumido,
Simples Nacional e Microempreendedor (MEI).
Bons estudos!
Introduo
PROPRIEDADE RURAL
A propriedade rural pode ser considerada um espao ou rea da zona rural, de
propriedade privada, destinada a vrias atividades. Entre as mais comuns, destacam-se a agricultura (cultivo de culturas) e a pecuria (criao de animais).
Oliveira (2009, p. 15), ao explorar o surgimento das propriedades rurais,
afirma que diante da
(...) fixao do homem a terra formou-se em comunidades, surgindo
organizaes das mais diferenciadas, no que se referia ao modo de produo, originando a formao de propriedades diversificadas quanto
agricultura e pecuria.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
140 - 141
captura in natura do pescado, e o imvel, ou qualquer lugar, utilizado para explorao ininterrupta da atividade rural (YOUNG, 2009, p. 77). Ainda, segundo
a autora, para que a atividade de captura in natura do pescado seja considerada
como extrao animal, ela necessita ser explorada com acessrios semelhantes aos
da pesca artesanal mesmo que essa explorao seja feita em regime de parceria.
Sobre a propriedade rural, importante ressaltar que ela pode ser identificada de vrias formas, dependendo da sua localizao, rea de abrangncia etc.
Conforme a Enciclopdia digital Wikipdia (2014), a propriedade rural, dependendo da regio e da rea utilizada, pode ter vrias denominaes, tais como:
rancho, stio, chcara, roa, quinta, estncia, granja, cabana, fazenda e engenho.
Quanto funo social da propriedade rural, a Constituio Federal, em seu
artigo 186, do Captulo destinado poltica agrcola e fundiria e da reforma
agrria, destaca que essa funo social efetivada quando so cumpridos, simultaneamente, os seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilizao adequada dos recursos naturais disponveis e preservao
do meio ambiente;
III - observncia das disposies que regulam as relaes de trabalho;
IV - explorao que favorea o bem-estar dos proprietrios e dos trabalhadores (BRASIL, 2014).
Resumidamente, Young (2009, p. 78) relaciona as atividades que no so consideradas como atividade rural:
I a industrializao de produtos, tais como bebidas alcolicas em geral, leos essenciais, arroz beneficiado em mquinas industriais, fabricao de vinho com uvas ou frutas;
II a comercializao de produtos rurais de terceiros e a compra e
venda de rebanho com permanncia em poder da pessoa jurdica rural
em prazo inferior a 52 (cinquenta e dois) dias, quando em regime de
confinamento, ou 138 (cento e trinta e oito) dias, nos demais casos;
III o beneficiamento ou a industrializao de pescado in natura;
IV o ganho auferido pela pessoa jurdica rural proprietria de rebanho, entregue, mediante contrato por escrito, outra parte contratante
para o fim especfico de procriao;
Propriedade Rural e Imposto de Renda na Atividade Rural
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
142 - 143
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
as pessoas fsicas enquadradas como pequenos e mdios produtores rurais no precisam para fins de Imposto de Renda, fazerem escriturao
regular em livros contbeis, podendo apenas utilizar uma escriturao
simplificada atravs do livro caixa, somente os grandes produtores rurais sero equiparados a pessoa jurdica para fins fiscais e ficam obrigados a escriturao integral fiscal e contbil (FRIES, 2014, p. 1).
Segundo o autor,
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
144 - 145
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o atual cdigo civil define o termo empresrio como aquele que exerce
profissionalmente atividade econmica organizada para produo ou
circulao de bens ou servios. Assim, o produtor rural passa a ser chamado de empresrio rural em funo da definio acima, desde que se
inscreva na junta comercial. No se inscrevendo na junta comercial, ele
ser um produtor rural autnomo. Em relao sociedade, o atual cdigo
civil considera sociedade empresria quando pessoas celebram contrato e reciprocamente se obrigam a contribuir com bens e servios, para
o exerccio de atividade econmica e a partilha, entre si, dos resultados.
(2012, p. 7)
Dessa forma, se houver a unio de duas ou mais pessoas para formar uma sociedade rural, essa sociedade ser vista como Empresria e no mais como Comercial
(expresso antiga).
Independentemente da forma de explorao da atividade rural, como pessoa
fsica ou jurdica, sempre existir a figura do proprietrio da terra (aquele que
participa do negcio com o capital fundirio) e o empresrio (que participa com
o capital de exerccio ou operacional, explorando o negcio agropecurio independente de ser ou no o proprietrio da terra). A partir da combinao dessas
duas personalidades (proprietrio da terra e empresrio), existiro as seguintes
formas de associao para explorao da atividade agropecuria:
Investidor agropecurio com a propriedade da terra
Parceria
Arrendamento
Comodato
Condomnio
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
146 - 147
VII - que explorem as atividades de securitizao de crditos imobilirios, financeiros e do agronegcio. (Includo pela Lei n 12.249, de
11 de junho de 2010 ) (Vide Lei n 12.249/2010, art. 139, inc I, d)
(BRASIL SRF, 2014).
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
148 - 149
R$
500.000,00
R$
500.000,00
R$
(30.000,00)
R$
(2.000,00)
R$
(18.000,00)
R$
(10.000,00)
R$
470.000,00
( - ) Despesas de custeio
R$
(160.000,00)
Agrotxicos
R$
(20.000,00)
Adubo
R$
(20.000,00)
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Manuteo de maquinrios
R$
(5.000,00)
R$
(35.000,00)
Salrios de produo
R$
(80.000,00)
R$
310.000,00
( - ) Despesas Operacionais
R$
(85.000,00)
Vendas
R$
(30.000,00)
Administrativas
S a l rio s
R$
R$
(40.000,00)
(2 5 .0 0 0 ,0 0 )
D e sp e sa s co m b rin d e s
R$
(2 .0 0 0 ,0 0 )
A lu g u e l d e im ve l/la ze r
R$
(1 0 .0 0 0 ,0 0 )
R$
(3 .0 0 0 ,0 0 )
R$
(15.000,00)
R$
30.000,00
R$
30.000,00
R$
255.000,00
R$
(22.950,00)
R$
232.050,00
M u lta d e tr n sito
Despesas Financeiras (lquidas)
Outras receitas e despesas operacionais
(+) Rendimentos - reforma agrria
232.050,00
( + ) Adies:
R$
37.950,00
Multas de trnsito
R$
3.000,00
R$
2.000,00
Aluguel imvel/lazer
R$
10.000,00
CSLL
R$
22.950,00
R$
(30.000,00)
R$
(30.000,00)
R$
(20.000,00)
R$
(20.000,00)
( = ) Lucro Real
R$
220.000,00
R$
33.000,00
( - ) Excluses:
Crepaldi (2012, p. 369) destaca, ainda, que a pessoa jurdica poder diminuir
do imposto devido:
o valor dos incentivos fiscais de reduo e iseno do imposto, calculados com base no lucro da explorao;
o imposto de renda pago ou retido na fonte, incidentes sobre receitas computadas no lucro real;
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
150 - 151
Espcies de Atividades
Percentuais sobre a
receita
1,6%
8%
16%
32%
No caso de explorao de atividades diversificadas, ser aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual.
1,6 a 32%
No Imposto de Renda Mensal por Estimativa, a base de clculo ser determinada, mensalmente, mediante aplicao do percentual de 8% (oito por cento)
sobre a Receita Bruta auferida no ms. O imposto a ser pago mensalmente ser
determinado mediante a aplicao, sobre a base de clculo apurada, da alquota
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
152 - 153
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
380.000,00
30.400,00
4.560,00
BC (8%)
Adicional IRPJ
BC (10%)
30.400,00
-20.000,00
10.400,00
V alor A dicional
1.040,00
(x) 10%(=)
Total do IRPJ
5.600,00
(4.560 + 1.040)
Marion (2012, p. 200) define lucro presumido como uma modalidade simplificada para determinao da base de clculo do imposto de renda das pessoas
jurdicas. Como opo por esse regime tributrio simplificado, a pessoa jurdica precisa demonstrar uma receita bruta no ano-calendrio anterior igual ou
inferior a R$ 78 milhes de reais ou R$ 6,5 milhes de reais multiplicado pelo
nmero de meses de atividade no ano anterior, conforme previso da Lei n 9.718
(27/11/1998), alterada pela Lei n 12.814 (16/05/2013), a seguir:
Art. 13. A pessoa jurdica cuja receita bruta total no ano-calendrio
anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito
milhes de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhes e quinhentos mil
reais) multiplicado pelo nmero de meses de atividade do ano-calendrio anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poder optar pelo
regime de tributao com base no lucro presumido (BRASIL, 2013).
R$
500.000,00
R$
(15.000,00)
R$
(3.000,00)
R$
(12.000,00)
R$
485.000,00
R$
38.800,00
R$
20.000,00
R$
5.000,00
R$
15.000,00
( = ) Base de clculo
R$
58.800,00
R$
8.820,00
A pessoa fsica, por sua vez, far a apurao do resultado da sua atividade rural
de forma individual, em parceria ou em condomnio com base no regime
de caixa ou regime financeiro, que corresponde s Receitas RECEBIDAS menos
as Despesas PAGAS. Aps apurar o resultado da base de clculo para o imposto
de renda devido, a pessoa fsica utilizar como referncia a tabela progressiva
da Receita Federal para identificar a faixa de faturamento, a alquota e a parcela
a deduzir do imposto, conforme mostra a tabela adiante:
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
154 - 155
Alquota %
Parcela a deduzir do
imposto em R$
De 20.529,37 at 30.766,92
7,5
1.539,70
De 30.766,93 at 41.023,08
15
3.847,22
De 41.023,09 at 51.259,08
22,5
6.923,95
Acima de 51.259,08
27,5
9.486,91
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
At 20.529,36
Tabela 4: Tabela Progressiva para o clculo anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Fsica para o exerccio de 2014, ano-calendrio de 2013
Fonte: BRASIL SRF (2014)
Marion (2012, p. 204) alerta que a pessoa fsica fica obrigada conservao
e guarda do livro-caixa e dos documentos fiscais. Nos casos em que o produtor rural optar pelo clculo do resultado (lucro) da sua atividade simplesmente
aplicando o percentual de 20% (vinte por cento) sobre a Receita Bruta no anocalendrio, perder o direito compensao do total dos prejuzos; prejuzo este
que poder ser compensado integralmente com o resultado positivo obtido nos
anos posteriores.
Todavia, a pessoa fsica que optar por essa modalidade de tributao simplificada no ser dispensada (...) da comprovao das receitas e despesas, qualquer
que seja a forma de apurao do resultado (MARION, 2012, p. 203).
No que diz respeito s leis e normas gerais sobre o tratamento diferenciado s
microempresas e empresas de pequeno porte, tributadas pelo Simples Nacional,
vale destacar que as pessoas jurdicas que explorem atividade rural, definidas
pela Lei n 8.023/90, em seu artigo 2, que atendam s condies estabelecidas na
Lei n 9.317/96 e, ainda, tenham auferido no ano-calendrio receita bruta igual
ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) sero consideradas
como MICROEMPRESA (ME). Enquanto a empresa que tenha auferido uma
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou
inferior a R$ 3.600.000,00 (trs milhes e seiscentos mil reais) ser classificada
como EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP). Esses limites financeiros so
vlidos desde 2012, quando entraram em vigor, por meio da Lei Complementar
n 139/2011.
Imposto de Renda na Atividade Rural
R$ 37,20 (comrcio ou indstria) = R$ 36,20 (INSS) + R$ 1,00 (Comrcio e Indstria); R$ 41,20 (prestao de servios) = R$ 36,20
(INSS) + R$ 5,00 (Prestadores de Servio); R$ 42,20 (comrcio e servios) = R$ 36,20 (INSS) + R$ 5,00 (Prestadores de Servio) + R$ 1,00
(Comrcio e Indstria) (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2014).
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vlido lembrar que as empresas classificadas como ME e EPP, que explorem atividade rural, esto dispensadas da escriturao comercial, desde que
mantenham em boa ordem o livro-caixa, livro de registro de inventrio e demais
documentos que sirvam de referncia para a escriturao contbil.
Outra forma de tributao simplificada est relacionada com a criao da
Lei Complementar n 128/2008 do MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL
(MEI); a qual, a partir de 2009, autorizou o empresrio individual com base
no seu faturamento bruto anual a optar pelo recolhimento simplificado dos
impostos e contribuies abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos
mensais (YOUNG, 2009, p.152).
Considera-se como MEI o empresrio individual que tenha auferido receita
bruta, no ano-calendrio anterior, de at R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante
pelo Simples Nacional. No caso de incio de atividades, o limite ser de R$ 5.000,00
(cinco mil reais) multiplicados pelo nmero de meses compreendidos entre o
incio da atividade e o final do respectivo ano-calendrio, consideradas as fraes de meses como um ms inteiro (PORTAL TRIBUTRIO, 2014).
O MEI ser enquadrado no Simples Nacional e ficar isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagar apenas o valor
fixo mensal destinado Previdncia Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias
sero atualizadas anualmente, de acordo com o salrio mnimo, conforme abaixo:
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
156 - 157
At 30
1
2
3,3
4,7
8,6
20
Consideraes Finais
Reproduo proibida. Art. 184 do Cdigo Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nesta ltima Unidade, foram apresentados alguns conceitos sobre a propriedade rural, a distino entre capital fundirio e capital de exerccio. Voc pde
aprender tambm sobre as formas de associao para a explorao da atividade
agropecuria e sobre o imposto de renda na atividade rural (informaes sobre
o lucro presumido e os percentuais a serem aplicados, lucro real, o enquadramento como Microempresa e Empresa de Pequeno Porte das organizaes que
exploram atividade rural e, por ltimo, informaes sobre o enquadramento do
microempreendedor individual no Simples Nacional).
158 - 159
(2) Arrendamento
(3) Comodato
(4) Condomnio
3) Com base nas informaes sobre o lucro real e considerando as afirmativas seguintes, marque (V) para Verdadeira ou (F) para Falsa:
( ) Esto obrigadas apurao as pessoas jurdicas cuja receita total no ano-calendrio anterior tenha superado o limite de R$ 68 milhes de reais.
( ) Esto obrigadas apurao as pessoas jurdicas que tiverem lucros, rendimentos
ou ganhos de capital oriundos somente do Brasil.
( ) Esto obrigadas apurao as pessoas jurdicas que, no decorrer do ano-calendrio, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa.
( ) Esto obrigadas apurao as pessoas jurdicas que explorem as atividades de
prestao cumulativa e contnua de servios de assessoria tributria, mercadolgica, bancos comerciais, gesto de dbitos e administrao de contas a pagar, a receber e estoques biolgicos.
4) Considere as informaes seguintes, calcule o ITR e escolha uma opo de alternativa:
4.1 Informaes para clculo do ITR:
a) ( ) R$ 1.596,00.
b) ( ) R$ 1.696,00.
c) ( ) R$ 2.280,00.
d) ( ) R$ 3.458,00.
5) Considere que uma empresa rural tenha apresentado os seguintes valores em
determinado perodo:
O valor do seu imposto de renda, calculado pelo lucro presumido, ser de:
a) ( ) R$ 3.750,00.
b) ( ) R$ 4.750,00.
c) ( ) R$ 5.150,00.
d) ( ) R$ 6.150,00.
6) Com base nos valores abaixo, estruture a Demonstrao do Resultado do Exerccio e calcule o Imposto de Renda pelo Lucro Presumido:
7) Considere o exemplo utilizado no Anexo VII deste livro para apurar a base de
clculo para o Imposto de Renda de uma atividade empresarial mista:
Considere que uma empresa agroindustrial desenvolva atividade industrial conjuntamente com a explorao da cultura temporria (milho). Durante determinado perodo essa empresa apurou os seguintes valores:
a) Receita Operacional:
Receita lquida da Atividade Rural.................300.000,00
Receita lquida da Atividade Industrial...........550.000,00
Receita lquida total.....................................850.000,00
b) Custos e despesas identificados (dedutveis):
Custos e despesas especficos da Atividade Rural.................100.000,00
ITEM
Desp. e custos (no dedutveis)
Desp. e custos (no comprovados)
Desp. e custos dedutveis
(=) Subtotal das Atividades
Quadro 42: Despesas e custos
Fonte: Autor (2014)
Atividade
Atividade
Industrial
Rural
TOTAL
Atividade
Industrial
Atividade
Rural
Material Complementar
Contabilidade da Pecuria
Jos Carlos Marion e Sonia Segatti
Editora: Atlas
Sinopse: Este livro uniformiza os procedimentos contbeis em relao s operaes efetuadas
pelas empresas pecurias, considerando alguns princpios de contabilidade, de grande relevncia
para a Contabilidade da Pecuria, bem como para as disposies do Imposto sobre a Renda que
lhe so pertinentes.
Prope um modelo contbil atual, demonstrando a situao real das empresas para os usurios
da Contabilidade, sem ferir princpios contbeis e fiscais, e apresenta um Plano de Contas com as
particularidades das operaes realizadas pelas empresas pecurias.
O texto conjuga trs variveis: fazer com que os relatrios contbeis sejam teis para as tomadas
de deciso, desenvolver o processo contbil alicerado na moderna teoria da Contabilidade e
considerar as disposies fiscais relativas pecuria. So propostos tambm dois modelos de
apurao de custos, considerando a correo monetria dos custos histricos; bezerros a nascer;
custo do bezerro nascido; depreciao do touro, matriz e pastagens; custo do gado no momento
da venda; custo do gado morto ou desaparecido etc.
Os aspectos fiscais so ressaltados e comentados. Foram pesquisadas, por exemplo, as vantagens
da constituio de uma atividade agropecuria na forma de pessoa fsica em relao pessoa
jurdica, e desenvolvidos exemplos de tributao em ambas as formas de apurao (pessoa fsica
e jurdica). Modelos de coleta de dados so sugeridos, bem como mapas de planejamento do
rebanho em relao pastagem e de movimentao do rebanho nas diversas categorias.
Material Complementar
Material Complementar
Caro(a) aluno(a) saiba mais sobre as bases legais que regulamentam a atividade rural para fins de tributao das pessoas fsicas fazendo uma leitura
atenta das Leis: 8.023/90, 8.134/90, 9. 249/95 e 9.250/95, da Instruo Normativa SRF n 83/01 e do Decreto n 3.000/99 (RIR/99), arts. 57 a 71.
164 - 165
Concluso
Prezado(a) acadmico(a),
Procuramos demonstrar os principais conceitos que envolvem a atividade rural e,
tambm, como a contabilidade auxilia na gerao das informaes para o processo
de tomada de decises. Por isso, nas Unidades do livro, houve vrias explanaes
de conceitos que envolvem a atividade rural, como a classificao das atividades
exercidas pelas empresas rurais, que se dividem em agrcola, pecuria, entre outras.
Portanto, com a evoluo da tecnologia e dos meios de produo modernizados, as
empresas rurais precisam, cada vez mais, de informaes rpidas e relevantes para
que possam manter as suas atividades. E a contabilidade, como uma cincia capaz
de registrar, mensurar, interpretar e comunicar as alteraes patrimoniais de uma
empresa, tem esse papel de apoio e orientao aos empresrios rurais.
Tivemos oportunidade, ao longo deste livro, de tratar de vrios temas relevantes
para os profissionais ligados ao agronegcio. Vamos relembr-los?
A Unidade I tratou de conceitos da atividade rural, agropecuria e do agronegcio.
Tambm apresentamos os principais segmentos da economia do setor primrio e
a classificao dos fatores de produo na atividade rural: terra, capital e trabalho.
Aspectos importantes e algumas particularidades da administrao e do gerenciamento da empresa rural foram evidenciados nessa Unidade. Ademais, vimos os conceitos da empresa rural e suas classificaes em atividades agrcolas, zootcnicas e
agroindustriais.
Na Unidade II, o termo atividade agrcola foi fragmentado para proporcionar mais
discusso e conhecimento do assunto. Alm disso, foram apresentados os conceitos bsicos dessa rea. Para tal fim, abordamos temas relacionados com o cultivo
de plantas, a diferena entre ativo biolgico, produto agrcola e produto agrcola
processado, a particularidade entre o incio e trmino do ano agrcola versus o ano
fiscal, as consideraes sobre a produo agrcola com colheitas em perodos diferentes, os tipos de cultura (temporria e permanente). Por fim, evidenciamos uma
demonstrao tcnica, por meio da escriturao contbil, das culturas temporrias
e permanentes, dos fatos relacionados com a plantao, colheita e venda da produo agrcola e a classificao das culturas no Balano Patrimonial.
Na Unidade III, tratamos dos aspectos tcnicos da escriturao contbil, dessa vez
para falar da atividade pecuria (criao de animais). Destacamos os conceitos sobre as fases da pecuria (cria, recria e engorda), a classificao do gado no Balano Patrimonial, nos grupos do Ativo Circulante (Estoques) e Ativo No Circulante
(Imobilizado), a diferena entre gados reprodutores, gados de renda e animais de
trabalho e, finalizando a Unidade, abordamos o custo histrico na pecuria e a contabilizao do rebanho em diferentes fases.
Na Unidade IV, tratamos de forma prtica a variao patrimonial, do mtodo de custo e a valor de mercado, destacando os conceitos de supervenincia e insubsistncia ativa no Balano Patrimonial e na Demonstrao do Resultado do Exerccio. A
Concluso
Unidade tambm apresentou a depreciao na atividade rural, os conceitos gerais,
fatores que contribuem para a reduo da capacidade produtiva dos bens, diferena entre depreciao, amortizao e exausto e mtodos de clculo. Quanto depreciao na atividade rural, destacamos a metodologia direcionada para a cultura
agrcola, pecuria e de implementos agrcolas.
E, finalmente, na nossa ltima Unidade (V), finalizamos com o tema propriedade
rural, abordando os conceitos sobre capital fundirio e de exerccio, as formas de
associao para a explorao da atividade agropecuria e o imposto de renda na
atividade rural (lucro real, presumido, microempresas, empresas de pequeno porte
e microempreendedor individual).
Assim, caro(a) aluno(a), conforme vimos, se o campo estiver em expanso e apresentando resultados, os setores que dependem dessa atividade estaro em desenvolvimento, promovendo, ainda, como consequncia dessa expanso, o bem-estar
ao povo, aos trabalhadores e produtores rurais, gerando mais renda e o crescimento
econmico.
Abraos!
Professor Esp. Augusto Csar Oliveira Camelo
166 - 167
Referncias
ANCELES, Pedro Einstein dos Santos. Manual de tributos da atividade rural. So
Paulo: Atlas, 2001.
ARAJO, Massilon J. Fundamentos de agronegcios. So Paulo: Atlas, 2003.
AULETE. Agropecuria. Dicionrio eletrnico. Disponvel em: <http://aulete.uol.
com.br/nossoaulete/agropecu%C3%A1ria>.Acesso em: 20 maio 2014.
BACHA, Carlos Jos Caetano. Definio e importncia da agropecuria e do agronegcio na economia brasileira: parte 1. Disponvel em: <http://www.economia.esalq.
usp.br/intranet/uploadfiles/690.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2014.
BRANDT, Sergio Alberto; OLIVEIRA, Francisco TarcizioGoes. O planejamento da
nova empresa rural brasileira. Rio de Janeiro: APEC, 1973.
BRASIL. Ministrio da Educao (MEC). Educao profissional: referenciais curriculares nacionais da educao profissional de nvel tcnico rea profissional agropecuria. Disponvel em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/agropecu.
pdf>. Acesso em: 12 jul. 2014.
_______. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988. Disponvel em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 12
jul. 2014.
_______. Decreto-Lei n 1.598, de 26 de dezembro de 1977. Disponvel em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del1598.htm>. Acesso em: 05 jun. 2014.
_______. Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Disponvel em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm>. Acesso em: 08 jun. 2014.
_______. Lei n 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Disponvel em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9430.htm>. Acesso em: 22 ju. 2014.
_______. Lei n 9.393, de 19 de dezembro de 1996. Disponvel em:<http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/leis/Ant2001/lei939396.htm>. Acesso em: 22 ago.
2014.
_______. Lei n 9.718, de 27 de novembro de 1998. Alterada pela Lei n 12.814
(16/05/2013). Disponvel em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/leis/
Ant2001/lei971898.htm>. Acesso em 21 ago. 2014.
_______. Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponvel em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#tituloii>. Acesso em: 22 ago. 2014.
_______. O que se considera como atividade rural, nos termos da legislao tributria?. Disponvel em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/
dipj2013/Capitulo_XII_AtividadeRural_2013.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2014.
______. Secretaria da Receita Federal (SRF). Depreciao acelerada. Disponvel
em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/
Referncias
pr374a378.htm>. Acesso em: 24 maio 2014.
______. Secretaria da Receita Federal (SRF). Tabela progressiva para o clculo anual
do imposto sobre a renda da pessoa fsica. Disponvel em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Aliquotas/TabProgressiva2012a2015.htm>. Acesso em: 22 ago. 2014.
_______. Secretaria da Receita Federal (SRF). Depreciao de bens do ativo imobilizado. Disponvel em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/
pergresp2005/pr360a373.htm>. Acesso em: 25 jun. 2014.
_______. Secretaria da Receita Federal (SRF). Leis n 8.023/90, 9.317/96 e LC n
139/11. Disponvel em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Leis/
Ant2001/lei802390.htm>;
<http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/ant2001/lei931796.htm>;
<http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2006/leicp123.htm>. Acesso em: 21 ago. 2014.
COSIF. Demonstraes contbeis: exerccio social. Disponvel em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=lei6404cap15s1>. Acesso em: 20 maio 2014.
COSTA, Benedito Marques da. Tipos de pastagens sob o ponto de vista ecolgico. Disponvel em: <http://www.agronline.com.br/agrociencia/pdf/public_47.pdf>.
Acesso em:15 maio 2014.
Comit de Pronunciamentos Contbeis. Ativo biolgico e produto agrcola. Disponvel em:<http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/
Pronunciamento?Id=60>.Acesso em: 29 maio 2014.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade rural: uma abordagem decisorial. 7. ed.
So Paulo: Atlas, 2012.
_______.Contabilidade rural. 2. ed. So Paulo: Atlas, 1998.
EMBRAPA. Sistema de reproduo. Disponvel em:<http://www.cnpgl.embrapa.
br/sistemaproducao/363-sistemas-de-reprodu%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 26
de jun. 2014.
ESCSSIA, Carlos. O que : primeiro, segundo e terceiro setor?.Disponvel em:<http://www.carlosescossia.com/2009/10/o-que-e-primeiro-segundo-e-terceiro.
html>. Acesso em: 26 de jun. 2014.
FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prtica. So Paulo: Atlas, 1997.
FERREIRA, C. T.; CARVALHO, F. C. de; CARMO, A. J. B. Evoluo do setor de defensivos
agrcolas no Brasil, 1964-83. Revista Agriculturaem So Paulo,v. 33,n. I-II, p. 1-53,
1986.
168 - 169
Referncias
FERREIRA, Tiago. Policultura. Disponvel em: <http://projetoterra7c.blogspot.com.
br/2010/09/policultura.html>.Acesso em: 26 jun. 2014.
FRIES, Lauri Natalcio. Explorao agrcola, pastoril, indstrias extrativas. Disponvel em: <https://professores.faccat.br/moodle/mod/resource/view.php?id=6963>.
Acesso em: 05 jul. 2014.
GIRARDI, Edson Canal. Setor primrio. Disponvelem:<http://www.infoescola.com/
economia/setor-primario/>. Acesso em: 26 jun. 2014.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Produo agrcola municipal:
culturas temporrias e permanentes 2010.Rio de Janeiro, 2010, v. 37.
MACHADO, Tiatrizi Siqueira. Inseminao artificial, monta natural e monta controlada: vantagens e desvantagens. Disponvel em:<http://rehagro.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=1721>. Acesso em: 28 jun. 2014.
MARION, Jos Carlos. Contabilidade rural: contabilidade agrcola, contabilidade da
pecuria. 13. ed. So Paulo: Atlas, 2012.
OLIVEIRA, Neuza Corte de. Contabilidade do agronegcio. 1. ed. Curitiba: Juru,
2009.
PORTAL DO EMPREENDEDOR. Microempreendedor individual: O que ? Disponvel
em: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual>. Acesso em: 06 jul. 2014.
PORTAL TRIBUTRIO. Percentuais de presuno do lucro sobre a receita bruta.
Disponvel
em:<http://www.portaltributario.com.br/guia/lucro_presumido_irpj.
html>. Acesso em: 06 jul. 2014.
RAMOS, Alkndar de Toledo. O problema da amortizao dos bens depreciveis
e as necessidades administrativas das empresas. Boletim n 54. So Paulo: FEA/
USP, 1968.
SANTOS, G. J.; MARION, J. C.; SEGATTI, S. Administrao de Custos na Agropecuria. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2002.
SARMENTO, Flvia. Brasil tem segundo maior rebanho do mundo com mais de 200
milhes de cabeas de gado. Disponvel em:<http://g1.globo.com/globo-news/
conta-corrente/platb/2014/03/14/brasil-tem-segundo-maior-rebanho-do-mundocom-mais-de-200-milhoes-de-cabecas-de-gado/>.Acesso em: 20 jun. 2014.
SINCONTBIL. Modelos de contratos.Disponvel em: <http://www.sitecontabil.com.
br/modelos_contrato.htm>.Acesso em: 21 jun. 2014.
WIKIPDIA. Conceitos de agricultura, pecuria, extrativismo vegetal, caa e pesa
e minerao. Disponvelem: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%-
Referncias
C3%A1gina_principal>. Acesso em: 10 maio 2014.
YOUNG, Lcia Helena Briski. Atividade rural: aspectos contbeis e tributrios.
Curitiba: Juru, 2009.
_______.Plano de contas: atividades rurais. In:s apostila do curso sobre plano de
contas. Plano adaptado do portal de contabilidade. Maring, 2010.
170 - 171
ANEXOS
ANEXOS
Anexo I Vantagens e desvantagens dos sistemas de reproduo
Monta natural
Vantagens:
A Monta Natural tem como principal vantagem a
diminuio da mo de obra, j que exclui a necessidade de observao de cio, bem como o treinamento de
pessoal.
Desvantagens:
As cpulas ocorrem livremente, sem interferncia
do homem e tambm noite. Portanto, as anotaes
gerenciais ficam prejudicadas.
O touro pode transmitir doenas s fmeas, pois a
dificuldade de controle sanitrio maior.
Risco de ocorrer acidentes quando a fmea for coberta por um touro muito grande ou pesado, ou mesmo
com as pessoas, quando o macho apresentar comportamento agressivo.
Menor aproveitamento do macho - utiliza um baixo
nmero de fmeas (aproximadamente 30 por ano) por
touro, produzindo poucos descendentes.
Consertos e manuteno de cercas.
Perda de bezerras e novilhas por dificuldade de parto.
Risco na utilizao de touros no comprovados como
geneticamente superiores, reduzindo a produo.
Diminui a vida til do touro, devido ao excesso de
montas.
ANEXOS
Vantagens:
Melhoramento gentico, j que so usados touros selecionados, geneticamente superiores.
Evita a disseminao de doenas, pois no ocorre o contato fsico entre
os animais, preservando, assim, a condio sanitria do rebanho.
O smen, quando congelado, conserva a sua viabilidade por tempo indefinido, no sendo necessria a utilizao do smen fresco, imediatamente
aps a sua coleta.
Permite utilizar touros com problemas adquiridos que impossibilitem a
monta.
A diluio do smen permite que, em uma coleta, sejam produzidas
vrias doses, aumentando muito o nmero de filhas de um mesmo touro.
Os custos da inseminao so superiores aos da monta natural, mas os
ganhos em produtividade, devido ao melhoramento gentico propiciado
ao rebanho, compensam o investimento. Alm disso, o custo unitrio
reduzido com o maior nmero de inseminaes.
Preveno de acidentes com fmeas, principalmente as novilhas, em
cruzamentos com touros pesados.
Preveno de acidentes com pessoas, devido ao comportamento agresInsemina- sivo de alguns touros.
o arti- Reduz a dificuldade de parto pelo uso de touros que, comprovadamente, produzem filhos de pequeno porte ao nascimento, mas que tem o
ficial
crescimento normal aps este. Portanto, alm de reduzir o risco de perder
a fmea, ainda produz filhas superiores a ela.
Permite a padronizao do rebanho, j que possvel utilizar pequena
quantidade de reprodutores em um grande nmero de fmeas, resultando em homogeneidade do rebanho, facilitando assim, a comercializao
da produo.
Desvantagens:
A grande limitao a baixa taxa de prenhez, quando no h uma
observao de cio eficiente ou quando a tcnica de inseminao no
dominada.
A inseminao artificial exige tempo e mo de obra treinada e motivada
para a observao do cio e para a realizao da tcnica.
Da mesma forma que a inseminao artificial promove o melhoramento
gentico do rebanho e controle sanitrio, pode ter o risco de a tcnica
disseminar na populao uma expresso gentica negativa ou mesmo
doenas reprodutivas. Porm, se o material gentico for adquirido de
centrais registradas, o risco insignificante.
Dificuldade de manter o smen armazenado, devido disponibilidade
de nitrognio liquido.
Quadro 11: Vantagens e desvantagens dos sistemas de reproduo
Fonte adaptada de Machado (2014)
ANEXOS
CULTURAS PERMANENTES
Abacaxi
Abacate
Alho
Banana (cacho)
Caqui
Batata-doce
Castanha-de-caju
Batata-Inglesa
Cebola
Figo
Goiaba
Guaran (semente)
Laranja
Limo
Ma
Mamo
Girassol
Manga
Mamona (baga)
Maracuj
Mandioca
Palmito
Melancia
Pera
Melo
Pssego
Pimenta-do-reino
Tangerina
Tomate
Urucum (semente)
Uva
ANEXOS
111. Disponibilidades
111.1. Caixa
112. Clientes
116.1.5 ...
116.1.6 ...
116.2.4. ...
116.2.5. ...
113.7. Adiantamentos
116.3.5. ...
116.3.6. ...
116.4.1. ...
116.5.1. ...
116.6.1. ...
116.7.1. ...
116.8. Aves
116.8.3. ...
117. Culturas
117.1. Culturas temporrias
117.1.1. de feijo
117.1.2. de milho
ANEXOS
117.1.3. ...
117.2.1. caf
123.6.2 Tratores
117.2.2. cana-de-acar
123.6.3 Aeronaves
117.2.3. laranja
117.2.4. ...
118. Estoques
123.6.6. Ferramentas
118.1.2. arroz
118.1.3. feijo
118.1.4. ...
123.7.1. Reprodutores
118.3. Almoxarifado
123.7.2. Gado
123.7.3. Aves
123.8. Matrizes
123.8.1. Gado
118.4.3. ...
123.8.2. Aves
123.10.1. Caf
123.10. Ma
124. INTANGVEL
122. INVESTIMENTOS
123. IMOBILIZADO
123.1. Terrenos
212. Fornecedores
123.6.1. Caminhes
ANEXOS
214.7. Telefone
214.9. Comisses
214.10. Seguros
323.1. ICMS
323.2. ISS
323.3. Cofins
323.4. PIS
333.2. ...
332.1. Emprstimos
ANEXOS
31. RECEITAS
41. CUSTOS
311.1.3. ...
311.2.1. Leite
411.1.2. Transporte
311.2.2. Ovos
311.2.3. L
411.1.4. Alimentao
311.3.1. Milho
311.3.2. Feijo
311.3.3. ...
ANEXOS
411.2.1. Aquisio
414.1. Depreciaes
411.2.2. Transporte
42. DESPESAS
421. Despesas de Pessoal
421.1. Ordenados, Salrios e Comisses
421.2. Frias
421.3. 13 Salrio
421.4. INSS
421.5. FGTS
421.6. Assistncia Mdica
421.7. Viagens e Representaes
421.8. Transporte de Empregados
421.9. Programa de Alimentao do Trabalhador
422. Despesas c/ Fretes
422.1. Combustveis
422.2. Manuteno de Veculos
423. Outras Despesas
423.1. Depreciaes e Amortizaes
423.2. Aluguis
423.3. Manuteno e Reparos
423.4. Telefone e correio
423.5. Seguros
423.6. Devoluo de Vendas Exerccio Anterior
423.7. Provises
412.1.1. Sementes
424.1. IPTU
412.1.6. Irrigao
424.2. IPVA
ANEXOS
412.2.1. Sementes
412.2.6. Irrigao
412.3.6. Irrigao
413.1.3. ...
413.2.3. ...
413.3.3. ...
Fonte: adaptada de Young (2010)
ANEXOS
Anexo IV Durao mdia de mquinas e equipamentos utilizados na atividade rural
Durao em
Anos
Taxa de Depreciao
ao Ano
Tratores *
25%
Trator de roda
10
10%
Trator de esteira
10
10%
Microtrator
14,18%
Caminho
20%
10
10%
Carreta de trator
15
6,67%
15
6,67%
Semeadeira
15
6,67%
Colheitadeira de milho
10
10%
Plantadeira
10
10%
Jac
50%
Itens
ANEXOS
Anexo V Taxas e tempo de vida til de alguns bens utilizados na atividade
rural
Bens
Instalaes
10
10 %
Edificaes
25
4%
Tratores
25%
(Anexo I da IN SRF n
162, de 1998, NCM Posio 8701)
25%
(Anexo I da IN SRF n
162, de 1998, Posio
8702)
20%
(Anexo I da IN SRF n
162, de 1998, Posio
8703)
25%
(Anexo I da IN SRF n
162, de 1998, Posio
8704)
25%
(Anexo I da IN SRF n
162, de 1998, usa expresso Veculos Automveis
Especiais abrangendo
os Caminhes fora de
estrada - Posio 8705)
Motociclos
25%
(Anexo I da IN SRF n
162, de 1998, Posio
8711)
Quadro 37 Taxas e tempo de vida til de alguns bens utilizados na atividade rural
Fonte: adaptada de BRASIL SRF (2014)
ANEXOS
ANEXOS
ANEXOS
ANEXOS
ANEXOS
ANEXOS
ANEXOS
Atividade
Industrial
Atividade
Rural
TOTAL
11.200,00
4.800,00
16.000,00
2.800,00
1.200,00
4.000,00
42.000,00
18.000,00
60.000,00
56.000,00
24.000,00
80.000,00
Atividade
Industrial
Atividade Rural
280.000,00
120.000,00
-150.000,00
-70.000,00
-56.000,00
-24.000,00
10.000,00
0,00
5.000,00
0,00
89.000,00
26.000,00
ANEXOS
ITEM
Atividade
Industrial
Atividade Rural
11.200,00
4.800,00
2.800,00
1.200,00
( - ) Receitas de Dividendos
-5.000,00
0,00
98.000,00
32.000,00