O Basquete Como Um Componente Lúdico Na Educação Física Escolar

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O BASQUETE COMO UM COMPONENTE LDICO NA EDUCAO FISICA

ESCOLAR
CSSIA CRISTINA DE AZEVEDO BATISTA1
RESUMO
O basquete um dos esportes que est em ascenso no Brasil e no mundo
nos dias de hoje. Assim como a Educao Fsica escolar que com suas atuais
abordagens, vem ganhando mais espao e credibilidade dentro da rea
pedaggica. Sendo assim, este estudo tem como objetivo relatar, atravs de
carter bibliogrfico, a importncia da educao fsica num mbito escolar para
a formao de jovens e crianas, com um dos esportes que no era to
praticado nas aulas antigamente, e que pode proporcionar diversos benefcios,
principalmente junto ao ldico. A partir do referencial terico pesquisado sobre
o ldico nas aulas de Educao Fsica Escolar, principalmente na
aprendizagem do desporto basquetebol, a questo do ldico demonstrou ser
muito importante na formao dos alunos, tanto de forma cultural, social como
pessoal, e sendo trabalhado junto a um esporte pode proporcionar timos
resultados nas aulas de educao fsica, de modo que os alunos conheam
uma modalidade esportiva ainda pouco divulgada no pas, aprendendo suas
regras, histria, tcnicas, tticas. Deste modo, o presente estudo, atravs da
reviso da literatura indicou uma maior motivao para os treinamentos e as
aulas de aprendizagem de fundamentos, pois os alunos submetidos a este tipo
de atividade (ldica) vo aprender brincando.
Palavras-chave- basquetebol; educao fsica; escola; ldico.
Abstract
Basketball is a sport that is on the rise in Brazil and in the world today. Well as
school physical education than with their current approaches, gaining more
space and credibility within the educational area. Therefore, this study aims to
report, through bibliographical character, the importance of physical education
in a school setting for the training of youths and children, with one of the sports
that was not so practiced in class before, and it can provide several benefits
mainly by the playfulness. From the theoretical framework research playfulness
in Physical Education classes, especially in learning sport of basketball, the
question of the play proved to be very important in the training of students both
culturally, socially and staff, and is working closely with a sport can provide
excellent results in physical education classes, so that students know a sport
still little known in the country, learning its rules, history, techniques, tactics.
Thus, this study, through literature review indicated a greater motivation for
training and classes for learning fundamentals, as students undergoing this type
of activity (recreational) will learn by playing.
Key- words: physical education; school; playful
Bacharel em Educao Fsica pala Faculdades Integradas de Ourinhos FIO. Cursando
Licenciatura em Educao Fsica pelo Instituto Educacional de Assis IEDA/UNIESP.
1

Introduo
O Basquetebol um dos mais emocionantes esportes da atualidade e
observa-se um crescente aumento no nmero de participantes ao longo dos
anos em todo o mundo. Alm do mais, a constante atualizao de suas regras
torna o Basquetebol atraente no s como prtica de competio, mas tambm
de lazer nas horas de folga (GUARIZI, 2007, pag. 19).
Apesar de ser um jogo de competio, num mbito escolar, pode ser
utilizado de uma forma ldica, assim com diz Civitate (2012), relatando que os
jogos competitivos podem ser uma base de educao voltada realidade, nos
quais o aluno expe a honestidade ou desonestidade, fortaleza ou debilidade,
respeito ou desrespeito, aceitao ou rejeio a derrota, a agressividade ou a
moderao.
Os jogos so importantes instrumentos de desenvolvimento de crianas
e jovens, longe de servirem tambm, apenas como diverso, o que j seria
importante, pois proporcionam situaes que podem ser exploradas de
diversas maneiras educativas (DOHME 2004).
Segundo Jobim, Pureza e Loureiro (2008), a prtica do Basquetebol
auxilia no desenvolvimento fsico, tcnico, ttico, psicolgico, moral e social,
tambm desenvolvendo capacidades fsicas como coordenao, ritmo,
equilbrio, agilidade, fora, velocidade, flexibilidade e resistncia.
Santos e Loureiro (2008) ressaltam a importncia de se iniciar o
Basquetebol em idade escolar, nas aulas de Educao Fsica, pois por meio
destas, com esse contato com o esporte, que planejaro seu futuro.
Deste modo, esse trabalho visa analisar a literatura referente ao
Basquetebol como componente ldico no mbito escolar, pois deste modo ser
possvel aprimorar o conhecimento sobre o assunto de forma crtica e reflexiva.

Referencial Terico
Basquetebol

Histrico
O basquetebol como expresso ou modalidade esportiva, pode ser
compreendido e interpretado deste o incio, com sua evoluo atravs do
tempo, para contribuir no melhor entendimento do jogo tanto competitivo, como
pedaggico (GUARIZI, 2007).
Em 1891, o basquetebol foi criado na Associao Crist de Moos de
Springfield, Massachussets, nos Estados Unidos, pelo professor canadense
James Naismith. Ele j realizava outras modalidades com os alunos, porm
com pouco desinteresse destes, pela monotonia das aulas. Deste modo, o
professor James Naismith atendeu ao pedido do diretor do Instituto e resolveu
criar um jogo interessante e agradvel, que pudesse ser praticado em lugares
fechados, devido ao rigoroso inverno, que atendesse um grande nmero de
pessoas praticando ao mesmo tempo, sem muito contado fsico e com sentido
coletivo. Naismith idealizou, assim, um tipo de jogo com uma bola maior do que
as que j existiam em outros jogos, e com cestos de pssegos colocados a
uma altura de aproximadamente de 3 metros do solo (GUARIZI, 2007;
FERREIRA e JNIOR, 1987; COUTINHO, 2007).
As primeiras regras do jogo eram bem simples, nos quais os jogadores
no poderiam correr com a bola na mo, no poderia utilizar os ps, realizavam
os lanamentos com as mos, no haveria muito contado com o adversrio. O
basquetebol, inicialmente, era jogado variando de 3 a 40 jogadores, e esse
numero foi fixado em cinco somente, no ano de 1897, devido falta de espao
(FERREIRA; JNIOR, 1987).
Esse novo jogo deixou os alunos to empolgados, que ficou difcil de
tira-los do ginsio depois dos horrios das aulas. Esse nome, Basketball, foi
batizado por um aluno chamado Frank Mahan, que em portugus quer dizer
bola no sexto (GUARIZI, 2007).
O primeiro jogo masculino foi realizado em maro de 1892 e em 1893 o
primeiro jogo feminino (FERREIRA; JNIOR, 1987).
O Brasil foi o quinto pas que conheceu o basquetebol, e o primeiro da
Amrica do Sul, sendo introduzido em 1896 pelo professor Auguste Shaw, no

colgio de So Paulo, Mackenzie. Shaw trouxe uma bola j oficial do esporte


quando iniciou sua pratica, que, a seguir foi introduzido na escola Normal da
Praa e ACM de So Paulo (FERREIRA; JNIOR, 1987; COUTINHO, 2007).
Em 1912 ocorreu a primeira partida oficial, no Rio de Janeiro, e em
1925, o primeiro campeonato Brasileiro. No ano de 1933 foi fundada a
Federao Brasileira de Basquetebol, e em 1941 passou a ser chamada de
Confederao Brasileira de Basquetebol (CBB). No ano de 1904 foi feita a
primeira demonstrao do esporte, nas olimpadas de St. Louis, porm s foi
jogado oficialmente em 1936, nas olimpadas de Berlin (COUTINHO, 2007).
Em Santiago, do Chile, o Brasil tornou-se, pela primeira vez, campeo mundial
masculino de selees, e j no ano de 1963, conquistou o bicampeonato
mundial, disputado no Rio de Janeiro. Em 1994 foi vez da seleo feminina,
pela primeira vez, vencer e tornar-se campe mundial de selees. Com essa
mesma base, no ano de 1996, a seleo feminina foi vice-campe olmpica,
nos jogos de Atlanta, nos Estados Unidos (COUTINHO, 2007). Por meio
dessas conquistas surgiram alguns nomes de destaque no pas, como Oscar
no masculino, Paula e Hortncia no feminino.
Regras e Organizaes
James Naismith introduziu as primeiras regras do basquetebol, como j
citado anteriormente, nas quais os jogadores deveriam utilizar as mos para
jogar tanto para receber a bola, como para arremessa-la, ao cesto ou para o
jogador. No era permitido correr com a bola na mo, e nem empurrar ou
segurar

os

adversrios.

meta

era

alta

horizontal,

situada

aproximadamente 3,05 metros do cho. O numero de jogadores era ilimitado.


O jogo possua dois tempos de 15 minutos, com 5 minutos de descanso. O
lanche livre valia 1 ponto e a cesta 3 pontos. O jogador que fizesse falta seria
excludo do jogo at que algum fizesse uma cesta (OKAZAKI, 2002).
Em 1893 Narraganset M. Company constri a primeira rede de cesta
com corta e anel de ferro, bem parecida com a atual, porem as redes com as
cortas transadas eram com o fundo fechado, usando bastes e escadas para
retirar as bolas. Posteriormente as redes teriam fundo aberto. Nessa mesma

poca se autoriza usar o p de piv, deixando um p fixo no cho e podendo


movimentar o outro. O tempo de jogo passaria a ser divido em dois tempos de
vinte minutos, com dez minutos de descanso (OKAZAKI, 2002).
No ano de 1895 a linha do lance livre vai pra 4,6 metros de distancia da
cesta e em 1896 as pontuaes variam com lance livre um ponto e dois pontos
para cesta. Neste ano introduzida tambm a tabela, proporcionando assim
jogadas de rebote. Porm somente no ano de 1906 a tabela torna-se
obrigatria. Em 1908 se probe driblar mais de uma vez e os jogadores passam
a ser expulsos de campo com cinco faltas. J em 1910 essa expulso passa a
ser com quatro faltas individuais e h a obrigatoriedade de dois rbitros no
jogo. Em 1921 surge a figura do piv, e no ano de 1924 estipula-se que o
jogador que receber a falta devera ser o cobrador do lance livre. Em 1930 e
fixado tamanho e peso da bola com circunferncia de 77,5 cm e peso de 896 a
868 gramas. No ano seguinte se estabelecem a medidas da quadra 26 x 5 + 2
x +1. No ano de 1932 foi institudo que o time com a posse da bola teria dez
segundos para passar de sua quadra defensiva para sua quadra ofensiva. Em
1936 e permitido trs pedidos de tempo por equipe e permitisse cinco
jogadores na reserva. Foi estipulado, nesse mesmo ano, que o jogo seria
reiniciado, depois da cesta, na linha do fundo do campo defensivo de que
tomou a cesta. J no ano de 1944 o numero de substituio passa ser ilimitado
e volta ser cinco o numero de faltas individuais que ocasionam a expulso do
jogo. No ano seguinte legalizado o bloqueio, mas conhecido com toco. Em
1952 o garrafo e ampliado e determinada a pintura do retngulo nas tabelas
(OKAZAKI, 2002).
Dois anos depois foi aumentado o tempo de posse de bola para vinte e
quatro segundos e os lanches livres seriam cobrados somente depois da quinta
falta de equipe. Na dcada de 60 decide-se no trocar mais as regras, sendo
revisadas a cada quatro anos, exceto em casos excepcionais. Decide-se
tambm que a reteno da bola por mais de cinco segundos sob presso ser
efetuada a bola ao alto. O garrafo adquire forma de trapzio e eliminada a
regras dos dez segundos para passar para o campo ofensivo. Em 1980 definese que no poder haver empate, ocorrendo a prorrogao ate que uma equipe
vena, j em 1984 cria-se a linha de trs pontos, a 6,25 metros da cesta,

aperfeioando assim arremessos de longas distncia, e hoje essa distancia


de 6,75. Na dcada de 90 as faltas so acumulativas e no se podem mover os
ps nas cobranas da lateral (OKAZAKI, 2002).
A maioria dessas regras j citadas continuam at os dias de hoje. As
dimenses atuais da quadra que so de 28 metros de comprimento por 15
metros de largura. Em relao ao tempo de jogo, constitudo de quatro
perodos de dez minutos, com intervalos de 2 minutos entre o primeiro e
segundo perodo, e entre o terceiro e o quarto perodo. J o intervalo em
segundo e terceiro perodo, que se da na metade do jogo, ser de 15 minutos.
No inicio do primeiro perodo realiza-se a bola ao alto com uma disputa para
ver quem comea. J nos outros perodos a bola estar com o time que perdeu
na bola ao alto, alternando assim a reposio para o jogo. Isso tambm ocorre
com a bola presa. Caso o jogo termine empatado, sero realizadas
prorrogaes de cinco minutos, quantas possveis, ate quebrar o empate.
Permanece a regra de vinte e quatro segundos, que o tempo que uma equipe
tem, quando toma posse da bola, para efetuar uma jogada de ataque. Esse
tempo se reinicia assim que a bola toca o aro em um arremesso. Caso isso no
ocorra h uma infrao e a bola passa para o time adversrio. Dentro do
garrafo (rea restritiva do adversrio), h um semicrculo de no carga, onde
nessas reas especifica, o jogador de ataque poder penetrar sem preocuparse com o contato no adversrio, no ocorrendo falta de ataque, a menos que
de forma desleal. Regras essas atualizadas no ano de 2014 pela FIBA
(Federao Internacional de Basquetebol)2.
Aspectos tcnicos e tticos
Os fundamentos do basquetebol so considerados como aspectos tcnicos
e caracterizam-se por passes, dribles, arremessos, rebotes, marcao e
deslocamento (manejo de corpo com ou sem a bola). Sua correta execuo
proporciona ao atleta um melhor rendimento, obtendo destaque frente aos
outros, e praticando o esporte de forma mais natural (GUARIZI, 2007;
FERREIRA e ROSE JR, 1987).

Informaes retiradas do site www.fiba.com.br

A empunhadura ou manejo de bola so fundamentos que envolvem o


manuseio, ou maneira de segurar a bola, que se relaciona com diversos outros
fundamentos, como por exemplo, um movimento de passe, sendo, portanto a
capacidade de manusear a bola nas diversas situaes do jogo.
O drible o fundamento mais utilizado, para conduzir a bola pela quadra,
com ato de bater a bola, impulsiona-la contra o solo com uma das mos.
Dentro das situaes do jogo podem-se identificar alguns tipos de dribles.
Drible alto utilizado com o intuito de o jogador deslocar-se com maior
velocidade, utilizado principalmente quando no esta sofrendo uma marcao
prxima.
Drible baixo utilizado quando o jogador sofre uma marcao mais prxima,
havendo necessidade de uma maior proteo da bola, portanto o jogador
posiciona com o corpo curvado para frente protegendo a bola.
Drible com mudanas (fintas) utilizado quando o jogador precisa fintar o
adversrio. Essas fintas podem acontecer pela frente do corpo, trocando a bola
de mo, com um giro, passando pelo adversrio, entre as pernas, tambm
trocando de mo e mudando a direo; e por traz do corpo (FERREIRA e
ROSE JR, 1987; GUARIZI 2007).
O passe um fundamento de ataque que constitui em lanamento da
bola entre os jogadores de uma mesma equipe para chegar meta que a
cesta. Existem diferente tipos de passe, como o passe de peito, utilizados de
forma rpida para curtas distancias. Passe picado, tambm utilizado para
curtas distancias, utiliza o mesmo movimento do passe de peito, porm com a
bola sendo lanada ao solo antes de chegar ao companheiro. Passe por cima
da cabea, com ambas as mos em cima da cabea, lanando a bola em
curtas distancia, sendo muito usado para servir o piv (jogador alto que se
posiciona perto da cesta). Passe de ombro, com ambas as mos na altura do
ombro, utilizado para atingir longas distancias, principalmente jogadas de
contra-ataque (FERREIRA e ROSE JR, 1987).
Arremessos so fundamentos de ataque realizados com objetivos de se
conseguir a cesta, que determina o numero de pontos das equipes durante o

jogo, consequentemente a vitorio ou derrota. Assim como os passes, o


arremesso possui diversas maneiras de executa-lo, como o arremesso com
umas das mos, a bandeja que um de arremesso executado em
deslocamento prximo a cesta adversaria. O arremesso jump (saltar, pular)
tem como caractersticas o arremesso junto com o momento mais alto de um
salto. Podemos citar tambm o arremesso de gancho, muito utilizado pelos
pivs, e a enterrada que se trata do salto junto com a colao direta da bola na
cesta. (FERREIRA e ROSE JR, 1987).
Rebote o fundamento para obteno da posse da bola, aps um
arremesso a cesta, no convertido. O rebote pode ser tanto defensivo com
ofensivo, sendo o rebote defensivo, aquele em que o jogador recupera a bola
aps um arremesso do adversrio. J o rebote ofensivo ocorre quando um
jogador que esta no ataque, recupera a bola que foi lanada a cesta pelo seu
companheiro, continuando assim o ataque ao time adversrio. (FERREIRA e
ROSE JR, 1987) (GUARIZI, 2007).
Aspectos tticos so recursos para definir situaes de um jogo,
utilizando de forma adequada e racional, os fundamentos de ataque e defesa,
junto a habilidades individuais de cada jogador.
Os sistemas de defesas so aes tticas do grupo, que tem como
objetivo um melhor rendimento defensivo, podendo ser classificados em zona,
sob presso, misto e combinado.
Sistema individual - tem como caracterstica a situao de um contra um,
combinando previamente que cada defensor marca um atacante determinado.
Sistema por zona - tem como caracterstica a marcao e o deslocamento dos
jogadores de defesa, em uma determinada rea. Sendo assim, cada jogador
far a marcao em uma determinada rea, deslocando-se de acordo com a
movimentao da bola, tambm combinado a sadas de seus companheiros.
Sistema sob presso tem com caracterstica a agressividade, colocando dois
defensores marcando um atacante, exigindo muito condicionamento fsico dos
defensores, para surpreender o adversrio.

Sistema misto caracteriza-se por utilizar dois sistemas defensivos,


simultaneamente, como por exemplo, um defensor fara marcao individual e
os outros, marcao por zona.
Sistema combinado caracteriza-se por dois ou mais sistemas defensivos
distintos, dependendo do momento do ataque. Por exemplo, uma equipe
poder marca sob presso na quadra adversaria, mas se o adversrio passar
por essa defesa, os defensores realizam a marcao por zona em sua quadra.
Isso devera ser combinado e treinado muito para que na hora do jogo, os
defensores saibam interpretar as jogadas.
Sistema de ataque so movimentos tticos coletivos, que tem como
objetivo principal a converso da cesta. Diferente dos sistemas de defesa, o
ataque no tem uma classificao bem definida (FERREIRA; ROSE JR, 1987)
(GUARIZI, 2007).
Educao fsica escolar
Objetivos
Na Educao Fsica, os objetivos e propostas tiveram modificaes ao
longo dos anos. Foi includa na escola em 1851, no Brasil. Trs anos depois, a
ginastica passou a ser uma disciplina obrigatria no primrio e a dana no
secundrio. Em meados de 1930 a Educao Fsica tinha perspectivas
higienista, preocupando-se com a sade e o desenvolvimento fsico e moral a
partir do exerccio. A educao fsica militarista tinha como objetivo preparar
indivduos para a guerra, excluindo os incapacitados fisicamente. Ambas as
concepes consideravam a disciplina totalmente praticas, no necessitando
de fundamentos tericos (DARIDO, 2008). Aps as guerras, implantaram um
modelo americano chamado Escola Nova, que tinha como base o respeito a
personalidade da criana, o desenvolvimento democrtico e igualitria das
escolas. A educao fsica passa a ser um meio de educao (TEIXEIRA,
2002). Em 1960 e 70 a educao fsica ganha novamente tendncias
militaristas e a partir da quinta srie implantava-se a iniciao esportiva,
visando

novos

talentos

que

pudessem

competir

internacionalmente,

representando o pas. J na dcada de 80 a educao fsica escolar teve como

enfoque

desenvolvimento

psicomotor

do

aluno,

tirando

aquela

responsabilidade da escola de proporcionar esporte de alto rendimento.


Ocorreram assim diversas mudanas nos objetivos, contedo e planejamento
pedaggicos (DARIDO, 2008).
Atualmente existem diversas abordagens para a educao fsica escolar
no Brasil, porm a disciplina, nas escolas, s vezes tratada como
desnecessria, ou menos importante que as outras. Apesar disso, um
componente da Educao Bsica, integradas as propostas pedaggicas das
escolas, sendo exercida em toda escolaridade (DARIDO, 2008).
Diviso didtico pedaggica
Para romper um modelo mecanicista na rea da Educao Fsica, criouse atualmente vrias concepes.
Na abordagem desenvolvimentista a proposta torna-se caracterizar a
progresso do crescimento fsico com desenvolvimento fisiolgico, motor,
afetivo, cognitivo, social na aprendizagem motora. Com isso, a aula de
educao fsica deve privilegiar a aprendizagem do movimento, adaptando-se
aos problemas do cotidiano e resolvendo problemas motores. A aula deve
oferecer experincias de movimentos de acordo com nvel de crescimento do
aluno adaptando-se as exigncias dos desafios motores, que a criana
enfrentara no dia-a-dia (DARIDO, 2008 apud TANI et all, 1988).
Na abordagem construtiva interacionista, a proposta traz a interao
como construo do conhecimento. Utiliza o movimento como forma de facilitar
aprendizagens de outros contedos como a leitura, a escrita, etc. A educao
fsica, portanto, prope gradativamente tarefas mais complexa e desafios,
visando construo do conhecimento, de forma que a criana pense,
interagindo, resolva os problemas (DARIDO, 2008 apud FREIRE, 2009).
Na abordagem psicomotricista, a proposta da educao fsica ocorre por
meio do desenvolvimento da criana, garantindo sua formao integral. Prope
uma ao educativa a partir dos movimentos espontneos das crianas e suas
atitudes corporais. considerada educao de base na escola primaria, pois

leva a criana a ter conscincia do seu corpo, situar-se no espao, conscincia


de lateralidade, etc (DARIDO, 2008 apud Le BOUCH, 1986).
Na abordagem critico-superadora , a proposta trata-se do discurso da
justia social como ponto de apoio. Ela l os dados da realidade, interpretando
e emitindo um juzo de valor; julga os elementos da sociedade a parir de uma
tica; busca uma direo dependendo de quem reflete. Por tanto diagnstica,
judicativa e teleolgica. A Educao Fsica entendida por tratar de
conhecimento da cultural corporal (DARIDO, 2008 apud COLETIVO DE
AUTORES, 1992).
Na abordagem sistmica a proposta trata-se de proporcionar aos alunos
um entendimento do porque realizar os movimentos, ou tambm, saber utilizar
fundamentos tambm aprendidos, todos juntos num determinado jogo.
Experimentar movimentos na prtica tem muita importncia, alm do
conhecimento cognitivo e experincias afetivas vinda da prtica de movimentos
(DARIDO, 2008 apud BETTI, 1991).
Na abordagem cultural, a proposta retrata que todo movimento corporal
est ligado a cultura do individuo, a aprendizagens que traz de uma
determinada sociedade ou momento histrico (DARIDO, 2008 apud DALIO,
1993).
O papel como formao de crianas e jovens
Quando ingressa a escola, os alunos j possuem conhecimentos sobre o
corpo, trazido de experincias pessoais. Porm cabe a escola trabalhar essas
experincias e outras que no teriam fora da escola.
Mas no somente a cultura corporal que as crianas e adolescente
aprendem nas aulas de educao fsica. O professor dessa rea o que mais
possui afinidade com os alunos, pois na quadra, durante as atividades que
envolvem diversos fatores, que os alunos demostram aspectos que, s vezes,
em sala de aula no so notados, como competitividade, timidez, egosmo,
baixa autoestima, etc. ai que o professor e a aula de educao fsica pode
ajudar tambm, alm dos aspectos de cultura do corpo, como tambm
aspectos psicolgicos, sociais, culturais, biolgicos e etc.

Um dos aspectos de formao social do aluno so as prticas de


respeito, dignidade e solidariedade, todos inseridos tambm nas aulas de
educao fsica, visam o desenvolvimento de carter do aluno e sua vida em
sociedade. (SOUZA e JUNIOR, 2010).
Jogos ldicos
A palavra ldico refere-se no que tem carter de jogos, brinquedos e
divertimentos (FERREIRA, 2009).
O jogo, para as crianas, uma das atividades mais importantes, assim
como o trabalho para o adulto. necessrio compreender o que o jogo
representa na vida delas, para poder educa-las, entendendo sua mentalidade e
entrando em seu mundo. Sendo assim, o jogo uma atividade espontnea,
desinteressada e que pode ter algumas regras ou obstculos a serem
superados (JACQUIN, 1963).
Johan Huizinga (2000) retrata a importncia do jogo tanto na vida humana
como na animal, e que, por meio do jogo a civilizao surge e se desenvolve.
Huizinga tambm diz que a cultura surge em forma de jogo, onde a base de
muitas realizaes (filosofia, cincia, arte, etc.) possuem tendncias ldicas.
Freire (2009) acredita na manifestao de esquemas motores, organizaes
de movimentos construdos pelos sujeitos, dependendo de seus recursos
biolgicos e condies do meio ambiente. Inserido no construtivismo, a
construo do conhecimento acontece a partir da interao do sujeito com o
mundo, sendo, portanto um processo constitudo durante toda a vida do
indivduo.
Basquetebol como ferramenta ldica para a educao fsica escolar
A iniciao de esportes como o basquetebol, num mbito escolar, deve ser
encarada de forma ldica pelos professores, de modo que os alunos possam
participar e desenvolver suas habilidades de forma espontnea. Com essa
proposta, os alunos realizam movimentos e fundamentos no para ser melhor
que o outro, ter maior rendimento, e sim, de maneira ldica, aprendendo e se
divertindo. Sendo assim, com essa forma ldica de trabalhar as modalidades
esportivas, os alunos iro possuir maior motivao, enquanto desenvolvem

habilidades motoras, facilitando a relao do professor e aluno durante a


aprendizagem de contedos esportivos como o basquetebol, nas aulas de
Educao Fsica (ANDRADE E SANTANA, 2013).
Ao praticar o basquetebol nas escolas os alunos possuem a oportunidade
de aprendizagem motora significante, alm de experimentar um novo esporte,
que muitas vezes no so aprofundados nesse mbito escolar, mesmo porque,
para isso, necessria boa formao pedaggica e tambm conhecimento
profundo sobre as fases de desenvolvimento do seu humano (JOBIM, PUREZA
e LOUREIRO, 2008).
O esporte, no caso do basquete, junto com o ldico, utilizado na educao
bsica de forma planejada, organizada e sistematizada, torna-se um
instrumento pedaggico com grande importncia no processo de aprendizagem
dentro da Educao Fsica Escolar (ANDRADE; SANTANA, 2013).

Consideraes finais
Na Educao Fsica Escolar muitos professores, principalmente alguns
tempos atrs, trabalhavam em suas aulas sempre a mesma coisa, como suas
especialidades, ou at mesmo o que os alunos sempre pediam, como futebol
para os meninos e queimada para as meninas. Esse um dos motivos, a meu
ver, que proporciona, muitas vezes, o descaso da disciplina.
Com algumas novas propostas pedaggicas onde os contedos a serem
trabalhados j vm previamente estipulados, h certas mudanas nesse
aspecto, pois oferece assim diversas modalidades esportivas que, h algum
tempo, os alunos sequer conheciam ou ouviram falar. Sendo assim o
basquetebol passa a ser mais trabalhado nas aulas de Educao Fsica e,
como mostra esse trabalho, os benefcios so diversos, principalmente junto ao
ldico, de forma que a criana aprenda brincando!

Referncias bibliogrficas
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Educao Fsica. GT1 Educao de crianas, jovens e adultos. Sergipe, 2013.
CARNEIRO, tila Viana. Basquetebol como instrumento de incluso e
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Trabalho

de

concluso

de

curso,

Centro

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