Custos I
Custos I
Custos I
CUSTOS I
Prof. Eduardo Larica Wanderley
eduardo@vegaconsultoria.cnt.br
09
A. Sumário
Introdução ......................................................................................................................... 8
I. PATRIMÔNIO, OS INVESTIMENTOS E AS FONTES DE
FINANCIAMENTO. ...................................................................................................... 9
1. Patrimônio. .......................................................................................................... 9
2. Os Investimentos ................................................................................................. 9
3. Fontes de financiamento ..................................................................................... 9
II. FUNDAMENTOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ............. 10
4. Aspectos introdutórios. ............................................................................... 10
5. Origem histórica dos custos ...................................................................... 10
6. A importância dos custos como instrumentos de controle, de
planejamento e de avaliação de desempenho. ................................................ 11
7. Objetivos da contabilidade de custos ...................................................... 12
8. As diferentes contabilidades ...................................................................... 12
8.1. Contabilidade financeira. ............................................................................. 12
8.2. Contabilidade Gerencial. .............................................................................. 12
9. Conceitos e terminologias aplicados. ...................................................... 13
10. Princípios e convenções aplicados na contabilidade de custos ..................... 15
10.1. Princípio da realização da Receita ........................................................ 16
10.2. Princípio da competência ou da confrontação entre despesas e
receitas. .................................................................................................................. 16
10.3. Princípio do custo histórico como base de valor .................................. 17
10.4. Consistência ou uniformidade ............................................................... 18
10.5. Materialidade ou relevância .................................................................. 19
PARA REFLETIR ................................................................................................. 19
III. CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS.................................................................. 21
11. Separação dos Custos e Despesas .................................................................... 21
11.1. Custos....................................................................................................... 21
11.2. Despesas ................................................................................................... 21
11.3. Apropriação dos Custos Diretos ............................................................ 22
11.4. Apropriação dos Custos Indiretos (Critérios de Rateio) .................... 22
11.5. Outra Classificação dos Custos: fixos e Variáveis ............................... 25
PRATICANDO ...................................................................................................... 27
IV. METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES E DOS
INSUMOS ..................................................................................................................... 29
12. Análise e contabilização dos créditos de impostos sobre compras ............... 29
12.1. O IPI ....................................................................................................... 29
12.2. O ICMS.................................................................................................... 31
13. Análise das variações nos preços dos estoques ............................................... 36
13.1. O que integra o valor dos materiais. ..................................................... 36
2
14. Avaliação dos estoques (PEPS, UEPS, CUSTO MÉDIO) ............................. 37
14.1. O Custo Médio ........................................................................................ 37
14.2. O método PEPS (FIFO) ......................................................................... 38
14.3. O Método UEPS (LIFO) ........................................................................ 39
PRATICANDO ...................................................................................................... 39
V. ANÁLISE DA FOLHA DE PAGAMENTO ...................................................... 41
15. Cálculo de ordenados e salários e dos encargos ............................................. 41
16. Cálculo da taxa horária da mão-de-obra ........................................................ 43
17. Separação da mão-de-obra direta e da mão-de-obra- indireta .................... 43
PRATICANDO ...................................................................................................... 45
VI. ESQUEMA BÁSICO DE APURAÇÃO DOS CUSTOS ................................ 46
18. Síntese do Esquema Básico Completo ............................................................. 46
19. DEPARTAMENTALIZAÇÃO ........................................................................ 48
PRATICANDO ...................................................................................................... 49
VII. SISTEMAS DE CUSTEIO ............................................................................... 52
20. Custeio por absorção ........................................................................................ 52
20.1. Cálculo do Custeio por Absorção sem Departamentalização ............. 53
20.2. Cálculo do Custeio por absorção com Departamentalização ............. 54
20.3. Esquema para apuração do CPV .......................................................... 57
21. Custeio Direto ou Variável (DIRECT COSTING) ........................................ 58
22. Custeio ABC ...................................................................................................... 62
23. Custeio de Ordens e de Encomendas .............................................................. 66
PRATICANDO ...................................................................................................... 67
VIII. CUSTO PARA TOMADA DE DECISÕES................................................. 69
24. Custo Fixo, Lucro e Margem de Contribuição .............................................. 69
25. Custeio Variável x Custeio por Absorção ....................................................... 70
26. Relação Custo-Volume-Lucro ......................................................................... 72
26.1. Margem de Contribuição e Retorno sobre Investimentos .................. 72
26.2. Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro ...................... 73
26.3. Alavancagem Operacional ..................................................................... 74
27. Fixação do preço de venda e decisão sobre compra ou produção ................ 75
PRATICANDO .............................................................................................................. 77
PARA REFLETIR ................................................................................................. 79
IX. CUSTOS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE ................................... 80
28. Custos Controláveis e Custos Estimados ........................................................ 80
29. Custo-Padrão ..................................................................................................... 81
30. Análise das Variações de Materiais e Mão-de-Obra ..................................... 82
31. Análise das Variações nos Custos Indiretos de Fabricação .......................... 82
PARA REFLETIR ................................................................................................. 83
3
PRATICANDO ...................................................................................................... 84
X. Implantação de Sistemas de Custos .................................................................... 86
32. Sistemas de custos ............................................................................................. 86
32.1. apreciações gerais. ............................................................................................ 86
32.2. Quantificações físicas. ....................................................................................... 87
. ....................................................................................................................................... 87
B. Obras Citadas .......................................................................................................... 90
4
ORGANIZAÇÃO DA DISCIPLINA
Objetivos:
Conteúdo Capítulo
Patrimônio 1
Os investimentos 2
As fontes de financiamento 3
Conteúdo Capítulo
Aspectos introdutórios 4
Origem histórica dos custos 5
A importância dos custos como instrumento de controle, 6
planejamento e de avaliação de desempenho
Objetivos da análise de custos 7
As diferentes contabilidades 8
Conceitos e terminologias aplicados na análise de custos 9
Princípios e convenções aplicados na análise de custos 10
Conteúdo Capítulo
Separação dos custos e despesas 11
5
Unidade IV – Metodologia para avaliação dos estoques e dos insumos
Carga horária: 4 horas
Conteúdo Capítulo
Análise e contabilização dos créditos e impostos sobre compras 12
Análise das variações nos preços dos estoques 13
Avaliação dos estoques (PEPS, UEPS, CUSTO MÉDIO) 14
Conteúdo Capítulo
Cálculo de ordenados e salários e dos encargos 15
Cálculo da taxa horária da mão-de-obra 16
Separação da mão-de-obra direta e da mão-de-obra indireta 17
Conteúdo Capítulo
Síntese do esquema básico completo 18
Departamentalização 19
Conteúdo Capítulo
Custeio por Absorção 20
Custeio Direto ou Variável (Direct Costing) 21
Custeio ABC 22
Custeio de Ordens e de Encomendas 23
Conteúdo Capítulo
Custo fixo, Lucro e Margem de Contribuição 24
Custeio Variável X Custeio por Absorção 25
Relação Custo-Volume-Lucro 26
Fixação do preço de venda e decisão sobre compra ou produção 27
6
Unidade IX – Custos para planejamento e controle
Carga horária: 4 horas
Conteúdo Capítulo
Custos Controláveis e custos Estimados 28
Custo Padrão 29
Análise das variações de Materiais e Mão de Obra 30
Análise das variações nos Custos Indiretos de Fabricação 31
Conteúdo Capítulo
Sistemas de Custos – apreciações gerais – quantificações físicas 32
Reações ao sistema – Custo do sistema e seus benefícios 33
Escolha do sistema – Implantação gradativa 34
“Importação” de sistemas de custos 35
7
Introdução
1. Patrimônio.
2. Os Investimentos
Os Capitais da empresa podem ser investidos em: Bens numerários, que são
aqueles de imediata liquidez, constituindo o disponível da empresa (Caixa,
bancos, aplicações financeiras de curtíssimo prazo, etc.); Bens de venda, como a
própria denominação sugere, são os bens destinados a venda que constituem o
objeto de seu negócio. No caso de uma indústria são os estoques de produtos em
elaboração e de produtos acabados; Bens fixos que são os bens de caráter
permanente que constituem os meios de produção da empresa, que vão servir a
vários ciclos produtivos, conhecidos como bens de uso, como por exemplo:
Imóveis, máquinas e equipamentos, instalações, veículos, etc. estes últimos,
classificados no Ativo Não Circulante;
3. Fontes de financiamento
1 9
Meu grifo
II. FUNDAMENTOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
4. Aspectos introdutórios.
Estoques iniciais
(+) Compras
(-) Estoques finais
(=) Custo das Mercadorias Vendidas
10
6. A importância dos custos como instrumentos de controle, de planejamento e de
avaliação de desempenho.
11
7. Objetivos da contabilidade de custos
8. As diferentes contabilidades
12
9. Conceitos e terminologias aplicados.
Figura 1
13
3) Custo - Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros
bens ou serviços. É reconhecido no momento da utilização dos fatores de
produção, para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Ex.:
Matéria prima, energia elétrica.
14
10. Princípios e convenções aplicados na contabilidade de custos
Um “Sistema de Custos” é formado por PRINCÍOS e MÉTODOS; vejamos:
Figura 2
Fonte: Autor
15
10.1. Princípio da realização da Receita
16
Na utilização deste princípio nos defrontamos com algumas situações não
muito lógicas tal como o gasto com o salário do chefe da fábrica é apropriado a
um produto estocado e só se torna despesa por ocasião da venda, enquanto o
salário do chefe de vendas vira, de imediato, despesa.
Numa economia inflacionária, o uso de valores históricos não faz muito sentido.
Quando somamos todos os custos de produção de determinado item,
estocamos e levamos a balanço pelo valor original, demonstramos um ativo
que espelha o quanto custou produzi-lo na época em que foi elaborado, nada
tendo a ver com o valor atual de reposição do estoque, nem com o valor
histórico inflacionado (deflacionado) e muito menos ainda com seu valor de
venda.
Neste caso, é mantido o Custo Histórico Como Base de Valor, mas, em moeda
forte. Entretanto, a partir de 1996, entra em vigor a Lei No.9.249/95 e a
comissão de Valores Mobiliários cria a UMC (Unidade Monetária contábil)
exatamente para este fim.
Martins (2008) acredita que quando se acumulam custos de dois, três ou mais
meses para se produzir um bem ou serviço, tem-se no puro custo histórico um
instrumento muito pobre de informações. Continuando em seu raciocínio
Martins (2008) persevera que o correto, tecnicamente, seria transformar esses
diversos custos originados em momentos diferentes em quantidades de moeda
constante, o que é a mesma coisa que se efetuar a correção desses valores.
18
10.5. Materialidade ou relevância
Essa outra regra contábil, também muito importante para Custos, desobriga de
um tratamento mais detalhado, itens cujo valor monetário seja irrelevante com
relação aos gastos totais.
PARA REFLETIR
19
Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D) ou
Perda (P):
( ) Consumo de combustível
( ) Aquisição de Máquinas
( ) aquisição de embalagens
( ) Os ativos, contabilmente, devem ser registrados sempre por seu valor corrente
de mercado.
Além disso, este cálculo do custo por produto irá propiciar o estabelecimento
do preço final, o custo unitário por produto (para se conhecer a rentabilidade
unitária), o custo por item que compõem o produto (matéria-prima, mão-de-
obra...) para se comparar com o orçado etc.
11.1. Custos
11.2. Despesas
21
Figura 3
Podemos entender como Custos Diretos como aqueles que podem ser
fisicamente identificados a um objeto de custo. Desta forma, se o objeto de
custo é uma determinada Linha de Produtos, então os materiais e a mão-de-
mão
obra envolvidos em sua fabricação, seriam custos diretos.
22
Observamos, no item 2.1, que a primeira medida a ser tomada é a separação
entre Custos e Despesas, iniciando aí, o surgimento de aspectos subjetivos
inerentes aos processos de rateio. Vamos imaginar que a empresa tenha suas
instalações em imóvel alugado, portanto, tendo a necessidade de separar a
parte que cabe à produção (custo) da parte que cabe aos setores
administrativos e de vendas (despesa). O critério de rateio que vai ser
primeiramente lembrado será o de área ocupada por cada um.
23
FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS
CUSTOS DEPESAS
DESPESAS
INDIRETOS DIRETOS
RATEIO
PRODUTO A VENDAS
PRODUTO B
PRODUTO C
ESTOQUES
RESULTADO
b) Se, por outro lado, verificarmos que o mais importante item é Mão-
de-Obra Indireta e seus encargos sociais pelo fato de haver uma
supervisão cara, e esta supervisão se devesse basicamente ao
controle do pessoal direto de produção, não haveria, também nessa
hipótese, dúvida em se fazer a distribuição com base na Mão-de-Obra.
24
c) Imaginando, entretanto, num caso bastante especial, que o peso
maior dos Gastos Gerais de Fabricação fosse devido à existência de
uma Câmara Frigorífica destinada à manutenção da Matéria-Prima
(MP) em determinada temperatura até o momento de sua utilização; os
GGF seriam basicamente depreciação dessa Câmara Frigorífica,
energia e manutenção, e mesmo a mão-de-obra indireta poderia estar
quase totalmente vinculada a ela. Assim, a apropriação com base no
volume de Matéria-Prima seria uma prática aceitável.
Deste modo, para haver uma alocação mais adequada dos Gastos Gerais de
Fabricação é mister que se faça uma análise de seus componentes e se
verifique quais critérios de rateio melhor relacionam esses Custos com os
Produtos.
Podemos citar como exemplo, o valor total consumido dos materiais diretos por
mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade
produzida, maior seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo
(mês, nesse exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com
o volume de produção; logo, materiais diretos são Custos Variáveis.
Martins (2008) alerta para o fato de que os Custos Fixos não são, mesmo os
repetitivos, eternamente do mesmo valor. Sempre há pelo menos duas causas
para sua modificação: mudança em função de variação de preços, de
expansão da empresa ou de mudança de tecnologia. Continuando, Martins
(2008) cita como exemplo o valor da Mão-de-Obra Indireta que pode subir em
determinado mês em função de um dissídio; o aluguel pode crescer em virtude
da adição de mais um imóvel; e a depreciação pode também aumentar pela
substituição de uma máquina velha por outra moderna e mais cara.
26
PRATICANDO
- Produto A - $ 300.000,00
- Produto B - $ 230.000,00
PEDE-SE:
27
A empresa Correta Indústria, apresentou em determinado período os seguintes gastos,
para a produção dos seus três produtos A, B e C.
PEDE-SE:
28
IV. METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES E DOS INSUMOS
12.1. O IPI
29
Não se considera nem os $18.000 como receita nem os $8.000 e os $10.000
como despesas; vejamos como ficaria a contabilização, simplificadamente,
neste caso:
IPI A RECOLHER
18.000(3)
(4)10.000
30
Pode ocorrer a situação em que a indústria paga o IPI na compra de seus
materiais, mas, tenha adquirido, por disposição legal, direito de se ressarcir
desse encargo na venda do produto final. Situação esta observada nas
exportações, pois, além de não incidir IPI sobre a venda, ainda recebe às
vezes direito de recuperação do IPI pago sobre os materiais utilizados na
produção dos bens exportados. Esse crédito representa um direito que pode
ser utilizado para pagamento de outros impostos federais ou até mesmo de
fornecedores, funcionando como um título de crédito qualquer.
Ainda no caso das exportações pode ocorrer, ainda, outro incentivo, onde o
Governo Federal paga a empresa o IPI que seria pago pelo cliente no exterior
que foi isentado desse encargo. Nesse caso o IPI torna-se uma receita
adicional à venda bruta direta da exportadora.
12.2. O ICMS
Fornecedores
400.000 (1)
32
Como Vimos, os estoques aparecem pelos seus valores reais de custo, sem a
inclusão do ICMS. As vendas foram registradas pelo montante de receita para
a empresa, ou seja, vendas líquidas, também sem a inclusão do imposto. A
conta ICMS A RECUPERAR, representa um ativo, o direito da empresa de se
ressarcir desse imposto, já que pagou mais ICMS pelas compras do que
recebeu pelas vendas.
33
Matéria-prima ICMS A RECUPERAR Produtos em elaboração
164.000 18.000 (8)100.000
164.000(9) 18.000(13) (9)164.000 264.000(10)
36.000
Demonstrando o resultado do segundo período:
34
Entretanto, a legislação brasileira, mais precisamente a Lei No.6.404/76 e a
legislação fiscal, não admite a contabilização pelas vendas líquidas, exigindo o
registro das Vendas Brutas, sendo assim, o lançamento das vendas, para os
três períodos analisados, ficaria da seguinte forma:
35
13. Análise das variações nos preços dos estoques
36
14. Avaliação dos estoques (PEPS, UEPS, CUSTO MÉDIO)
Quadro 1
DIA COMPRAS UTILIZAÇÃO SALDOS
Quant. P. Unit. $ P. Total $ Quant. C. Unit. C. Total $ Quant. C. C. Total $
Kg Kg $ Kg Unit.
4 1.000 10,00 10.000,00 - - - 1.000 10,00 10.000,00
11 - - - 500 10,00 5.000,00 500 10,00 5.000,00
37
Podemos concluir, portanto, que mesmo com a utilização do Custo Médio, os
valores de materiais podem variar dependendo da forma utilizada para o
cálculo.
Por este critério, vamos verificar que o material utilizado recebe os custos mais
antigos, os mais recentes permanecem no estoque. O Primeiro valor a entrar é
o Primeiro a sair (First-In, First-Out). Utilizando, ainda, os mesmos dados do
Quadro 1, teríamos:
Neste caso não faz diferença avaliar os estoques durante ou apenas no final do
período. A observação mais importante que podemos depreender é o efeito
fiscal que, por atribuir custos mais antigos aos produtos, ocasiona,
naturalmente pela tendência crescente dos preços de mercado, um Lucro
Maior e, consequentemente, tributação maior do resultado. Não será nenhuma
surpresa afirmar que esse método é aceito pela legislação fiscal brasileira.
38
14.3. O Método UEPS (LIFO)
Pela aplicação deste método, utiliza-se a forma de que o último preço a entrar
será o primeiro a sair (Last-In, First-Out), provocando efeitos contrários ao
método PEPS, anteriormente analisado, causando uma redução no lucro pela
superavaliação do custo, não sendo, portanto, admitida pela legislação do
Imposto de Renda. Entretanto, esse método é aceito pelos princípios
contábeis e utilizado para avaliações gerenciais.
PRATICANDO
A INDÚSTRIA DE BOLOS UGF utiliza, para sua produção por encomenda, considerável
quantidade de ovos.
- como a empresa opera sob o regime de encomenda, toda a produção é sempre vendida;
- as vendas da empresa equivaleram a 2 vezes o total dos demais custos na produção (citado
acima).
39
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE
DIA ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Quant. P. Unit. P. Total Quant. C. Unit. C. Total Quant. C. Unit. C. Total
40
V. ANÁLISE DA FOLHA DE PAGAMENTO
Nos EUA, como em alguns outros países, não incluem, muitas vezes, ao custo
de Mão-de-obra Direta, os Encargos Sociais, pois, além de serem irrelevantes,
nem sempre depedem da própria Mão-de-Obra. Já no Brasil esta situação tem
uma amplitude bem maior, sendo necessária a inclusão dos encargos no custo
horário da Mão-de-Obra Direta.
A maneira mais fácil de calcular esse valor é a empresa apurar o gasto que lhe
cabe por ano e dividi-lo pelo número de horas em que o empregado
efetivamente se encontra à sua disposição, por exemplo:
41
Dessa forma, pode-se estimar o número máximo de horas que um trabalhador
pode oferecer à empresa:
42
16. Cálculo da taxa horária da mão-de-obra
E o Custo-Hora será:
44
PRATICANDO
45
VI. ESQUEMA BÁSICO DE APURAÇÃO DOS CUSTOS
46
FLUXO DOS CUSTOS E DESPESAS EM EMPRESAS POR DEPARTAMENTO
Despesas de Adm. de
Custos de Produção
Vendas e Financeira
Indiretos Diretos
Alocáveis
R Comuns Diretamente
aos Depart.
Depart.
Serviço A
Vendas
R
Depart.
Serviço B
Depart.
Serviço C
R Produto
X
Depart.
Serviço D
R Produto
Y
Estoques
RESULTADO
47
19. DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Porque Departamentalizar?
Para uma racional distribuição dos custos indiretos, pois a simples alocação
aos produtos, em determinadas empresas, não espelha a correta apropriação
dos custos aos produtos.
48
PRATICANDO
A Indústria Aniel produz sabão em pó e sabão líquido, ambos específicos para lavagem de
roupa.
Em determinado período, produziu 20.000 caixas do sabão em pó e 16.000 frascos do
líquido, incorrendo nos seguintes custos:
Pó Líquido
Matéria prima $2/Kg 12.000 Kg 8.000 Kg
Mão de Obra Direta $5/hora 6.000 h 3.000 h
Os custos de matéria prima, mão de obra direta e os Custos Indiretos de Produção são
comuns aos dois produtos.
A Aniel possui contrato de demanda da energia elétrica com a concessionária, PE,lo
qual paga apenas uma quantia fixa por mês, e não mede o consumo por tipo de produto.
Os CIP são apropriados aos produtos de acordo com o tempo de MOD empregado na
produção de um e outro, sabendo-se que são necessários 18 minutos para produzir uma
caixa de sabão em pó e 11,25 minutos para produzir um frasco de sabão líquido.
A indústria utiliza em sua produção uma máquina que, devido à corrosão tem sua vida
útil física e econômica limitada pela quantidade de matéria prima processada (a vida útil
é estimada pelo fabricante do equipamento em 400.000 Kg de processamento de matéria
prima). Foi adquirida por $320.000 e seu custo ainda não está incluído na relação
acima.
Pede-se:
a)Elaborar um quadro de apropriação de custos aos produtos; e
b)Calcular o custo unitário de cada produto.
49
A Metalúrgica Dobra e Fecha produz dobradiças e fechaduras. O ambiente de produção é
formado por seis departamentos: Estamparia, Furação, Montagem, Almoxarifado,
Manutenção e Administração Geral da Produção.
A produção de dobradiças é totalmente realizada apenas nos departamentos de
Estamparia e de Furação; as fechaduras passam pelos três departamentos de produção.
Em determinado período, foram produzidas 12.000 dobradiças e 4.000 fechaduras, e os
custos diretos foram os seguintes (em $):
Departamentos N° de funcionários
Estamparia 35
Montagem 15
Furação 30
Almoxarifado 10
Manutenção 10
Total 100
50
O Almoxarifado distribui seus custos à base do número de requisições:
1) Calcular:
a) O custo total de cada departamento de produção;
b) O custo total de cada produto;
c) O custo unitário de cada produto.
Mapa de Apropriação de Custos
Adm
Custos
Estamparia Furação Montagem Almoxarifado Manutenção Geral da Total
Indiretos
Prod
Mat. Indireto 159 57 46 90 112 336 800
Energia
Elétrica 2.400 432 1.340 240 240 148 4.800
Mão de Obra
Indireta 532 672 390 140 170 896 2.800
Aluguel - - - - - 3.200 3.200
Total 3.091 1.161 1.776 470 522 4.580 11.600
Rateio da
Adm. Geral -
Soma -
Rateio da
Manutenção - - -
Soma -
Rateio do
Almoxarifado - - -
Soma - - -
Fechaduras - - -
Dobradiças - - -
Total - - -
51
VII. SISTEMAS DE CUSTEIO
Características:
1. engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos.
2. Primeiro - faz a alocação, dos custos indiretos, no centro de custos
(auxiliares e produtivos);
3. Segundo – alocação dos centros de custos para os produtos;
4. Os CIF acabam transferindo-se, contabilmente, para a conta de
estoques de produtos acabados;
5. É útil nas empresas que têm processo de produção pouco flexível e
poucos produtos;
52
6. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de
produção.
Vantagens:
1. considera o total dos custos por produto;
2. formação de custos para estoques;
3. permite a apuração do custos por centro de custos;
Desvantagens:
1. poderá elevar artificialmente os custos de alguns produtos;
2. não evidencia a capacidade ociosa da empresa;
3. os critérios de rateios são sempre arbitrários, portanto nem sempre
justos.
A aplicação do custeio por absorção pode ser feita levando-se em conta a
departamentalização ou não. Isto após de feita uma avaliação criteriosa da
composição dos custos, para verificar o volume dos custo indiretos, conforme a
convenção da materialidade. Vejamos os exemplos abaixo:
Uma fábrica produz dois produtos 1 e 2. Em tem a composição dos seus custos
formada por:
Os custos diretos são transferidos aos produtos por meio do consumo efetivo e
pelo tempo de produção de cada produto, não havendo grandes dificuldades
nestes cálculos.
** a MOD é foi alocada com base nas apontações das horas trabalhadas para
cada produto.
53
Já os custos indiretos, como o próprio conceitos exprime, não têm uma
identificação clara para com os portadores finais, necessitando de critérios de
rateio para sua alocação.
O processo mais simples é alocar tais custos tendo uma única base, como por
exemplo a proporção de custos diretos que cada produto consome ou o valor
da mão-de-obra direta, entre outros critérios.
TOTAL DOS
PRODUTOS MP MOD PRPORÇÃO INDIRETOS
CUSTOS
PROD. 1 8.000,00 4.000,00 44,44% 5.332,80 17.332,80
PROD. 2 19.000,00 5.000,00 55,56% 6.667,20 30.667,20
TOTAL 27.000,00 9.000,00 100,00% 12.000,00 48.000,00
54
De modo geral, a função PRODUÇÃO gera CUSTOS e as funções de
VENDAS, DISTRIBUIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO etc. geram DESPESAS.
A Prestação de serviços por parte dos centros auxiliares ocorre para os centros
de produção, de vendas, de distribuição e para próprios centros auxiliares.
Essa ordenação deve ser processada de forma que sempre centros anteriores
prestem serviços para centros posteriores e seja evitado o contrário.
A partir daí, inicia o cálculo do custo dos produtos propriamente dito, onde os
custos e despesas indiretos são apropriados aos produtos ou serviços
produzidos (no período de referência) com auxilio de boletins de apropriação
de custos aos produtos (individualizados) ou de mapa de apropriação de custos
aos produtos (grupalizados).
56
O NONO - consiste na determinação dos insumos físicos por produto, seja
quanto aos materiais básicos (diretos) e mão-de-obra direta utilizados, seja
57
Matria Prima
S.I.
Compras VALOR A
S.F.
G.G.F. S.F. 3
SALDO 2
VALOR C
1 Custo Fabril
1
2 Custo dos Produtos Fabricados
3 C. P. V.
58
2. atribuir ao custo final dos produtos somente as
cargas variáveis, obtendo-se, assim, um custo final
variável dos produtos.
Esta metodologia pode ser justificada pelo conceito de custo do período, isto é,
os custos de produção fixos e as despesas de comercialização, distribuição e
administração fixas são custos (contabilmente, despesas operacionais) do
período e não do produto.
Ele somente pode ser utilizado para fins gerenciais, de tomada de decisão,
sobretudo a curto prazo.
Os dois métodos de custeio global (full costing) e o variável (direct costing) são
irreconciliáveis formalmente, isto é, não podem ser aplicados
concomitantemente, numa só vez.
Para finalizar, com base no custeio variável, só são alocados aos produtos os
custos variáveis, sendo os custos fixos separados e considerados como
despesas do período, lançados diretamente para o resultado do exercício; no
estoque só serão considerados, consequentemente os custos variáveis
(indiretos e/ou diretos), motivo que leva a legislação a não aceitá-lo, ou ainda,
dentro desse método os custos variáveis são considerados como atribuíveis 59
aos produtos e, por conseguinte, debitados na produção e incluídos no custo
dos estoques – é o caso de materiais e mão-de-obra direta. Já os custos fixos
são tratados como despesas do período e, portanto, não são ativados na conta
de estoques.
Características:
1. considera somente os custos variáveis, sendo diretos ou
indiretos;
2. seu enfoque é no produto;
3. os resultados apresentados sofrem influência direta do
volume de vendas;
4. é um critério administrativo gerencial e interno;
5. apresenta a contribuição marginal que é igual a diferença
entre as receitas e os custos diretos e variáveis dos Segmentos
estudáveis;
6. o custeio variável estima-se a auxiliar, sobre tudo a gerência
do processo de planejamento e tomada de decisão,
principalmente a curto prazo;
7. enfoca, principalmente, o custo unitário de produção;
8. requer a separação dos custos fixos e variáveis.
Vantagens:
1. enfoque gerencial;
2. não incorre em erros de rateios;
3. permite uma análise da contribuição direta de cada produto
para com os resultados, pela análise da margem de
contribuição;
4. os dados necessários para a análise da relação
custo/volume/resultado são rapidamente obtidos;
5. é totalmente integrado com o custo-padrão e orçamento
flexível.
60
Desvantagens:
1. ao não considerar os CF acaba tendo uma visão de curto
prazo;
2. isoladamente, não se aplica para formação do preço de
venda;
3. deve ser avaliado com detalhe em empresas de elevado
Ativo Imobilizado, pois não considera a depreciação, quando
esta for calculada pelo método linear ou outro método que à
transforme num custo fixo;
4. a exclusão dos CF indiretos para a valoração do estoque
causa subavaliação. Fere os princípios contábeis.
61
2
22. Custeio ABC
Outro complicador diz respeito aos efeitos temporais, pois um evento atual
envolve atividades muitas vezes desenvolvidas hoje, atividades já
desenvolvidas em meses anteriores e atividades a serem desenvolvidas em
meses seguintes. Como fazer para analisar se este evento trouxe ou não
rentabilidade para a empresa se o sistema de custo atual é baseado em regime
de competência de exercícios e, portanto é rígido quanto à temporalidade dos
custos? Portanto, o sistema de custos tradicional nos moldes atual está muito
mais orientado à análise funcional de custos e ao acompanhamento
orçamentário por centro de custos do que às análises para tomada de decisões
estratégicas e operacionais.
2
Disponível em http://www.webartigos.com/articles/4161/1/a-metodologia-abc-na-estrategia-de-
custos/pagina1.html, acessado em 21-04-2009. 62
finalmente pela alocação mais precisa de custos de "overhead", normalmente
apropriado ao produto por critérios de rateio pouco racionais.
O custo é atribuído diretamente sempre que pode ser estabelecida uma relação
de causa e efeito entre a atividade e o produto.
Podemos inferir que o sistema ABC pode ser adotado nas áreas
administrativas e comerciais da empresa da mesma forma que é empregada na
área de produção, iniciando pela análise da estrutura dos gastos dessas áreas
com a determinação dos fatores que deram origem a demanda de acordo com
as funções desempenhadas.
65
23. Custeio de Ordens e de Encomendas
Dois fatores são determinantes para o tipo de Custeio a ser utilizado, se por
Ordem ou por Processo (Contínuo):
66
PRATICANDO
67
A Empresa Beneficiadora de Milho São Tomé processou, em determinado período, 50
toneladas de milho, que haviam sido compradas a $3/Kg. Para esse mesmo trabalho
utilizou mão de obra, ao custo conjunto de $25.000, e outros recurso comuns ao custo de
$12.500.
Desse processamento resultaram os seguintes co-produtos (em Kg):
Produção Vendas Preços
Quirera 30.000 30.000 $5,00
Fubá 15.000 15.000 $6,80
Germe 5.000 3.800 $9,60
68
VIII. CUSTO PARA TOMADA DE DECISÕES
Podemos citar como exemplo, o valor total consumido dos materiais diretos por
mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade
produzida, maior seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo
(mês, nesse exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com
o volume de produção; logo, materiais diretos são Custos Variáveis.
69
Custo Direto Custo Custo Preço de Margem de
Variável Indireto Variável Total Venda Contribuição
Variável
Cada unidade L contribui com $770; não se pode dizer que isso seja Lucro, já
que faltam os Custos Fixos a esse valor chamamos de Margem de
Contribuição Unitária, que multiplicada pela quantidade vendida e somada à
Margem dos demais produtos, perfaça a Margem de Contribuição Total.
Desse montante, deduzindo os Custos Fixos, chegamos ao Resultado, que
pode ser então o Lucro da empresa.
Mas, afinal, qual seria o melhor método entre os dois e, qual das correntes
estaria mais certa na utilização de um ou do outro?
Essa é uma dúvida que vem sendo discutida há longos anos pelos teóricos.
Numa visão mais geral, as vantagens, em teoria, do custeio direto se mostram
mais claras e evidentes, por ter a tendência de não distorcer a apropriação dos
custos dos produtos com rateios dos custos indiretos sem bases científicas.
70
Na concepção de (PADOVEZE, 2009) as vantagens e desvantagens de um ou
outro critério de custeio aparecerão quando da necessidade de tomada de
decisão para produção ou venda fora do programa de produção da companhia,
ou quando houver necessidade de mudança do mix de produção.
71
c) O custeamento direto é um conceito de custeamento e análise de
custos para decisões de curto prazo, mas subestima os custos fixos,
que são ligados à capacidade de produção e de planejamento de longo
prazo, podendo trazer problemas de continuidade para a empresa.
Importante se faz, neste ponto, atentar ao que nos alerta (MARTINS, 2008) de
que nas demonstrações à base do custeio Variável obtém-se um lucro que
acompanha sempre a direção das vendas, o que não ocorre com o Absorção.
Mas, por contrariar a Competência e a Confrontação, o Custeio Variável não é
válido para Balanços de uso externo, deixando de ser aceito tanto pela
Auditoria Independente quanto pelo Fisco. É fácil, entretanto, trabalhar-se com
ele durante o ano e fazer-se uma adaptação de fim de exercício para se voltar
ao Absorção.
Com os conceitos que temos até agora de custos fixos e variáveis podemos
ampliar as possibilidades de análise dos gastos da empresa em relação aos
volumes produzidos ou vendidos e então, determinar pontos fundamentais para
se decidir posteriormente pelo aumento ou diminuição do volume de produção,
pelo corte ou manutenção de produtos existentes, pela mudança no mix de
produção, pela incorporação de novos produtos ou quantidades adicionais etc.
72
Para calcularmos o retorno do investimento temos que excluir as despesas
financeiras, porquanto estas são derivadas dos financiamentos e não dos
investimentos. Do retorno obtido pelo investimento, parte será utilizada para
remunerar o capital de terceiros, que são as despesas financeiras, e parte para
remunerar o capital próprio – Lucro líquido do proprietário. O retorno total,
soma dos dois, é o que melhor define o desempenho global.
O ponto de equilíbrio contábil (PE) será obtido quando a soma das margens de
contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os custos e
despesas fixos; o ponto em que não haveria nem lucro nem prejuízo (supondo
produção igual à venda).
73
26.3. Alavancagem Operacional
Receita Receita
Custo
Custo
$ $
Área de
Área de
Lucro
Lucro
Área de
Prejuízo
Área de
q Prejuízo q
Gráfico da Empresa A Gráfico da Empresa B
Verifica-se, nos gráficos acima que, apesar do ponto de equilíbrio ter sido
alcançado exatamente no mesmo volume e ao mesmo valor em real nas duas
empresas, elas são completamente diferentes no que se refere às faixas de
lucro e de prejuízo.
ெ ௗ ௧௨çã
= ݈ܽ݊݅ܿܽݎ݁ ݉݁݃ܽܿ݊ܽݒ݈ܽܽ ݁݀ ݑܽݎܩ.
௨ ሺí௨ௗሻை
74
27. Fixação do preço de venda e decisão sobre compra ou produção
De uma forma geral idealiza-se que a Contabilidade de Custos tem como uma
de suas finalidades fornecer o preço de venda e, é uma verdade, que para se
administrar preços de venda é necessário conhecer o custo do produto.
Entretanto, apenas esta informação, por si só, não seria suficiente, embora
necessária. Necessitamos de várias outras informações além do custo, que
precisamos recorrer aos conceitos da economia, tais como: o grau de
elasticidade da demanda, os preços de produtos concorrentes, os preços de
produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa etc.; todas essas
informações também são dependentes do tipo de mercado em que a empresa
atua, que pode ser o monopólio ou do monopsônio, a concorrência perfeita,
mercado de commodities etc.
Isto posto temos que os preços podem ser fixados: com base nos custos, com
base no mercado ou com a combinação desses dois.
Para se formar preços com base nos custos, deve-se partir do custo do bem ou
serviço apurado segundo um dos critérios já comentados: Absorção, Custeio
Variável, etc. Sobre esse custo agrega-se uma margem, denominada markup,
que deve ser estimada para cobrir os gastos não incluídos no custo, os tributos
e comissões incidentes sobre o preço e o lucro desejado pelos
administradores.
Outros métodos existem para fixação de preços como por exemplo o “RKW” e
o “ABC”. Entretanto são teorias que só poderiam valer, em princípio, conforme
observa (MARTINS, 2008), para mercados monopolísticos ou de oligopólio, ou
então na situação de preços totalmente controlados pelo governo. E nesses
casos de ausência de concorrência o ABC mostra-se mais eficiente do que o
RKW, por apresentar uma melhor qualidade para os rateios.
76
PRATICANDO
(MARTINS, 2008)
A Empresa Arte em Estilo produz móveis de luxo por encomenda. Seus custos
fixos totalizam R$9.600 por semana e suas despesas fixas de administração e
vendas R$4.200 por semana.
Carrinhos 150 50 25
Uma é para fabricar 200 carrinhos de chá, ao preço unitário de R$550, cuja
produção demandaria três semanas; a outra é para 110 estantes, a R$1.400
cada, e quatro semanas de trabalho de fábrica.
Pede-se calcular:
77
A empresa Clean produz apenas dois produtos – enceradeiras e aspiradores
de pó – cujos preços de venda, líquidos dos tributos, são R$120 e R$ 80,
respectivamente, e sobre esses preços ela paga comissões de 5% (cinco pro
cento) aos vendedores.
Enceradeiras Aspiradores
78
.
PARA REFLETIR
(PADOVEZE, 2009)
Pede-se:
79
IX. CUSTOS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE
Existe uma forte ligação entre Custos e Orçamento; segundo (MARTINS, 2008)
“este é, no sentido mais amplo, o grande instrumento de controle. A
Contabilidade de Custos pode ser uma parte do processo de controle como um
todo”.
Todo sistema, seja por Absorção, seja variável ou qualquer forma intermediária
que se adote, terá sempre condições de também fornecer dados com relação a
Custos por Departamento, incluindo Diretos e Indiretos, Fixos e Variáveis.
29. Custo-Padrão
81
30. Análise das Variações de Materiais e Mão-de-Obra
Sempre que existem uma e outra, ocorre também a Variação Mista; esta é,
muitas vezes, agregada à de preço, para efeitos práticos. Tem, de fato, difícil
condição de ser analisada e entendida.
82
PARA REFLETIR
83
PRATICANDO
1. Matéria-prima:
Produtos $
Grandes 4.950
Médias 2.375
Pequenas 1.764
84
3. Outros custos:
Considerando que além desses custos o preço deve ser suficiente para
cobrir:
Pede-se calcular:
85
X. Implantação de Sistemas de Custos
87
Sistemas de Informação Contábil
Contabilidade em Acompanhamento do
Análise de Outras Moedas Negócio – Balanced Scorecard e
Balanço Gestão de Risco (Dados Físicos,
Concorrentes, etc.)
Contabilidade por
Controle Patrimonial Responsabilidade
Gestão de Centros de Lucros
Tributos
Sistema de Valorização de Unidade de Negócios
Inventários
89
B. Obras Citadas
BRUNI, A. L. (2008). administração de Custos, preços e lucros (A): com aplicaçòes na
HP12-C e Excel - V.5 (Série Desvendando as Finanças). São Paulo: Atlas.
BUGARIM, M. S., BUGARIN, M. N., & PROTÁSIO, C. G. (2004). À espera da
reforma orçamentária: Um mecanismo temporário para redução de gastos públicos.
Estudos Econômicos , pp. v. 34, n. 1, p. 5-41.
GIACOMONI, J. (2007). Orçamento Público. São Paulo : Atlas.
HORNGREN, C. T., DATAR, S. M., & FOSTER, G. (2004). Contabilidade de custos -
Uma abordagem gerencial. Prentice Hall.
IUDÍCIBUS, S. d. (1998). Contbilidade gerencial. São Paulo: Atlas.
MARTINS, E. (2008). CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo: Atlas.
MOTA, A. G. (2002). Noções de Contabilidade de Custos. Acesso em 25 de maio de
2009, disponível em www.uff.br
PADOVEZE, C. L. (2009). Contabilidade gerencial, um enfoque em sistemas de
informação contábil. São Paulo: Atlas.
SANTOS, J. J. (2009). Contabilidade e análise de custos: modelo contábil, Métodos de
depreciação, ABC - Custeio Baseado em Atividades, análise atualizada de encargos
sociais sobre salários. São Paulo: Atlas.
VICECONTI, P. e., & NEVES, S. d. (2000). Contabilidade de custos: um enfoque
direto e objetivo. São Paulo: Frase .
90