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Usucampião ? !!! *
DIREITOS REAIS
Universidade Autónoma de Lisboa
Ano lectivo 2005/2006
Direito subjectivo
É o poder conferido pela ordem jurídica a um sujeito para a tutela
de um seu interesse
Poder jurídico
Uma disponibilidade de meios jurídicos atribuídos a pessoa
determinada para a realização de interesses jurídico-privados,
mediante a afectação jurídica de certo bem.
Direito real
É um direito subjectivo, no sentido de poder jurídico absoluto,
atribuído a uma pessoa determinada para a realização de
interesses jurídico-privados, mediante o aproveitamento imediato de
utilidades de uma coisa corpórea.
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António Filipe Garcez José
DISTINÇÃO ENTRE DIREITOS REAIS E DIREITOS DE CRÉDITO
mas... para...
Sequela
É uma mera característica dos direitos reais, que consiste na
susceptibilidade que tem o direito real de ser invocado contra quem
quer que materialmente detenha a coisa sobre que recai .
Exemplo:
No domínio dos direitos reais de garantia, o credor hipotecário ou privilegiado pode
pagar-se pelo valor do imóvel dado em garantia do pagamento da dívida, esteja ele
em poder de quem estiver, mesmo nas mãos de um terceiro adquirente.
... para...
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António Filipe Garcez José
Resumindo ... podemos dizer que....
• Os direitos reais têm natureza absoluta, visto as faculdades
conferidas ao seu titular serem oponíveis erga omnes
Características menores
Exemplos:
- hipoteca (art. 688°)
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António Filipe Garcez José
Usucapião (art. 1287°)
ARTIGO 1287º
Noção
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António Filipe Garcez José
• Inerência
• Sequela
• Prevalência
• Tipicidade
A INERËNCIA
Inerência
Traduz uma ideia de íntima ligação do direito à coisa. O direito real
muda, em geral, se passar a recair sobre coisa diversa, em
contrapartida acompanha a coisa nas suas vicissitudes.
Exemplo:
Se “A” e “B” constituíram um direito de superfície sobre o prédio ”x” e agora o
pretenderem transferir para o prédio “y” , isso significa a extinção do primeiro direito de
superfície e a constituição de um novo direito (art. 1545°/1)
A SEQUELA
Sequela
Traduz a possibilidade de o direito real ser exercido sobre a coisa
que constitui o seu objecto, mesmo quando na posse ou detenção
de outrém, acompanhando-a nas suas vicissitudes, onde quer que
se encontre.
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António Filipe Garcez José
importantes meios de tutela e defesa dos direitos reais
Limites à sequela
PREVALËNCIA
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António Filipe Garcez José
Prevalência
Quando se trata de estabelecer a prioridade de um direito sobre
outros, se entre eles houver incompatibilidade (ex: art. 407°)
TIPICIDADE
• Só são reais os direitos que a lei qualifica como tal (art. 1306°).
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António Filipe Garcez José
PRINCÍPIOS
pelos quais se regem os direitos reais
Princípio da ...
- ESPECIALIDADE
- TRANSMISSIBILIDADE
- ELASTICIDADE
- TIPICIDADE
- CONSENSUALIDADE
- PUBLICIDADE
Princípio da especialidade
Princípio da transmissibilidade
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António Filipe Garcez José
Limitações ao princípio da transmissibilidade
Princípio da elasticidade
Exemplo:
Quando um proprietário, oferece a propriedade em usufruto a outrem; neste caso o
direito do proprietário como que “encolhe” e só retoma plenamente a sua dimensão
quando cessa esse direito de usufruto.
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António Filipe Garcez José
Princípio da tipicidade (art. 1306°)
Princípio da Publicidade
Matéria do Registo Predial em particular e do Registo em geral.
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António Filipe Garcez José
POSSE
Compropriedade
PROPRIEDADE
Propriedade horizontal
USUFRUTO
DIREITOS REAIS
USO e HABITAÇÃO
Dt° de SERVIDÃO
Dt° de PREFERËNCIA
Direitos reais
limitados de AQUISIÇÃO CONTRATO PROMESSA
com eficácia real
HIPOTECA
PENHOR
CONSIGNAÇÃO DE
RENDIMENTOS
de GARANTIA
ARRESTO
Dt° de RETENÇÃO
PREVILÉGIOS CREDITÓRIOS
A POSSE
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António Filipe Garcez José
ARTIGO 1251º
Noção
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António Filipe Garcez José
Posse causal
Quando há coincidência entre a exteriorização e a titularidade
substantiva, isto é, quando o exercício das faculdades
correspondentes ao conteúdo de certo direito real é
acompanhado da titularidade desse direito.
Posse formal
Quando o exercício das faculdades correspondentes ao conteúdo
de certo direito real não é acompanhado da titularidade desse
direito.
ARTIGO 1278º
- Direito de propriedade
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António Filipe Garcez José
Qual o regime geral da posse ?
Posses compatíveis
Posses incompatíveis
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António Filipe Garcez José
Qualificação da posse
ARTIGO 1252º
Exercício da posse por intermediário
ARTIGO 1257º
Conservação da posse
ARTIGO 1253º
Simples detenção
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António Filipe Garcez José
A posse é uma realidade jurídica onde estão presentes 2
elementos:
ARTIGO 1255º
Sucessão na posse
ARTIGO 1264º
Constituto possessório
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António Filipe Garcez José
ESPÉCIES DE POSSE
ARTIGO 1259º
Posse titulada
ARTIGO 1260º
Posse de boa fé
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António Filipe Garcez José
ARTIGO 1258º
Espécies de posse
ARTIGO 1261º
Posse pacífica
ARTIGO 1262º
Posse pública
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António Filipe Garcez José
AQUISIÇÃO DA POSSE (arts. 1263° e
ss)
- tradição da coisa
- constituto possessório
Aquisição originária
- inversão do título da posse
ARTIGO 1263º
Aquisição da posse
A posse adquire-se:
AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA
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António Filipe Garcez José
Ex: O furto é passível de ser fonte de aquisição da posse (não titulada)
Inversão do título da posse
ARTIGO 1265º
Inversão do título da posse
Exemplo:
Se o locatário de um prédio rústico se recusar a pagar a renda e,
arrogando-se direito ao prédio, alterar o seu sistema de exploração.
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António Filipe Garcez José
Inversão por acto de terceiro
A inversão produz-se por efeito de um novo título apto a transferir a
posse, mas o acto de terceiro tem de sofrer de algum vício
impeditivo desse efeito translativo.
Exemplo:
Quando alguém, sem legitimidade, vende ao detentor, por exemplo
ao locatário, o prédio que lhe estava arrendado.
AQUISIÇÃO DERIVADA
Tradição da coisa
Tradição material
Entrega física da coisa
Exemplo:
“A” compra um livro, adquirindo assim a propriedade e a posse do
livro
Tradição simbólica
Quando não é possível ao vendedor de entregar directamente a
coisa ao vendedor, realizam-se certos actos convencionais.
Exemplo:
Entrega das chaves do apartamento, concomitantemente com o
respectivo pagamento
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António Filipe Garcez José
Constituto possessório
ARTIGO 1264º
Constituto possessório
Exemplo:
“A” vende o seu apartamento a “B”, convencionando com este que
se manterá mais 15 dias depois da celebração do contrato; o
comprador adquire a propriedade e a posse do apartamento, no
momento da celebração do contrato, adquire imediatamente a
posse nesse momento. O vendedor somente tem a detenção do
apartamento por mais 15 dias.
“B”, o novo proprietário, durante 15 dias não pode praticar actos
materiais sobre a coisa, seja porque o vendedor deva ficar mais
tempo no apartamento ou porque o apartamento está arrendado a
terceiro.
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António Filipe Garcez José
PERDA DA POSSE (art. 1267°)
ARTIGO 1267º
Perda da posse
a) Pelo abandono;
c) Pela cedência;
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António Filipe Garcez José
EFEITOS DA POSSE
• A posse atribui ao seu titular um conjunto de faculdades que
constituem o seu conteúdo (arts. 1268° a 1275°)
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António Filipe Garcez José
ARTIGO 1276º
Acção de prevenção
ARTIGO 1277º
Acção directa e defesa judicial
ARTIGO 1278º
Manutenção e restituição da posse
ARTIGO 1279º
Esbulho violento
ARTIGO 1285º
Embargos de terceiro
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António Filipe Garcez José
ARTIGO 1295º
Registo da mera posse
ARTIGO 1296º
Falta de registo
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António Filipe Garcez José
Direito de propriedade
O direito real máximo, mediante o qual é assegurada a certa
pessoa, com exclusividade, a generalidade dos poderes de
aproveitamento global das utilidades de certa coisa.
ARTIGO 1305º
Conteúdo do direito de propriedade
Carácter de elasticidade
Extinto o direito limitativo ou onerador (ex: usufruto), a propriedade
expande-se e retoma o seu conteúdo pleno.
Aquisição da propriedade
ARTIGO 1316º
Modos de aquisição
- A ocupação
- A acessão
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António Filipe Garcez José
Ocupação
É um acto jurídico simples, pois dá-se por simples acto de
apreensão material de coisas móveis sem dono e nesse momento.
Acessão
Consiste na união ou incorporação , em coisa de que é titular certa
pessoa, de outra coisa pertença de pessoa diferente.
Ocupação
ARTIGO 1318º
Coisas susceptíveis de ocupação
ARTIGO 1317º
Momento da aquisição
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António Filipe Garcez José
Regime dos achados
ARTIGO 1323º
Animais e coisas móveis perdidas
ARTIGO 1324º
Tesouros
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António Filipe Garcez José
Acessão
ARTIGO 1325º
Noção
ARTIGO 1326º
Espécies
Acessão natural
ARTIGO 1327º
Princípio geral
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António Filipe Garcez José
Acessão industrial
ARTIGO 1333º
União ou confusão de boa fé
ARTIGO 1339º
Obras, sementeiras ou plantações com materiais alheios
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António Filipe Garcez José
ARTIGO 1340º
Obras, sementeiras ou plantações feitas de boa fé em terreno
alheio
ARTIGO 1341º
Obras, sementeiras ou plantações feitas de má fé em terreno
alheio
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António Filipe Garcez José
ARTIGO 1342º
Obras, sementeiras ou plantações feitas com materiais alheios
em terreno alheio
ARTIGO 1343º
Prolongamento de edifício por terreno alheio
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António Filipe Garcez José
Defesa da propriedade
ARTIGO 1311º
Acção de reivindicação
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António Filipe Garcez José
além da aquisição derivada, se prove também a aquisição
originária, ou seja, que o direito já existia no transmitente.
- o do reconhecimento do direito
COMPROPRIEDADE
ARTIGO 1403º
Noção
compropriedade,
quando duas ou mais pessoas são simultaneamente titulares do
direito de propriedade sobre a mesma coisa.
compropriedade
Conjunto de direitos de propriedade, qualitativamente iguais, sobre
a mesma coisa e autolimitados.
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António Filipe Garcez José
• O herdeiro não é comproprietário.
Regime jurídico
ARTIGO 1405º
Posição dos comproprietários
Acções reais
Diz-se real a acção em que se discute a titularidade de um direito
real, sem que exista qualquer relação ou vínculo pessoal entre as
partes.
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António Filipe Garcez José
Direitos e encargos do comproprietário
ARTIGO 1406º
Uso da coisa comum
ARTIGO 1407º
Administração da coisa
ARTIGO 1408º
Disposição e oneração da quota
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António Filipe Garcez José
ARTIGO 1409º
Direito de preferência
ARTIGO 1410º
Acção de preferência
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• A acção de preferência tem de ser posta contra o adquirente e
o alienante.
ARTIGO 1411º
Benfeitorias necessárias
ARTIGO 1412º
Direito de exigir a divisão
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António Filipe Garcez José
PROPRIEDADE HORIZONTAL
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