Gerenciamento de Serviços de TI
Gerenciamento de Serviços de TI
Gerenciamento de Serviços de TI
de Servios de TI
Felcio Felcio Cestari Cestari Filho Filho
Gerenciamento
de Servios de TI
Gerenciamento
de Servios de TI
Copyright 2012 Rede Nacional de Ensino e Pesquisa RNP Rua Lauro Mller, 116 sala 1103 22290-906 Rio de Janeiro, RJ Diretor Geral
Nelson Simes
Diretor de Servios e Solues
Luiz Coelho
Edio
Pedro Sangirardi
Coordenao Acadmica de Segurana e Governana de TI
Edson Kowask
Reviso Tcnica Leandro Pfeifer Macedo Equipe ESR (em ordem alfabtica)
Alexandre Csar Motta, Celia Maciel, Cristiane Oliveira, Derlina Miranda, Elimria Barbosa, Lourdes Soncin, Luciana Batista, Luiz Carlos Lobato, Renato Duarte e Sergio de Souza
Capa, projeto visual e diagramao
Tecnodesign
Verso
1.0.1
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Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) C422g Cestari Filho, Felcio Gerenciamento de Servios de TI / Felcio Cestari Filho. Rio de Janeiro: RNP/ESR, 2011. 242 p. : il. ; 27,5 cm. Bibliografia: p. 229. ISBN 978-85-63630-04-9
1. Tecnologia da informao Gesto de servios. 2. Tecnologia da informao terceirizao de operaes e servios. I. Ttulo. CDD 004.068
Sumrio
sumario
1. Gesto de Servios de TI
Introduo1 Evoluo2 Gesto estratgica de servios de TI6 Gerenciamento de servio8 Conceitos9 Ciclo de vida de servio10 Processo de gesto de servio de TI11 Definies13 Exerccio de fixao Identificando a TI15 Estratgia de servio15 Gerao da estratgia19 Processos23 Gerenciamento de demanda23 Gerenciamento do portflio de servios27 Gerenciamento financeiro31 Roteiro de Atividades 139 Atividade 1 Definio de servio40 Atividade 2 Estratgia de servio40 Atividade 3 Gesto de demanda40
iii
2. Projeto de Servio
Introduo 43 Processos44 Gerenciamento de Nvel de Servio45 Gerenciamento de Catlogo de Servio52 Exerccio de fixao Identificando os nveis de servio57 Gerenciamento de Disponibilidade57 Gerenciamento de Capacidade64 Gerenciamento de Segurana da Informao69 Gerenciamento de Continuidade de Servio76 Gerenciamento de Fornecedor82 Roteiro de Atividades 289 Atividade 1 Gesto de nvel de servio89 Atividade 2 Gesto de catlogo de servio89 Atividade 3 Gesto de disponibilidade89 Atividade 4 Gesto de capacidade90 Atividade 5 Gesto de continuidade de servio90
3. Outsourcing
Introduo 91 O que terceirizar e o que no terceirizar92 Benefcios esperados da terceirizao95 Gesto de riscos da terceirizao97 Exerccio de fixao Riscos e benefcios da terceirizao99 Modelos de terceirizao99 Seleo de fornecedores103 Negociao de contratos108 Aspectos relevantes na negociao do contrato112
iv
Roteiro de Atividades 3115 Atividade 1 Elaborao de RFP115 Atividade 2 Due Diligence115 Atividade 3 Riscos de terceirizao116
4. Transio de Servio
Introduo117 Processos118 Teste e Validao de Servio118 Avaliao do Servio122 Gerenciamento de Mudana125 Exerccio de fixao Mudanas organizacionais132 Gerenciamento de Configurao e Ativos de Servio132 Gerenciamento de Liberao137 Gerenciamento do Conhecimento de Servio143 Roteiro de Atividades 4149 Atividade 1 Mudana149 Atividade 2 Liberao149 Atividade 3 Alterao dos Itens de Configurao150
5. Operao de Servio
Introduo151 Processos151 Gerenciamento de Evento152 Gerenciamento de Incidente160 Gerenciamento de Problema167 Exerccio de fixao Diferena entre incidente e problema176 Gerenciamento de Acesso176 Execuo de Requisio179
Funes181 Central de Servio182 Gerenciamento Tcnico189 Gerenciamento de Operao191 Gerenciamento de Aplicao195 Roteiro de Atividades 5201 Atividade 1 Abertura de chamado e resoluo201 Atividade 2 Soluo de problema201 Atividade 3 Permisso de acesso202 Atividade 4 Central de servio202
Bibliografia 229
vi
Prefcio
A metodologia da ESR
A filosofia pedaggica e a metodologia que orientam os cursos da ESR so baseadas na aprendizagem como construo do conhecimento por meio da resoluo de problemas tpicos da realidade do profissional em formao. Os resultados obtidos nos cursos de natureza terico-prtica so otimizados, pois o instrutor, auxiliado pelo material didtico, atua no apenas como expositor de conceitos e informaes, mas principalmente como orientador do aluno na execuo de atividades contextualizadas nas situaes do cotidiano profissional. A aprendizagem entendida como a resposta do aluno ao desafio de situaes-problema semelhantes s encontradas na prtica profissional, que so superadas por meio de anlise, sntese, julgamento, pensamento crtico e construo de hipteses para a resoluo do problema, em abordagem orientada ao desenvolvimento de competncias. Dessa forma, o instrutor tem participao ativa e dialgica como orientador do aluno para as atividades em laboratrio. At mesmo a apresentao da teoria no incio da sesso de aprendizagem no considerada uma simples exposio de conceitos e informaes. O instrutor busca incentivar a participao dos alunos continuamente.
vii
As sesses de aprendizagem onde se do a apresentao dos contedos e a realizao das atividades prticas tm formato presencial e essencialmente prtico, utilizando tcnicas de estudo dirigido individual, trabalho em equipe e prticas orientadas para o contexto de atuao do futuro especialista que se pretende formar. As sesses de aprendizagem desenvolvem-se em trs etapas, com predominncia de tempo para as atividades prticas, conforme descrio a seguir: Primeira etapa: apresentao da teoria e esclarecimento de dvidas (de 60 a 90 minutos). O instrutor apresenta, de maneira sinttica, os conceitos tericos correspondentes ao tema da sesso de aprendizagem, com auxlio de slides em formato PowerPoint. O instrutor levanta questes sobre o contedo dos slides em vez de apenas apresent-los, convidando a turma reflexo e participao. Isso evita que as apresentaes sejam montonas e que o aluno se coloque em posio de passividade, o que reduziria a aprendizagem. Segunda etapa: atividades prticas de aprendizagem (de 120 a 150 minutos). Esta etapa a essncia dos cursos da ESR. A maioria das atividades dos cursos assn crona e realizada em duplas de alunos, que acompanham o ritmo do roteiro de atividades proposto no livro de apoio. Instrutor e monitor circulam entre as duplas para solucionar dvidas e oferecer explicaes complementares. Terceira etapa: discusso das atividades realizadas (30 minutos). O instrutor comenta cada atividade, apresentando uma das solues possveis para resolv-la, devendo ater-se quelas que geram maior dificuldade e polmica. Os alunos so convidados a comentar as solues encontradas e o instrutor retoma tpicos que tenham gerado dvidas, estimulando a participao dos alunos. O instrutor sempre estimula os alunos a encontrarem solues alternativas s sugeridas por ele e pelos colegas e, caso existam, a coment-las.
Sobre o curso
O curso est estruturado para permitir o desenvolvimento de competncias tcnicas e gerenciais nos participantes, baseadas em slido domnio do conhecimento dos servios de TI e do seu gerenciamento, com foco nas melhores prticas da ITIL v3. Ao final do curso, espera-se que os participantes tornem-se aptos para desenvolver as estratgias de servios e o projeto de servios, com foco na percepo dos impactos estratgicos da TI nos negcios. E que melhorem sua capacidade de tomada de decises sobre o uso eficaz dos recursos e processos de TI, seu planejamento, gesto e controle.
A quem se destina
Este curso orientado a todos aqueles que esto diretamente atuando ou que pretendam contribuir para a melhoria da eficincia e da qualidade dos servios de TI em uma organi zao utilizando as melhores prticas. Entre estes profissionais esto todos os envolvidos com o uso e gesto dos recursos de Tecnologia da Informao, gerentes de TI, consultores tecnolgicos e executivos de negcio.
viii
Largura constante
Indica comandos e suas opes, variveis e atributos, contedo de arquivos e resultado da sada de comandos. Comandos que sero digitados pelo usurio so grifados em negrito e possuem o prefixo do ambiente em uso (no Linux normalmente # ou $, enquanto no Windows C:\).
Contedo de slide
Indica o contedo dos slides referentes ao curso apresentados em sala de aula.
Smbolo
Indica referncia complementar disponvel em site ou pgina na internet.
Smbolo
Indica um documento como referncia complementar.
Smbolo
Indica um vdeo como referncia complementar.
Smbolo
Indica um arquivo de adio como referncia complementar.
Smbolo
Indica um aviso ou precauo a ser considerada.
Smbolo
Indica questionamentos que estimulam a reflexo ou apresenta contedo de apoio ao entendimento do tema em questo.
Smbolo
Indica notas e informaes complementares como dicas, sugestes de leitura adicional ou mesmo uma observao.
Permisses de uso
Todos os direitos reservados RNP. Nada nesta licena prejudica ou restringe os direitos morais do autor. Agradecemos sempre citar esta fonte quando incluir parte deste livro em outra obra. Exemplo de citao: CESTARI FILHO, F. Gerenciamento de Servios de TI. Rio de Janeiro: Escola Superior de Redes, RNP, 2011.
Comentrios e perguntas
Para enviar comentrios e perguntas sobre esta publicao: Escola Superior de Redes RNP Endereo: Av. Lauro Mller 116 sala 1103 Botafogo Rio de Janeiro RJ 22290-906 E-mail: info@esr.rnp.br
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Sobre os autores
Felcio Cestari Filho possui mestrado em engenharia eltrica pela Unicamp e engenharia de materiais pela Universidade Federal de So Carlos. Trabalhou no desenvolvimento de pro dutos e servios nas reas de TI, baseados em ITIL e CobiT, bem como no desenvolvimento de servios de telecomunicaes sobre redes frame relay, internet, VPN e satlite, incluindo a concepo e formatao dos produtos e servios, formao de preos, posicionamento, segmentao de mercado, treinamento e desenvolvimento de material de comunicao. Atualmente, atua na Diretoria de Solues de Inteligncia de Negcios (DSIN) do CPqD como consultor em reorganizao de processos nas reas de TI e de telecomunicaes. Leandro Pfeifer Macedo graduado em administrao, ps-graduado em anlise de sistemas, com MBA em gerenciamento de TI, com ps-graduao em organizao e mtodos e redes de computadores. Prestou servios de consultoria em organizaes como MPOG, CNI, ECT, STF, TCU, ANTT, MS e Brasil Telecom. Foi consultor para implementao de pol tica de segurana da informao para o Ministrio da Justia de Portugal. Elaborou o curso de PETI e PDTI para a Escola de Administrao Pblica (ENAP/MPOG). Atua nas reas de gesto de TI, segurana da informao, gerenciamento de servios de TI, modelagem de processos e gerenciamento de projetos. Possui conhecimento em governana corporativa, compliance e governana de TI. professor bolsista da Universidade de Braslia (UnB), professor da Universidade Catlica de Braslia (UCB), e professor de Governana de TI na Fundao Universa, e na International School por Business Professional (ISBP) e outros cursos livres. Atualmente cursa mestrado na UCB. Alexandre Cesar Motta tem mestrado em administrao com nfase em planejamento organizacional e gesto de recursos humanos pela PUC Rio. MBA em gerenciamento de projetos pela FGV-RJ. Economista pela PUC-Rio com mais de 10 anos de experincia profissional em cargos de coordenao e direo de importantes instituies de ensino superior. Professor de cursos de graduao e ps-graduao em disciplinas das reas de marketing, recursos humanos, planejamento organizacional e gerenciamento de projetos. Possui experincia como facilitador em programas de treinamento e desenvolvimento de compe tncias e habilidades tcnicas e gerenciais, e na implementao de projetos de consultoria em gesto de recursos humanos, gerenciamento de projetos e organizao de empresas. Jacomo Dimmit Boca Piccolini formado em engenharia pela Universidade Federal de So Carlos, com ps-graduaes no Instituto de Computao e Instituto de Economia da Unicamp. Com mais de 12 anos de experincia na rea de segurana, possui certificaes na rea de segurana e governana de TI. tambm diretor de pesquisa do Dragon Rese arch Group, coordenador de treinamentos do FIRST.org, membro da diretoria da ISACA Bra slia e professor convidado em cursos de ps-graduao nas disciplinas de anlise forense, tratamento de incidentes, segurana de sistemas, criao e gerenciamento de CSIRTs.
1
Gesto de Servios de TI
objetivos
Contextualizar historicamente o surgimento dos servios de TI, identificar os principais componentes no ciclo de vida de servios, consolidar os conceitos sobre estratgia de servios e processos associados.
conceitos
Ciclo de vida e estratgia de servios de TI, processos de gerenciamento de portflio, entre outros conceitos associados gesto de servios de TI.
Introduo
11 No final dos anos 50 e incio dos anos 60, o computador era usado fundamentalmente
para o processamento de dados e automao de funes repetitivas.
11 Surge o fenmeno da convergncia entre a informtica e as telecomunicaes. 11 Para responder s necessidades dos negcios mais rapidamente, no basta que a
rea de TI entenda apenas os aspectos tecnolgicos, mas tambm da estratgia dos negcios da empresa.
Com isso, a complexidade do ambiente de TI tem aumentado, representando um grande desafio para os gestores de TI. De forma a responder s necessidades dos negcios mais rapidamente, no basta que a rea de TI entenda apenas os aspectos tecnolgicos, mas tambm a estratgia dos negcios da empresa. Os relacionamentos entre a empresa e seus clientes, mercado, fornecedores e parceiros tm sido suportados pela troca de informaes intensa e em tempo real. Ao mesmo tempo, os usurios internos da empresa tambm demandam ferramentas e solues apropriadas, obrigando a rea de TI a considerar estes fatores na escolha das solues de informtica. Assim sendo, o profissional de TI precisa ser mais flexvel e aberto para entender as necessidades da empresa como um todo e utilizar os aspectos tcnicos como insumos para a sua tomada de deciso, e no como solues definitivas.
Evoluo
Anos 50
11 O governo do estado de So Paulo foi pioneiro ao adquirir, em 1957, um Univac-120
para calcular o consumo de gua na capital paulista.
11 No setor privado, uma das primeiras empresas a investir nesse sentido foi a
Anderson Clayton, que comprou um Ramac 305 da IBM, em 1959. Nesta poca apenas alguns setores do governo, das reas militares e acadmicas possuam computadores. No Brasil, o governo do Estado de So Paulo foi pioneiro ao adquirir, em 1957, um Univac-120 para calcular o consumo de gua na capital paulista. O equipamento era formado por 4.500 vlvulas, realizava 12 mil somas e subtraes por minuto e 2.400 multiplicaes ou divises por minuto. No setor privado, uma das primeiras empresas a investir nesse sentido foi a Anderson Clayton, que comprou um Ramac 305 da IBM, em 1959. A mquina tinha cerca de 2 metros de largura e 1,80 de altura, com mil vlvulas em cada porta de entrada e de sada da informao, ocupando um andar inteiro da empresa. Considerado, na poca, o suprassumo da inovao, esse computador levava 5 minutos para procurar uma informao e a impres sora operava com uma velocidade de 12,5 caracteres por segundo.
Anos 60
11 Centros de Processamento de Dados (CPDs), ambientes climatizados e cercados por
paredes de vidro.
22 O CPD era uma rea parte na empresa, a qual tinham acesso apenas os
profissionais diretamente envolvidos com os computadores.
22 O nico elo entre essas ilhas de informtica e o resto da empresa eram os cartes
com instrues para o processamento (cartes perfurados) e as listagens.
Gerenciamento de Servios de TI
Com a passagem dos anos e com o aparecimento dos transistores nos anos 50 (que foram lentamente substituindo as vlvulas dos computadores mais antigos) e dos circuitos inte grados (meados dos anos 60), os computadores ficaram menores, mais baratos em custo de aquisio e manuteno, apesar de continuarem muito caros e mais rpidos. O seu uso diversificou-se e comearam a aparecer novas aplicaes para estas mquinas, tais como contabilidade e inventariado. As empresas de grande porte, rgos do governo federal e universidades despertaram o interesse por estas mquinas. Iniciou-se a implementao dos Centros de Processamento de Dados (CPDs), ambientes climatizados, cercados por paredes de vidro, preparados para abrigar as grandes mquinas.
Normalmente, o CPD era uma rea parte na empresa, a qual tinham acesso apenas os profissionais diretamente envolvidos com os computadores, como analistas de sistemas, tcnicos de manuteno, programadores e operadores, entre outros. Inacessvel aos fun cionrios de outros departamentos, o nico elo entre essas ilhas de informtica e o resto da empresa eram os cartes com instrues para o processamento (cartes perfurados) e as listagens contendo informaes processadas que haviam sido requisitadas.
Anos 70
11 Com administrao centralizada, os CPDs predominaram durante esta dcada, com todas
as decises de informtica tomadas pelo gerente do CPD.
11 A rea de informtica decidia o que deveria ser feito, sendo vista como um setor gerador
de custos e muitas vezes encarada como um mal necessrio.
Anos 80
11 Surge o termo Tecnologia da Informao (TI). 11 Uso da TI difundido nas empresas. 11 Criao do Help Desk (Centro de Suporte ao Usurio CSU). 11 Processamento de informaes deixa de ser feito em lotes de transaes, passando
Em 1980, ocorreram mudanas principalmente em tecnologias de escritrio e microcomputadores, e o termo Tecnologia da Informao (TI) passou a ser mais usado. Os gerenciadores de banco de dados se tornaram disponveis nos computadores, e os softwares de baixo custo dominaram o mercado. O advento das telecomunicaes e o desenvolvimento dos microcomputadores contriburam para a difuso da TI nas empresas. Foram criados os programas de conscientizao gerencial para os altos executivos e o Centro de Suporte ao Usurio (CSU) o chamado Help Desk, onde os usurios esclareciam dvidas e recebiam consultoria na rea tecnolgica, possibilitando o acesso, conhecimento e maior aceitao das ferramentas de TI.
a ser on-line.
Mesmo com todos os avanos da poca, como as redes locais, os computadores ainda eram incompatveis entre si, o que dificultava a integrao dos sistemas e o aumento da flexi bilidade. A busca pela descentralizao se tornou maior neste contexto. A capacidade de memria passou a dobrar a cada ano. Gradativamente, o processamento de informaes deixava de ser feito em lotes de transaes (em tempo posterior ou batch) e passava a ser on-line (em tempo real), ou seja, as atualizaes dos arquivos eram feitas medida que as transaes eram efetuadas.
Anos 90
11 Com a evoluo da microinformtica as mudanas em TI tornaram-se mais significativas. 11 Aparecem o downsizing e rightsizing que tinham por objetivo a substituio total ou
parcial dos mainframs, com a finalidade de reduzir os custos de suporte e manuteno.
11 As aplicaes passam a ser construdas no modelo cliente-servidor. 11 Os ambientes tornam-se mais heterogneos, com diversos equipamentos e
arquiteturas diferentes.
11 A informtica comea a ser utilizada pelas empresas de mdio e pequeno porte. 11 Surge a figura do Chief Information Officer (CIO). 11 Os investimentos de TI passam a ser encarados como estratgicos e geradores de
vantagens competitivas.
vendo aos aplicativos interfaces grficas acessveis s pessoas, atravs de uma forma de acesso mais intuitiva. Comearam a aparecer aplicaes construdas no modelo cliente-servidor, e o que antes era um ambiente computacional uniforme e centralizado tornou-se um ambiente heterogneo, com diversos equipamentos e arquiteturas diferentes. Houve um aumento significativo na oferta de software bsico e aplicativos por meio de software house, possibilitando a compatibilidade entre sistemas e diminuindo a dependncia de arquiteturas proprietrias. A informtica comea a ser utilizada pelas empresas de mdio e pequeno porte. Surge a figura do executivo de TI, o Chief Information Officer (CIO), com a responsabilidade de geren ciar a informao. A figura de um gerente de TI puramente tcnico passa a ser substituda
pelo gerente com capacidade de gerenciar os recursos de informtica e tambm gerir a informao e as estratgias da tecnologia. O gerente da rea de TI ou CIO deixa de respon der rea financeira e passa a responder diretamente ao Chief Executive Officer (CEO). Os investimentos de TI passam a ser encarados como vantagem competitiva. A informtica deixa de ser vista como custo e passa a ter a misso de prover a inovao tecnolgica para os negcios, possibilitando o incremento da agilidade e competitividade da empresa, auxi liando-a na adaptao ao novo cenrio econmico mundial em constante transformao. Ao mesmo tempo em que ocorrem as mudanas dos ambientes computacionais com relao ao hardware, as aplicaes tambm sofrem transformaes e direcionam o foco na integrao da empresa como um todo, aumentando a produtividade e facilitando a comuni cao entre os diversos nveis das organizaes. Surgem os sistemas de gesto empresarial como o Enterprise Resource Planning (ERP), adotados principalmente por empresas de grande porte. Associado ao aumento da disponibilidade de aplicativos para todos os tipos de necessidades dos negcios, as inovaes na rea de telecomunicaes e a internet con ferem TI uma nova dimenso quanto sua capacidade de integrao e disponibilidade de servios. A TI permite agilizar a produo e facilitar o contato com fornecedores e parceiros. As redes de dados privadas ou exclusivas comeam a ser revistas com o advento de solu es web; a cadeia de fornecimento melhora com solues de integrao. As operadoras de telecomunicaes investem em solues de Customer Relationship Management (CRM) para identificar e selecionar os clientes, estabelecendo com estes um novo modo de relacionamento. Solues de Business Intelligence (BI) permitem a anlise de dados nas vrias perspectivas e relacionamentos possveis, aumentando a oferta de produtos e servios de forma mais diversificada. O setor financeiro aperfeioa os aspectos de segurana e a armazenagem de dados e aplicaes de misso crtica. Em empresas de diversos tamanhos e segmentos, os usurios passam a influenciar os projetos de TI com relao escolha e implementao de sistemas.
Anos 2000
11 O gerenciamento da TI torna-se mais complexo em funo de ambientes cada vez
mais heterogneos.
diversos, internet, intranet, redes locais, redes de longa distncia, redes sem fio, comunica -
O aspecto da inovao tambm deve ser uma constante na administrao de TI. Compu tao em nuvem, grid computing, TI verde e outros assuntos devem ser considerados na busca do aperfeioamento da gesto de TI e para garantir uma posio competitiva aos negcios da empresa.
11 Desafios atuais da TI nas organizaes: 22 Adaptar-se rapidamente s necessidades de mudana do negcio 22 Justificar o retorno sobre o investimento (ROI) 22 Reduo de custos 22 Aumento da disponibilidade dos servios de TI 22 As operaes de TI tm que oferecer o menor risco possvel, segurana e
conformidade com todas as leis e regulamentos. Atualmente, a dependncia da TI para a maioria das organizaes bastante acentuada. As organizaes buscam a TI como uma forma de crescimento e soluo para alcanar seus objetivos estratgicos. Surge ento a necessidade do gerenciamento de servios de TI, onde o setor pode tomar uma postura proativa em relao ao atendimento das necessidades da organizao, contribuindo com sua participao na gerao de valor para a empresa. O gerenciamento dos servios de TI aloca os recursos disponveis e os gerencia de forma integrada. A influncia da TI pode ser observada na tabela abaixo, mostrando os prejuzos causados pelas falhas em servios de TI.
Empresa
AT&T
Data
Abril de 1998
Ocorrncia
Atualizao da verso do sistema prevista para ser realizada em 6 horas levou 26 horas. Custo de US$ 40 milhes em descontos nas faturas de servio devido ao no cumprimento de acordos de nvel de servio celebrados com os seus clientes finais. Indisponibilidade durante 22 horas devido falha no sistema. Custo estimado entre US$ 3 e 5 milhes em receitas e declnio de 26% no valor das aes. Falhas no sistema devido estratgia de implementao de nova verso. Custo no estimado com o atraso no envio de encomendas, 12% de reduo nas vendas do trimestre e diminuio de 19% no lucro lquido do trimestre em relao ao mesmo perodo do ano anterior.
eBay
Junho de 1999
Hersheys
Setembro de 1999
Gerenciamento de Servios de TI
A integrao da Tecnologia da Informao aos negcios da empresa faz com que o setor de TI se torne um parceiro estratgico. As decises sobre os investimentos em TI so tratadas nas reunies de planejamento estratgico pelo conselho administrativo das empresas, o que mostra que a TI deixou de ser tratada por tcnicos e passou a ser incorporada estratgia da empresa para alcanar seus objetivos. Em algumas empresas ainda no h este mesmo nvel de integrao, com a TI sendo tratada apenas como um componente tecnolgico. Neste
caso, as decises da organizao so comunicadas ao setor de TI, que se torna reativo s mudanas, e em muitos casos no consegue atender a estas mudanas no tempo necessrio. Com o aumento da importncia da TI nas organizaes, surgem vrios desafios:
11 Justificar o retorno sobre o investimento (ROI). A TI uma das reas das organizaes
que mais consumiu investimentos nos ltimos anos. Os projetos de TI geralmente so complexos e consomem muitos recursos financeiros, e nem sempre geram os resultados esperados para as organizaes.
11 Reduo de custos. A TI precisa obter maior eficincia e eficcia nas suas operaes, para
executar suas operaes com um oramento anual cada vez menor.
Gerenciamento de servio
11 Conjunto de capacidades especializadas para prover valor aos clientes na
forma de servios.
A origem do gerenciamento de servio est nos negcios de servio tradicionais como empresas areas, bancos, hotis e companhias telefnicas. Sua prtica tem crescido com a adoo, pelas organizaes, de uma linha orientada a servio para gerenciamento de aplica es de TI, infraestrutura e processos. Solues para problemas e suporte para modelos de negcio, estratgias e operaes esto se desenvolvendo na forma de servios. A populari dade de servios compartilhados e outsourcing tm contribudo para o aumento no nmero de organizaes provedoras de servios, incluindo unidades organizacionais internas. Isto, por sua vez, tem fortalecido a prtica do gerenciamento de servio e ao mesmo tempo gerado desafios mais amplos.
Conceitos
11 Boas prticas so atividades ou processos realizados com sucesso pelas organizaes. 11 Servio um meio de entregar valor para o cliente para alcance dos resultados. 22 Caractersticas de servio: 33 Intangibilidade 33 Demanda associada aos ativos do cliente 33 Perecibilidade 11 Gerenciamento de servios o conjunto de capacidades especializadas para prover
valor aos clientes na forma de servios.
Boas prticas
Atividades ou processos realizados com sucesso por um conjunto de organizaes, sendo compilados, testados e aceitos por ampla maioria. A ITIL um exemplo de boas prticas, assim como o CobiT, o CMMI e outros modelos de processo disponveis no mercado.
Servio
Um servio um meio de entregar valor para o cliente, facilitando a obteno dos resulta dos desejados. Um servio possui como caractersticas a intangibilidade, a demanda asso ciada aos ativos do cliente e a perecibilidade.
Gerenciamento de servios
Conjunto de capacidades especializadas para prover valor aos clientes na formade servios.
Funes
Uma funo um conceito lgico que se refere a pessoas, grupo de pessoas ou ferramentas que conduzem um ou mais processos, atividades ou a combinao destes. Usualmente fun es so unidades organizacionais especializadas na execuo de certos tipos de atividades, responsveis pela produo de um conjunto especfico de produtos, atravs de capacidades e recursos necessrios para tal, como no caso de uma central de servios.
Captulo 1 - Gesto de Servios de TI
Papis
Conjunto de responsabilidades, atividades e autoridades concedidas a uma pessoa ou grupo. Um papel deve ser sempre definido em um processo. Uma pessoa ou grupo pode possuir diversos papis em vrios processos. Por exemplo, os papis de gerente de configurao e gerente de mudana podem ser realizados pela mesma pessoa.
Processo
Conjunto de atividades definidas que combinam recursos e capacidades para realizar um objetivo especfico, que direta ou indiretamente cria valor para o cliente. Um processo pos sui uma ou mais entradas e as transforma em sadas definidas.
11 Identificao da demanda do negcio 11 Especificao 11 Projeto 11 Avaliao 11 Aquisio 11 Desenvolvimento 11 Entrega 11 Operao 11 Otimizao 11 Retirada
A arquitetura central da ITIL baseada no ciclo de vida de servio, que enfatiza a importn cia da coordenao e controle por meio de vrias funes, processos e sistemas necessrios para gerenciar o ciclo de vida dos servios de TI. O ciclo de vida de um servio composto pelas seguintes fases, como mostra a figura 1.3:
11 Avaliao o projeto pode ser avaliado quanto s suas caractersticas e viabilidade, deci dindo sobre o desenvolvimento e/ou aquisio;
11 Desenvolvimento o projeto do servio desenvolvido nos seus componentes; 11 Entrega transio do servio para a operao; 11 Operao realizao do servio disponibilizado para a rea de negcio solicitante; 11 Otimizao avaliao do desempenho do servio e ajustes necessrios de operao. 11 Retirada retirar o servio de operao.
Gerenciamento de Servios de TI
10
O gerenciamento de servios de TI deve garantir que a equipe de TI, com a execuo e gerenciamento dos diversos processos relacionados, entregue os servios de TI dentro do acordado, em termos de custo e de nvel de desempenho, com as reas de negcio da organizao, no se esquecendo de atender paralelamente aos objetivos estratgicos definidos. Para tanto, necessrio: o estabelecimento do ponto na Fronteira da eficincia, isto , onde se deseja chegar (ponto A); diagnosticar o ponto atual (ponto B) e estabelecer o plano de ao que conduzir a transformao do desempenho atual no desempenho desejado, conforme mostra a prxima figura.
Uma vez estabelecido o plano de ao, necessrio que, ao longo de sua execuo, a rea de TI preocupe-se em garantir os mecanismos adequados para o gerenciamento de servios de TI, haja vista a extrema necessidade de controlar os processos de TI e o modo como eles afetam o desempenho dos servios de TI disponibilizados para a organizao, evoluindo em sua maturidade no processo de gerenciamento de servios de TI, conforme demonstra a figura a seguir.
11
11 Contribuir de forma estratgica para o negcio; 11 Permitir a medio de sua contribuio para o negcio; 11 Entregar servios mais consistentes e estveis; 11 Dar menor nfase na tecnologia.
Fatores motivadores
Os fatores motivadores para a adoo do Gerenciamento de Servios de TI atualmente so:
11 Exigncia do incremento do profissionalismo. 11 Enfoque na entrega de benefcios para os clientes e para a organizao. 11 Necessidade de indicadores de desempenho para a tomada de deciso. 11 Definio de pontos de contato claros entre TI e as reas clientes. 11 Reduo de custos dos processos de TI. 11 Adoo das melhores prticas reunidas na ITIL. 11 Sobreviver no longo prazo.
O gerenciamento de servios era uma preocupao bsica de empresas em diversos setores. Porm, a rea de TI est sofrendo uma mudana drstica de postura. Por muitos anos a rea de TI preocupava-se em apenas dominar a tecnologia, mas ao longo do tempo percebeu-se que a funo da TI no era apenas fornecer tecnologia, porque possuir a tecnologia mais recente no sinnimo de disponibilidade e de bom servio. Alm de possuir a tecnologia, preciso adicionar outros elementos para que se possa entregar um bom servio ao cliente. O gerenciamento de servios de TI pode ser entendido como um ativo estratgico da orga Gerenciamento de Servios de TI
nizao. Quando uma organizao depende da TI para funcionar, porque a TI faz parte do negcio. um risco operacional, ento o bom gerenciamento de servios de TI acaba se tornando imprescindvel para o funcionamento da organizao. Assim como se diz que as pessoas da organizao tm mais valor que os seus ativos fsicos (prdios, computadores, mquinas), agora possvel afirmar que ter um sistema de gerenciamento de servios de TI vital para a organizao. Organizaes com uma TI gil, estvel e com bons servios conse guem obter maior competitividade no mercado. Entende-se por ativo de um provedor de servio qualquer coisa que possa contribuir para a entrega de um servio. Os dois tipos de ativos so habilidades e recursos.
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Habilidades
Gerenciamento Organizao Processos
Figura 1.7 Ativos de um provedor de servio.
Recursos
Capital financeiro Infraestrutura Aplicaes Informao Pessoas
Conhecimento Pessoas
A organizao usa estes ativos para criar valor na forma de bens e servios. Os recursos so necessrios para a produo de um bem ou fornecimento de um servio. As habilidades so usadas para transformar os recursos, representando a capacidade da organizao de produzir valor. A combinao de habilidade e recursos que define a qualidade do servio prestado. A tabela abaixo mostra algumas destas combinaes.
Recurso
Falta de recurso Falta de recurso
Figura 1.8 Combinao dos ativos.
Habilidade
Falta de habilidade Boa habilidade Falta de habilidade Boa habilidade
Combinao
Servio pobre Servio pobre Servio pobre Servio bom
Definies
11 Papel da governana atravs do ciclo de vida do servio 11 Modelo de servio 11 Modelo V 11 Modelo PDCA
O modelo de servio codifica a estratgia de um servio para um espao de mercado, descrevendo a estrutura e a dinmica dos servios, assim influenciando a sua operao.
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Modelo V
Modelo que define critrios de aceite para requerimentos estabelecidos, de acordo com a fase de desenvolvimento do servio. O lado esquerdo do V comea com as especificaes do servio e termina com o projeto de servio detalhado. O lado direito do V reflete as ativida des de teste, o que significa que cada especificao precisa ser validada antes de avanar para a prxima etapa.
Modelo PDCA
Gerenciamento de Servios de TI
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Determine os objetivos da rea de TI. Quais informaes so utilizadas para determinar estes objetivos?
Estratgia de servio
A estratgia de servio define um caminho para o provimento de servios de TI, tratando dos seguintes elementos:
q
Captulo 1 - Gesto de Servios de TI
11 Princpios de estratgia de servio 11 Gerao da estratgia 11 Gerenciamento de portflio 11 Gerenciamento de demanda 11 Gerenciamento financeiro
A estratgia de servio define um caminho para uma organizao de TI prover servios. Primeiro, a organizao de TI deve identificar o mercado para seus servios. Isto, por sua vez, orienta a identificao dos servios oferecidos, bem como dos ativos estratgicos que constituiro estes servios. Servios previstos sero adicionados ao portflio de servio, e continuaro a ser trabalhados at estarem finalmente encaminhados para o projeto e desenvolvimento no estgio de projeto de servio. 15
Para suportar esta atividade, necessrio determinar toda a cadeia de provimento de servio da organizao de TI. Isto inclui provedores internos, externos, compartilhamento, provedores preferenciais etc. Em adio, vrias prticas atuam na determinao da estrat gia de servio, incluindo o gerenciamento financeiro e o gerenciamento de demanda.
11 Tipos de provedores de servio 22 Representam as estruturas com que os provedores podem estar organizados para
prestar o servio.
11 Estrutura de servio 22 Descreve como os servios podem ser combinados para atender a uma
determinada unidade de negcio.
11 Os 4 Ps da estratgia 22 Identificam as diferentes formas que uma estratgia de servio pode ter.
Criao de valor
O valor definido no somente em termos dos resultados do negcio do cliente, mas tam bm altamente dependente da percepo do cliente. O cliente reluta em comprar quando existe ambiguidade na relao causa-efeito entre a utilizao de um servio e a realizao dos benefcios. O valor consiste de dois componentes:
11 Utilidade ou ajuste para o propsito os atributos do servio que tm um efeito posi tivo sobre o desempenho das atividades, objetos e tarefas associados com os resultados esperados;
11 Garantia ou ajuste ao uso garantia de que alguns produtos ou servios sero providos
de acordo com as especificaes.
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Gerenciamento de Servios de TI
Ativos de servio
11 Recursos e capacidades so tipos de ativos. 22 Recursos so entradas diretas para produo. 22 Capacidades representam a habilidade da organizao para coordenar, controlar e
entregar recursos para produzir valor.
11 Funes de TI diretamente associadas s unidades de negcio. 11 Funes de TI compartilhadas entre as unidades de negcio. 11 Funes de TI fornecidas por um provedor externo.
Recursos e capacidades so tipos de ativos. As organizaes usam os ativos para criar valor na forma de bens e servios.
11 Tipo 1 provedor de servio interno 11 Tipo 2 unidade de servio compartilhado 11 Tipo 3 provedor de servio externo
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Tipo 1 As funes de TI esto diretamente associadas s unidades de negcio ou includas dentro das unidades de negcio. O Tipo 1 tem o benefcio de estar prximo de seus clientes.
Tipo 2 As funes de TI no esto diretamente associadas s unidades de negcio, mas so compartilhadas pelas unidades. O servio compartilhado consolidado em uma unidade independente chamada de unidade de servio compartilhada.
Tipo 3 O provedor externo pode ser usado quando as unidades de negcio demandam alto grau de especialidade de servios de TI, e os custos ou estratgias corporativas no esto adequa das para possuir uma TI prpria.
Estrutura de servio
O processo de criao de valor est associado a uma rede de relacionamentos entre a rea de TI e as unidades de negcio. Executivos de negcio h muito tempo descrevem o processo de criao de valor associado
a uma cadeia de valor. Parcela significativa do valor do gerenciamento de servio, entretanto, intangvel e complexa. Inclui conhecimento e benefcios como experincia tcnica, informao estratgica, conhecimento de processos e projeto colaborativo. Frequentemente o valor repousa na maneira como estas intangibilidades so combinadas, empacotadas e trocadas.
18
l
Rede de valor uma rede de relacionamentos que geram valores intangveis e tangveis para as organizaes, atravs de trocas dinmicas e complexas realizadas diretamente entre duas ou mais reas.
Os 4 Ps da estratgia
11 Perspectiva 22 Descreve uma viso e direo. 22 Uma perspectiva estratgica articula a filosofia do negcio com a maneira como os
servios so providos.
11 Posio 22 Descreve a deciso de adotar uma posio bem definida. 22 Um provedor de servio interno (Tipo 1) pode adotar uma posio baseada no
produto conhecido ou no atendimento eficiente aos seus clientes.
11 Plano 22 Descreve os meios de passar da situao atual para uma situao futura. 22 Um plano deve detalhar como oferecer mais valor ou diminuir os custos dos servios. 11 Padro 22 Descreve uma srie de decises consistentes e aes na linha do tempo.
O ciclo de vida tem no seu ncleo a estratgia de servio. O ponto de entrada para a estra tgia de servio referenciado nos 4 Ps. Eles identificam as diferentes formas que uma estratgia de servio pode assumir.
Gerao da estratgia
A gerao da estratgia a forma como o provedor de servio pretende entregar o servio ao cliente, descrevendo como os ativos de servios interagem com os ativos do cliente, criando valor a partir de um portflio de contratos de servios. Esta interao se d a partir do momento em que a demanda conecta-se com a capacidade do provedor para servi-la. Acordos de servio especificam os termos e condies atravs dos quais esta interao ocorre, considerando o comprometimento e as expectativas de cada lado. Os resultados definem os valores que sero criados para o cliente.
Captulo 1 - Gesto de Servios de TI
Lembre-se de que para o servio gerar valor ele deve ter utilidade e garantia para o cliente.
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Definio de mercado
Definio de quem so os clientes dos servios de TI. Um espao de mercado definido por um conjunto de resultados de negcio, que so facilitados por um servio de TI.
Os seguintes exemplos de resultados de negcio podem ser a base de um ou mais espaos de mercado:
11 Aplicaes de negcio chave so monitoradas e seguras. 11 Escritrios de emprstimos tm acesso mais rpido a informaes requeridas das
aplicaes de emprstimo.
11 Servio de pagamento de conta on-line oferecem mais opes para os compradores. 11 Continuidade do negcio garantida.
Cada uma das condies relacionadas est relacionada a uma ou mais categorias de ativos de clientes, tais como pessoas, infraestrutura, informaes, recebveis e compras, de forma que tais condies estejam relacionadas aos servios que possibilitam os ativos. Os clientes preferem os servios com menor custo e risco. Provedores de servio criam estas condies atravs dos servios que entregam, provendo suporte para que os clientes alcancem os resultados de negcio especficos. Um espao de mercado, portanto, representa um conjunto de oportunidades para provedo res de servio conferirem valor para o negcio do cliente, atravs de um ou mais servios. Esta condio tem valor definitivo para provedores de servio na construo de relacio namentos slidos com os clientes. Frequentemente no clara a forma como os servios criam valor para os clientes, j que os servios so frequentemente definidos em termos dos recursos disponveis.
Para pensar
Definies de servio que no oferecem clareza a respeito da utilidade de tais recursos, e os resultados de negcio que justificam seus custos na perspectiva de cliente, normalmente geram projetos pobres, operao no efetiva e desempenho ruim nos contratos de servio.
Gerenciamento de Servios de TI
Melhorias de servio so difceis de alcanar quando no est claro o ponto em que elas so realmente requeridas. Os clientes podem entender e apreciar melhorias somente dentro do contexto de seus prprios ativos de negcio, desempenho e resultados. Sendo assim, importante que os provedores de servio identifiquem seus espaos de mercado, assegu rando a definio de servios orientados para os resultados dos negcios.
Desenvolvimento da oferta
Identifica os servios a serem oferecidos aos clientes, dando incio aos projetos para o desenvolvimento destes servios.
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gerenciamento do servio sejam realizados sob a perspectiva do valor para o cliente. Em termos de utilidade, um servio pode criar valor para o cliente conforme mostra a figura seguinte.
Em termos de garantia, um servio pode criar valor para o cliente conforme a prxima figura.
21
22
Gerenciamento de Servios de TI
11 Levantamento estratgico: 22 Foras e fraquezas; 22 Competncias; 22 Estratgia do negcio; 22 Ameaas e oportunidades. 11 Definio de objetivos; 11 Alinhamento de ativos de servio com os produtos do cliente; 11 Definio de fatores crticos de sucesso; 11 Anlise competitiva; 11 Priorizao de investimentos.
A avaliao estratgica consiste em fazer uma auditoria estratgica para conhecimento dos benefcios que o provedor vai obter com a entrega de seus servios. Os fatores crticos de sucesso determinam o sucesso ou falha de uma estratgia de servio. No adianta o servio ser bem definido e adequado ao cliente se for caro demais.
Processos
A estratgia de servio composta pelos seguintes processos:
11 Gerenciamento do portflio de servios 22 Gerenciamento da lista de servios planejados, existentes e removidos. 11 Gerenciamento financeiro 22 Gerenciamento da contabilidade, cobrana e arrecadao de taxas dos servios de TI.
Gerenciamento de demanda
Gerenciamento de demanda um aspecto crtico do gerenciamento de servios. A demanda no gerenciada de forma eficiente uma fonte de riscos e incertezas para o provedor de servios. O excesso de capacidade aumenta a gerao de custos sem criar valor. Os clientes no querem pagar por capacidade ociosa, a no ser que isto fornea algum valor para eles. A capacidade insuficiente tem um impacto na qualidade do servio entregue e nos limites de o com o cliente podem reduzir a incerteza da demanda, mas no podem elimin-la intei ramente. importante assegurar que os planos de negcio do cliente estejam sincronizados com os planos de negcio do provedor de servio. necessrio fazer uma previso de quando o servio ser utilizado antes de ele ir para o ambiente de operaes. Esta previso ser utilizada na fase de projeto de servio, para que o servio seja projetado com capacidade suficiente para atender a esta demanda, como mostra a figura abaixo.
Captulo 1 - Gesto de Servios de TI
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Objetivo
O objetivo principal do gerenciamento de demanda auxiliar o provedor de servio no entendimento da demanda do cliente para os servios e na proviso da capacidade para atender a esta demanda. Outros objetivos incluem:
11 Utilizar tcnicas para gerenciar a demanda de forma que o excesso de capacidade seja
reduzido, e os requisitos de negcio e do cliente sejam satisfeitos.
Descrio do processo
11 Analisa, rastreia, monitora e documenta os padres de atividade do negcio
Patterns of Business Activity (PBA).
resultados do negcio.
Atividades
Atividades que compem o processo de gerenciamento de demanda:
11 Servios bsicos e de suporte 22 Representam o valor que o cliente espera e pelo qual deseja pagar. 11 Desenvolvimento de ofertas diferenciadas 22 Mesmo nvel de diferenciao em uma oferta tomando diferentes maneiras para
o empacotamento.
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11 Pacotes de nvel de servio 22 Cada pacote de nvel de servio capaz de atender a um ou mais padres
de demanda.
11 Vantagem dos pacotes de servios bsicos 22 Cada unidade de negcio pode desenvolver pacotes de nvel de servio baseados em
aplicaes e processos para servir a seus prprios espaos de mercado.
11 Segmentao 22 Prover valor para um segmento de usurios com utilidade e garantia apropriados
para suas necessidades, com um custo efetivo. Servios bsicos e de suporte Os servios bsicos representam o valor que o cliente espera e pelo qual deseja pagar. Os servios bsicos ancoram a proposio de valor para o cliente e proveem a base de sua utilizao. Servios de suporte podem habilitar ou aumentar a proposio de valor. Desenvolvimento de ofertas diferenciadas O empacotamento dos servios bsicos e de suporte um aspecto essencial da estratgia de mercado. Provedores de servio devem conduzir uma anlise completa das condies pre dominantes com relao ao ambiente de negcio, as necessidades dos segmentos ou tipos de clientes e alternativas disponveis para eles. As decises so estratgicas porque mantm uma viso de longo termo para a manuteno de valor para os clientes, ao mesmo tempo em que ocorrem mudanas nas prticas industriais, normativas, tecnolgicas e regulamentares. O empacotamento dos servios de suporte com os servios bsicos tm implicaes no pro jeto e na operao dos servios. Decises tm que ser tomadas para padronizar os servios bsicos ou os servios de suporte, que em determinada oferta podem alcanar o mesmo nvel de diferenciao (atravs de diferentes maneiras) para o empacotamento, ainda que os custos e riscos envolvidos possam ser diferentes. Os processos de transio de servio guiam tais decises. Pacotes de nvel de servio Pacotes de servio contm um ou mais pacotes de nvel de servio. Cada pacote de nvel de servio prov um nvel definido de utilidade e garantia dos resultados, ativos e padres de atividade de negcio dos clientes. Cada pacote de nvel de servio capaz de atender a um ou mais padres de demanda.
Os padres de nvel de servio esto associados com um conjunto de nveis de servio, polticas de preos e um pacote de servio bsico. Os pacotes de servio bsico so pacotes de servio que proveem uma base de garantia e utilidade compartilhadas por dois ou mais
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pacotes de nvel de servio. Combinaes dos pacotes de servios bsicos e pacotes de nvel de servio so usados para servir a segmentos de clientes com valores diferenciados. Vantagem dos pacotes de servios bsicos Algumas empresas tm unidades de infraestrutura bsica altamente consolidadas, que suportam as operaes das unidades de negcio com altos nveis de confiabilidade e desem penho. Um exemplo uma empresa de logstica e cadeia de fornecimento. Os altos nveis de desempenho e confiabilidade so traduzidos em nveis similares de garantia do servio oferecido para os clientes na entrega dos pacotes e documentos. A estratgia firmemente controlada com os servios bsicos usados por todas as unidades de negcio, de modo que a complexidade esteja sob controle, as economias de escala sejam obtidas e os resultados de negcio alcanados. Cada unidade de negcio pode desenvolver pacotes de nvel de servio com base em aplicaes e processos para atender a seus prprios espaos de mercado. Segmentao Pacotes de nvel de servio so efetivos no desenvolvimento de pacotes de servio para prover valor para um segmento de usurios com utilidade e garantia apropriados para suas necessidades, a um custo efetivo. Pacotes de nvel de servio so combinados com pacotes de servios bsicos para construir um catlogo de servios com segmentao, aumentando a eficincia econmica dos acordos e contratos de servio.
Funcional
O gerente de demanda responsvel por:
11 Criar e gerenciar polticas de incentivos e penalidades 11 Participar da criao de Acordos de Nvel de Servio 11 Monitorar toda a demanda e capacidade 11 Gerenciar recursos do processo 11 Responder a mudanas no padro de atividade de negcio (PBA)
Relacionamentos
O gerenciamento de demanda permite uma melhor previso dos itens do catlogo de servio, auxiliando no gerenciamento do portflio de servio.
Processos de negcio so fontes primrias de demanda de servios. Padres de atividade de negcio (PBA) influenciam os padres de demanda usados pelos provedores de servio.
Figura 1.25 Influncia dos pa dres de atividades de negcio no relacionamento entre demanda e fornecimento de servio.
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Gerenciamento de Servios de TI
importante estudar os negcios do cliente para identificar, analisar e codificar os padres para prover base suficiente para o gerenciamento de capacidade, entendendo o impacto de suas atividades e planos de negcio em termos da demanda por servios de suporte. O gerenciamento de demanda permite uma melhor previso dos itens do catlogo de servio, auxiliando no gerenciamento do portflio de servio.
Benefcios
Alguns dos benefcios do gerenciamento de demanda:
11 O projeto de servio otimiza o atendimento das demandas identificadas. 11 O gerenciamento de portflio de servio aprova investimentos para capacidade
adicional, servios novos ou mudanas de servio.
11 A operao de servio ajusta a alocao de recursos e a programao de servio. 11 A operao de servio identifica oportunidades para consolidao de demanda
atravs do agrupamento de demandas semelhantes.
Problemas comuns
Para que o processo funcione de forma eficaz e eficiente, as seguintes questes devem ser levadas em conta para evitar problemas nesta rea:
11 Dificuldades no compartilhamento de pacotes de servio dependem do tipo de provedor. 11 O desenvolvimento de pacotes diferenciados e a segmentao, se no forem
efetuados criteriosamente, podem causar a especializao excessiva de servio e assim prejudicar o estabelecimento de um catlogo de servios.
Indicadores de desempenho
Indicadores de desempenho que podem ser usados neste processo:
11 Tempo de atendimento de uma demanda. 11 Quantidade de pacotes de servio que so reutilizados. 11 Adequao dos servios em funo das necessidades do negcio.
q
Captulo 1 - Gesto de Servios de TI
O portflio de servios descreve os servios de um provedor em termos de valor para o neg cio. Ele define as necessidades do negcio e as solues do provedor para estas necessidades. Este processo fornece informaes sobre todos os servios atravs do ciclo de vida, auxi liando na governana de TI, informando o que a TI est fazendo. Sabe-se o que est na fila para desenvolver (funil de servio), o que est em operao (catlogo de servio), o que deve ser aposentado ou j foi retirado do portflio.
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Figura 1.26 Relao entre as etapas do ciclo de vida de servio e do portflio de servio.
Objetivo
Objetivo primrio:
11 Prover habilidade para suportar e intensificar os processos e servios de negcio. 11 Identificar e definir o valor do negcio provido pelos servios de TI. 11 Manter informaes precisas sobre os servios de TI planejados, correntes
e removidos. O objetivo primrio do gerenciamento do portflio de servio prover direo estratgica e gerenciamento dos investimentos na gesto dos servios de TI, de modo que um portflio timo dos servios seja continuamente mantido.
Descrio do processo
A informao contida no portflio usada para gerenciar o ciclo de vida completo de todos os servios, para um ou mais clientes. Um portflio de servio descreve um provedor de servio em termos de valor do negcio. Inclui o conjunto completo de servios gerenciados por um provedor de servio. A informao contida no portflio usada para gerenciar o ciclo de vida completo de todos os
Gerenciamento de Servios de TI
servios, para um ou mais clientes. Os servios so agrupados em trs categorias distintas no portflio de servios:
11 Pipeline de servio (servios propostos ou em desenvolvimento) 11 Catlogo de servio (servios ativos ou disponveis) 11 Servios retirados (servios inativos)
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Atividades
O gerenciamento de portflio de servios inclui as seguintes atividades:
11 Definir: inventrio de servios e validao dos dados do portflio. 11 Analisar: priorizao e balanceamento da oferta e demanda de servios. 11 Aprovar: aprovao do portflio proposto e autorizao de servios e recursos futuros. 11 Contratar: comunicar decises, alocar recursos e contratar servios.
Definir Fazer um inventrio de servios e validar os dados do portflio. Levantam-se tambm os custos do portflio existente. Cada servio no portflio deve ter um plano de negcio, que pode ou no fazer. Analisar Fazer uma proposio de valor, priorizando e balanceando oferta e demanda. Aqui so identificados os recursos necessrios para manter o servio. feita anlise dos servios que servem apenas para operar o negcio, e dos servios que faro o negcio crescer ou ser modificado. Aprovar Aprovar o portflio proposto, autorizar servios e recursos para o futuro. Aqui se pode incluir tambm a deciso de eliminar um servio. 29
Captulo 1 - Gesto de Servios de TI
demonstra como o servio ir gerar valor para o negcio. Aqui deve ser definido o que se
Contratar Comunicar decises, alocar recursos e contratar servios. Fornecer todo o planejamento para comear a fazer o projeto no caso de novos servios. Depois desta atividade, renova-se o catlogo de servios. Se houver alteraes, inicia-se novamente todo o ciclo de atividades deste processo.
Funcional
O gerente de portflio de servio responsvel por:
11 Gerenciar servios como se fosse um produto no ciclo de vida. 11 Trabalhar muito prximo dos gerentes de relacionamento, focando no portflio do cliente. 11 Ser reconhecido como um especialista nas linhas de servio. 11 Avaliar novas oportunidades de mercado, modelos de operao, tecnologias e
necessidades emergentes dos clientes.
Relacionamentos
O gerenciamento de portflio de servio possui relacionamento com:
11 Gerenciamento financeiro: nas avaliaes dos custos dos servios para o cliente e na
rentabilidade dos servios prestados.
Benefcios
Alguns benefcios do gerenciamento do portflio de servio:
Problemas comuns
Para que o processo funcione de forma eficaz e eficiente as seguintes questes devem ser levadas em conta para evitar problemas nesta rea:
11 Muitos servios definidos causam sobrecarga de gerenciamento. 11 Poucos servios definidos causam falta de aderncia s necessidades. 11 Definio terica dos servios e falta de implementao prtica. 11 Uso excessivo de linguagem tcnica dificultando a compreenso dos servios.
Gerenciamento de Servios de TI
11 Definio de servios focados em ferramentas ao invs de nas necessidades do negcio. 11 Consulta insuficiente s partes interessadas. 11 Falta de alinhamento dos servios de TI s necessidades dos negcios.
Indicadores de desempenho
Indicadores de desempenho que podem ser usados neste processo:
11 Quantidade de servios por categoria. 11 Tempo de permanncia do servio por categoria. 11 Adequao dos servios s necessidades do negcio.
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Gerenciamento financeiro
O gerenciamento financeiro para servios de TI pode tornar os custos mais claros, criando um mtodo de cobrana e dando aos clientes uma ideia sobre a relao entre qualidade e preo.
Como nos ltimos anos os negcios se tornaram mais dependentes da TI para realizar suas operaes, consequentemente o nmero de usurios aumentou, assim como tambm aumentou o volume de gastos com TI (oramento de TI). Desta forma, os clientes das organizaes de TI e seus diretores perceberam que est sendo gasto muito dinheiro na rea de TI. Leva-se em conta ainda que estes investimentos preci sam trazer um aumento da qualidade dos servios prestados e ter uma relao custo/bene fcio melhor. De outro lado, a organizao de TI acha que est fazendo um bom trabalho, mas considera difcil explicar na linguagem do negcio os custos reais e os benefcios dos servios de TI fornecidos. Organizaes so relutantes em gastar dinheiro para melhorar os servios de TI seno tiverem uma ideia clara dos custos envolvidos e dos benefcios que podem trazer para o negcio. O gerenciamento financeiro para servios de TI pode tornar os custos mais claros, criando um mtodo de cobrana e dando aos clientes uma ideia sobre a relao entre qualidade e preo. Em outras palavras, o gerenciamento financeiro promove a execuo dos servios de TI como se fosse uma operao de negcio. A figura abaixo mostra alguns questionamentos e observaes comuns em organizaes de diversos tipos.
Objetivo
O objetivo do processo de gerenciamento financeiro para servios de TI envolve o forneci mento de um custo efetivo para os gastos aplicados nos ativos de TI.
Captulo 1 - Gesto de Servios de TI
Em um ambiente comercial, podem existir premissas que iro refletir no lucro e aes de marketing da organizao, mas para qualquer servio de TI os objetivos devero incluir:
11 Contabilizao completa dos gastos com servios de TI e atribuio destes custos aos
servios entregues aos clientes.
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Descrio do processo
O gerenciamento financeiro consiste de trs sub-processos:
11 Contabilidade de TI (obrigatrio) um conjunto de processos que possibilita orga nizao de TI acompanhar de que forma o dinheiro gasto, particularmente alocando os custos por cliente, servio e atividade.
11 Um ciclo operacional (mensal ou trimestral) onde os custos so monitorados e compara dos com os oramentos, faturas emitidas e receitas geradas.
Atividades
Cada um dos trs sub-processos do gerenciamento financeiro consiste do conjunto de ativi dades a seguir.
Gerenciamento de Servios de TI
O oramento prediz e controla os gastos de TI. Normalmente a rea de TI tem que estabelecer anualmente ou semestralmente quanto dinheiro ela vai precisar para manter as operaes de TI.
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11 Determinar o mtodo de oramento 22 Oramento incremental: os nmeros dos ltimos anos so usados como base para
o oramento do prximo ano.
11 Determinar o perodo do oramento 22 Na maioria dos casos este perodo ser de um ano financeiro (fiscal), que pode ser
subdividido em perodos menores.
11 Elaborar o oramento 22 Determine todas as categorias disponveis e estime os custos para o oramento do
prximo perodo.
22 Leve em considerao que a demanda pode aumentar durante o perodo. 22 Alguns custos precisam ser estimados.
Contabilidade de TI A contabilidade TI se preocupa em fornecer informaes sobre onde est sendo gasto o dinheiro. Todo item de configurao necessrio para entregar um servio de TI para o cliente gera um custo. Estes custos juntos somam-se aos custos necessrios para a entrega dos servios de TI. Para que possamos entender os custos necessrio discutir sobre os custos de maneira geral.
11 Custos Diretos ou Indiretos 22 Os custos diretos podem ser associados a um servio especfico. 22 Os custos indiretos no podem ser relacionados a um servio.
Por exemplo, o custo de uma impressora usada por um departamento pode ser visto como um custo direto, pois a impressora usada somente por aquele departamento. Os custos indiretos so custos que no podem ser relacionados a um servio. Por exemplo, a energia
eltrica do departamento TI um custo compartilhado com todos os clientes atendidos, no sendo possvel associ-lo a um s cliente ou servio.
11 Custos de capital x Custos operacionais 22 Os custos de capital esto relacionados com a compra de itens que sero usados
durante alguns anos e gradualmente iro se depreciar.
11 Custos Fixos ou Variveis 22 Os custos fixos permanecem os mesmos sem mudanas em curto prazo. 22 Os custos variveis mudam de acordo com o uso do servio.
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Os custos fixos permanecem sem mudanas em curto prazo. O aluguel de um prdio um exemplo de custo fixo. Custos variveis mudam de acordo com o uso do servio. O servio de telefone, por exemplo, em que a assinatura mensal fixa, ser o mesmo nos meses seguintes, independente das ligaes que forem feitas. J o custo das ligaes varivel, dependendo da quantidade de ligaes realizadas.
11 Tipos de custos
Os tipos de custos precisam ser determinados, pois tambm so usados nas atividades de elaborao do oramento. Os principais custos so de hardware, software, pessoal, acomo daes, transferncia e servios externos.
Tipo principal
Hardware Software
Elementos de custo
Processadores centrais, armazenamento em disco, perifricos, WAN, computadores, portteis, servidores locais. Sistemas operacionais e opes, ferramentas de planejamento, aplicaes, banco de dados, ferramentas de produtividade de pessoal, ferramentas de monitorao, pacotes para anlise. Folha de pagamento, carro da empresa, custos de realocao, despesas, horas extras. Escritrios, estoques, reas de segurana, servios pblicos. Servios de segurana, servios de recuperao de desastres, servios terceirizados. Custos internos cobrados por outros centros de custo da organizao.
Figura 1.31 Tipos de custos.
11 Mtodos de depreciao
Os custos de capital so depreciados durante o tempo de vida til do ativo. Exemplos: desktops em trs anos, mainframe em 10 anos. Existem trs mtodos de depreciao:
11 Mtodo linear: um montante igual ao valor do ativo depreciado a cada ano. 11 Mtodo reduo percentual: um percentual do custo do capital deduzido a cada ano. 11 Depreciao por uso: a depreciao feita pelo tempo de uso de um equipamento.
Cobrana Em um centro de lucro (quando a TI a rea fim do negcio) o objetivo recuperar atra vs de cobrana os custos decorridos. Para um departamento de TI interno, o foco seria recuperar os custos de uma forma simples e clara. A cobrana pode ser usada tambm
Gerenciamento de Servios de TI
para influenciar o comportamento do cliente e seus usurios, influenciando desta forma a demanda e o uso dos servios de TI fornecidos. Antes da cobrana, devem ser tomadas algumas decises a respeito de como ser a poltica de cobrana, custos unitrios e preo. Para realizar as cobranas precisam ser criados itens de cobrana, o que deve estar claro para que o cliente tambm possa entender o funciona mento da cobrana. Exemplo: o computador usado pelo cliente, ou a quantidade de impres ses requisitadas por ele.
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Alguns mtodos para formao do preo podem ser utilizados para realizar a cobrana:
11 Preo por custo (para cobrir despesas com P&D e despesas adicionais). 11 Preo de mercado: preo cobrado pelo servio no mercado. 11 Taxas existentes: usadas tambm em organizaes similares ou outros
departamentos internos.
Funcional
O gerente de finanas de TI pode ser um funcionrio da organizao de TI ou do departa mento financeiro. Uma alternativa seria que as tarefas associadas a esta funo fossem compartilhadas entre ambos. Principais responsabilidades:
11 Apoiar a elaborao dos oramentos e planos de contabilidade. 11 Trabalhar com os diretores da empresa e departamento financeiro para desenvolver
as polticas de oramento, contabilidade de TI e cobrana.
Relacionamentos
O gerenciamento financeiro dos servios de TI possui relacionamento com:
11 Gerenciamento do nvel de servio: 22 Fornece informaes importantes acerca das estratgias de custos, preos e
cobrana introduzidas.
11 Gerenciamento de mudanas e gerenciamento da disponibilidade: 22 Ajuda no desenvolvimento de estratgias de preo. 11 Gerenciamento da configurao: 22 Uso dos ativos e informaes para analisar diferentes cenrios de equipamentos.
O gerenciamento financeiro dos servios de TI fornece informaes importantes para o gerenciamento do nvel de servio acerca das estratgias de custos, preos e cobrana introduzidas. O processo de gerenciamento financeiro analisa se o nvel de servio entregue possui um custo real para o negcio. O gerenciamento financeiro dos servios de TI pode, junto com o gerenciamento de mudanas e gerenciamento da disponibilidade, desenvolver estratgias de preo. Estas estratgias podem realizar a distribuio da carga de trabalho dentro de uma organizao, da qual resultar o uso ciamento da configurao, para analisar diferentes cenrios de equipamentos (custos diferentes para configuraes diferentes).
Captulo 1 - Gesto de Servios de TI
otimizado dos recursos. Ele ainda pode usar os ativos e informaes de custos a partir do geren-
Benefcios
Os benefcios de implantar o processo de gerenciamento financeiro para os servios de TI incluem:
11 Aumento da segurana em elaborar e gerenciar oramentos. 11 Uso mais eficiente dos recursos de TI na organizao.
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11 Aumento da satisfao dos clientes a partir do momento em que eles sabem pelo que
esto pagando.
22 Decises mais precisas de investimentos. 22 Aumento do profissionalismo da equipe dentro da organizao de TI.
Os benefcios podem ser divididos por sub-processo: Para a Elaborao do Oramento:
11 Possibilita estimar os custos totais necessrios para manter a organizao de TI; 11 Reduo do risco de se gastar mais dinheiro do que o disponvel; 11 Possibilita comparar os custos previstos em relao aos custos realizados; 11 Garantia de que os recursos financeiros estaro disponveis para manter a organizao
de TI dentro dos nveis de servios acordados. Para a Contabilidade de TI:
11 Disponibilidade de informao gerencial sobre os custos do fornecimento de servios de TI; 11 Gerentes de TI e de negcio podem tomar decises melhores, as quais asseguram que os
servios de TI esto sendo executados dentro de um custo efetivo;
11 Possibilidade de contabilizar de maneira precisa todas as despesas feitas pela organiza o de TI;
11 Demonstrar o consumo dos servios em termos financeiros; 11 Maximizao do valor do dinheiro gasto no fornecimento dos servios de TI; 11 Fundamentar a forma de cobrana.
Para a Cobrana:
11 Possibilita recuperar os cursos da TI de uma maneira melhor elaborada; 11 Influencia a demanda dos servios de TI fornecidos e o comportamento do cliente.
Problemas comuns
Para que o processo funcione de forma eficaz e eficiente, as seguintes questes devem ser levadas em conta para evitar problemas nesta rea:
11 No h comprometimento dos gerentes de TI e de negcio. 11 O gerenciamento financeiro dos servios de TI no est alinhado com os
procedimentos financeiros da organizao.
comportamento indesejvel.
22 Exemplo: aes dos usurios e clientes para tentar evitar cobranas emitidas.
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Indicadores de desempenho
Indicadores de desempenho que podem ser usados neste processo:
11 Oramentos definidos no prazo. 11 Custos contabilizados. 11 Cumprimento do oramento. 11 Consultas atendidas dentro do prazo estabelecido. 11 Custos cobrados e recuperados. 11 No conformidades em auditoria. 11 Satisfao dos usurios com os lanamentos efetuados. 11 Variao dos custos de TI. 11 Contribuio da rea de TI.
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Gerenciamento de Servios de TI
Roteiro de Atividades 1
Devem ser formadas duplas de alunos, que atuaro como prestadores de servio.
Estudo de caso
Uma Secretaria de Educao possui 120 escolas associadas de tamanhos variados, sendo:
11 20 com capacidade de 1000 alunos; 11 50 com capacidade de 600 alunos; 11 30 com capacidade de 400 alunos; 11 20 com capacidade de 200 alunos.
As escolas operam em regime de trs turnos, sendo:
11 Alocao de docentes por classe e por escola, sempre no ms de janeiro; 11 Alocao de auxiliares por escola.
Na sede da Secretaria da Educao ficam 20 pessoas. Todas as escolas oferecem refeies e uniformes para todos os alunos. A Secretaria de Educao possui um almoxarifado central para todos os produtos no perecveis que so usados pelas escolas. No caso de alimentos, somente verduras so distribudas diretamente do produtor para as escolas. O restante encaminhado para o almoxarifado da Secretaria de Educao, que faz a distribuio para as escolas. Esta distribuio feita diariamente de acordo com o cardpio definido. As escolas efetuam as matrculas, que so consolidadas em relatrios na Secretaria de Educao. As matrculas ocorrem durante 10 dias no ms de novembro. Ao longo do ano acontecem matrculas eventuais e remanejamentos de alunos entre as escolas. Com base nas alocaes dos alunos nas escolas definida a distribuio do transporte esco lar, que ocorre no ms de janeiro. A Secretaria de Educao decidiu automatizar e informatizar todos os processos e atividades, sendo:
22 Dois servidores de aplicao; 22 Um servidor de banco de dados. 11 Cada escola receber de 2 a 5 equipamentos conforme seu tamanho; 11 Os equipamentos sero montados em rede local em cada escola e todos podero acessar
o sistema central;
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11 O acesso das escolas ao sistema central ser via web e as conexes fsicas desta rede
metropolitana sero por fibra ptica, banda larga e discagem, dependendo da localiza o da escola. No caso das escolas com linha discada, a linha ser usada durante todo o tempo de matrcula. Fora do perodo de matrcula estimado o uso de 40 dias (12 horas por dia) para o ano todo. A distribuio das conexes est definida na tabela seguinte:
Discado
6 10 4 8
Banda larga
12 35 23 11
Fibra ptica
2 5 3 1
11 Cada funcionrio deve ter acesso a um conjunto especfico de funes dos sistemas; 11 Sero fornecidos para as escolas pacotes de automao de escritrio e outros aplicativos
comerciais dependendo da especificidade da escola, se houver necessidade;
Gerenciamento de Servios de TI
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11 Servidor: R$ 35.000 incluindo sistema operacional; 11 Sistema de gerenciamento de banco de dados: R$ 3.000/ms; 11 Pacote de automao de escritrio: R$ 1.000; 11 Micro: R$ 3.000; 11 Switch: R$ 3.500; 11 Acesso discado: R$ 0,10/min; 11 Banda larga: R$ 70/ms; 11 Fibra ptica: R$ 100/ms; 11 Sistema central: R$ 100.000/ms 11 Quadro de pessoal de TI inicial (R$ 10/hora): 22 7 pessoas para suporte e manuteno; 22 2 pessoas para administrativo; 22 1 chefe de seo.
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Gerenciamento de Servios de TI
2
Projeto de Servio
objetivos
Desenvolver as estratgias de projeto de servios e conhecer os processos e atividades relacionadas.
conceitos
Processos de gerenciamento de nvel de servio, catlogo de servios, disponibilidade, capacidade, segurana da informao, continuidade de servio e fornecedor.
Introduo
O projeto de servio proporciona um guia para a criao e manuteno de polticas de TI, arquitetura e documentos para o projeto de solues de servios e processos de TI. O propsito desta rea guiar os profissionais no uso de prticas recomendadas para o Projeto de Servios de TI e processo de gerenciamento de servios de TI. Esta fase a continuao da Estratgia de Servios, que proporciona um guia para a integrao das necessidades do negcio com a TI. Ela permite que se avaliem os requisitos ao projetar um servio e documenta a melhor prtica da indstria para o Projeto de Servio e processos de TI. Objetivos do Projeto de Servio no ciclo de vida:
11 Projetar servios que estejam alinhados e satisfaam aos objetivos do negcio. 11 Projetar servios que so desenvolvidos e entregues no prazo acordado e dentro do 11 Projetar processos eficientes e eficazes para gerenciar o servio durante todo o seu
ciclo de vida.
Captulo 2 - Projeto de Servio
custo esperado.
11 Identificar e gerenciar riscos. 11 Projetar uma infraestrutura segura e resiliente. 11 Documentar planos, polticas, arquitetura e treinamento da equipe. 11 Contribuir para a melhoria continuada do servio, assegurando qualidade no
ambiente de produo.
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11 Avaliao de risco e gerenciamento de todos os processos e resultados do projeto. 11 Garantia do alinhamento com todas as estratgias e polticas do negcio e da TI.
Existem 5 aspectos mais importantes no Projeto de Servio que devem ser considerados e a falta de qualquer um deles ir comprometer a entrega do servio:
11 Portflio de servios. Contm detalhes de todos os servios e seu status; 11 Projeto da arquitetura tecnolgica. O projeto da arquitetura de TI pode ser definido como
o desenvolvimento e manuteno de polticas de TI, estratgias, documentos, planos e sistema de gerenciamento de servio;
Processos
Os processos que fazem parte do Projeto de Servios so:
11 Gerenciamento de Catlogo de Servio 22 Proporciona um nico local de informaes consistentes sobre todos os servios
acordados, e assegura que o catlogo esteja disponvel para quem tem autorizao para acess-lo.
11 Gerenciamento de Disponibilidade
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22 Processo que garante que o nvel de disponibilidade entregue seja igual ou maior
que metas acordadas, atuais e futuras, atendendo as necessidades do negcio com custo efetivo.
11 Gerenciamento de Capacidade 22 Processo desenhado para assegurar que a capacidade da infraestrutura de TI esteja
alinhada com as necessidades do negcio.
11 Gerenciamento de Segurana da Informao 22 Processo importante que visa controlar a proviso de informao e evitar seu uso
no autorizado.
11 Gerenciamento de Continuidade de Servio 22 Processo que suporta o gerenciamento de continuidade de negcio, garantindo que
os recursos tcnicos de TI e de servios possam ser retomados dentro dos perodos de tempo requeridos e acordados com o negcio.
11 Gerenciamento de Fornecedor 22 Processo que assegura que os fornecedores e os servios que eles fornecem so
gerenciados para suportar as metas dos servios de TI e as expectativas do negcio.
Objetivo
Manter e melhorar a qualidade dos servios atravs de um ciclo constante de acordos, monitorao, relatrios e melhoria dos nveis de servios. O processo de Gerenciamento do Nvel de Servio gerencia a qualidade dos servios de TI
conforme os acordos firmados entre os usurios e o departamento de TI chamados Acordos de Nvel de Servio (ANS). O objetivo do Gerenciamento do Nvel de Servio manter e melhorar a qualidade dos servi os atravs de um ciclo constante de acordos, monitorao, relatrios e melhoria dos nveis de servios. Ele estrategicamente focado no negcio, mantendo o alinhamento entre o negcio e a TI.
Descrio do processo
conceitos:
Captulo 2 - Projeto de Servio
O processo de Gerenciamento do Nvel de Servio pode ser entendido com base em alguns
11 Requisitos de Nvel de Servio (RNS) 22 Contm todos os requisitos do cliente relacionados aos servios de TI. 11 Especificaes de Servio 22 Transio dos requisitos do cliente e como a rea de TI ir fornecer estes servios.
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11 Acordo de Nvel de Servio (ANS) 22 Documento que define nveis de servios acordados entre cliente
e o provedor.
11 Contrato de Apoio (CA) 22 Contrato com fornecedor externo ou terceiro que garanta que ele fornecer o
servio dentro do prazo, custo e nvel desejado.
11 Acordo de Nvel Operacional (ANO) 22 Acordos dentro da prpria rea de TI ou dentro da organizao como um todo. 11 Plano de Qualidade de Servio 22 Plano que contm informao sobre indicadores de desempenho para a rea de TI
medir os servios.
11 Catlogo de Servio 22 Documento que contm todos os servios que esto sendo fornecidos.
O cliente espera e deseja um determinado servio, ou novos servios e modificaes nos servios atuais. As solicitaes do cliente so analisadas e, em seguida, os processos de planejamento de servios traduzem os desejos externos em requisitos internos. As caractersticas externas ou orientadas ao cliente e as solicitaes so registradas no Catlogo de Servios. Alm disso, o plano de qualidade de servio descreve as caractersticas internas, ou mais tcnicas, e as demandas aplicveis ao servio. Em seguida, durante o processo de consulta e negociao, chega-se a um entendimento claro. Isso resulta em um acordo (Acordos de Nvel de Servio ANS). Os ANSs so administrados e catalogados. O Gerenciamento de Mudanas sempre envolvido nas solicitaes para o desenvolvimento e implementao de novos servios. Uma vez estabelecido um ANS, o servio continuamente monitorado e revisado para garantir que os servios ao cliente se comportem conforme o acordo. Esse processo garante a boa comunicao com o cliente porque existe um ponto central de contato que leva em conta os vrios interesses. Tambm monitora os servios do ponto de vista dos acordos sobre os servios.
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Gerenciamento de Servios de TI
Estabelecer a funo
Planejamento
Catlogo de Servio
Delinear ANS
Negociar
Acordar
Monitorar
Informar
Revisar
Reviso peridica
Para entender o processo de Gerenciamento do Nvel de Servio necessrio entender alguns conceitos bsicos que so usados. Requisitos de Nvel de Servio (RNS) Este um documento que contm todos os requisitos do cliente relacionados aos servios de TI. Define a disponibilidade e o desempenho que os clientes precisam para estes servi os. o ponto inicial para traar os Acordos de Nvel de Servio. Especificaes de Servio A organizao de TI rascunha as Especificaes dos Servios baseadas no RNS. uma transcrio dos requisitos do cliente e como a rea de TI ir fornecer estes servios. Ele ir mostrar os relacionamentos entre os ANSs, fornecedores e a prpria organizao de TI. Acordo de Nvel de Servio (ANS) O ANS um documento que define nveis de servios acordados entre o cliente e o provedor de servios, por exemplo, entre TI e o negcio. O ANS deve ser escrito em linguagem que o negcio entenda, clara, concisa e livre de jarges. O ANS no deve incluir diagramas de procedimentos detalhados para outros processos ou informaes tcnicas que o negcio no entenda.
Captulo 2 - Projeto de Servio
Contrato de Apoio (CA) Com um fornecedor externo ou terceiro que est sendo envolvido na entrega de Servios de TI haver um contrato que garanta que ele fornecer o servio dentro de um prazo, custo, nvel etc. A organizao de TI passa os requisitos do negcio para os fornecedores externos. Este documento ser reflexo dos nveis de servios definidos nos ANSs. Por exemplo, se o ANS apresenta um conserto de uma impressora em 5 dias, ento o CA com o terceiro dever dar suporte a esta necessidade. Por exemplo, o conserto da impressora e o retorno para a organizao em 3 dias.
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Acordo de Nvel Operacional (ANO) Alguns servios de TI dependem de outros servios providos dentro da prpria rea de TI. Por exemplo, um sistema que executado via rede depende da disponibilidade da rede. Acordos sobre a disponibilidade da rede sero desenhados em um Acordo de Nvel Ope racional (ANO). Assim como a CA, estes contratos internos iro dar suporte aos ANSs da mesma maneira. A diferena que o foco voltado para dentro da organizao de TI. A figura abaixo ilustra o relacionamento entre o cliente, a organizao de TI e provedores de servios.
Fornecedor de TI 1
Fornecedor externo
Fornecedor de TI 2
Fornecedor de TI N
Plano de Qualidade de Servio Este plano ir conter informao sobre indicadores de desempenho para a rea de TI medir os servios. Ele ir conter indicadores de desempenho para cada um dos processos que esto sendo implantados na organizao. importante tambm incluir indicadores de desempenho nos CAs e ANOs, assim eles contribuiro para o servio de TI como um todo. Catlogo de Servio Este um documento que contm todos os servios que esto sendo fornecidos, descrio, nveis, custo, cliente e a pessoa ou departamento responsvel pela manuteno do servio. O contedo do Catlogo de Servio ir variar de acordo com os requisitos da organizao de TI. As folhas de Especificao de Servio frequentemente formam parte do Catlogo de Servio.
Negcio
Gerenciamento de Servios de TI
RNS ANS
Catlogo de servio
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Atividades
As principais atividades do Gerenciamento do Nvel de Servio consistem de:
11 Compor o Catlogo de Servio. 11 Negociar com os clientes baseado nas possibilidades e preos. 11 Assegurar e manter o Acordo de Nvel Servio (ANS).
Isto ser feito atravs de um ciclo constante das seguintes aes:
Catlogo de Servio Identicao Requisitos de Nvel de Servios Especicao de Servio Denio Plano de Qualidade de Servio Acordos de Nvel de Servio Negociao Acordos de Nvel Operacional Contratos de Apoio Realizaes de Nvel de Servios Relatrio de Nveis de Servio Programa de Aperfeioamento de Servios
Clientes
demanda
Monitorao
Relatrio
Reviso
Identificao Dentro desta atividade a rea de TI precisar definir os servios que ela fornece dentro do Catlogo de Servio. O Catlogo de Servio como se fosse um menu de servios que a TI oferece e os componentes destes servios. Neste estgio o relacionamento entre a organizao de TI e o cliente criado ou mantido. O foco identificar os requisitos do cliente em relao aos servios de TI. Como parte desta partes para assegurar que esteja claro o entendimento do que ser realizado pela TI e os requisitos relacionados ao negcio. Definio O primeiro resultado desta atividade ser a entrega do RNS, da folha de especificao de servio e do Plano de Qualidade de Servio. A partir dos RNSs e do Catlogo de Servio ser feita uma proposta do ANS que alinha ambos em nveis de servios aceitveis. Durante a criao deste documento a elaborao de CAs e ANOs crtica para dar suporte ANS.
Captulo 2 - Projeto de Servio
atividade, o documento de RNS escrito. Este documento ser assinado por ambas as
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As necessidades do cliente podem ser alteradas devido mudana nos procedimentos do negcio. Nesse caso as especificaes e os servios precisam ser mudados ou tecnologias mais avanadas precisem ser implantadas. Negociao Uma vez que a proposta do ANS formulada, hora de fazer o acordo, aceite e assinatura para os seguintes documentos:
11 Tempo necessrio para resolver os incidentes 11 Downtime da rede e qualquer outra situao onde os nveis de servio no esto sendo
atingidos
11 Tempo necessrio para uma mudana 11 Todas as interrupes graves no servio em detalhes 11 Uso da capacidade (mnimo e mximo) 11 Quantidade de interaes com vrios servios
Gerenciamento de Servios de TI
Reviso Revisar regularmente os servios com os clientes ir ajudar a descobrir oportunidades para melhorar o que est sendo fornecido. Com a ajuda do Programa de Aperfeioamento de Servio (PAS) isto poder ser alcanado. Uma vez que os Acordos de Nvel de Servio estejam documentados no o final do pro cesso, apenas o comeo. tambm importante revisar regularmente como os processos esto sendo operados e atualiz-los quando necessrio.
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Funcional
O gerente de nvel de servio responsvel pela implantao dos processos, manuteno e melhoria dos nveis de servios. A funo requer uma posio que permita pessoa negociar os nveis de servios com os clientes em nome da organizao de TI. O gerente de nvel de servio fiscaliza os passos que resultam nos seguintes documentos oficiais:
11 Requisitos de Nvel de Servio (RNS) 11 Especificaes de Servios 11 Acordos de Nvel de Servio (ANS) 11 Contratos de Apoio (CA) 11 Plano de Qualidade de Servio 11 Programa de Aperfeioamento de Servio (PAS)
Relacionamentos
O Gerenciamento do Nvel de Servio o resultado da implantao dos processos de gerenciamento de servio. O Gerenciamento do Nvel de Servio est relacionado com cada um dos processos da ITIL. Voc no pode implantar este processo com o objetivo de alcanar a maturidade completa sem os outros processos e a funo da Central de Servio, devido aproximao holstica com o gerenciamento de servios.
Benefcios
Implantar o Gerenciamento do Nvel de Servios trar os seguintes benefcios para o negcio e para a organizao de TI:
11 Os servios em TI tero maior qualidade e produtividade, com menos interrupes. 11 Os recursos da equipe de TI sero usados de forma mais eficiente. 11 A organizao de TI fornecer servios que satisfaam as expectativas dos clientes. 11 A percepo da organizao de TI ser melhorada. 11 Reduo de custos. 11 Os servios fornecidos por fornecedores so mais bem gerenciados com contratos de
apoio.
Captulo 2 - Projeto de Servio
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Problemas comuns
As seguintes questes podem ser aplicadas para assegurar o sucesso do processo de Geren ciamento do Nvel de Servio:
11 Os nveis de servios previstos no ANS precisam ser alcanveis pela organizao de TI. 11 OS CAs e ANOs precisam ser escritos corretamente para que os fornecedores ou grupos
internos no criem inadvertidamente brechas (falhas) nos nveis de servios acordados.
11 Os servios precisam ser mensurveis. 11 Os Acordos de Nvel de Servio precisam regularmente ser revisados e negociados
para que estes no se tornem obsoletos.
Indicadores de desempenho
Os seguintes indicadores ajudaro a determinar se o processo de Gerenciamento do Nvel de Servio eficaz e eficiente:
11 Nmero ou porcentagem de servios conforme ANS definidos. 11 Nmero e severidade das falhas de servios. 11 Nmero de severidade conforme ANS. 11 Nmero de servios com ANS implementados. 11 ndice de satisfao dos usurios.
Objetivo
11 Assegurar que o catlogo de servio seja produzido, mantido e dotado de
informaes precisas sobre todos os servios operacionais e aqueles que esto para entrar em produo.
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O objetivo primrio do Gerenciamento de Catlogo de Servio assegurar que o catlogo de servio seja produzido, mantido e dotado de informaes precisas sobre todos os servios operacionais e aqueles que esto para entrar em produo. Outros objetivos so:
11 Prover uma fonte nica de informao consistente para comunicar servios disponveis e
detalhes associados, interfaces e dependncias;
11 Assegurar que os servios estejam amplamente disponveis para quem estiver autori zado para acess-los;
Descrio do processo
Existe um conjunto de fontes de informao que so relevantes para o processo de Geren ciamento do Catlogo de Servio:
11 Requisitos de negcio: detalhes dos acordos, de requisitos de negcio novos ou altera es provenientes do Portflio de Servios;
11 A documentao e acordo de uma definio do servio. 11 Atualizaes do Portflio de Servio: contendo a situao atual de todos os servios e
seus requisitos
Nome do servio
Descrio Tipo Servio de suporte Donos do negcio
Servio 1
Servio 2
Servio n
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Nome do servio
Unidades de negcio Gerente do servio Impacto no negcio Prioridade do negcio ANS Horrios do servio Contatos Contatos superiores Relatrios do servio Reviso do servio Classificao de segurana
Servio 1
Servio 2
Servio n
Gerenciamento de Servios de TI
Servio A
Servio B
Servio C
Servio D
Servio E
Servios de suporte
Hardware
Software
Aplicaes
Dados
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Atividades
Atividades que fazem parte deste processo:
11 Produzir e manter um catlogo de servio. 11 Estabelecer interfaces, dependncias e consistncias entre o Catlogo de Servio e o
Portflio de Servios.
11 Assegurar que todas as partes do negcio possam ter uma viso exata e consistente
dos servios de TI em uso, como eles devem ser usados, os processos de negcio que eles habilitam e os nveis e qualidade que o cliente pode esperar de cada servio. O catlogo de servio proporciona uma fonte central de informao sobre os servios de TI entregues pelo provedor de servio. Assegurar que todas as partes do negcio possam ter uma viso exata e consistente dos servios de TI em uso, como eles devem ser usados, os processos de negcio que eles habilitam e os nveis e qualidade que o cliente pode esperar de cada servio.
Funcional
11 O gerente de catlogo de servio responsvel por produzir e manter o catlogo de
servio.
11 Um forte candidato a assumir este papel seria o cargo de gerente da central de servios. 22 Como esta funo est em constante relacionamento com os clientes da TI,
comum assumir a responsabilidade de manter o catlogo de servio. O gerente de catlogo de servio responsvel por produzir e manter o catlogo de servio. As suas responsabilidades esto relacionadas a garantir a execuo das atividades. Um forte candidato a assumir este papel seria o cargo de gerente da central de servios. Como esta funo est em constante relacionamento com os clientes da TI, comum assumir a responsabilidade de manter o catlogo de servio.
Relacionamentos
11 Portflio de Servio e Catlogo como parte de seus sistemas de gerenciamento
de configurao.
11 O Catlogo de Servio tambm pode ser usado para executar uma Anlise de
Impacto no Negcio (BIA) como parte do planejamento de continuidade de servio de TI, ou como uma base para redistribuio da carga de trabalho como parte do Gerenciamento de Capacidade. O Catlogo de Servio pode ser uma matriz, tabela ou planilha. Muitas organizaes integram e mantm seu Portflio de Servio e Catlogo como parte de seus sistemas de gerenciamento de configurao. Definindo cada servio como um item de configurao (IC) e, onde apropriado, relacion-los na forma de hierarquia de servio, a rea de TI capaz de relacionar eventos tais como incidentes e RDMs para os servios afetados, assim provendo a base para monitorao de servio usando uma ferramenta integrada, como por exemplo listar ou fornecer o nmero de incidentes que afetaram um servio em particular. , portanto, essencial que mudanas dentro do Portflio de Servio e do Catlogo estejam sujeitas ao processo de Gerenciamento de Mudana. 55
Captulo 2 - Projeto de Servio
O Catlogo de Servio tambm pode ser usado para executar uma Anlise de Impacto no Negcio (BIA) como parte do planejamento de continuidade de servio de TI, ou como uma base para redistribuio da carga de trabalho como parte do Gerenciamento de Capacidade. O custo e o esforo da produo e manuteno do catlogo, com seus relacionamentos e componentes de tecnologia que suportam, so facilmente justificveis. Se feito em conjunto com a priorizao do BIA, possvel assegurar que os servios mais importantes so cobertos primeiro.
Benefcios
11 O Catlogo de Servio prov uma fonte centralizada de informao sobre os servios
de TI.
11 Contm uma viso dos clientes dos servios de TI em uso. 11 Facilita o desenvolvimento mais pr-ativo do processo de Gerenciamento de Nvel
de Servio.
11 Permite uma rpida determinao do impacto dos incidentes e mudanas nos negcios.
O Catlogo de Servio prov uma fonte centralizada de informao sobre os servios de TI entregues pelo provedor de servio. Isto assegura que todas as reas de negcio possam visualizar de forma precisa e consistente os servios de TI, seus detalhes e status. Contm uma viso dos clientes do servio de TI em uso, como eles so utilizados, os processos de negcio que eles habilitam, e os nveis de qualidade dos servios que os clientes podem esperar. Algumas organizaes somente mantm ou o Catlogo de Servio de Negcio ou o Catlogo de Servio Tecnolgico. A situao desejvel que as organizaes mantenham os dois aspectos dentro de um nico Catlogo de Servio, o qual parte de uma atividade de gerenciamento de servio totalmente integrada, e do Portflio de Servio. O Catlogo de Servio de Negcio facilita o desenvolvimento mais pr-ativo do processo de Gerenciamento de Nvel de Servio, permitindo desenvolvimento mais prximo do gerenciamento de servio de negcio. O Catlogo de Servio Tecnolgico extremamente benfico quando construdo com relacionamento entre servio, ANSs e ANOs e outros acordos e componentes que os suportam, quando identificar a tecnologia requerida para suportar um servio e o grupo de suporte dos componentes. A combinao de Catlogo de Servio de Negcio e Tecnolgico inestimvel para rpida determinao do impacto dos incidentes e mudanas nos negcios.
Problemas comuns
O maior desafio no processo de Gerenciamento do Catlogo de Servio a manuteno pre cisa do catlogo como parte de um Portflio de Servio, incorporando ambos os catlogos, o de negcio e tecnolgico, como parte de um sistema de gerenciamento de configurao e um sistema de gerenciamento de conhecimento de servio (SMKS). Para atingir esta situao,
Gerenciamento de Servios de TI
a cultura da organizao precisa aceitar que o Catlogo e o Portflio so fontes essenciais de informao que todos na organizao de TI precisam us-las e mant-las. Isto frequentemente auxiliar na padronizao do Catlogo e Portflio e melhorar o desempenho no controle de custos. Principais fatores de sucesso:
11 Um catlogo preciso; 11 Usurios cientes dos servios que esto sendo providos; 11 Conhecimento pela equipe de TI das tecnologias que suportam os servios.
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11 Impreciso dos dados no catlogo e no estar sob rigoroso controle de mudana. 11 Baixa aceitao do Catlogo de Servio e seu uso em todos os processos operacionais. 22 Quanto mais ativo for o catlogo, mais precisos sero seus componentes. 11 Impreciso da informao recebida do negcio, TI e Portflio de Servio, com relao
ao servio.
11 As ferramentas e recursos requeridos para manter a informao. 11 Baixa preciso das informaes e processos de Gerenciamento de Mudana. 11 Baixo suporte e adequada atualizao dos sistemas de gerenciamento de
configurao e SKMS.
11 Informaes detalhadas demais para serem mantidas ou de muito alto nvel para que
tenham algum valor.
Indicadores de desempenho
Os seguintes indicadores ajudaro a determinar se o processo de Gerenciamento de Cat logo de Servio eficaz e eficiente:
11 Porcentagem de servios de negcio contra servios operacionais. 11 Porcentagem de servios tecnolgicos contra componentes de TI que suportam
os servios.
11 Central de Servio acessando informao para suportar todos os servios ativos, medidos
pela porcentagem de incidentes sem a informao apropriada do servio relacionado.
Gerenciamento de Disponibilidade
As organizaes esto se tornando cada vez mais dependentes dos servios de TI. Quando eles ficam indisponveis, na maioria dos casos o negcio tambm para. Cresce tambm a demanda por disponibilidade de servios em 7 dias por semana, 24 horas por dia. vital para a organizao de TI gerenciar e controlar a disponibilidade dos seus servios. Isto feito a partir da combinao dos requisitos de negcio com a disponibilidade dos servios de TI.
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Objetivo
11 Conseguir um mapeamento claro dos requisitos do negcio relacionados com a
disponibilidade dos servios de TI e aperfeioar a capacidade da infraestrutura para se alinhar a estas necessidades.
11 Assegurar a mais alta disponibilidade possvel dos servios de TI para que o negcio
consiga alcanar seus objetivos. O objetivo do Gerenciamento da Disponibilidade conseguir um mapeamento claro dos requisitos do negcio relacionados com a disponibilidade dos servios de TI e aperfeioar a capacidade da infraestrutura para se alinhar a estas necessidades. Em outras palavras, assegurar a mais alta disponibilidade possvel dos servios de TI para que o negcio consiga alcanar seus objetivos.
Descrio do processo
Terminologia chave e aes que formam a base deste processo:
11 Oficiosidade 22 Acordos mantidos com os terceiros que esto fornecendo servios para a rea de TI. 11 Segurana 22 a garantia da confidencialidade, integridade e disponibilidade dos servios de TI.
O Gerenciamento da Disponibilidade depende de muitas entradas para funcionar corretamente. Entre as entradas temos:
Gerenciamento de Servios de TI
11 Os requisitos relacionados disponibilidade do negcio; 11 Informaes relacionadas confiabilidade, sustentabilidade, capacidade de recuperao
e oficiosidade dos ICs;
11 Informaes de outros processos, incidentes, problemas, ANSs e nveis de servios alcanados; As sadas do processo so:
58
11 Relatrios sobre a disponibilidade dos servios; 11 Procedimentos para assegurar a disponibilidade e recuperao de cada servio de TI
novo ou aperfeioado;
Recomendaes Relatrio de disponibilidade Procedimentos para servios de TI novos ou aperfeioados Programa de melhoria Plano de disponibilidade
Terminologia chave e aes que formam a base deste processo: Disponibilidade a habilidade de um servio, componente ou item de configurao executar sua funo acordada quando necessrio. frequentemente medido e relatado como uma porcentagem. O clculo da disponibilidade frequentemente baseado no perodo acordado de disponibili zao do servio e suas respectivas interrupes. Confiabilidade uma medida de quanto tempo um item de configurao ou servio de TI pode ficar dispo nvel e realizar suas funes sem interrupo. Geralmente medida como:
11 Tempo mdio entre falhas (MTBF) 11 Tempo mdio entre incidentes (MTBSI)
Resilincia A resilincia um aspecto chave da confiabilidade, e definida como a habilidade de um componente de TI continuar a operar mesmo que um ou mais de seus sub-componentes tenham falhado. Sustentabilidade A capacidade de manter ou restaurar um servio ou componente da infraestrutura em certo nvel, de forma que a funcionalidade requisitada possa ser entregue. Alguns servios ou componentes de infraestrutura so mais fceis de manter e/ou restaurar no evento de uma falha. Por exemplo, uma aplicao que foi desenvolvida requer uma manuteno diria pode fazer isto. Esta uma aplicao que no fcil de manter. importante considerar a sustentabilidade dos ICs dentro da infraestrutura, assim como a rapidez da recuperao. A facilidade de manuteno ir impactar no uptime (tempo disponvel de um IC) e consequen temente na disponibilidade dos servios. Acordos de Nvel Operacional (ANOs) do processo de Gerenciamento do Nvel de Servio so necessrios aqui. Oficiosidade A oficiosidade refere-se aos acordos que so mantidos com os terceiros que esto forne cendo servios para a rea de TI. Estes contratos definem como os terceiros iro assegurar 59
Captulo 2 - Projeto de Servio
a disponibilidade dos servios fornecidos. Por exemplo, como iro assegurar a resilincia, como mantero a infraestrutura por que so responsveis. Contratos de Apoio do Gerencia mento do Nvel de Servios so necessrios aqui. Segurana Dividida em confidencialidade, integridade e disponibilidade (CID). Ela pode ser desejvel (por razes de segurana, a qual pode pr em risco a disponibilidade) no somente para fazer certos componentes da infraestrutura disponveis, fisicamente ou logicamente.
Incidentes de Segurana
Condencialidade Disponibilidade
Segurana
A segurana uma das grandes preocupaes na maioria das organizaes nos dias de hoje. importante para assegurar que os servios de TI ficaro disponveis para a organizao de forma segura. Isto significa que os servios e informaes ficam disponveis apenas para as pessoas certas. tambm importante assegurar que os servios que no so to seguros sejam impedidos de ser utilizados pela organizao.
Atividades
As atividades dentro deste processo podem ser assim entendidas:
11 Planejamento 22 Determinar os Requisitos da Disponibilidade 22 Planos 33 Plano de Disponibilidade 33 Plano de Recuperao 22 Questes sobre Segurana 22 Gerenciamento da Manuteno 11 Aperfeioamento
Gerenciamento de Servios de TI
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do processo de Gerenciamento da Disponibilidade. O cliente pode ter uma expectativa com respeito disponibilidade sem entender o que isto significa na verdade. Por exemplo, o cliente pode querer uma disponibilidade de 99,9% sem perceber que isto ir custar cinco vezes mais do que fornecer a uma disponibilidade de 98%. responsabilidade do Gerenciamento do Nvel de Servio e do processo de Gerenciamento da Disponibilidade gerenciar essas expectativas.
11 Planos
Quando estiver considerando o arranjo da infraestrutura da organizao de TI pode-se ainda levar em conta um plano de disponibilidade e recuperao.
1. Plano de Disponibilidade
Quando o negcio no puder arcar com os prejuzos de um servio particular estar fora do ar (downtime) por um perodo de tempo, um plano para a disponibilidade, fazendo um arranjo na infraestrutura ser necessrio. Neste momento a organizao de TI ir precisar construir resilincia dentro da infraestrutura e assegurar que a manuteno preventiva possa ser executada para manter os servios em operao. Em muitos casos criar uma disponibilidade extra dentro da infraestrutura uma tarefa cara que precisa ser justificada pela necessidade do negcio.
Fazer um Plano para a Disponibilidade uma tarefa proativa para evitar o downtime nos servios de TI.
2. Plano de Recuperao
Quando o negcio puder tolerar algum downtime do servio ou a justificativa do custo no puder ser feita para construir uma resilincia adicional dentro da infraestrutura, ento um plano para a recuperao ser mais apropriado. Neste caso a infraestrutura ser projetada de tal forma que no evento de uma falha, a recuperao do servio seja a mais rpida possvel. O planejamento da recuperao pode ser visto como uma tarefa mais reativa do Gerencia mento da Disponibilidade. Os processos (como o Gerenciamento de Incidentes) precisam j estar definidos para uma rpida recuperao no caso de uma interrupo do servio.
11 Gerenciamento da Manuteno
Captulo 2 - Projeto de Servio
Defina uma janela de manuteno acordada e conhecida pelos clientes na qual a organiza o de TI possa fazer manuteno e reparos. Desta forma o impacto sobre os servios de TI ser reduzido. Aperfeioamento O Plano de Disponibilidade ir visar o futuro (normalmente 12 meses) e documentar que medidas sero utilizadas para assegurar que a infraestrutura e os servios de TI estaro disponveis para alcanar os requisitos do negcio.
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Entradas a partir da monitorao e outros processos, como o Gerenciamento do Nvel de Servio, fornecero embasamento para decises a respeito das medidas de disponibilidade que sero utilizadas. Todos os planos precisam ter custos justificveis e estarem alinhados s necessidades do negcio. Medio e Relatrio Esta atividade envolve relatrios sobre a disponibilidade de cada servio, os tempos de downtime e de recuperao. Estes relatrios iro frequentemente para o processo de Gerenciamento do Nvel de Servios para serem usados em comparaes (planejado versus realizado) sobre os nveis de servios entregues ao cliente. tambm importante medir e reportar a percepo dos clientes sobre a disponibilidade dos servios de TI. Voc pode usar muitas formas para identificar a disponibilidade e problemas potenciais. Os seguintes mtodos so mencionados:
11 AIFIC Anlise de Impacto em Falhas de Componentes pode ser usada para avaliar o impacto
sobre os servios a partir de falhas de componentes dentro da infraestrutura de TI.
11 ATF Anlise de Tolerncia a Falha uma tcnica que pode ser usada para determinar a
cadeia de eventos que causa uma interrupo dos servios de TI.
11 AIS Anlise de Interrupes de Sistemas uma tcnica desenhada para fornecer uma viso
estruturada e identificar as causas da interrupo do servio ao usurio.
Funcional
O Gerente de Disponibilidade tem as seguintes funes:
11 Orienta e tem uma viso geral sobre a infraestrutura de TI. 11 Assegura a disponibilidade acordada. 11 Comunica suas descobertas para o Gerente de Nvel de Servio. 11 Implanta polticas do Gerenciamento de Segurana.
O Gerente de Disponibilidade tem uma funo que orienta e tem uma viso geral sobre a
infraestrutura de TI. Ir se reunir e analisar dados a partir dos processos de Gerenciamento de Problemas, Gerenciamento de Mudanas, Central de Servios e Gerenciamento da Capa cidade, para assistir no gerenciamento e planejamento relacionado disponibilidade. Usando os resultados destes dados, ele pode dirigir os processos de Gerenciamento de Servios para assegurar a disponibilidade acordada, desta forma ajudando a prevenir problemas. Por exemplo, ele pode estar presente nas reunies do Comit de Controle de Mudanas dentro do Gerenciamento de Mudanas.
Gerenciamento de Servios de TI
O Gerente de Disponibilidade comunica suas descobertas para o Gerente de Nvel de Servio e, desta forma, faz uma contribuio importante para o estabelecimento dos ANSs. Ele implanta polticas do Gerenciamento de Segurana em relao segurana dos dados.
Relacionamentos
O Gerenciamento de Disponibilidade tende a ter falhas sem os outros processos definidos. Sem o suporte dos outros processos ele no pode prover a disponibilidade acordada.
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Benefcios
O principal benefcio o uso eficiente da capacidade da infraestrutura de TI. Outros benefcios incluem:
11 Atendimento da disponibilidade dos servios de TI de acordo com os requisitos acorda dos com os clientes;
11 Constante empenho para aperfeioar a disponibilidade; 11 Aumento da satisfao do cliente; 11 Aes corretivas em caso de interrupo; 11 Aumento da disponibilidade dos servios de TI.
Problemas comuns
Como em todo processo, existem algumas questes que precisam ser levadas em considerao para que se tenha sucesso. Para o gerenciamento da Disponibilidade estas questes so:
Indicadores de desempenho
Atravs de relatrios de anlise de desempenho os seguintes itens de eficincia e eficcia do processo podem ser medidos:
11 O tempo total de downtime por servio. 11 Tempo de recuperao aps um incidente. 11 A disponibilidade dos servios. 11 O aperfeioamento da disponibilidade dos servios de TI.
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Deteco
Restaurao
Diagnstico
Recuperao
Reparo
Incidente
Incidente
Disponibilidade
Gerenciamento de Capacidade
O processo de Gerenciamento da Capacidade foi desenhado para assegurar que a capaci dade da infraestrutura de TI esteja alinhada com as necessidades do negcio. O propsito principal do Gerenciamento da Capacidade entender e manter os nveis de entrega de servios requisitados a um custo aceitvel. Atravs da investigao sobre as necessidades de capacidade tcnica e do negcio, este processo planejar a capacidade necessria para que a infraestrutura de TI cumpra os requisitos do negcio. O plano de capacidade o documento principal que descreve as necessida des previstas para a evoluo dos servios de TI.
Objetivo
11 Entender os requisitos de capacidade do negcio e controlar a entrega desta
capacidade no presente e no futuro.
Descrio do processo
O processo de Gerenciamento da Capacidade dividido em trs sub-processos, listados abaixo:
11 Gerenciamento da Capacidade de Negcio 22 Com foco no longo prazo, responsvel por assegurar que os requisitos futuros
do negcio sejam levados em considerao, sendo planejados e implantados quando necessrio.
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11 Gerenciamento da Capacidade de Servio 22 responsvel por assegurar que a performance de todos os servios de TI atuais
esteja dentro dos parmetros definidos nos ANSs.
Atividades
Cada um dos sub-processos mencionados envolve, em um grau maior ou menor, as seguin tes atividades:
11 Atividades interativas 22 Verificao dos nveis de servio, anlise dos dados coletados, ajustes de aes de
acordo com as anlises e implementao da nova capacidade.
11 Armazenamento dos dados do Gerenciamento da Capacidade 22 Base de informaes tcnicas relevantes para o processo. 11 Gerenciamento da demanda 22 Gerenciamento da carga de trabalho na infraestrutura. 11 Dimensionamento de aplicao 22 Avaliao dos requisitos de capacidade das aplicaes. 11 Modelagem 22 Predio dos requisitos futuros da capacidade. 11 Plano de Capacidade 22 Consolidao dos dados para orientao futura: capacidade, financeiros, tcnicos 11 Relatrios 22 Relatar o desempenho da capacidade durante um perodo.
Atividades interativas As seguintes atividades interativas fazem parte do Gerenciamento da Capacidade:
Captulo 2 - Projeto de Servio
e de negcio.
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11 Anlise: os dados coletados atravs da monitorao precisam ser analisados; podero ser
feitas predies para o futuro;
11 Ajuste: implementa o resultado dos dois passos anteriores para assegurar o uso otimi zado da infraestrutura para o presente e o futuro;
Implementao
Anlise
Monitorao
Relatrios de excees de utilizao de recursos ndices de utilizao de recursos ndices ANS CMDB
Armazenamento de dados do Gerenciamento da Capacidade O Banco de Dados da Capacidade (BDC) a pedra fundamental do processo. Ele usado para formar a base dos relatrios para este processo e contm informaes tcnicas relevantes para o Gerenciamento da Capacidade. Desta forma, a informao contida aqui fornece para os outros processos os dados necessrios para as suas anlises. Gerenciamento da Demanda O Gerenciamento da Demanda responsvel pelo gerenciamento ou carga de trabalho na infraestrutura, com o objetivo de utilizar melhor a capacidade atual ao invs de aument -la. O comportamento do usurio influenciado para o uso de uma carga de trabalho diferente, como a utilizao de determinado recurso da TI em outro horrio do dia para aliviar a falta de capacidade. Dimensionamento de Aplicao O Dimensionamento de Aplicao est relacionado avaliao dos requisitos de capacidade das aplicaes durante seu planejamento e desenvolvimento. Os requisitos de capacidade
Gerenciamento de Servios de TI
de uma nova aplicao precisam ser entendidos e a infraestrutura pode ser ajustada para atender a estes novos requisitos. Modelagem Atravs de simulao ou com auxlio de modelos matemticos, possvel a predio dos requisitos futuros da capacidade. Os resultados desta atividade podem ser usados como uma entrada no Plano de Capacidade.
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Plano de Capacidade O Plano de Capacidade desenhado a partir da base dos dados do Banco de Dados da Capacidade (BDC), dados financeiros, dados do negcio, dados tcnicos etc. O plano orientado para o futuro, tendo como base um perodo de pelo menos 12 meses. Relatrios Os relatrios relatam o desempenho da capacidade durante um determinado perodo. Os relatrios, por exemplo, podem trazer nmeros que sirvam para comparar os ndices dos ANSs.
Funcional
Principais responsabilidades do gerente de capacidade:
11 Desenvolver e manter o Plano de Capacidade. 11 Gerenciar o processo. 11 Certificar-se de que o banco de dados da capacidade est atualizado. 11 Avaliar todas as mudanas e estabelecer os efeitos sobre a capacidade e desempenho. 11 Prestar ateno em particular nos efeitos cumulativos das mudanas durante um
perodo de tempo.
Relacionamentos
O Gerenciamento da Capacidade est diretamente relacionado com os requisitos do negcio e no simplesmente preocupado com a performance dos componentes dos sistemas, indivi dualmente ou coletivamente. Seus relacionamentos com outros processos so:
11 Central de Servio, Gerenciamento de Incidente e Problema 11 Gerenciamento de Mudana e Liberao 11 Gerenciamento da Disponibilidade 11 Gerenciamento do Nvel de Servio 11 Gerenciamento da Continuidade dos Servios de TI (GCSTI)
Central de Servio, Gerenciamento de Incidente e Problema Estes processos fornecero ao Gerenciamento da Capacidade informaes sobre incidentes e
problemas relacionados capacidade. O Gerenciamento da Capacidade suportar estes processos resolvendo incidentes e problemas e tambm fornecendo informaes sobre desempenho.
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Gerenciamento de Mudana e Liberao As atividades do Gerenciamento de Mudanas abriro Requisies de Mudanas (RDMs) para assegurar que a capacidade apropriada esteja disponvel. Este um assunto do pro cesso de Gerenciamento de Mudanas. As implantaes podem afetar diversos Itens de Configurao (ICs), incluindo hardware, software e documentao. Desta forma, ser necessrio um Gerenciamento de Liberao eficiente. Gerenciamento da Disponibilidade O vnculo entre o Gerenciamento de Capacidade e o Gerenciamento da Disponibilidade muito forte. Para que se tenha certo nvel de disponibilidade, ser necessria certa capa cidade relacionada aos itens de configurao. Sem a capacidade necessria, jamais ser obtida a disponibilidade necessria. Alm disto, os valores medidos pelo Gerenciamento da Capacidade so importantes para o Gerenciamento da Disponibilidade em relao dispo nibilidade e confiabilidade. Gerenciamento do Nvel de Servio Tanto o Gerenciamento da Capacidade como o Gerenciamento de Disponibilidade precisam fornecer ao gerente de nvel de servio informaes para que ele faa negociaes de ANSs. O Gerenciamento da Capacidade informa ao Gerenciamento do Nvel de Servio sobre os nveis que podem ser fornecidos ao cliente. Gerenciamento Financeiro para Servios de TI O Plano de Capacidade fornece uma importante entrada para o Gerenciamento Financeiro, o qual d uma viso mais precisa sobre o plano de investimento para a capacidade. Gerenciamento da Continuidade dos Servios de TI (GCSTI) O Gerenciamento da Capacidade fornece ao GCSTI informaes sobre a capacidade mnima necessria para a recuperao. importante considerar o impacto (para a capacidade necessria) de mudanas para os servios de TI nos procedimentos do GCSTI.
Benefcios
O Gerenciamento da Capacidade oferece os seguintes benefcios:
11 Uma viso geral sobre a capacidade atual da infraestrutura. 11 A possibilidade de planejar a capacidade antecipadamente. 11 A possibilidade de estimar o impacto de novas aplicaes ou modificaes. 11 Economia de custos. 11 Melhoria de servios em harmonia com os requisitos do negcio.
Gerenciamento de Servios de TI
Problemas comuns
Alguns problemas comuns que podem ser encontrados aps a implantao do processo:
11 A expectativa sobre o Gerenciamento da Capacidade pode estar super estimada. 22 Se uma aplicao for projetada de maneira errada, a capacidade no resolver
o problema.
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11 A informao pode ser difcil de ser obtida. No fcil sempre predizer que a capacidade
futura ser necessria antes de desenvolver uma aplicao.
Indicadores de desempenho
Alguns indicadores chave e mtricas podem ser utilizados para verificar a eficincia e efetivi dade do Gerenciamento de Capacidade, tais como:
11 ndice de utilizao da capacidade disponvel. 11 ndice de atualizao dos estudos de capacidade. 11 Quantidade de mudanas atendidas dentro do prazo acordado. 11 Quantidade de servios de TI operando dentro do ANS. 11 Quantidade de problemas devido falta de capacidade. 11 ndice de satisfao dos usurios com os servios de TI. 11 ndice de reduo no impacto para o negcio devido a problemas de capacidade. 11 ndice de compras emergenciais.
Objetivo
Objetivos deste processo:
Descrio do processo
O processo de Gerenciamento da Segurana da Informao baseado na ISO/IEC 27001. Esta norma estabelece uma estrutura de etapas, conforme mostra a figura seguinte, para implantar um sistema de gerenciamento da segurana da informao.
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Manter
Aprender Melhorar Planejar Implantar
Planejar
ANS, ANO Contratos de suporte Declarao de polticas
Controlar
Organizar Estabelecer estruturas Alocar responsabilidades
Implantar
Criar conscientizao
Avaliar
Auto-avaliaes Incidentes de segurana Auditorias internas e externas
Classicao e registro Segurana pessoal Segurana fsica Direitos de acesso Gesto de incidentes
Controlar A atividade de controle a primeira atividade do gerenciamento de segurana e refere-se organizao e ao gerenciamento do processo, formando a estrutura do Gerenciamento da Segurana da Informao. Esta estrutura descreve os sub-processos, a definio do planeja mento de segurana, suas implementaes, avaliaes de implementaes e incorporao das avaliaes no planejamento anual de segurana (planos de ao). Os relatrios forneci dos ao cliente atravs do Gerenciamento de Nvel de Servio so tambm abordados. Esta atividade define os sub-processos, funes de segurana, papis e responsabilidades. Ela tambm descreve a estrutura organizacional, acordos sobre relatrios e linha de controle (quem d instrues a quem, quem faz o qu, como a implantao ser relatada). Planejar A atividade de planejamento inclui definir a sesso de segurana do Acordo de Nvel de Servio (ANS) em conjunto com o Gerenciamento de Nvel de Servio, e as atividades em contratos com terceiros relacionados segurana. Os objetivos no Acordo de Nvel de Servio, definidos em termos gerais, so detalhados e especificados na forma de um Acordo de Nvel Operacional (ANO). Um ANO pode ser considerado como um planejamento de segurana para uma unidade do provedor de servio, como para cada plataforma de TI, apli Gerenciamento de Servios de TI
cao e rede. A atividade de planejamento no somente recebe dados de entrada do Acordo de Nvel de Servio como tambm das polticas e princpios do provedor de servio (de sua atividade de controle). Exemplos destes princpios incluem:
11 Cada usurio deve ser identificado de forma nica; 11 Um nvel bsico de segurana fornecido a todos os clientes, o tempo todo.
Os Acordos de Nvel Operacional para a segurana da informao (plano especficos de segurana) so elaborados e implantados atravs de procedimentos normais. Isto significa que, se estas atividades forem requisitadas em outros processos, dever haver uma coordenao destes processos. O Gerenciamento de Mudana faz as mudanas requisitadas na
70
infraestrutura de TI, usando dados de entrada fornecidos pelo Gerenciamento de Segu rana. A atividade de planejamento discutida com o Gerenciamento de Nvel de Servio para definir, atualizar e compatibilizar com a sesso de segurana do Acordo de Nvel de Servio. O Acordo de Nvel de Servio, por sua vez, deve definir os requisitos de segurana em termos mensurveis, quando possvel. Os requisitos e padres de segurana do cliente devem ser verificveis, realistas e possveis de serem alcanados. Implantar O passo de implantao tem o objetivo de implementar todas as medidas especficas no planejamento. A seguinte lista pode servir de suporte a esta atividade:
11 Classificao e gerenciamento de recursos de TI: 22 Fornecimento de dados de entrada para manuteno dos itens de configurao; 22 Classificao de recursos de TI em acordo com as regras acordadas. 11 Segurana de pessoal: 22 Tarefas e responsabilidades nas descries de trabalho; 22 Seleo; 22 Acordos de confidencialidade para o pessoal; 22 Treinamento; 22 Regras para o pessoal sobre como lidar com incidentes e pontos fracos
na segurana;
22 Medidas disciplinares; 22 Conscincia crescente da segurana. 11 Gerenciamento da segurana: 22 Implantao de responsabilidades e de separao de tarefas; 22 Instrues operacionais por escrito; 22 Regulamentos internos; 22 A segurana deve cobrir o ciclo de vida por inteiro: deve haver regras de segurana
para desenvolvimento de sistema, teste, aceitao, operao, manuteno e trmino;
22 Separao do ambiente de teste do ambiente de produo; 22 Procedimentos para lidar com incidentes (responsabilidade do Gerenciamento de
Incidente);
22 Implantao de infraestrutura de recuperao; 22 Fornecimento de dados de entrada para o Gerenciamento de Mudana; 22 Implantao de medidas de proteo contra vrus; 22 Implantao de medidas de gerenciamento para computadores, aplicativos, redes e
servios de rede;
Captulo 2 - Projeto de Servio
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sugerir mudanas, caso em que uma requisio de mudana definida e submetida ao processo de gerenciamento de mudana. H trs formas de avaliao:
11 Autoavaliao: primariamente executada pela gesto do processo; 11 Auditorias internas: tomadas por auditores internos; 11 Auditorias externas: tomadas por auditores externos.
Manuteno Segurana requer manuteno, pois os riscos mudam em funo de mudanas na infra estrutura de TI e nos processos de negcio e da organizao. A manuteno de segurana inclui a manuteno da sesso de segurana do Acordo de Nvel de Servio e a manuteno de planos detalhados de segurana. A manuteno feita com base nos resultados da atividade de avaliao e em uma anlise de mudanas nos riscos. Estas propostas podem ser tanto introduzidas na atividade de planejamento como na manuteno do Acordo de Nvel de Servio. Em ambos os casos, as propostas podem resultar em atividades a serem includas no planejamento anual de segu rana. Qualquer mudana est sujeita ao processo normal do Gerenciamento de Mudana.
Atividades
O propsito do processo de Gerenciamento da Segurana da Informao assegurar que os aspectos de segurana com relao aos servios, e todas as atividades de gerenciamento de servio estejam apropriadamente gerenciadas, controladas e alinhadas s necessidades de negcio. Atividades deste processo:
11 Comunicao, implementao e reforo da poltica de segurana. 11 Determinao, classificao e documentao de todos os ativos de informao 11 Implementao, reviso e melhoria de um conjunto de controles de segurana e
determinao de riscos e respostas aos riscos.
11 Analisar, relatar e reduzir o volume e impactos de brechas de segurana e incidentes. 11 Programao e concluso das revises de segurana, auditoria e testes de invaso.
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Gerenciamento de Servios de TI
Determina e categoriza ativos de informao, riscos e vulnerabilidades Comunica, implementa e fora aderncia poltica de segurana Monitora e gerencia incidentes e brechas de segurana
Controles de segurana
Funcional
O gerente de segurana responsvel por:
11 Garantir que os objetivos do processo sero atendidos: 11 Desenvolver e manter a poltica de segurana da informao. 11 Comunicar e publicar a poltica de segurana da informao para todas as reas
da organizao.
Relacionamentos
A implementao efetiva e eficiente de uma Poltica de Segurana da Informao dentro de uma organizao ser dependente de bons processos de gerenciamento de servio. Real mente, a implementao efetiva de alguns processos pode ser vista como um pr-requisito para um controle de segurana eficiente.
seguida na organizao.
73
11 Gerenciamento de Nvel de Servio: auxilia na determinao dos requisitos de segu rana, responsabilidade e incluso com RNS e ANS, juntos com a investigao e resoluo de brechas de segurana de componentes e servios;
11 Gerenciamento de Configurao: prov informaes de ativos articuladas com a classi ficao de segurana, sendo um sistema que quando bem elaborado extremamente til para a gesto da segurana;
11 Gerenciamento de Disponibilidade: a segurana frequentemente vista como um ele mento deste processo, atravs dos aspectos de confidencialidade, integridade e disponi bilidade (CID);
Benefcios
11 Assegura que a Poltica da Segurana da Informao seja mantida e reforada
no preenchimento das necessidades da Poltica de Segurana do Negcio e dos requisitos de governana corporativa.
11 Prov garantia dos processos de negcio atravs do reforo apropriado dos controles
de segurana em todas as reas de TI.
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servios de TI e ativos na organizao, assegurando que a poltica est apropriada para as necessidades da organizao. O Gerenciamento da Segurana da Informao prov ainda a garantia dos processos de negcio pelo reforo apropriado dos controles de segurana em todas as reas de TI, e pelo gerenciamento do risco de TI alinhado com os processos e direcionamentos da gesto de riscos corporativos e de negcios.
Problemas comuns
Um dos maiores desafios do Gerenciamento da Segurana da Informao assegurar que existe suporte adequado do negcio pela gerncia superior. Sem este apoio ser impossvel estabelecer um processo efetivo de Gerenciamento da Segurana da Informao. A imple mentao de poltica de segurana, de procedimentos e controles na TI perde o rumo com a ausncia de apoio pelas instncias gestoras do negcio. O maior uso de servios e ativos de TI fora da rea de TI, bem como os riscos e ameaas de segurana decorrentes. Em algumas organizaes, a percepo do negcio de que a segurana uma responsabilidade de TI e, portanto o negcio assume que a TI ser responsvel por todos os aspectos de segurana e que os servios sero adequadamente protegidos. Entretanto, sem o compro metimento e suporte das reas de negcio, o investimento em controles e procedimentos de segurana ser desperdiado e perder efetividade. Se existe um processo de segurana do negcio estabelecido, ento o desafio passa a ser a integrao e o alinhamento entre a segurana do negcio e a segurana da informao. Alcanado este alinhamento, o desafio transfere-se para a manuteno e alinhamento pelo gerenciamento e controle das mudanas do negcio e de TI, atravs de controles estritos do Gerenciamento de Mudana e Gerenciamento de Configurao. Principais fatores crticos de sucesso neste processo:
11 Manuteno da proteo do negcio contra violaes de segurana. 11 A determinao de uma poltica clara e acordada, integrada com as necessidades
do negcio.
11 Adequao dos procedimentos de segurana e apoio da alta gerncia. 11 Capacitao efetiva em requisitos de segurana. 11 Integrao da segurana da informao aos processos e servios de TI. 11 A disponibilidade dos servios no estar associada aos incidentes de segurana. 11 Clareza de propriedade e responsabilidade das polticas de segurana para os clientes.
Indicadores de desempenho
Muitos indicadores podem ser usados para determinar a efetividade e eficincia do processo de Gerenciamento da Segurana da Informao. Entre tais indicadores esto:
11 Negcio protegido contra violaes de segurana. 11 Porcentagem na diminuio de brechas de segurana relatadas pela Central de Servio. 11 Porcentagem de diminuio no impacto dos incidentes e brechas de segurana. 11 Aumento dos parmetros no ANS em conformidade com clusulas de segurana. 11 Diminuio no nmero de no conformidades de segurana detectado durante
auditorias e testes de segurana.
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Evento
Roubo Vrus Ataque de hackers Falha de hardware e comunicao Ambiente Falhas de software Incndio/ Enchentes / Fora maior Outros
Percentual
36% 20% 16% 11% 7% 4% 3% 3%
Figura 2.14 Riscos de eventos que podem causar desastres (Fonte: Gartner Study, 2001).
Objetivo
Dar suporte ao Gerenciamento da Continuidade de Negcio. O objetivo do processo de GCSTI dar suporte ao Gerenciamento da Continuidade de Negcio (GCN), assegurando que os requisitos tcnicos da TI e facilidades de determinados servios possam ser recuperados dentro de prazos requeridos e acordados.
Descrio do processo
O GCSTI gerencia a capacidade da organizao em continuar a fornecer nveis de servios
Gerenciamento de Servios de TI
de TI pr-determinados e acordados para suportar os requisitos mnimos do negcio, aps uma interrupo. Isto inclui:
11 Assegurar a sobrevivncia do negcio reduzindo o impacto do desastre ou falha grave. 11 Reduzir a vulnerabilidade e o risco para o negcio atravs de uma anlise de riscos
eficaz e um gerenciamento de riscos.
11 Prevenir perda de segurana para clientes e usurios. 11 Produzir planos de recuperao para TI que sero integrados e daro suporte
completo ao Plano de Gerenciamento da Continuidade de Negcio (GCN).
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O GCSTI pode estar intimamente ligado e dirigido pelo processo de GCN, sendo um sub -processo deste. O GCN gerencia os riscos para assegurar que a organizao possa conti nuar a operar com o nvel mnimo especificado em caso de um desastre. O GCSTI focado nos servios de TI e assegura que o mnimo de servios de TI possa ser fornecido em caso de desastre. Um no funciona sem o outro. Se o processo de GCN tem um plano slido para evacuar parte do prdio e continuar a trabalhar em um prdio separado, em que no haja uma infraestrutura de TI disponvel, o plano no ter utilidade. Outro exemplo: h um plano para fornecimento de servios de TI em local externo organizao, mas o negcio da empresa no pode ser expandido por conta da ausncia de um plano de contingncia para tal. O processo pode ser dividido em 4 estgios, identificados na prxima figura:
INICIAO
REQUISITOS E ESTRATGIA
Avaliao do Risco Estratgia de Continuidade do Negcio Planejamento, organizao e Implementao Desenvolver Planos para Recuperao Desenvolver Procedimentos Executar Testes Iniciais Implementar Medidas de Reduo de Riscos
IMPLEMENTAO
Implementar Reservas
GERENCIAMENTO OPERACIONAL
Educao e Conscientizao
Reviso e Auditoria
Teste Garantia
Gerenciamento de Mudanas
Treinamento
Atividades
As atividades de cada um dos estgios esto descritas a seguir. Iniciao O estgio de iniciao contempla a organizao como um todo. As polticas ao redor do GCN e do GCSTI so identificadas, o escopo do processo e os termos de referncia so determi nados, os recursos alocados e um plano de projeto estabelecido.
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Requisitos e estratgia O estgio de requisitos e a estratgia fundamentam o processo de Gerenciamento da Con tinuidade dos Servios de TI, sendo pontos crticos para a determinao do grau de recu perao de uma organizao a uma interrupo de negcio ou a um desastre, levando em considerao os custos envolvidos. Anlise de Impacto no Negcio (BIA) O impacto de um desastre no negcio ser investigado. Questes que podem ser formula das: o negcio poder continuar operando em caso de um desastre? Por quanto tempo ele poder se manter? Ele se baseia nos servios de TI para continuar a operar? Com quanto pre juzo a organizao aceita arcar com o resultado de um desastre ou interrupo de servio? A velocidade do escalonamento das perdas ser avaliada atravs da:
11 Identificao dos processos crticos do negcio; 11 Identificao do estrago potencial ou perdas causadas para a organizao com o resul tado da interrupo do processo crtico do negcio. Avaliao de Riscos Esta atividade analisa a probabilidade de ocorrncia de um desastre ou outra interrupo sria no servio. Esta uma avaliao do nvel de perigo e extenso da vulnerabilidade da organizao. A Avaliao de Riscos consiste de duas partes:
11 A Anlise de Riscos analisa as vulnerabilidades e ameaas para todos os ativos crticos; 11 O Gerenciamento de Riscos se preocupa em identificar os contra-recursos para manter os
riscos sob controle. Pode prover aes para reduzir o impacto ou a probabilidade do risco, ou desenvolver planos (Plano de Recuperao) que detalham como agir quando o risco acontecer. Estratgia de Continuidade do Negcio Uma estratgia apropriada precisa ser desenvolvida, contendo um equilbrio ideal da redu o dos riscos e opes de recuperao. O equilbrio depender da natureza do negcio e da dependncia dos servios de TI. Exemplo: aes corretivas iro focar na reduo de riscos. Em caso de um Plano de Recuperao, as decises devem ser tomadas com base no modo de recuperao. Estas opes so:
11 Nenhuma contingncia: esta escolha pode ser feita se a anlise de riscos sugerir que a
falha do servio em TI no afeta o negcio de forma irreparvel. Isto pode ser razovel, mas de qualquer forma deve ser formalizada confirmao por escrito informando que em caso de calamidade nenhum plano de contingncia estar disponvel.
11 Arranjos recprocos: em caso de um desastre, organizaes disponibilizam suas infraestruturas umas para as outras. Ou seja, um acordo firmado entre empresas com infraestruturas semelhantes, estabelecendo que uma emprestar a sua infraestrutura para a outra. possvel tambm que empresas em conjunto desenvolvam uma infraestrutura de contingncia (redundncia) e rateiem os custos. A desvantagem desta opo a confidencialidade dos dados.
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11 Recuperao Imediata (Hot stand-by): normalmente uma extenso das opes de recu perao intermediria atravs de fornecedores. Cobre normalmente servios extrema mente crticos que podem afetar a sobrevivncia da empresa ou pelo menos um impacto que possa impedir a empresa de gerar receitas. comum neste caso ter um site de redundncia funcionando em local paralelo, para se um sistema cair o link ser redirecio nado para o site de backup. Implementao Uma vez acordada a estratgia a ser utilizada no processo de Gerenciamento da Continuidade de Servios de TI, iniciada a implementao, a qual envolve a rea de TI. Organizao e plano de implementao Vrios planos precisam ser criados para possibilitar a implantao do processo de GCSTI. Estes planos se referem a questes como procedimentos de emergncia, avaliao de danos, armazenamento de dados, planos de recuperao etc. Implantao de arranjos stand-by e medidas de reduo de riscos As medidas de reduo de riscos precisam ser implantadas. Na maioria dos casos so feitas com a ajuda do processo de Gerenciamento da Disponibilidade. Procedimentos de stand-by tambm precisam existir, como por exemplo atravs da criao de um acordo com um terceiro para fornecer equipamentos em caso de um desastre. Desenvolver planos e procedimentos de GCSTI O Plano de Recuperao precisa ser definido. Este plano deve conter os seguintes itens:
11 Quando ele ser atualizado; 11 Lista de responsveis por definir a distribuio das aes entre os grupos; 11 Iniciao da recuperao; 11 Grupo de especialistas para cobrir as aes e responsabilidades destes setores individu almente. Estes setores so os de administrao, pessoal da infraestrutura de TI, segu rana, sites de recuperao e restaurao.
Captulo 2 - Projeto de Servio
Executar os testes iniciais O teste a parte crtica de todo o processo de GCSTI e a nica forma de garantir que a estratgia escolhida, os arranjos stand-by, logsticas, planos de recuperao de negcio e procedimentos funcionaro na prtica. Gerenciamento Operacional Uma vez que a implementao e o planejamento j tenham sido completados, surge a necessidade de assegurar que as atividades decorrentes do processo de Gerenciamento da Continuidade dos Servios de TI sejam includas na rotina diria dessa rea.
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Educao, treinamento e conscientizao Estas so aes essenciais que devem ser tomadas para que o processo de GCSTI tenha sucesso. Elas asseguram que toda a equipe esteja ciente das implicaes da Continuidade de Negcio e da Continuidade dos Servios de TI e as considere como parte da sua rotina de trabalho. Reviso e auditoria necessrio revisar e auditar os planos regularmente para certificar que eles ainda esto atualizados. Testes Atravs de testes regulares no apenas a eficcia do plano pode ser testada, mas tambm as pessoas sero informadas sobre o que ir acontecer, onde encontrar o plano e o seu contedo. Gerenciamento de Mudana Em virtude das mudanas do dia a dia na rea de TI, necessrio que os planos de GCSTI estejam atualizados. O GCSTI precisa ser includo como parte do processo de Gerenciamento de Mudanas para assegurar que qualquer mudana na infraestrutura de TI seja refletida nos arranjos de contingncia fornecidos pela TI ou terceiros. Garantia A qualidade do processo verificada para assegurar que os requisitos do negcio possam ser alcanados e que os processos de gerenciamento operacional estejam funcionando de forma satisfatria.
Funcional
A distino pode ser feita nas funes e responsabilidades dentro e fora dos perodos de crise. Diferentes nveis dentro deste processo podem ser definidos, comeando pelo comit, seguido pelo gerente snior, gerente, lderes de equipe e seus membros. vital documentar as responsabilidades e funes de cada um. As principais responsabilidades do gerente de GCSTI incluem:
11 Assegurar que todas as reas dos servios de TI estejam preparadas e prontas para
responder a uma necessidade dos Planos de Continuidade.
11 Manter uma agenda de testes. 11 Comunicar e manter uma campanha de conscientizao sobre os objetivos do GCSTI
dentro das reas de negcio suportadas e reas de TI.
Gerenciamento de Servios de TI
Relacionamentos
O GCSTI tem um relacionamento muito prximo com todos os outros processos da ITIL e o negcio de forma geral. Estes relacionamentos com alguns dos processos so descritos abaixo em mais detalhes.
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O Gerenciamento da Disponibilidade tem uma funo mais de suporte e auxilia o processo de GCSTI na preveno e reduo de riscos de desastres, entregando e implantando medi das de controle de riscos. Gerenciamento da Configurao O Gerenciamento da Configurao fornece informaes sobre os itens de configurao necessrios para restaurar os servios de TI aps um desastre. Gerenciamento de Mudana O Gerenciamento de Mudana certifica que o GCSTI esteja ciente do impacto das mudanas nos Planos de Continuidade e Recuperao, permitindo que os planos sejam atualizados quando necessrio. Gerenciamento da Capacidade O Gerenciamento da Capacidade certifica que a infraestrutura pode suportar os requisitos do negcio. Central de Servio e Gerenciamento de Incidente A Central de Servio, em conjunto com o Gerenciamento de Incidente, fornece ao processo de GCSTI dados histricos (estatsticas).
Benefcios
O GCSTI suporta o processo do GCN e a infraestrutura de TI necessria para fazer com que o negcio continue a operar aps uma interrupo de servio. Principais benefcios da implan tao do processo de GCSTI:
11 O gerenciamento de riscos e a consequente reduo de impacto das falhas. 11 Reduo dos prmios pagos aos contratos de seguro. 11 Cumprimento de requisitos obrigatrios ou regulamentares (acordos, leis). 11 Melhor relacionamento entre o negcio e a TI, fazendo com que a TI se torne mais 11 Aumento da confiana do cliente, possvel vantagem competitiva e aumento da
credibilidade da organizao. focada no negcio, e mais ciente dos impactos e prioridades.
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11 Tempo de recuperao menor. 11 Infraestrutura de TI mais estvel. 11 Alta disponibilidade dos servios de TI.
Problemas comuns
Alguns problemas podem ser encontrados ao implantar o processo de GCSTI:
11 Insuficincia de recursos para implantar o processo. 11 O GCSTI no ser baseado no GCN. 11 Falta de comprometimento do gerente de TI e dos gerentes de negcio. 11 Anlise superficial dos componentes crticos, causando interpretao equivocada dos
impactos ao negcio.
11 Funcionamento inadequado da recuperao decorrente da falta de testes. 11 Falta de conscientizao dos usurios e de suporte da equipe de TI, provocando
falhas e ocorrncia de desastres.
Indicadores de desempenho
O processo de Gerenciamento da Continuidade dos Servios de TI necessita prover pontos de controle que permitam avaliar sua eficincia, eficcia e efetividade, tais como:
11 ndice de servios de TI com plano de continuidade validado. 11 ndice de atualizao do backup. 11 ndice de riscos dos servios de TI. 11 ndice de erros encontrados nos planos de continuidade. 11 Nmero de servios essenciais com plano de continuidade validado. 11 ndice de satisfao dos usurios com os servios de TI. 11 ndice de investimento em continuidade. 11 Porcentagem da receita garantida pelo processo de GCSTI.
Gerenciamento de Fornecedor
Os fornecedores e parceiros so elementos importantes na cadeia de valor de servios de TI. O desempenho deles vital para que o servio seja entregue com o nvel requerido. Hoje muitos servios so terceirizados, como telefonia, hardware, software, hospedagem, data Gerenciamento de Servios de TI
center, suporte especializado, suporte de primeiro nvel, entre outros. O processo de Gerenciamento de Fornecedor assegura que os fornecedores e os servios fornecidos so gerenciados para suportar as metas dos servios de TI e as expectativas dos clientes. A meta deste processo assegurar a conscincia da entrega dos servios fornecidos por parceiros e fornecedores externos, e com isto trazer benefcios rea de TI e ao negcio. essencial que o Gerenciamento de Fornecedor esteja envolvido em todas as fases do ciclo de vida, da estratgia ao projeto, na transio e na operao, e at na melhoria de servio. Este processo faz parte da fase de projeto, etapa em que preciso identificar e selecionar fornecedores para projetar um novo servio.
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Outra misso importante neste processo obter valor e assegurar que fornecedores atinjam os objetivos contidos nos termos e condies dos contratos e acordos. Como quase tudo terceirizado, hoje boa parte dos custos de operaes de TI est relacionada aos con tratos com terceiros. Todo contrato deve ter uma justificativa e gerar valor de alguma forma. Se o contrato no gera valor, necessrio descontinu-lo. Muitas organizaes conseguem economizar recursos apenas nas revises de contratos existentes. O Captulo 3 apresenta com mais detalhes formas para a gesto da terceirizao e contratos com fornecedores.
Objetivo
Objetivos deste processo:
11 Negociar contratos, obtendo valor dos fornecedores durante todo o seu ciclo de vida. 11 Assegurar que contratos e acordos com fornecedores estejam alinhados com as
necessidades do negcio e com as metas dos Acordos de Nvel de Servio e Acordos de Nvel Operacional, em conjunto com o Gerenciamento de Nvel de Servio.
11 Gerenciar relaes e o desempenho dos fornecedores. 11 Manter uma poltica de fornecedores e uma base de dados de fornecedores e contratos.
Descrio do processo
O processo de Gerenciamento de Fornecedor procura assegurar que fornecedores atinjam os termos, condies e metas de seus contratos e acordos, enquanto tenta aumentar a ren tabilidade dos servios que eles proveem. Toda a atividade do processo de Gerenciamento de Fornecedor deve estar guiada por uma poltica de fornecimento da Estratgia de Servio. Para alcanar consistncia e efetividade na implementao da poltica, uma base de contra tos de fornecedor (SCD) deve ser estabelecida em conjunto com papis e responsabilidades claramente definidos, conforme a prxima figura.
Estratgia e poltica para fornecedores
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abrangente do sistema de gerenciamento de configurao (CMS) ou SKMS, registrando todos os detalhes dos contratos e fornecedores, em associao com detalhes do tipo de servios e produtos fornecidos por cada fornecedor, e todas as demais informaes e relacionamentos com os ICs associados. Os servios providos pelos fornecedores constituiro uma parte do Portflio de Servio e do Catlogo de Servio. Estas informaes dentro do SCD provero um conjunto completo de informaes de referncia para todos os procedimentos e atividades do Gerenciamento de Fornecedor:
11 Categorizao e manuteno do fornecedor na SCD; 11 Avaliao e preparao de novos fornecedores e contratos; 11 Estabelecimento de novos fornecedores; 11 Gerenciamento e avaliao de desempenho dos contratos e fornecedores; 11 Renovao ou encerramento de contratos.
Os dois primeiros elementos desta lista so abordados no Projeto de Servio; o terceiro elemento abordado na Transio de Servio e os dois ltimos na Operao de Servio.
Atividades
Quando ocorre uma transao com fornecedores externos, fortemente recomendado o estabelecimento de um contrato formal contendo as responsabilidades e metas definidas e documentadas de forma clara. O contrato deve ser gerenciado atravs dos estgios de seu ciclo de vida e da identificao das necessidades de negcio e sua operao, at o encerra mento do contrato. Atividades deste processo:
11 Identificar as necessidades do negcio e preparao do caso de negcio: 22 Produzir uma Declarao de Requisio e/ou Convite de Oferta. 22 Assegurar a conformidade com a poltica e estratgia. 22 Preparar o caso de negcio inicial, incluindo opes (internas e externas), custos,
perodo, metas, benefcios, riscos e avaliaes.
11 Avaliar e obter novos contratos e fornecedores: 22 Identificar mtodo de obteno ou compra. 22 Estabelecer critrios de avaliao, por exemplo, servios, capacidade, qualidade
e custo.
22 Avaliar alternativas. 22 Selecionar. 22 Negociar contratos, metas e termos e condies, incluindo responsabilidades,
Gerenciamento de Servios de TI
22 Acordos e premiao do contrato. 11 Estabelecer novos fornecedores e contratos: 22 Preparar o servio e o contrato do fornecedor na SCD e nos outros sistemas
corporativos associados.
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11 Categorizao de contrato e fornecedor: 22 Avaliao ou reavaliao do fornecedor e do contrato. 22 Garantia de mudanas progressivas atravs da Transio de Servio. 22 Categorizao do fornecedor. 22 Atualizao do SCD. 22 Manuteno contnua da SCD. 11 Gerenciar o desempenho do contrato e do fornecedor: 22 Gerenciamento e controle da operao e entrega dos servios e produtos. 22 Monitorar e relatar (servio, qualidade e custos). 22 Rever e melhorar (servio, qualidade e custos). 22 Gerenciamento do fornecedor e dos relacionamentos (comunicao, riscos,
mudanas, falhas, melhorias, contatos, interfaces).
22 Planejar encerramento, renovaes e extenses. 11 Encerramento: 22 Reviso: determinar benefcios entregues e requisies em andamento. 22 Renegociar, renovar, terminar ou transferir.
As reas de negcio, TI, financeira, compras e obteno precisam trabalhar juntas para assegurar que todos os estgios do ciclo de vida do contrato sejam efetivamente gerenciados. Todas as reas precisam estar envolvidas na seleo da soluo e gerenciamento contnuo do desempenho do fornecedor, com cada rea assumindo responsabilidades do seu interesse, ao mesmo tempo em que devem estar atentas s implicaes na organizao como um todo.
Funcional
O gerente de fornecedor responsvel por:
11 Manter e revisar o banco de dados de fornecedores e contratos. 11 Avaliar e adquirir novos contratos e fornecedores, e gerenciar a sua categorizao. 11 Fazer regularmente uma reviso e avaliao de riscos de todos os fornecedores
e contratos.
seja encerrada com eficincia e eficcia. Um forte candidato a assumir este papel pode ser o gerente de nvel de servio ou gerente de central de servios.
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Relacionamentos
Interfaces do Gerenciamento de Fornecedores com outros processos:
Benefcios
Benefcios do processo de Gerenciamento e Fornecedor:
11 Rentabilidade nos contratos. 11 Alinhamento dos servios prestados por fornecedores com as necessidades do
negcio fim.
11 Garantia da qualidade dos servios prestados. 11 Alinhamento dos requisitos corporativos com os processos de gerenciamento de
servios de TI, em particular com o Gerenciamento da Segurana da Informao e o Gerenciamento da Continuidade do Servio de TI.
Problemas comuns
O Gerenciamento de Fornecedor enfrenta desafios como os seguintes:
11 Contratos impostos, com metas, termos e condies com falhas nas definies do
servio e no desempenho esperado do fornecedor.
11 Disputas sobre cobranas. 11 Interferncias de qualquer parte na operao dos servios de outrem. 11 Constante envolvimento na resoluo de crises, com perda da pr-atividade.
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11 Conflitos de personalidade. 11 Contrato beneficiando uma parte em detrimento da outra parte, resultando numa
relao ganha perde.
11 Perda da perspectiva estratgica, com foco apenas nos assuntos operacionais. 11 Falta de comprometimento da gerncia superior com o processo de Gerenciamento
de Fornecedor.
11 Fornecedores que aceitam Acordos de Nvel de Servio impossveis de cumprir. 11 Cultura organizacional e de pessoal do fornecedor no alinhada com a organizao
ou com o negcio.
11 Demandas corporativas e procedimentos contratuais excessivamente burocrticos. 11 Processos financeiros pobres, como compra e obteno, no fornecendo suporte
adequado ao Gerenciamento de Fornecedor.
Indicadores de desempenho
Muitos indicadores e mtricas podem ser usados para determinar a efetividade e eficincia do processo e de atividades de Gerenciamento de Fornecedores. Estas mtricas precisam ser desenvolvidas na perspectiva do negcio, do cliente e do servio, tais como:
11 Aumento no nmero de fornecedores que atingem as metas dentro do contrato. 11 Reduo no nmero de brechas das metas contratuais. 11 Aumento no nmero de revises de contrato e servios mantidos pelos fornecedores. 11 Aumento no nmero de fornecedores e metas contratuais alinhadas com as metas de
ANS e RNS.
11 Reduo no nmero de falhas de servio causadas pelos fornecedores. 11 Reduo no nmero de ameaas de falhas de servio causada pelos fornecedores. 11 Aumento no nmero de fornecedores com gerentes denominados. 11 Aumento no nmero de contratos com gerentes de contratos denominados.
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Gerenciamento de Servios de TI
Roteiro de Atividades 2
Para a realizao deste Roteiro de Atividades, considere que os sistemas centrais so forne cidos por uma empresa de desenvolvimento de software, e que o material de escritrio fornecido pelo almoxarifado.
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Gerenciamento de Servios de TI
3
Outsourcing
objetivos
Estabelecer parmetros e procedimentos para definio e contratao de servios de TI e identificar os principais componentes dos processos de contratao e terceirizao.
conceitos
Outsourcing e terceirizao de operaes e servios de TI, seleo de fornecedores e negociao de contratos, entre outros.
Introduo
No Captulo 2 foi apresentado o processo de Gerenciamento de Fornecedores, onde foram discutidos os aspectos gerais do processo de gesto. Nesta sesso sero detalhados os pon tos mais relevantes na gesto de outsourcing e terceirizao de servios de TI. A terceirizao de sistemas de informao teve suas origens no incio dos anos 60. Atravs dos anos, enquanto executivos e gerentes acompanhavam uma rpida evoluo da tecnologia e o crescimento dos custos de sistemas de informao, a terceirizao das atividades de TI mostrou progressivamente diferentes significados e possibilidades. A forma inicial de terceirizao de sistemas de informao tratava do processamento de um nico sistema de aplicao, representando apenas uma pequena parcela do oramento total de sistemas de informao de uma organizao. Em meados da dcada de 60, havia birs de servios computacionais que processavam sistemas tais como controle de inventrio, contabilidade, folha de pagamento etc. Esta forma inicial de terceirizao visava primariamente a reduo de custos da organizao contra tante, atravs da utilizao de recursos humanos especializados. O escopo da terceirizao de sistemas de informao passou por uma transformao radical a partir do final da dcada de 80, aps a deciso da Eastman Kodak de terceirizar seus mainframes, sua rede de telecomunicaes e seus computadores pessoais atravs de um contrato com a ISSC, a subsidiria da IBM voltada para a prestao de servios terceirizados, para a qual foram transferidos cerca de 300 funcionrios da Eastman Kodak. A partir da, o assunto tornou-se um dos mais discutidos, analisados e debatidos da literatura de sistemas de informao.
Captulo 3 - Outsourcing
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Para pensar
No existem frmulas genricas que garantam que a organizao esteja retendo toda a capacidade e os recursos humanos necessrios para manter intactas suas potencialidades diferenciais, nem que esteja havendo a maximizao dos benefcios potenciais das atividades que decidiu terceirizar.
Duas consequncias possveis podem resultar de decises equivocadas acerca das funes a serem terceirizadas ou de falha na implementao do projeto de terceirizao de TI:
11 Na degradao de habilidades diferenciais, cuja tentativa de recuperao pode mostrar Gerenciamento de Servios de TI
se excessivamente custosa, demorada ou mesmo irrealizvel. Na verdade, antes de admitir a possibilidade de terceirizar a funo de TI, as organizaes deveriam avaliar e otimizar seus principais processos internos, como por exemplo, planejamento, treinamento, qualidade, incentivos, gesto de projetos, oramento etc. Um processo de terceirizao no pode ser tomado como substituto para qualquer dessas disciplinas, que devero estar implantadas adequadamente, estando ou no terceirizada a funo de TI. Deve-se lembrar que, muitas vezes, a ineficincia ou a inexistncia formal de uma ou mais dessas disciplinas pode estar relacionada a uma imagem negativa da funo de TI na organizao.
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Para organizaes que optem por no realizar uma terceirizao global de TI, a opo pode ria ser por uma terceirizao seletiva, com os seguintes objetivos:
11 De seus objetivos de negcio e, alinhados a eles, dos objetivos de TI; 11 De seu desempenho interno atravs de benchmarks comparativos com seus pares; 11 Do nvel profissional de sua equipe e dos perfis complementares necessrios; 11 Da capacidade dos provedores existentes no mercado.
Alm disso, outras atividades devem ser desenvolvidas antes que se possa selecionar o provedor mais adequado. So elas:
seleo mais relevante destaca-se a capacidade do provedor de atender aos requisitos especficos da indstria da organizao contratante e de ter agilidade e flexibilidade para acompanhar a inevitvel dinmica de seus negcios e as permanentes alteraes de prioridade de seus requisitos. Exemplos tpicos de servios terceirizados neste cenrio dizem respeito implementao de solues de comrcio eletrnico que visem o incremento da parcela de mercado dominada pela organizao contratante ou de solues de gesto de relacionamento com seus clientes que objetivem aumentar o seu grau de fidelidade com a organizao. Existem dois cenrios que contraindicam a adoo do caminho da terceirizao:
11 Reestruturao de suas operaes; 11 Reengenharia de seus processos; 11 Reduo de custos; 11 Eliminao de nveis hierrquicos; 11 Reestruturao das equipes tcnicas e gerenciais; 11 Eliminao da operao em reas no lucrativas; 11 Renegociao de contratos e acordos; 11 Consolidao de linhas de negcio; 11 Captao de recursos para recapitalizao; 11 Alterao de reas geogrficas de atuao.
Gerenciamento de Servios de TI
Nos perodos em que prevalecerem tais esforos, principalmente nos casos em que a organizao no tenha passado por um processo de amadurecimento prvio com relao ao uso da terceirizao, no ser possvel obter um cenrio suficientemente estvel para que a anlise, o planejamento, a negociao e a transio do processo de terceirizao sejam implementados. Deve-se observar a diferena entre contratao externa de servios e terceirizao. Na con tratao externa de servios o processo pertence organizao contratante, que contrata provedores apenas para a realizao de tarefas especficas. Na terceirizao, a organizao contrata o provedor no para a execuo de tarefas especficas de um processo que se man tm sob sua gesto, mas o prprio processo, cuja composio interna definida, gerenciada
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e operada pelo prprio provedor. Em outras palavras, na contratao externa de servios, o contratante define o servio a ser executado e como o processo ser realizado, enquanto que na terceirizao, o enfoque ser sobre o resultado a ser atingido, sendo de responsabili dade do provedor as decises acerca de como o resultado ser alcanado.
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suas competncias diferenciais e projetos crticos (desenvolvimento de novos produtos, expanso de mercado etc.) deixando atividades operacionais de TI para provedores especialistas. Assim, a organizao poder concentrar seus talentos e esforos em atividades que aperfeioaro sua capacidade de competir e crescer com eficcia e consistncia. Esse objetivo poder ser viabilizado pela delegao ao provedor no s das responsabilidades relativas ao escopo do servio contratado, como tambm das atribuies de negociao e relacionamento com outros fornecedores de hardware, software e servios. Como benefcio colateral aos funcionrios transferidos para o provedor dada a oportunidade de uma carreira profissional com maiores perspectivas de progresso e crescimento, pois passam a atuar numa organiza o cuja competncia diferencial coincide com sua rea de atuao profissional.
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11 Compartilhar riscos.
As decises de investimento em tecnologia envolvem sempre grandes riscos, em consequ ncia da rapidez com que as condies de mercado se alteram. Os provedores de terceiriza o podem diluir os riscos envolvidos por toda a base de seus clientes, levando-os a nveis administrveis. Assim sendo, seus clientes conseguem obter maior flexibilidade e agilidade, atingindo maior capacidade de competio em seu mercado.
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Os fatores de riscos podem conduzir a alguns resultados indesejveis para a organizao. Assim, para a avaliao dos riscos torna-se necessrio fazer uma ligao entre os fatores de risco e suas possveis consequncias, o que pode ser visto de forma didtica na tabela seguinte. Resultados indesejveis Custos inesperados ou adicionais da transao e de gerenciamento 66Fatores associados aos resultados indesejveis 66Falta de experincia e conhecimento do cliente na atividade 66Falta de experincia e conhecimento do cliente em outsourcing 66Incertezas sobre o ambiente legal Custos de transio (incluindo lockin, retorno da atividade para equipe interna, mudana de fornecedor) 66Especificidade do recurso/transao 66Nmero reduzido de fornecedores 66Escopo 66Interdependncia de atividades Custos de aditivos contratuais 66Incertezas 66Descontinuidade tecnolgica 66Complexidade da atividade Disputas e litgios 66Problemas de mensurao
66Falta de experincia e conhecimento do cliente e/ou do fornecedor em contratos de outsourcing 66Incertezas sobre o ambiente legal 66Diferenas entre as culturas organizacionais do cliente e do fornecedor
Degradao do servio
66Interdependncia de atividades
66Falta de experincia e conhecimento do fornecedor com a atividade 66Tamanho do fornecedor 66Estabilidade financeira do fornecedor 66Problemas de mensurao 66Complexidade da atividade
66Falta de experincia e conhecimento do cliente no gerenciamento de contratos 66Problemas de mensurao 66Falta de experincia e conhecimento do fornecedor com a atividade
66Escopo
66Proximidade da competncia central da organizao 66Interdependncia de atividades 66Complexidade das atividades 66Problemas de mensurao 66Incertezas
Figura 3.1 Fatores de risco da terceirizao.
Gerenciamento de Servios de TI
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Modelos de terceirizao
Os modelos para operacionalizao da terceirizao de servios de TI so:
11 Terceirizao com provedor nico. 22 Contrato nico com um provedor preferencial selecionado e gerido pelo contratante; 11 Terceirizao seletiva com um conjunto de provedores. 22 Mltiplos contratos celebrados com provedores selecionados em reas especficas; 22 Seleo dos provedores e gesto dos contratos realizada pelo contratante. 11 Terceirizao com um consrcio de provedores, com duas variantes: 22 Selecionados e geridos por um provedor primrio; 33 O provedor primrio selecionado e gerido pela organizao contratante. 22 Selecionado pela organizao contratante e supervisionado operacionalmente por
um provedor integrado
11 Simplificao do gerenciamento do contrato de terceirizao; 11 A multiplicidade de funes concentradas num nico provedor permite a obteno
de maiores ganhos de escala e, consequentemente, menores custos globais para o contratante;
Captulo 3 - Outsourcing
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Principalmente quando adotado nos casos de terceirizao total, este modelo acarreta um acentuado grau de dependncia do cliente em relao ao provedor, j que uma deciso de rompimento, mesmo quando motivada por um mau desempenho do provedor, poder tra zer enormes riscos ao prprio negcio da organizao contratante. Nestes casos, a transio entre provedores constitui-se em tarefa extremamente complexa, apresentando riscos no antecipveis, que tero que ser administrados adequadamente ao longo do processo.
11 Permite a contratao do provedor mais qualificado em cada uma das reas, com a
finalidade de maximizar os benefcios a serem obtidos;
11 Torna mais complexa a tarefa de gerenciamento e integrao dos provedores; 11 A organizao contratante dever dedicar uma equipe com um perfil adequado
tarefa de integrar as atividades de cada um dos provedores e gerenciar as interfaces existentes entre seus processos, procedimentos, sistemas, aplicaes e suas prprias organizaes.
Uma eventual ocorrncia de um mau desempenho recorrente de um dos provedores possibilitar sua substituio, talvez at por um dos outros provedores j atuantes na organizao, minimizando os riscos de descontinuidade da prestao dos servios. Na ocorrncia de problemas, crises ou emergncias, a tendncia a de que haja uma maior dificuldade de diagnosticar a sua real causa e de definir quem se responsabilizar pela tomada de aes de ajuste e correo que minimizem ou eliminem a ocorrncia de tais eventos. Este modelo cria naturalmente um salutar esprito de competio entre os provedores, para demonstrar sua competncia com a finalidade de uma eventual ampliao
100
de sua rea de atuao. Tal competio pode motivar os provedores tanto em relao ao aperfeioamento de sua habilidade e competncias, quanto aos preos praticados.
Gesto
Provedor 1
Provedor n
Provedor n
11 Terceirizao total 22 Na qual todas as atividades que compem a funo de TI so terceirizadas de uma
nica vez;
33 Maior benefcio financeiro 33 Maior reduo de headcount 33 Maior rapidez de implantao 33 Menor complexidade de implantao 33 Menor risco ps implantao
Captulo 3 - Outsourcing
101
Para qualquer das duas alternativas a terceirizao poder ser realizada atravs de um nico provedor ou de mltiplos provedores, conforme discutido anteriormente. A tabela seguinte resume as vantagens e desvantagens de cada uma das alternativas anteriores.
Vantagens
Desvantagens
Provedor nico
66Maior interesse dos provedores em funo do potencial da receita a ser gerada; 66Menor custo de integrao e coordenao;
66Maior risco de impacto pela dependncia de um nico provedor; 66Maior complexidade na implementao;
66Envolvimento gerencial em nveis estratgicos. 66O provedor que apresenta a melhor relao custo/benefcio escolhido para cada funo;
66O provedor nico poder no ter habilidades suficientes em todas as funes de TI terceirizadas.
66Pode no se mostrar o melhor negcio para a organizao contratante; 66Reduo nos ganhos de escala; 66Maiores custos de integrao, coordenao e conflitos potenciais entre provedores; 66Esforo duplicado de emisso de propostas, seleo, negociao e gesto;
66Maior dificuldade de sinergia entre funes. 66Atendimento s necessidades imediatas de terceirizao em determinadas reas; Provedor nico 66Tempo de implantao mais longo; 66Dependncia de um nico provedor resultando em perda potencial de poder de negociao;
66Perda de eficincia se no houver preparao cuidadosa de cada passo visando agregar a experincia aprendida nos passos anteriores.
66Interesse do mercado na captao de um negcio potencialmente lucrativo. 66O provedor que apresenta a melhor relao custo/benefcio escolhido em cada etapa; 66Risco de impacto sobre os servios diludo; 66Tempo de implantao mais longo; 66Pode no se mostrar o melhor negcio para a organizao contratante; 66Reduo nos ganhos de escala; 66Maiores custos de integrao e coordenao e conflitos potenciais entre provedores; 66Esforo duplicado de emisso de propostas, seleo, negociao e gesto;
Gerenciamento de Servios de TI
Mltiplos provedores
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Seleo de fornecedores
A tarefa de selecionar o provedor mais adequado um processo composto de vrias etapas:
11 Pesquisa permanente do mercado de terceirizao; 11 Visitas a clientes de terceirizao; 11 Pr-qualificao dos provedores; 11 Envio da solicitao de proposta de servios (RFP); 11 Avaliao das propostas; 11 Verificao das competncias alegadas pelos provedores; 11 Verificao da capacidade geral dos provedores; 11 Verificao da dinmica do relacionamento com os provedores; 11 Avaliao da eficcia e competitividade da soluo; 11 Seleo do provedor; 11 Negociao do contrato; 11 Avaliao do resultado.
Figura 3.4 Qualificao de fornecedores.
Uma tabela comparativa pode ser utilizada permitindo que a organizao pr-qualifique os provedores candidatos. Esta tabela dever ser utilizada no incio do processo de sele o de fornecedores.
Atributos
Competncias alegadas
Subatributos
66Expertise do pessoal 66Metodologias 66Tecnologias 66Processos 66Inovao 66Ferramentas 66Posicionamento no mercado 66Experincia na indstria 66Suporte
Peso
Grau
Peso x Grau
66Treinamento Capacidade geral 66Solidez e estabilidade financeira 66Reputao 66Recursos de infraestrutura 66Sistema gerencial 66Amplitude do portflio de servios
Captulo 3 - Outsourcing
Dinmica do relacionamento
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Atributos
Eficcia e competitividade da soluo
Subatributos
66Adequao aos requisitos 66Grau de inovao 66Grau de risco 66Garantias
Peso
Grau
Peso x Grau
66Termos e condies
66Requisitos de recursos humanos Avaliao do resultado 66Desempenho prvio 66Valor agregado 66Melhoria contnua
11 Seja especfico em suas solicitaes de informao aos provedores; 11 Utilize graus numricos baseados em critrios de qualidade bem determinados e
claramente associados aos objetivos de negcio da organizao contratante;
11 Solicite a melhor oferta final aos provedores como forma de reduzir a lista de
candidatos queles que efetivamente estaro concorrendo ao estgio final de seleo.
Gerenciamento de Servios de TI
Desta forma, o desafio de identificar as caractersticas mais valiosas dos provedores candi datos poder ser encarado mais adequadamente, garantindo um processo de seleo mais eficaz e, na sequncia, um processo de transio mais suave e de menor risco. recomendvel ainda a utilizao de um checklist para avaliao de provedores de servios de terceirizao:
11 Qual o posicionamento do provedor na indstria? 11 Qual o histrico de desempenho passado e presente do provedor? 11 Qual a capacidade tcnica do provedor?
104
11 Qual dos provedores pode ajudar mais a empresa a obter vantagem competitiva? 22 Qual provedor d melhor cobertura aos objetivos estabelecidos pela empresa ao optar
pela terceirizao?
22 Qual provedor oferece o menor risco empresa? 22 Qual provedor percebido como compatvel do ponto de vista cultural? 22 Qual provedor oferece servios que agregam mais valor? 11 Qual a reputao do provedor no mercado? 11 Houve conflitos e problemas prvios entre o provedor e o cliente? 11 A cultura do provedor compatvel com a da empresa e com a de seus clientes? 11 Qual a histria do provedor e h quanto tempo ele est no mercado? 11 O provedor tem alterado perodos de sucesso e insucesso em sua histria? 11 O provedor mostra solidez financeira? 11 Qual a parcela de mercado do provedor? 11 H pendncias ou disputas judiciais contra o provedor que possam ameaar sua solidez? 11 O provedor adquiriu ou vendeu patrimnio em larga escala recentemente? 11 Como o provedor est organizado internamente? Por indstria? Por valor do contrato? 11 Como o provedor administra a distribuio de recursos? 11 Onde esto os datacenters do provedor? 11 O provedor tem recursos na cidade ou regio do contratante? 11 Qual a especializao e a quantidade desses recursos? 11 O provedor detm experincia no ambiente tecnolgico atual e futuro do contratante? 11 Qual a experincia do provedor na transio de empregados? 11 Em que localidade, regies ou pases essas transies aconteceram? 11 O provedor j foi processado judicialmente em aspectos trabalhistas relacionados tran sio de empregados?
11 O provedor promove parceiras com outros provedores (quais?) para prestar determina dos tipos de servio (quais?)?
11 Como se desenvolve o relacionamento entre o provedor e esses parceiros? 11 Quais as referncias e nomes de contato fornecidos pelo provedor?
11 Habilidade para resolver os problemas do cliente; 11 Estabilidade, tanto no que diz respeito a seu balano anual como quanto
sade financeira;
105
Captulo 3 - Outsourcing
11 Uma trajetria de sucessos comprovada; 11 Talento para gerenciar projetos complexos; 11 Uma composio adequada de equipe tanto em quantidade como em qualidade; 11 Empenho em agregar valor aos planos estratgicos do cliente.
A preparao eficaz de uma RFP tarefa vital para a realizao de um projeto de terceiriza o bem-sucedido. A RFP o veculo utilizado para comunicar aos provedores com exatido o que a organizao contratante quer obter atravs do processo de contratao de servios de terceirizao. A responsabilidade final de sua preparao deve recair sobre a pessoa que desempenhar o papel de gerente do projeto de terceirizao, devendo, entretanto, ser formada uma equipe multifuncional de modo a garantir que todas as necessidades e requisitos da organi zao estejam refletidos no documento. A RFP dever descrever tanto a situao atual de cada uma das funes executadas interna mente quanto o cenrio desejado aps a terceirizao dessas funes. Ela dever descrever detalhadamente os volumes observados atualmente (e o crescimento estimado) e o nvel de qualidade requerido para cada funo. Alm disso, com a finalidade de permitir uma comparao isenta, completa e justa, a RFP deve informar aos provedores a exata forma e contedo das propostas a serem envidadas como resposta. Da parte do provedor, a elaborao de uma proposta que atenda a uma RFP recebida pode resultar, no caso de projetos de terceirizao complexos, em gastos significativos. Tais gastos, aliados perspectiva de ganhar o negcio motivam os provedores a dedicar um acentuado grau de esforo e dedicao na tentativa de atender s expectativas do potencial cliente. Assim sendo, de todo interesse da organizao contratante elaborar uma RFP completa e sem ambiguidades. A descoberta de que algum elemento crtico tenha sido omitido ou enunciado inadequadamente pode resultar em custos adicionais significativos tanto para a organizao contratante quanto para os provedores candidatos. Isto especialmente verdadeiro se tal descoberta ocorrer aps o recebimento das propostas, quando o processo de seleo estiver j em andamento, podendo, em funo da gravidade do assunto omitido ou mal enunciado, resultar em anulao de todo o processo de concorrncia. Os compromissos assumidos pelos provedores estaro baseados nas informaes contidas na RFP e o consequente processo de seleo conduzido pela organizao ser fortemente influenciado pelos compromissos que cada provedor tenha assumido em suas propostas. Aps o encerramento do processo de seleo, durante a negociao do contrato, o provedor escolhido poder ter que reconsiderar alguns de seus compromissos caso, no decorrer do due diligence, fique comprovado que a RFP continha informaes imprecisas ou incomple tas. A fim de minimizar a possibilidade de alteraes inesperadas na proposta original do
Gerenciamento de Servios de TI
provedor, assim como de manter intacto o poder de negociao da organizao, importante que ela seja capaz de emitir uma RFP precisa e completa. Uma RFP deve ter as seguintes caractersticas:
11 Ser estruturada de forma a permitir a realizao de comparaes e levantamento precisos; 11 Definir requerimentos em termos completos e mensurveis, identificando os que so
mandatrios, os que so desejveis e os que so apenas secundrios;
106
11 Solicitar informaes sobre a cultura corporativa do provedor; 11 Especificar os nveis de servio desejados; 11 Solicitar o posicionamento claro do provedor com relao a questes relevantes, tais
como: padres de desempenho, entregveis especficos, garantias, penalidades por mau desempenho etc.
Uma proposta uma valiosa oportunidade para que o provedor acesse tanto dados reais de custo quanto de problemas da organizao contratante, comprovando ser capaz de gerar um bom negcio. Do mesmo modo que a organizao contratante usar as propostas para acessar informaes do provedor, tambm os provedores utilizaro a RFP para acessar informaes da organizao contratante. Uma RFP bem escrita e claramente definida mostra aos provedores o grau de comprometimento e seriedade da organizao em relao ao projeto de terceirizao. Nesse caso, os provedores se esforaro para resolver seus problemas e conseguir o negcio. Por outro lado, uma RFP vaga ou mal formulada far com que os provedores mais experientes e qualificados hesitem em investir tempo num negcio que poder se mostrar no lucrativo e no gerencivel. Alm disso, j desde os primeiros estgios de comunicao entre a organizao contratante e os potenciais provedores, importante que:
11 No seja divulgada nenhuma informao acerca dos sistemas, dos planos de negcio, da
estrutura organizacional ou dos processos internos do contratante, sendo as informaes mantidas sob o conhecimento restrito do menor nmero possvel de pessoas, e exclusivamente do pessoal qualificado pelo provedor como participante do processo de negociao em nveis de responsabilidade compatveis;
11 Transferncia de ativos 22 Situao e detalhes financeiros dos ativos envolvidos (prprios, alugados,
sob leasing);
22 Negociao de preo (valor de livro, valor de mercado, valor nominal): 22 Contrato de manuteno; 22 Contrato de suprimentos; 22 Contrato de servio; 22 Contratos de facilidades de comunicao; 22 Licenciamento de software; 22 Negociao com terceiros e fornecedores;
Captulo 3 - Outsourcing
11 Contratos pr-existentes
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11 Hardware 22 Data de instalao, modelos, custos correntes de manuteno e localizao; 22 Estimativas da capacidade atual, requerimentos futuros e expanses planejadas; 22 Diagrama de conexo entre os componentes de hardware para cada site; 22 Diagrama de rede com os sites, velocidades de conexo, meios fsicos, protocolos
e hardware instalado;
22 Interfaces com sistemas e redes externas; 11 Software 22 Lista de software de terceiros (aplicativos, bsico e de apoio), incluindo
propriedade, licenciamento e situao financeira;
22 Novas implementaes planejadas e estratgia estabelecida; 11 Equipe 22 Tamanho da equipe atual; 22 Especializao da equipe atual; 22 Custos da equipe atual; 22 Identificao dos recursos crticos; 22 Polticas existentes para recrutamento, treinamento, reteno e motivao; 11 Requerimento de servio 22 Disponibilidade pr-existente de recursos de hardware e software; 22 Prioridades de servios crticos; 22 Populao de usurios; 22 Requerimentos pr-existentes de impresso e distribuio de relatrios; 22 Monitoramento, relatrios e objetivos de desempenho pr-existentes; 22 Suporte pr-existente a helpdesk, redes e aplicativos; 22 Estrutura pr-existente de desenvolvimento e manuteno de aplicativos; 22 Normas, padres e metodologias pr-existentes; 22 Estrutura pr-existente de administrao e controle de acesso a dados; 22 Estrutura pr-existente de solicitao e controle de mudanas; 22 Estrutura pr-existente de backup, segurana e contingncia; 22 Interface com entidade e agentes externos.
Gerenciamento de Servios de TI
Negociao de contratos
O modelo adiante tem por objetivo servir como guia para a construo de uma grande gama de contratos, tanto relativos pura e simples comercializao de produtos de TI, quanto prestao de servios de TI (incluindo os de terceirizao), ou de ambos simultaneamente. A composio final do contrato dever considerar tambm a complexidade e abrangncia dos bens e/ou servios objetos do contrato, seu tempo de vigncia, sua criticidade e os valores financeiros envolvidos na negociao. No raro as organizaes serem ao mesmo tempo parceiras em determinadas reas de atividade e concorrentes em outras.
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11 Identificar suas prprias questes chave e preocupaes; 11 Determinar os resultados que comporiam uma soluo plenamente aceitvel; 11 Identificar e avaliar novas opes para atingir esses resultados.
A adoo destes passos certamente promover uma melhor compreenso mtua e uma maior probabilidade de resoluo de divergncias supostamente insuperveis, levando a um formato final de negociao satisfatrio para ambas as partes. A aplicao dos conceitos de um projeto de terceirizao leva a um cenrio que foge da negociao competitiva tradicional entre cliente e provedor, para uma negociao coopera tiva entre parceiros que buscam a realizao de benefcios recprocos e duradouros. Muitas vezes as organizaes abdicam da maior parte de seu poder de negociao antes mesmo que o processo de negociao tenha se iniciado. Para manter o poder de barganha durante todo o decorrer da negociao, recomenda-se que a organizao contratante:
11 Aps a anlise das propostas recebidas, elimine aquelas cujos provedores no apresentem as condies mnimas para preencher os requisitos por ela exigidos;
11 Defina uma lista reduzida de provedores (2 ou 3 no mximo) que, aps o ciclo anterior,
ainda possam ser considerados como candidatos reais seleo final;
11 Desenvolva o processo de seleo e negociao dentro de um timing adequado s necessidades da organizao e de forma a no permitir que um pretenso requisito de urgncia faa com que o poder de negociao da organizao seja atenuado;
11 Mantenha o provedor selecionado sob presso, alertando-o para o fato de que dois
outros provedores foram mantidos em estado de alerta, que sero desativados apenas quando as negociaes forem completadas e o contrato assinado;
11 Durante o processo de eliminao gradual, mantenha os provedores em disputa informa encha as condies necessrias para atender a um determinado requisito do processo de seleo progressiva. Isto far com que os provedores tendam a disponibilizar rpida e permanentemente sua melhor oferta durante as negociaes.
Captulo 3 - Outsourcing
dos de que qualquer um deles poder ser eliminado a qualquer momento, caso no pre -
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11 Continuidade e Disponibilidade.
Algumas questes crticas a serem levantadas junto ao provedor:
11 Disponibilidade de acesso a sistemas crticos para o negcio; 11 Gesto do conhecimento e manuteno do nvel de expertise da equipe do provedor. 11 Conformidade.
Gerenciamento de Servios de TI
Avalia os aspectos relativos capacidade do provedor em prestar servios em conformidade no s com as melhores prticas adotadas no mercado como tambm as leis e regulamentaes emanadas de organismos governamentais. Algumas questes crticas a serem levantadas junto ao provedor:
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11 Procedimentos para verificao peridica de conformidade; 11 Polticas internas; 11 Mecanismos de prospeco de ferramentas; 11 Desenvolvimento e aperfeioamento de metodologias; 11 Documentao e otimizao de processos. 11 Segurana.
Avalia a capacidade do provedor em relao a aspectos relativos ao estabelecimento de polticas de segurana e a identificao e gerenciamento de reas de risco. Algumas questes crticas a serem levantadas junto ao provedor:
11 Procedimentos de segurana com relao a ativos ou sistemas crticos; 11 Identificao de focos de ameaa de perdas e danos acidentais ou dolosos; 11 Gesto de risco de intruso, invaso, denial of service ou acesso indevido. 11 Controle.
Avalia a capacidade do provedor de exercitar as melhores prticas nas disciplinas geren ciais relacionadas ao escopo dos servios contratados, tais como a gesto de problemas, mudanas, capacidade, desempenho, nvel de servio, armazenamento, inventrio de ativos e infraestrutura ambiental. Algumas questes crticas a serem levantadas junto ao provedor:
11 Domnio sobre as disciplinas gerenciais de TI; 11 Acordos de Nvel de Servio; 11 Perfil dos recursos envolvidos.
Due diligence conduzido pela organizao provedora
O due diligence a ser exercitado pelo provedor deve levantar informaes de forma a avaliar o nvel de risco e as informaes disponveis com relao execuo interna dos servios que sero terceirizados, considerando as seguintes quatro reas, devendo ser levantadas informaes detalhadas junto ao contratante, tais como:
11 Organizao das funes a serem terceirizadas 22 Organograma; 22 Recursos por entidade organizacional; 22 Descrio das atribuies. 11 Recursos humanos 22 Nveis salariais vigentes; 22 Avaliaes de desempenho e promoes peridicas; 22 Relacionamento com sindicatos; 22 Programas de incentivos e bnus; 22 Poltica de reteno de empregados; 22 Planos de aposentadoria. 22 Benefcios indiretos;
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Captulo 3 - Outsourcing
11 Recursos de TI 22 Hardware 33 Configurao detalhada de equipamentos; 33 Lista de equipamentos (modelos, nmero de srie, datas de instalao); 33 Histrico de manuteno; 33 Depreciao; 33 Custos por modalidade de aquisio (leasing, aluguel, compra); 33 Termos e condies dos contratos vigentes. 22 Software 33 Lista de software bsico e aplicativo; 33 Nmero de cpias; 33 Nmero de verso, release e nvel de modificao; 33 Custos de manuteno e suporte; 33 Termos e condies dos contratos vigentes. 11 Comunicaes 22 Configurao detalhada de equipamentos de comunicao de voz e dados; 22 Lista detalhada de circuitos; 22 Topologia detalhada de redes locais e corporativas e suas interconexes; 22 Custos; 22 Termos e condies dos contratos vigentes. 11 Servios e suprimentos contratados de terceiros 22 Lista de servios e fornecimento de suprimentos contratados com terceiros; 22 Custos; 22 Termos e condies dos contratos vigentes.
Falhas no processo de Due diligence O processo de due diligence deve constituir-se essencialmente, como foi visto, de uma investigao disciplinada e isenta de todos os fatores que possam representar algum risco ao negcio. Caso ocorra, por uma das partes ou por ambas, a liberao de informaes incompletas ou distorcidas e a no percepo desse fato pela outra parte, como resultado
de uma avaliao descuidada, ficaro comprometidos os benefcios esperados dos processos, possibilitando, ao longo da vida do contrato, a materializao dos riscos no identifi cados e o surgimento de crises de relacionamento que podero at mesmo inviabilizar a
Gerenciamento de Servios de TI
continuidade do negcio.
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11 Escopo dos servios 11 Prazo de contrato 11 Composio da equipe 11 Espao fsico e equipamentos a serem disponibilizados ao provedor 11 Direitos de propriedade intelectual 11 Servios de terceiros 11 Processo de transio, converso e transferncia dos servios 11 Processo de soluo de conflitos 11 Recuperao de desastres, contingncias, cpias de segurana 11 Direitos de auditoria 11 Condies de resciso e penalidades 11 Estrutura de preos 11 Responsabilidades 11 Escopo dos servios 22 Definio dos servios a serem prestados; 22 Servios a serem excludos; 22 Nveis de desempenho; 22 Benchmark. 11 Prazo de contrato 22 Condies de renovao (automticas ou opcionais). 11 Composio da equipe 22 Direitos do contratante de rejeitar pessoas chaves da equipe do provedor por razes
justificadas;
22 Parmetros de oferta de emprego aos componentes da equipe do contratante; 22 Plano de transio de recursos humanos. 11 Espao fsico e equipamentos a serem disponibilizados ao provedor 22 Lista de requerimentos de espao e equipamentos; 22 Acesso aos prdios, procedimentos de segurana, horrios permitidos de admisso; 22 Obrigaes com relao a custos de manuteno dos equipamentos disponibilizados,
garantias, questes ambientais e utilizao de materiais perigosos.
Captulo 3 - Outsourcing
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11 Direitos de propriedade intelectual 22 Produtos intelectuais gerados previamente pelo contratante: direitos cedidos ou
licenciados ao provedor;
22 Produtos intelectuais previamente em uso pelo contratante, sem ser de sua proprie dade: direitos e deveres transferidos ao provedor;
22 Responsabilidade de custo relativo transferncia ou cancelamento de licenas. 11 Servios de terceiros 22 Subcontratao de terceiros provedores pelo provedor contratado, mantendo intacta
sua responsabilidade;
11 Processo de transio, converso e transferncia dos servios 22 Transio dos servios do contratante para o provedor; 22 Converso dos procedimentos prvios em uso pelo contratante para os do provedor; 22 Transferncia dos servios para outro provedor em caso de resciso. 11 Processo de soluo de conflitos 22 Processo de escalada; 22 Comit de soluo de conflitos. 11 Recuperao de desastres, contingncias, cpias de segurana 22 Responsabilidades de cada uma das partes; 22 Excluses identificadas. 11 Direitos de auditoria 22 Relativa ao consumo de recursos a serem faturados ao contratante; 22 Relativa ao desempenho do provedor na prestao dos servios. 11 Condies de resciso e penalidades 22 Penalidades por inadimplncia financeira do contratante; 22 Penalidades por mau desempenho do provedor; 22 Resciso por convenincia; 22 Resciso motivada. 11 Estrutura de preos 22 Base de cobrana: tempo, volume, homens-hora, recursos alocados;
Gerenciamento de Servios de TI
22 Definio de um nvel mnimo assegurado de consumo; 22 Forma de cobrana quando o nvel mnimo for excedido. 11 Responsabilidades 22 Limitaes; 22 Fora maior; 22 Garantias; 22 Seguros; 22 Impostos e taxas.
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Roteiro de Atividades 3
Uma Secretaria de Educao decidiu terceirizar o suporte e manuteno do hardware e software bsicos. Entende-se por software bsico os sistemas operacionais e pacotes de automao de escritrio. Todos os equipamentos da Secretaria possuem licenas do sistema operacional e do pacote de automao de escritrio, que devero ser atualizados pelo provedor do servio de suporte e manuteno. a primeira vez que a Secretaria faz uma terceirizao.
115
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Gerenciamento de Servios de TI
4
Transio de Servio
objetivos
Estabelecer parmetros e procedimentos para controlar os servios em operao ou produo, e identificar os principais componentes da transio de servios, focando no projeto e no gerenciamento de recursos para implantao do novo servio.
conceitos
Introduo
A Transio de Servio composta por um conjunto de processos e atividades para colocar os servios em operao ou produo. Esta etapa engloba a gesto de mudana, prticas de liberao e implantao dos servios. A fase de Transio de Servio pode ser encarada como se fosse um projeto de implantao, pois necessrio gerenciar os recursos para implantar o novo servio ou uma alterao em servio j existente. A Transio de Servio faz a interface entre o Projeto de Servio e a Operao de Servio. O propsito da Transio de Servio ajudar a organizao a planejar, gerenciar mudanas nos servios e implantar liberaes de servios com sucesso no ambiente de produo. Os objetivos desta fase no ciclo de vida so:
q
Captulo 4 - Transio de Servio
22 Se as mudanas forem bem gerenciadas, haver menor impacto na organizao; 11 Fornecer um plano para que os projetos de mudana estejam alinhados com os
planos de transio.
117
Processos
Processos que fazem parte da Transio de Servio:
11 Problemas e erros de difcil identificao e diagnstico; 11 Custos, pois o ajuste de erros mais caro no ambiente de produo do que na fase de teste; 11 Servios no usados de forma eficiente pelos usurios.
Objetivo
Objetivos de Teste e Validao de Servio:
11 Validar que um servio esteja ajustado ao seu propsito e com o desempenho requerido; 11 Assegurar que um servio esteja pronto para uso dentro das especificaes e
condies definidas no projeto;
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Descrio do processo
O processo de teste iniciado por meio de um agendamento no plano de liberao, plano de teste e plano de garantia de qualidade. As entradas para este processo so:
11 Pacote de servio: define a utilidade e garantias do servio que ser entregue. 11 Pacote de nvel de servio: prov um nvel definido de utilidade e garantia na
perspectiva dos resultados, ativos, padres de atividade de negcio do cliente.
22 Modelo de operao, incluindo recursos de suporte, procedimento para escalar 22 Modelo e plano de capacidade combinado com aspectos de desempenho
e disponibilidade
22 Modelos de custo, econmico e financeiro 22 Modelo de gerenciamento de servio, por exemplo, ISO/IEC 20000 22 Especificaes de interface 11 Planos de entrega e liberao 11 Critrios de aceitao 11 Requisio de Mudana (RDM)
Sadas deste processo para a Avaliao do Servio:
11 Linha de base de configurao do ambiente de teste 11 Teste executado incluindo restries encontradas 11 Resultados dos testes 11 Anlise dos resultados, por exemplo, comparao dos resultados reais contra os
esperados, riscos identificados durante as atividades de teste.
Atividades
As atividades de teste no necessariamente so executadas numa nica sequncia. Muitas podem ser feitas em paralelo, como iniciar os testes antes do projeto estar completo. As atividades esto descritas a seguir:
11 Gerenciar teste e validao 22 Planejamento, controle e relatrio de atividades para todos os estgios de teste. 11 Planejar e projetar teste
capacidade, recursos e agendas.
q
Captulo 4 - Transio de Servio
22 Atividades de planejamento e projeto de teste considerando alocaes, 11 Verificar plano de teste e projeto de teste 22 O plano de teste deve assegurar que a cobertura de teste adequada, e foram
considerados os aspectos e interfaces de integrao at o trmino dos testes.
11 Preparar ambiente de teste 22 Preparao do ambiente considerando a alocao de recursos e registros de linha
de base.
119
11 Executar teste 22 Execuo propriamente dita dos testes com a entrega dos resultados reais,
problemas e erros, relatrios de ajustes para os erros e problemas resolvidos.
11 Avaliar e relatar resultados 22 Comparao dos resultados reais com os esperados. 11 Encerrar processo de teste 22 Assegurar que o ambiente de teste esteja liberado e fazer reviso dos
procedimentos e polticas para adoo de melhorias. Gerenciar teste e validao Gerenciamento de teste inclui o planejamento, controle e relatrio de atividades para todos os estgios de teste. Estas atividades incluem:
11 Planejamento dos recursos de teste; 11 Priorizao e agendamento do que para ser testado e quando; 11 Gerenciamento de incidente, problemas, erros, no conformidades, riscos; 11 Verificao de que erros identificados sejam devidamente documentados; 11 Monitorao do progresso dos testes; 11 Mudanas para reduzir erros na produo; 11 Coleta de mtricas de teste, anlises e relatrios.
Planejar e projetar teste As atividades de planejamento e projeto comeam no incio do ciclo de vida de servio e incluem:
11 Alocao de recursos humanos; 11 Capacidade de hardware, rede e pessoal; 11 Recursos do cliente ou do negcio, como equipamentos de autoatendimento bancrio; 11 Servios de suporte incluindo acesso, segurana e comunicao; 11 Agendas de marcos e datas de entregas; 11 Requisitos financeiros e oramentrios.
Verificar plano de teste e projeto de teste Verificar os planos de teste e projetos para assegurar que:
11 O modelo de teste emprega cobertura de teste adequada para o perfil de risco do servio; 11 O modelo de teste cobre os aspectos e interfaces de integrao;
Gerenciamento de Servios de TI
120
11 Resultados reais; 11 Problemas, erros, no conformidades e riscos que ainda precisam ser resolvidos; 11 Relatrio de mudanas para os erros e problemas resolvidos.
Avaliar resultados e relatar Os resultados reais so comparados com os esperados. Os resultados podem ser interpretados em termos de falhas, riscos para o negcio ou mudanas no valor projetado. Por exemplo, o custo alto para entrega dos benefcios pretendidos. Encerrar processo de teste Assegurar que o ambiente de teste esteja liberado. Rever os procedimento e polticas para identificar melhorias para a construo e projeto de testes.
Relacionamentos
O processo de Teste e Validao de Servio suporta todos os passos de liberao e entrega dentro da Transio de Servio. Interfaces deste processo com os outros estgios do ciclo de vida:
11 Trabalhar com o Projeto de Servio para assegurar que projetos sejam passveis de teste
e prover suporte para isso;
11 Trabalhar com a Melhoria Contnua de Servio para fornecer informaes sobre melho rias resultantes dos testes;
11 Operao de Servio usar os testes de manuteno para assegurar a eficcia dos servios; 11 Estratgia de Servio deve acomodar os testes em termos de financiamento, recursos e
perfis adequados.
Benefcios
O valor para o negcio e para os clientes do processo de Teste e Validao de Servio est no grau de confiana de que um novo servio (ou servio alterado) entregue o valor e os resultados requeridos, e tenha os riscos identificados e compreendidos. Falhas de servio podem prejudicar o negcio do provedor de servio e ativos dos clientes e gerar resultados como perda de reputao, de dinheiro e de tempo, entre outros prejuzos. O grau requerido de confiana varia dependendo dos requisitos de negcio do cliente e das presses da organizao.
Problemas comuns
O problema mais frequente para o teste efetivo est na falta de entendimento do papel do teste. Tradicionalmente, o teste pode ser visto como consumidor de recursos financeiros, podendo resultar em:
o ambiente real;
121
Indicadores de desempenho
Os indicadores para os processos de Teste e Validao de Servio so:
11 Reduo no impacto de incidentes e erros 11 Uso mais efetivo de recursos 11 Porcentagem de risco residual 11 Porcentagem de esforo para reparo 11 Retorno sobre investimento de teste e inspeo 11 Porcentagem de efetividade de inspeo 11 Taxas de execuo, preparao e planejamento de teste 11 Melhoria do custo operacional associado com a reduo de erros em novos servios
ou servios alterados
Avaliao do Servio
Avaliao um processo genrico que considera se o desempenho de alguma coisa aceit vel, o seu valor, e se executar com o uso aceitvel e retorno.
Objetivo
Objetivos da Avaliao do Servio:
Descrio do processo
O processo de Avaliao de Servio segue o modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act) para assegurar consistncia atravs de todas as avaliaes. Quando executado corretamente, o modelo PDCA permite melhorar o aprendizado orga nizacional no gerenciamento de riscos que possam afetar o sucesso das aes e iniciativas de melhorias.
122
Gerenciamento de Servios de TI
Teste
Requisio de Mudana
Planejar a avaliao
No
Gerenciamento de Mudana
Desempenho OK?
No
Gerenciamento de Mudana
Gerenciamento de Mudana
Atividades
Atividades de Avaliao de Servio:
11 Planejar a avaliao 22 Verificar se a documentao de mudana possui clareza nos objetivos da mudana
e do servio esperado.
22 Comparao com o desempenho esperado do servio e recomendaes sobre 11 Avaliar o desempenho real 22 Comparao com o desempenho real e recomendaes sobre a mudana. 11 Gerenciamento de risco 22 Mudanas podem introduzir riscos e planos devem ser feitos para a mitigao ou
eliminao dos riscos.
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O fator principal na Avaliao de Servio considerar as perspectivas requeridas, incluindo as de negcio, cliente, usurio, provedor de servio, fornecedor e patrocinador. O envolvi mento de todas as partes na avaliao auxilia no entendimento de todos os efeitos deseja dos e indesejados da mudana do servio. Se a RDM e documentao de mudana associada ambgua, porque os fatores no foram completamente entendidos, e ser mais difcil identificar a maioria dos componentes para incluir na avaliao. A documentao de mudana deve especificar os efeitos esperados da mudana e a mensurao dos mesmos. Se eles no so claros ou so ambguos, a avaliao deve parar, com uma recomendao de anlise adicional para o Gerenciamento de Mudana. Avaliar o desempenho previsto Usando a entrada do Pacote de Projeto de Servio (incluindo todos os critrios de aceite relevantes), uma comparao feita com o desempenho esperado, avaliando se qualquer diferena causar riscos indesejados. Um relatrio de avaliao intermedirio ser fornecido para o Gerenciamento de Mudana, evidenciando os resultados desta comparao, junto com uma recomendao informando se a mudana de servio deve ser rejeitada ou aceita. Avaliar o desempenho real Aps o servio ter sido implementado, um relatrio do desempenho real gerado pela Ope rao de Servio e comparado com o Pacote de Projeto de Servio e o modelo de desempe nho definido. Uma avaliao feita se o desempenho real est criando riscos inaceitveis ou se efeitos indesejveis tm ocorrido. O segundo relatrio intermedirio descreve o resultado desta avaliao e prov recomendao para o Gerenciamento de Mudana, indicando se a mudana do servio deve ser desfeita. Gerenciamento de risco As avaliaes executadas so projetadas para tratar riscos que podem ser introduzidos como um resultado da mudana do servio. Se um risco definido para ser mitigado, planos de remoo da ameaa podem ser feitos, assim como tcnicas de recuperao podem ser usadas para aumentar a resilincia de um servio. Documentar a avaliao O relatrio de avaliao provido para o Gerenciamento de Mudana, com informaes parciais e finais. O relatrio de avaliao contm as sesses:
Gerenciamento de Servios de TI
11 Perfil do risco; 11 Relatos de desvios; 11 Declarao de qualificao (para servios crticos em ambientes regulamentados, por
exemplo, defesa);
124
Relacionamentos
11 O processo de Avaliao de Servio disparado a partir de requisies provenientes
dos processos de Transio de Servio ou de Gerenciamento de Mudana.
Benefcios
A avaliao est preocupada com o valor, em termos dos benefcios entregues a partir do uso dos recursos. Existe um consenso de que a Melhoria Contnua de Servio pode usar a avaliao para anali sar melhorias futuras do processo de mudana.
Problemas comuns
Principais problemas relacionados a este processo:
11 Tomada de decises pragmticas sobre os riscos; 11 Divulgao das aes da organizao com relao aos riscos; 11 Entendimento completo dos riscos que podem impactar a Transio de Servio
e Liberao.
Indicadores de desempenho
Os seguintes indicadores podem ser usados:
11 Nmero de incidentes por servio; 11 Nmero de projetos com falhas que precisam ser corrigidos; 11 Tempo para executar uma avaliao.
Captulo 4 - Transio de Servio
Gerenciamento de Mudana
Como j visto, a rea de TI tem se tornado crtica para as operaes das empresas em virtude das dependncias que o negcio tem sobre a TI para continuar funcionando. Cada vez mais os usurios exigem nveis de servios mais altos para alcanar os objetivos do negcio. Percebemos ainda que a rea de TI est em constante mudana para atender demanda da evoluo do cenrio de negcios, realizando implementaes nos sistemas, aumentando a capacidade para os servios e criando novas polticas de segurana. sabido tambm que a maioria dos problemas de qualidade dos servios normalmente est relacionada a mudanas realizadas no passado. Mudanas feitas sem planejamento e testes
125
adequados podem resultar em mais problemas, muitas vezes desastrosos. H tambm pesquisas de mercado que indicam que quase 60% dos problemas de indisponibilidade dos servios se devem a falhas de configurao do operador. Com a crescente dependncia dos servios de TI, no mais possvel aceitar falhas graves nas mudanas realizadas. Atravs do processo de Gerenciamento de Mudanas, todas as implementaes e alteraes na infraestrutura de TI sero analisadas e planejadas para que produzam os menores riscos e impactos. Este um processo considerado um tanto quanto burocrtico pela equipe, pois aconselh vel que a maioria dos erros identificados antes de serem corrigidos sejam filtrados, analisa dos e testados, para depois serem implementadas as correes no ambiente de produo. necessrio que haja uma mudana de cultura e um comprometimento de todos para que o processo funcione, evitando formas de burl-lo. Normalmente, o Gerenciamento de Mudanas aplicado em departamentos de TI que j tenham certa maturidade no Gerenciamento de Servios de TI. Este processo pode ser implementado isoladamente, mas importante o apoio do Gerenciamento de Configurao para dar suporte avaliao de impacto, indicando os itens de configurao envolvidos na mudana.
Objetivo
Este processo tem como misso gerenciar todas as mudanas que possam causar impacto na habilidade da rea de TI em entregar servios, atravs de um processo nico e centrali zado de aprovao, programao e controle de mudana, para assegurar que a infraestru tura de TI permanea alinhada aos requisitos do negcio, com o menor risco possvel. Principais objetivos deste processo:
11 Hardware, software, equipamentos e software de comunicao. 11 Aplicaes em produo. 11 Toda a documentao e procedimentos associados com a operao, suporte e
manuteno da infraestrutura de TI. Ficam fora do escopo, mas relacionadas:
11 Mudanas em projetos
Gerenciamento de Servios de TI
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Descrio do processo
O Processo de Gerenciamento de Mudana responsvel por decidir e coordenar as mudan as, e no tem como objetivo executar a implementao das mudanas. A implementao ser realizada por uma equipe tcnica responsvel pela rea da mudana, como a rea de redes, sistemas, hardware. O processo controlar as mudanas para que elas sejam imple mentadas de forma eficiente e eficaz, no que se refere ao custo com um mnimo de riscos para os servios mantidos. Para que se possa fazer uma anlise de riscos adequada importante o uso de uma Base de Dados de Gerenciamento da Configurao (BDGC), que fornea todos os servios e recursos relacionados ao item de configurao que sofrer a mudana. No necessrio que todas as mudanas sejam controladas pelo processo de Gerencia mento de Mudana. Por exemplo, mudanas sem importncia, como alterar uma senha, podem ser feitas pela Central de Servio (seguindo procedimentos definidos), no sendo necessrio serem controladas pelo Gerenciamento de Mudana. Desta forma, reduzida a carga de trabalho, de frustrao e de boicote ao processo.
BDGC
Programao futura de mudanas Requisies de Mudanas aprovadas Atas de reunio do CCM e aes Relatrios de Gerenciamento de Mudana
Gerenciamento de Mudana
Registro e classicao Aprovao Coordenao do desenvolvimento Autorizao e implementao Avaliao
Gerenciamento de Capacidade
Gerenciamento de Congurao
Gerenciamento de Liberao
Comit de Controle de Mudana (CCM) Grupo responsvel pela avaliao do impacto das mudanas. Este grupo ser composto de vrias pessoas tcnicas e at mesmo de clientes, que fornecero assessoria ao Gerente de Mudana sobre as mudanas que devem ser aprovadas e auxiliaro em sua programao.
Captulo 4 - Transio de Servio
Normalmente, o CCM se rene com uma determinada frequncia para discutir todas as mudanas novas e tambm aquelas em andamento. Possveis membros do CCM:
11 Gerente de Mudana; 11 Cliente(s); 11 Gerente(s) Usurio(s); 22 Representante(s) de Grupo de Usurios; 22 Pessoal de desenvolvimento e manuteno de aplicaes (quando apropriado);
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22 Consultores, especialistas e tcnicos; 22 Equipe de servios (se necessrio); 22 Equipe de servios administrativos (quando as mudanas afetam as instalaes); 22 Representantes dos contratantes ou de terceiros (se necessrio, por exemplo, em situaes de outsourcing). Comit de Emergncia (CCM/CE) Quando surgem problemas mais graves, pode no haver tempo para a criao de um CCM completo. Portanto, necessrio identificar uma configurao menor com autoridade para tomada de decises emergenciais. Este comit sempre ser formado pelo Gerente de Mudana e os tcnicos responsveis pela implementao da mudana.
Atividades
O processo do Gerenciamento de Mudana inclui as seguintes atividades:
11 Registro e classificao 22 Registro da RDM a partir de uma necessidade do cliente ou de erro identificado no
Gerenciamento de Problema.
11 Aprovao 22 Filtro e aprovao das RDMs de acordo com critrios de custo da mudana e
benefcios.
11 Implementao 22 Assegurar que as mudanas seja implementadas seguindo um programa definido. 11 Avaliao 22 Avaliar todas as mudanas implementadas aps determinado perodo.
Projeto Gerenciamento de Mudana
Monitorao e planejamento Registro e classicao
RDM
Gerenciamento de Servios de TI
Desenvolvimento
Aprovao
Recusa
Teste
Autorizao e implementao
Recusa
Desistir
Implementao
Avaliao
128
O processo de Gerenciamento de Mudana tem ligao muito prxima com o Gerenciamento de Projetos, que outra disciplina no tratada pela ITIL. Dependendo da complexidade da mudana, o desenvolvimento da mudana ser tratado como um projeto dentro da organizao. A figura 4.3 ilustra as atividades que fazem parte do Gerenciamento de Mudana e as atividades que fazem parte do Gerenciamento de Projetos.
Para as melhores prticas no Gerenciamento de Projetos recomendvel utilizar outros frameworks. A OGC criou o PRINCE2 (www.prince2.com) e o Project Management Institute (PMI) criou o PMBOK (www.pmi.org). O padro PMI americano, sendo adotado como padro no mundo todo.
Registro e Classificao Uma RDM pode ser levantada a partir de uma necessidade do cliente ou surgir a partir de um erro identificado no processo de Gerenciamento de Problemas. A Requisio de Mudana (RDM) poder ser em papel ou eletrnica, atravs de um software de Gerencia mento de Servios. Uma Requisio de Mudana (RDM) deve ter vrias informaes para a tomada de deciso, tais como categoria, impacto e custo. Estas informaes sero utilizadas para extrair o rela trio gerencial. Tambm importante alocar a prioridade para cada mudana para definir a agenda de mudanas programadas. Aprovao As RDMs so filtradas e aprovadas. Alguns fatores podem determinar que uma mudana seja recusada, por exemplo, o custo da mudana muito alto pelo benefcio que vai trazer ao negcio. Coordenao do Desenvolvimento Aprovada a mudana, a RDM deve ser passada para o grupo tcnico que ser responsvel pelo desenvolvimento da mudana. O Gerenciamento de Mudana deve coordenar este processo assegurando que existam os recursos necessrios, monitorando os riscos e acom panhando os testes. Autorizao e Implementao Aps passar pela fase de desenvolvimento, as mudanas devem ser testadas antes da migrao para o ambiente de produo. aconselhvel que exista um grupo de testes inde pendente neste processo, com condies tcnicas de elaborar o plano de testes, avaliando todos os requisitos para o funcionamento da mudana no ambiente de produo. Aps o resultado dos testes, a mudana ser autorizada para ser implantada. Dependendo da urgncia e do impacto da mudana, a fase de testes poder ser ignorada. Implementao O Gerenciamento de Mudana deve garantir que as mudanas sejam implementadas seguindo um programa definido. A execuo da implementao no de responsabilidade deste processo, que apenas ir coorden-la. O processo de Gerenciamento de Liberaes acabam gerando novas verses de software ou de hardware. Avaliao O Gerenciamento de Mudana deve avaliar todas as mudanas implementadas aps determinado perodo. Esta reviso se chama Reviso Ps Implementao (RPI). O processo de Gerenciamento de Problema tambm poder acompanhar este processo, visto que o controle de erros tem esta atividade no seu escopo. Esta reviso serve para verificar se a mudana trouxe os resultados esperados, ou para indicar as aes que devem ser tomadas para correo se houver algum problema ou ineficincia. 129
Captulo 4 - Transio de Servio
Funcional
Papis do Gerente de Mudana:
11 Presidir as reunies do comit consultivo de mudanas. 11 Enviar as agendas de mudanas para a Central de Servio. 11 Relacionar-se com as partes para coordenar a construo, testes e a implantao das
mudanas.
11 Atualizar o log das mudanas em andamento. 11 Revisar as mudanas implantadas para verificar se elas atingiram os
objetivos propostos.
Relacionamentos
O processo de Gerenciamento de Mudana depende da preciso dos dados de configurao para assegurar o conhecimento sobre o impacto completo da aplicao da mudana.
Benefcios
Gerenciamento de Servios de TI
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11 Melhor avaliao do custo da mudana. 22 Antes da implementao da mudana, deve ser avaliada a sua relao custo benefcio. 11 Absoro de um volume maior de mudanas. 22 Com um processo definido ficar mais fcil ter controle sobre as diversas
mudanas ao mesmo tempo.
Problemas comuns
Assim como todo processo com benefcios, preciso reconhecer que existem problemas tambm. O Gerenciamento de Mudana um processo importante, tanto para o departa mento de TI como para os usurios e clientes. Principais problemas relacionados a este processo:
11 Falta de informao para anlise de riscos. 11 Falta de ferramenta integrada aos demais processos. 11 Falta de comprometimento da equipe. 11 A cultura da empresa influenciar na adeso ao processo. 11 Priorizao de todas as mudanas.
Indicadores de desempenho
Principais indicadores deste processo:
11 Nmero de incidentes relacionados com uma mudana; 11 Relao entre mudanas urgentes e normais; 11 Distribuio de mudanas por motivo (tratamento de incidente, correo de erro,
melhoria etc.).
131
Objetivo
Os principais objetivos do processo do Gerenciamento da Configurao so:
11 Fornecer gerenciamento da TI com maior controle sobre os ICs da organizao. 11 Fornecer informao precisa a outros processos da ITIL. 11 Criar e manter uma Base de Dados do Gerenciamento da Configurao (BDGC).
A diferena bsica entre o Gerenciamento de Ativos e o Gerenciamento da Configu rao est nos relacionamentos. O gerenciamento de ativos tradicional fornece uma lista de itens (tipicamente hardware e software). O Gerenciamento da Configurao define o relacionamento entre os ICs.
Descrio do processo
O processo de Gerenciamento da Configurao quase poderia ser considerado um processo piv para todos os outros.
a infraestrutura de TI. A principal entrada no processo vem do Gerenciamento de Mudana, requisitando informaes sobre itens que sero afetados ou reportando o status dos itens mudados.
11 O processo inicia com o projeto, insero de dados e implantao do BDGC. 11 responsabilidade do Gerenciamento da Configurao manter o BDGC.
A insero de dados do BDGC pode ser cara e um exerccio prolongado, a depender do escopo da infraestrutura de TI que est sendo gerenciada, e do nvel de detalhes sobre cada item requisitado. Ferramentas de auditoria automtica podem ajudar em grande parte nesse aspecto.
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As sadas do processo so relatrios para o gerenciamento de TI e tambm a constante dispo nibilidade de informaes que podem ser fornecidas a partir do BDGC a outros processos.
Atividades
Atividades do processo de Gerenciamento da Configurao:
11 Identificao 22 Coleta de todas as informaes do IC dentro do escopo do processo. 11 Controle 22 Procedimento de controle para documentao das mudanas. 11 Acompanhamento do status 22 Registro do estado atual e anteriores de um IC permitindo a rastreabilidade. 11 Verificao e auditoria 22 Auditorias regulares na organizao para verificar que todos os ICs esto
registrados corretamente. Planejamento Esta atividade inclui a configurao dos limites do processo como: objetivos, escopo, polti cas, procedimentos e interao esperada com outros processos. Esta a tarefa do Gerente de Configurao: determinar o que deve ser alcanado e com que custo, balanceando com as necessidades do negcio. Esta combinao afeta o nvel de detalhes e o modo como muitos ICs devero ser especificados. Escopo O escopo do processo precisa ser definido. Ele responder a uma questo essencial: o que ser includo no processo, e o que no ser? Por exemplo, algumas organizaes de TI iro gerenciar sistemas de PABX e telefones, e neste caso estes itens da infraestrutura devero estar contemplados pelo escopo deste processo. Nvel do IC O nvel do IC se refere quantidade de detalhes que sero capturados para cada IC. Por exemplo, avaliar se um PC um detalhe considerado suficiente, ou se necessrio capturar detalhes do HD, placa de rede e memria. Esta deciso sobre o nvel de detalhes necessrios depende da informao que ser usada. Se por um lado muitos detalhes requerem trabalho extra para manter a atualizao, por outro lado poucos detalhes destroem o propsito do
Captulo 4 - Transio de Servio
133
Ambiente 1
Ambiente 2
Switch 1
BD 1
Identificao A atividade de identificao envolve a coleta de todas as informaes do IC dentro do escopo do processo. A informao do IC coletada manualmente ou com o uso de ferra mentas automatizadas. Na hora de coletar estes dados cada IC dever ser etiquetado para referncia e propsitos de controle. Colocar etiquetas nos itens da infraestrutura de TI uma tarefa que pode ser incorporada ao processo do Gerenciamento da Configurao. As tcnicas para etiquetar incluem eti quetas visveis, que incluem nmeros de contato (exemplo Central de Servio), nmero de referncia e ainda etiquetas escondidas, como pinturas de segurana que mostram identifi cadores apenas com luz noturna, que no so visveis a olho nu. A informao coletada ser determinada pelo escopo, nvel do IC e atributos que foram definidos. Observao: os atributos do IC so coisas que ns podemos registrar. Exemplos de atri butos de um PC podem ser o tamanho do HD, o tipo e velocidade do processador, o sistema operacional. Os valores so medidas quantificveis dos atributos, como por exemplo: o tamanho do HD pode ser de 3 GB ou 8 GB; o valor da velocidade do processador pode ser 1 GHz ou 10 GHz. Antes de coletar qualquer informao, o processo de Gerenciamento de Mudana deve j existir, para que ento a informao seja coletada e carregada no BDGC, evitando que as mudanas na infraestrutura criem registros redundantes. A coleta de dados pode levar
Gerenciamento de Servios de TI
vrias semanas ou meses. Controle Antes de o BDGC ser povoado, procedimentos de controle j devem existir. vital que as mudanas dentro do BDGC sejam feitas apenas com autorizao. Procedimentos necess rios precisam ser estabelecidos para que todas as mudanas sejam documentadas.
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Acompanhamento do status O acompanhamento do status uma atividade que registra o estado atual e anteriores de um IC, de forma que um IC pode ser rastrevel. Os nveis de status podem ser definidos como parte do processo de planejamento. Exemplo: em compra, em uso, fora de uso, em reparo, aposentado.
Ciclo de vida de um IC
IC em desenvolvimento Teste Agendado para implantao IC em manuteno IC em uso IC desativado
Verificao e auditoria Ao conduzir auditorias regulares na organizao pode-se verificar que todos os ICs esto registrados corretamente. A primeira auditoria deve ser agendada logo aps o BDGC ser implantado para certificar que se tem uma representao correta da infraestrutura de TI atual. Outras auditorias podem ocorrer aps acidentes e mudanas graves. A frequncia de auditorias depender do resultado ou valor que ela pode agregar nas informaes e do gasto que ela ir gerar. Auditorias parciais, isto , auditorias em pontos especfi cos, so estratgias que podem ser mais rpidas e baratas.
Funcional
O Gerente de Configurao ir ajudar na definio do escopo e dos nveis de detalhes necessrios no processo, implantando procedimentos de interao com outros rocessos e assumindo a responsabilidade pelo planejamento e insero de dados do BDGC. Em pequenas organizaes, as funes do Gerente de Configurao e do Gerente de Mudanas podem ser combinadas.
Relacionamentos
11 Todos os processos dentro da ITIL tero vnculos com o Gerenciamento da
Configurao ou buscaro informaes dentro do Banco de Dados do Gerenciamento da Configurao.
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Conforme j indicado, a infraestrutura de TI forma o fundamento de uma organizao de TI. Todos os processos dentro da ITIL consequentemente tero vnculos com o Gerencia mento da Configurao ou buscaro informaes dentro do Banco de Dados do Gerencia mento da Configurao.
Benefcios
Alguns dos benefcios que decorrem da implantao do Gerenciamento da Configurao incluem:
11 Contribuio para o planejamento da Continuidade dos Servios de TI. 11 Controle da Infraestrutura de TI. Sabendo onde o IC est e quem responsvel por ele. 11 Gerenciamento de Problema eficiente e eficaz. 11 Processamento de mudana eficiente e eficaz. 11 Segurana que as obrigaes legais esto sendo executadas. 11 Questes de suporte segurana otimizada.
Problemas comuns
Problemas que podem prejudicar uma implantao eficiente do Gerenciamento da Configurao:
11 O nvel de detalhes dos ICs no est correto: se o nvel de detalhes for muito
profundo, muita informao ser registrada e ir tomar muito tempo, dinheiro e esforo para manter. Mas se o nvel de detalhes no for suficiente, poder prejudicar a tomada de decises para outros processos, gerando mais problemas e incidentes.
11 Controle: precisa haver um processo implantado que assegure a validade do BDGC. Por
exemplo, usurios que compram softwares sozinhos pela internet podem criar incidentes
Gerenciamento de Servios de TI
Indicadores de desempenho
A mensurao do processo de Gerenciamento da Configurao pode ter muitos Indicadores Principais de Desempenho (IPDs) que podem ser analisados. Para medir a eficcia do Gerenciamento da Configurao so necessrios objetivos factveis. Os objetivos podem ser mudados durante o tempo para assegurar a melhoria do processo.
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11 Resultado das auditorias. Nmero de ICs no autorizados, ICs que no esto em uso. 11 Nmero de mudanas que ocorreram devido informao errada de Configurao
causando incidentes ou problemas.
11 RDMs que no foram completadas com sucesso devido avaliao pobre de impacto,
dados incorretos no BDGC ou fraco controle de verso.
11 O tempo que uma mudana leva para iniciar e acabar. 11 Licenas de software que no foram aproveitadas ou no esto em uso.
Outros indicadores podem incluir:
11 Nmero de mudanas no BDGC por ms devido identificao de erros no mesmo. 11 Tempo necessrio para registrar um IC.
Gerenciamento de Liberao
Com o aumento da complexidade dos sistemas e a maior necessidade das organizaes de TI em fornecer um ambiente estvel, a liberao de um novo software ou hardware precisa ser controlada com mais ateno. Este processo dentro da ITIL se preocupa em fornecer um meio estruturado para o gerenciamento de liberao na infraestrutura a partir do planejamento da liberao (release) at a instalao de fato. Os relacionamentos com o Gerenciamento de Mudana e Configurao so chaves para este processo, com os trs intimamente ligados. O Gerenciamento de Liberao fornece um gerenciamento fsico de softwares e hardwares. Informaes sobre os componentes de hardware e software da TI e seus relacionamen tos com outros so armazenados no Banco de Dados do Gerenciamento da Configurao (BDGC). O Gerenciamento de Liberao gerencia mudanas planejadas e aplicadas a software e hardware na infraestrutura de TI. Para suportar o Gerenciamento de Mudana e o Gerenciamento da Configurao, o Geren ciamento de Liberao utiliza a Biblioteca Definitiva de Software (BDS) e o Depsito de Hardware Definitivo (DHD). Estas bibliotecas seguras fornecem um local de armazenamento fsico de todos os itens de configurao de software (BDS) e peas de hardware (DHD). Os softwares vm de diversas formas tais como cdigos-fonte, pacotes, bibliotecas e execute controles de qualidade, so usadas para construo e implementao das liberaes. Peas de hardware guardadas necessitam da avaliao de riscos (procurar por ativos dentro da organizao e depois por ameaas e vulnerabilidades), assim como o envolvimento de terceiros em contratos de suporte (Contratos de Apoio). Mudanas no ambiente de produ o precisam passar antes pelo DHD a fim de garantir que qualquer pea guardada seja compatvel com o ltimo hardware em produo.
Captulo 4 - Transio de Servio
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Objetivo
O Gerenciamento de Liberao o processo que protege o ambiente de produo. A prote o vem em forma de procedimentos formais ou testes extensivos relacionados a mudanas de software ou hardware que esto sendo propostas dentro do ambiente de produo. Objetivos do processo de Gerenciamento de Liberao incluem:
11 Gerenciar, distribuir e implementar itens de software e hardware aprovados. 11 Prover o armazenamento fsico e seguro de itens de hardware e software no Depsito
de Hardware Definitivo (DHD) e na Biblioteca Definitiva de Software (BDS).
Descrio do processo
11 O processo comea com o planejamento de uma nova liberao, seja de um software
ou hardware, e termina com uma liberao documentada, armazenada com segurana, e com o menor impacto possvel nas atividades do dia a dia da organizao. Os principais componentes controlados pelo processo de Gerenciamento de Liberao incluem:
11 Aplicaes desenvolvidas internamente; 11 Softwares comprados; 11 Aplicaes utilitrias (Winzip, Acrobat etc); 11 Software fornecido para o uso em sistemas especializados; 11 Implementao de hardware e software; 11 Instrues e manuais do usurio.
O Gerenciamento de Liberao gerencia todo o software e hardware desde a compra ou desenvolvimento at o teste e eventual implantao em ambiente de produo. O processo comea com o planejamento de uma nova liberao, seja de um software ou hardware e termina com uma liberao documentada, armazenada com segurana, com o menor impacto possvel nas atividades do dia a dia da organizao. O diagrama seguinte ilustra algumas das situaes bsicas que envolvem o processo de Gerenciamento de Liberao.
Aumento na carga de trabalho com mltiplas verses em produo; Perda dos softwares originais que foram comprados.
O projeto de liberao depende do padro de atividade do negcio, e esta liberao pode ser:
11 Big Bang X Faseado (Big Bang X Phased); 11 Puxar X Empurrar (Pull X Push); 11 Automatizado X Manual (Automatized X Manual).
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Atividades
As atividades do Gerenciamento de Liberao e seus relacionamentos com as bases de dados so:
11 Planejamento e descrio da Poltica de Liberao. 22 Documentao de como a organizao implementar a liberao de novos
recursos de infraestrutura.
11 Projeto, desenvolvimento e configurao das liberaes. 22 Aes associadas com o projeto, configurao e desenvolvimento, executadas pela
equipe tcnica adequada.
11 Teste e aprovao das novas liberaes. 22 Realizao de teste e aprovao para confirmar a funcionalidade esperada. 11 Planejamento de implantao das liberaes. 22 Enriquecimento do plano de liberao com informaes dos detalhes da
implantao.
11 Comunicao, preparao e treinamento. 22 Sesses de reunies e treinamento com grupos de usurios, equipes de TI e
gerentes para comunicar as entregas.
11 Liberao, distribuio e instalao. 22 Aes de compra, armazenamento, transporte e entrega dos recursos (hardware e
software) para completar o processo de liberao.
Ambiente de desenvolvimento
Poltica de Liberao
Ambiente de produo
Planejamento Comunicao Distribuio de implementao e treinamento e instalao
Banco de Dados de Gerenciamento de Congurao (BDGC CMDB) Biblioteca de Software Denitiva (BSD) Depsito de Hardware Denitivo (DHD)
Figura 4.7 Atividades do Gerenciamento de Liberao.
A poltica de liberao documenta como a organizao implementar a liberao de um novo hardware ou software dentro da infraestrutura. Sero especificados nesta poltica itens como:
11 A frequncia das liberaes que sero aceitas no negcio; 11 Uma poltica de como emitir uma liberao de emergncia; 11 Uma poltica de teste e a liberao subsequente dentro do ambiente de produo; 11 O escopo do processo de Gerenciamento de Liberao. Exemplo: qual o nvel de controle e
quais partes da infraestrutura que estaro sobre o controle do processo;
A preparao de qualquer liberao requer um planejamento estruturado para conseguir sucesso. O uso de uma metodologia formal para o gerenciamento de projetos como o PMBOK ir ajudar a definir itens como:
11 Contedos da liberao; 11 Uma agenda de liberao; 11 Recursos necessrios; 11 Funes e responsabilidades; 11 Desenho de um projeto; 11 Definio dos componentes da liberao; 11 Plano de retrocesso; 11 Plano de qualidade; 11 Plano de aceite.
Observao: o PMBOK uma estrutura para o gerenciamento de projetos mantido pelo PMI (www.pmi.org). Projeto, desenvolvimento e configurao das liberaes Esta atividade dentro do Gerenciamento de Liberao pode ser considerada o estgio tcnico do processo. Todas as aes associadas com o projeto, configurao e desenvolvimento so completadas por uma equipe adequada, de uma maneira controlada. Ao final deste estgio um Plano de Retrocesso (back out) dever ser criado. Os planos de retrocesso podem ser focados em restaurar todos os servios em seu estado anterior a qualquer mudana ou restaurar o mais aproximado mudana. A qualidade e contedo do Plano de Retrocesso sero avaliados durante o processo de Gerenciamento de Mudana. A sada desta atividade dever ser uma liberao completa com instrues sobre sua insta lao, um plano de testes e um plano de retrocesso. Teste e aprovao das novas liberaes A falta de teste adequado o caso mais comum da falha das liberaes. O teste no deve apenas ser realizado como resultado final da liberao, mas tambm nas atividades de implementao e procedimentos de retrocesso (back out). Representantes de negcio (usurios dos departamentos da empresa) devem testar para confirmar a funcionalidade esperada. Isto se refere ao Teste de Aceite do Usurio. A equipe de TI deve realizar testes tcnicos incluindo o teste de instalao. Cada um destes estgios deve ser aprovado separadamente. O aceite da liberao deve ser realizado em um ambiente de teste controlado que pode ser
Gerenciamento de Servios de TI
resetado para voltar s configuraes tanto de software como de hardware. Estas configura es devem ser descritas nas definies da liberao e armazenadas no BDGC, assim como qualquer outro IC relacionado. Planejamento da implantao da liberao O plano completo da liberao, originalmente criado, precisa ser enriquecido com informa es dos detalhes da implantao da liberao (roll out). Este incluir:
11 Lista de tarefas e recursos necessrios para cada tarefa; 11 Uma lista de todos os ICs que sero instalados e retirados do servio;
140
11 Comunicao para todos os envolvidos (usurios e equipe de TI); 11 Plano para a implantao da liberao comprada (se houver); 11 Adquirir hardware e software. O plano de implantao deve incluir os procedimentos a
serem seguidos para armazenamento seguro antes da implantao e mecanismos para acompanhar sua instalao;
O BDGC deve ser atualizado com os detalhes da nova liberao e todos os ICs antigos devem ser desativados e marcados de forma apropriada no BDGC (aposentado, fora de servio etc).
Funcional
A funo principal dentro do processo de Gerenciamento de Liberao a do Gerente de
Captulo 4 - Transio de Servio
141
As combinaes das funes so permitidas dentro de certos processos da ITIL. Em uma organizao de TI, comum a combinao do Gerente de Liberao, de Mudana e da Configurao.
Relacionamentos
11 O Gerenciamento da Configurao precisa ser informado pelo Gerenciamento da
Liberao sobre cada mudana no Item de Configurao (IC), para que se possa atualizar o BDGC.
Benefcios
A implantao do processo de Gerenciamento de Liberao da ITIL prov as seguintes vantagens:
11 O software est sendo liberado para teste e produo de uma maneira controlada,
reduzindo as chances de erros.
11 A possibilidade de uso de cpias ilegais reduzida drasticamente. 11 O impacto de um novo hardware avaliado antes da sua instalao na infraestrutura. 11 Usurios finais mais informados sobre as liberaes e envolvidos no ambiente de teste. 11 Reduo significativa do risco de resistncia s novas liberaes.
Problemas comuns
Para que o processo de Gerenciamento de Liberao possa ter sucesso necessrio levar
Gerenciamento de Servios de TI
11 Consertos urgentes: procedimentos precisam estar definidos para assegurar que estes
no comprometero a exatido do BDGC, BDS ou DHD.
142
11 Teste: um ambiente de testes apropriado deve estar disponvel para avaliar o impacto
e reduzir os riscos de uma nova liberao. Criar um ambiente de testes pode ter custos, sendo comum a realizao de testes diretamente no ambiente de produo, o que deve ser evitado.
Indicadores de desempenho
Para avaliar a eficincia do processo de Gerenciamento de Liberao, um nmero de indica dores deve ser monitorado, como:
11 Liberaes desenvolvidas, implantadas no prazo e dentro do oramento. 11 Nmero de liberaes que resultaram em retrocesso (back out) devido a erros inaceitveis. 11 Nmero de incidentes causados pela liberao. 11 Resultado de auditorias feitas na BDS e DHD. 11 Preciso e tempo gasto para registrar todas as atividades de desenvolvimento,
distribuio e implantao no BDGC.
11 Identificao dos patrocinadores; 11 Nveis de risco aceitveis e expectativas de desempenho; 11 Disponibilidade de recursos e tempo.
A qualidade e relevncia do conhecimento se refletem na acessibilidade, qualidade e importncia dos dados e informaes de apoio disponveis para a equipe do servio.
Objetivo
Os objetivos do Gerenciamento do Conhecimento incluem:
11 Habilitar o provedor de servio a ser mais eficiente e melhorar a qualidade do servio. 11 Aumentar a satisfao e reduzir os custos do servio. 11 Assegurar que a equipe tenha um claro entendimento do valor que seu servio prov
para o cliente e da maneira como os benefcios so percebidos pelos usurios do servio.
22 Quem est usando o servio. 22 O estado atual de uso. 22 Restries de entrega do servio. 22 Dificuldades enfrentadas pelos clientes na percepo completa dos benefcios
esperados do servio.
143
Descrio do processo
Crucial para o Gerenciamento do Conhecimento a necessidade de assegurar que os bene fcios deste processo so entendidos e apoiados dentro da organizao. Especificamente, o efetivo Gerenciamento do Conhecimento depende do suporte e das entregas de todos que trabalham no gerenciamento de servio de TI.
11 Operao de Servio 22 Erros no servio detectados durante a transio sero registrados e analisados. 22 O conhecimento sobre a existncia de erros, suas consequncias e solues de
contorno estaro disponveis de maneira fcil para a Operao de Servio.
11 Equipe de Transio 22 A equipe de Transio de Servio captura os dados de relevncia de todas as fases
do ciclo de vida. Operao de Servio Erros no servio detectados durante a transio sero registrados e analisados, e o conheci mento sobre sua existncia, consequncias e solues de contorno estaro disponveis para a Operao de Servio de uma maneira fcil. Equipe de Operao As equipes de Gerenciamento de Incidente na Central de Servio e suporte de segundo nvel so os pontos de captura da maioria dos dados de gerenciamento de servio de TI. Se a equipe no entende a importncia do seu papel, o Gerenciamento do Conhecimento no ser efetivo. Por exemplo, tradicionalmente analistas de suporte so relutantes em registrar suas aes completamente. A equipe do Gerenciamento de Problema ser formada por usurios chave do conhecimento coletado, e tipicamente responsveis pela normalizao da captura de dados, por meio de desenvolvimento e manuteno de scripts que suportam a captura de dados no Gerencia mento de Incidente. Equipe de Transio A equipe de Transio de Servio captura os dados de relevncia de todas as fases do ciclo de
Gerenciamento de Servios de TI
vida. Est preocupada com a importncia de a coleta ser precisa e completa. As informaes devem ser relevantes para adaptabilidade e acessibilidade do servio quando de sua projeo, para ser realimentado atravs da Melhoria Contnua do Servio para o Projeto de Servio.
Atividades
As atividades de Gerenciamento de Conhecimento podem ser agrupadas da seguinte forma.
144
11 Gerenciamento de Informao e Dados 22 Definio das entradas que provero informaes e dados, e de como sero
usadas para a tomada de deciso em todos os nveis.
11 Sistema de Gerenciamento do Conhecimento de Servio (SKMS) 22 Estabelecimento de um SKMS que possa ser compartilhado, atualizado e usado
pelas suas entidades de operao, parceiros e clientes. Estratgia de Gerenciamento do Conhecimento Uma estratgia global para Gerenciamento do Conhecimento deve ser desenvolvida pela organizao de forma a se ajustar com as prticas correntes. A estratgia deve enderear:
11 Modelo de governana; 11 Mudanas organizacionais; 11 Estabelecimento de papis e responsabilidades; 11 Polticas, processos, procedimentos e mtodos de Gerenciamento do Conhecimento; 11 Requisitos de tecnologia e outros recursos; 11 Medidas de desempenho.
A estratgia deve identificar e planejar a captura de conhecimento relevante e consequente mente informaes e dados que o suportam.
11 Auxiliando uma organizao a identificar o conhecimento que ser til; 11 Desenhando um processo sistemtico com a filtragem, armazenamento e apresentao
de informaes de forma a melhorar o entendimento sobre as reas da organizao;
11 Acumulando conhecimento de processos e fluxos de trabalho; 11 Gerando novos conhecimentos; 11 Acessando conhecimento de valor de fontes externas; 11 Capturando conhecimento externo de diversas fontes, como base de dados, websites,
empregados, fornecedores e parceiros. Transferncia do Conhecimento No ciclo de vida, a rea de TI capturar, gerenciar e prover conhecimento para a soluo de problemas, aprendizado dinmico, planejamento estratgico e tomada de deciso. Para com o gerenciamento do conhecimento, de modo que a transferncia do conhecimento pode ocorrer de uma unidade para outra. A transferncia do conhecimento tradicional feita via treinamento presencial e atravs de documentao, com representantes de cada grupo repassando o conhecimento para seus colegas. Atualmente, isto suportado com:
Captulo 4 - Transio de Servio
11 Aprendizado prtico; 11 Recursos visuais (diagramas, imagens, fotos etc); 11 Seminrios, webinar e propaganda; 11 Peridicos e boletins.
145
Gerenciamento de Informaes e Dados O Gerenciamento do Conhecimento deve definir que entradas provero informaes e dados, e como elas sero usadas para a tomada de deciso em todos os nveis. Inclui moni torao, captura, uso e distribuio das informaes e dados, e os mecanismos que podem ser utilizados para reduzir o trabalho manual necessrio. Os trs principais elementos envolvidos so:
11 Estabelecimento de requisitos de informaes e dados: 22 Definio das polticas e padres a seguir durante a coleta e uso dos dados
e informaes;
22 Encorajamento do uso de contedo comum e uniforme; 22 Estabelecimento dos requerimentos de segurana, privacidade e propriedade; 22 Definio de requisitos de acesso; 22 Considerao a qualquer interface requerida ao Gerenciamento de Mudana. 11 Estabelecimento de procedimentos de gerenciamento de dados e informaes: 22 Definio de procedimentos para a armazenagem e recuperao de dados e informa es;
22 Estabelecimento de procedimentos para backup e restore de dados; 22 Identificao dos procedimentos de reviso e auditoria requeridos; 22 Implementao de mecanismos requeridos para capturar, armazenar e recuperar
dados e informaes de fontes desejadas.
11 Avaliao e melhoria: 22 Busca de melhorias contnuas para a captura, uso e reuso de dados
e informaes;
Decises
Figura 4.8 Composio do sistema de gerenciamento do conhecimento de servio.
A implementao de um sistema de conhecimento de servio ajuda a reduzir os custos da manuteno e gerenciamento de servios, aumentando a eficincia dos procedimentos operacionais e reduzindo os riscos ligados a lacunas nos procedimentos. Todo o material de conhecimento de servio deve estar alinhado com a perspectiva do negcio. O material pode incluir:
11 A terminologia de TI traduzida para a terminologia e linguagem do negcio; 11 Processos de negcio e os pontos em que a TI pode suport-los;
146
11 ANSs, acordos e contratos de suporte que possam sofrer alteraes no caso de mudan as, o que especialmente importante para os analistas da Central de Servio que do suporte ao servio.
Relacionamentos
O processo de Gerenciamento do Conhecimento possui um relacionamento direto com os processos de Gerenciamento de Incidente e Gerenciamento de Problema.
11 Subsidia a criao dos procedimentos que definem a forma de obteno de informaes. 11 Todas as informaes que iro compor o SKMS sero utilizadas nas fases de Projeto
de Servio e Estratgia de Servio como fontes de conhecimento para seus processos e atividades. O Gerenciamento do Conhecimento especificamente importante dentro da Transio de Servio desde que conhecimentos relevantes e apropriados sejam um dos elementos-chave a serem transacionados. Exemplo de uma Transio de Servio de sucesso:
11 Preocupao com o uso do servio e com a descontinuidade de verses anteriores. 11 Estabelecimento do nvel de confiana e risco aceitvel associado com a transio.
O Gerenciamento do Conhecimento efetivo um ativo poderoso para todas as pessoas em todos os estgios do ciclo de vida do servio. um excelente mtodo para indivduos e equipes compartilharem dados, informaes e conhecimento sobre todos os aspectos do servio de TI.
Problemas comuns
Um dos mais difceis componentes do Gerenciamento do Conhecimento assegurar a realizao de mais que uma simples captura de dados sobre a organizao e sua infraestrutura de TI. necessrio entender os diferentes componentes e processos necessrios ao desenvolvimento de um conhecimento til e maduro. Problemas mais comuns:
11 Criao de equipe especfica para usar o sistema de conhecimento; 11 Necessidade de horas extras para registrar informaes relevantes e conhecimento
aps a execuo das aes.
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Indicadores de desempenho
Um bom caso de negcio crtico para um efetivo Gerenciamento do Conhecimento e importante que as medidas de sucesso sejam visveis para todos os nveis envolvidos na implementao. Medidas tpicas para um provedor de servio de TI:
11 Disseminao do conhecimento. 11 Diminuio do tempo e esforo para suporte e manuteno dos servios. 11 Reduo do tempo para localizar informaes e diagnsticos para correo de incidentes. 11 Reduo da dependncia do conhecimento pessoal.
148
Gerenciamento de Servios de TI
Roteiro de Atividades 4
Eventualmente a rea de TI acessa o sistema de gerenciamento de banco de dados e percebe que existem alertas de que o nmero de requisies simultneas ao banco tem atingido o limite. Quando este limite ultrapassado, o banco no responde a novas requisies. Algumas escolas tm telefonado reclamando de que o sistema de matrcula s vezes no responde. Estas reclamaes se concentram no final do dia e perto do final da semana. Quando o sistema no responde, a rea de TI reinicializa os sistemas de aplicao e de banco de dados. A rea de TI executa backup semanal dos dados. Para este procedimento, os servidores de aplicao e banco de dados so reinicializados durante o fim de semana. conhecido o erro gerado pelo fato de que as chamadas das aplicaes a banco de dados devem ser fechadas aps a resposta do banco, j que no existe a condio para que as chamadas sejam fecha das por timeout.
Atividade 1 Mudana
Descreva como se aplica a este caso o processo de gerenciamento da mudana do servio.
Atividade 2 Liberao
Descreva como o processo de gesto de liberao do servio deve ser utilizado neste caso.
149
150
Gerenciamento de Servios de TI
5
Operao de Servio
objetivos
Estabelecer parmetros e procedimentos para controlar os servios em operao ou produo e consolidar os conceitos sobre a operao de servios e seus processos e funes.
conceitos
Introduo
Esta uma fase mais prolongada do ciclo de vida, pois o servio dever ser mantido at que perca sua utilidade e seja retirado. A Operao de Servio o dia a dia do pessoal de TI. As fases anteriores englobam processos tticos e mais voltados para a estratgia. Aqui os processos e funes so operacionais. Se tudo for bem planejado nas fases anteriores, o servio entrar em operao sem causar impactos negativos, tanto na rea de TI como na organizao como um todo. O propsito da Operao de Servios coordenar e realizar as atividades e processos requeridos para entregar e gerenciar servio em nveis acordados com usurios e clientes. A Operao de Servio tambm responsvel pelo gerenciamento contnuo da tecnologia usada para entregar e suportar os servios de TI. Objetivos da Operao de Servio:
11 Entregar e suportar os servios com eficincia e eficcia. 11 Assegurar que o valor est sendo entregue ao cliente com os servios oferecidos. 11 Manter a situao corrente e adaptar-se s mudanas no negcio e ao ambiente
tecnolgico.
q
Captulo 5 - Operao de Servio
11 Realizar a estratgia.
Processos
Os seguintes processos e funes fazem parte da Operao de Servios de TI:
151
11 Gerenciamento de Evento este processo visa construir uma base para a monitorao e
controle operacional, detectando eventos, determinando como um evento faz sentido em relao ao outro e determinando a ao de controle apropriada.
Gerenciamento de Evento
Um evento pode ser descrito como qualquer ocorrncia detectvel ou discernvel que seja significativa para a gesto da infraestrutura de TI, ou para a entrega do servio de TI, incluindo a avaliao do impacto que um desvio pode causar aos servios. Eventos so tipicamente notificaes criadas por um servio de TI, item de configurao ou ferramenta de monitorao. A Operao de Servio eficiente depende do conhecimento da situao da infraestrutura e da deteco de qualquer desvio da operao normal ou esperada. Isto ocorre com bons
Gerenciamento de Servios de TI
11 Ferramentas ativas de monitorao que avaliam itens chave de configurao para determinar sua situao e disponibilidade. Qualquer exceo vai gerar um alerta que precisa ser comunicado ferramenta ou equipe apropriada para uma ao corretiva.
11 Ferramentas passivas de monitorao que detectam e correlacionam alertas operacio nais ou comunicaes geradas por itens de configurao.
152
Objetivo
O objetivo do Gerenciamento de Evento prover a capacidade de detectar eventos, analis -los e determinar aes de controle apropriadas. Gerenciamento de Evento , portanto, a base para monitorao e controle operacional.
Descrio do processo
O Gerenciamento de Evento pode ser aplicado para qualquer aspecto do gerenciamento de servio que precise ser controlado e que possa ser automatizado:
11 Itens de Configurao: alguns sero includos porque precisam ter boa estabilidade.
Por exemplo: um switch em uma rede deve permanecer sempre ligado.
11 Alguns itens de configurao sero includos porque o seu status deve mudar
constantemente, e o Gerenciamento de Evento pode ser usado para automatizar esta operao, como por exemplo, na atualizao de um servidor de arquivos.
11 Condies do ambiente, como por exemplo a deteco de fumaa. 11 Monitoramento de licenas de software para assegurar que a poltica de
licenciamento esteja sendo seguida.
11 Eventos que indicam uma operao normal, ou seja, indicam que o servio est
funcionando.
11 Eventos que indicam uma operao anormal, por exemplo, o usurio tentou entrar na
aplicao e no conseguiu, ento um log registrado com esta informao.
11 Eventos que sinalizam uma operao no usual, mas que no excepcional. 22 Fornecem uma indicao de que a situao requer um pouco mais de superviso. 22 Por exemplo: a memria do servidor est acima do nvel estabelecido como limite.
Os eventos podem ser classificados como:
11 Informativo o usurio conectou na aplicao e o job agendado foi executado. 11 Alerta o tempo de transao est maior que o normal estabelecido e a utilizao da
memria est acima do aceitvel.
153
Incio
Informacional
Exceo
Evento detectado
Direcionador
Evento ltrado
Evento registrado
Resposta automtica
Alerta
Interveno humana
Gerenciamento de Incidente
Gerenciamento de Problema
Gerenciamento de Mudana
Rever aes
Fechar evento
Sim
Efetivo
No
Figura 5.1 Fluxo do processo de Gerenciamento de Evento.
Fim
Quando eventos ocorrem e h notificao, recomendvel que uma ferramenta de monitoramento detecte os eventos, que devem ser filtrados conforme a classificao: informacional, alerta, exceo.
11 Se for informacional, apenas registra-se o evento. Estes registros podem ser armazena dos por um determinado perodo.
11 Se for alerta, pode ser feita uma correlao que estabelece que o evento vai precisar de
uma ao. Em alguns casos pode exigir interveno humana, como por exemplo, quando o espao em disco est prestes a estourar. Em outros casos, pode haver uma auto-resposta, como quando o espao da conta de e-mail est prestes a estourar e automatica mente faz-se um ajuste via sistema.
Gerenciamento de Servios de TI
11 Se for exceo, como por exemplo no caso do servio ficar fora do ar ou o tempo de tran sao exceder o limite, com o registro de um incidente. Dependendo da situao, pode haver o envolvimento do Gerenciamento de Problema para diagnosticar a causa raiz, e do Gerenciamento de Mudana caso uma mudana corretiva seja necessria. Nas aes de reviso, verifica-se se os eventos foram tratados corretamente. Depois o registro do evento finalizado.
Atividades
As atividades do processo de Gerenciamento de Evento esto descritas a seguir.
154
11 Ocorrncia do evento 11 Notificao do evento 11 Deteco do evento 11 Filtragem do evento 11 Significncia do evento 11 Correlao do evento 11 Direcionamento do evento 11 Seleo de resposta ao evento 11 Aes de reviso 11 Fechamento do evento
Ocorrncia do evento Eventos ocorrem continuamente, mas nem todos devem ser detectados ou registrados. No projeto, desenvolvimento, gerenciamento e suporte dos servios e TI e da infraestrutura
importante que se tenha clareza da necessidade do evento, para que seu registro seja correto. Notificao do evento Muitos ICs so projetados para fornecer informaes de duas maneiras:
11 Um dispositivo acessado por uma ferramenta de gerenciamento, a qual coleta as informaes desejadas. Esta situao referenciada como polling.
155
Significncia do evento Cada organizao tem sua prpria categorizao para o significado de um evento, mas sugerido que os eventos sejam colocados em trs categorias bsicas. Informacional Refere-se a um evento que no requer qualquer ao. Tipicamente armazenado no sistema ou servio de arquivo e mantido por um perodo de tempo. Este tipo de evento tipicamente usado para verificar o status de um dispositivo ou servio, ou para confirmar que uma atividade foi completada. Tambm pode ser usado para gerar estatsticas e como informao para uma investigao. Exemplos de eventos informacionais:
11 Usurios logados numa aplicao; 11 Um job em uma fila completado com sucesso; 11 Um dispositivo entrar no estado on-line; 11 Uma transao ter terminado com sucesso.
Alerta Um evento de alerta gerado quando um servio ou dispositivo est se aproximando de um limite. Alertas so enviados para pessoa, processo ou ferramenta apropriados para que a situao possa ser verificada e tomada uma ao para prevenir uma exceo. Exemplos de alerta:
11 Queda de um servidor; 11 Tempo de resposta de uma transao na rede ser maior que 15 segundos; 11 Mais de 150 usurios conectados simultaneamente em uma mesma aplicao; 11 Um segmento de rede no est respondendo s requisies de rotina.
Gerenciamento de Servios de TI
Correlao do evento Se um evento significativo, uma ao tem que ser tomada. neste ponto que o significado do evento determinado. Os eventos so comparados com um conjunto de regras e critrios para determinar o nvel e tipo de impacto ao negcio. Estas correlaes so programadas de acordo com os padres de desempenho criados durante o Projeto de Servio e por qualquer orientao adicional no ambiente de operao.
156
Exemplos de correlaes:
11 Nmero de eventos similares, por exemplo, login incorreto trs vezes, uso de recursos de
comunicao fora do padro normal indicando roubo;
11 Nmero de ICs gerando eventos similares; 11 Uma ao especfica associada com informaes contidas no evento; 11 Um evento representa uma exceo; 11 Comparao da informao contida no evento com valores mximos e mnimos; 11 Assinalar um nvel de prioridade do evento; 11 Categorizao do evento.
Direcionar o evento Quando a atividade de correlao reconhece um evento iniciado um direcionamento de resposta a este evento. Existem vrios tipos de direcionamento, tais como:
11 Direcionamento de mudana, que gera uma Requisio de Mudana (RDM); 11 Scripts que executam aes especficas, tais como submeter jobs ou reinicializar um
dispositivo;
11 Notificao de sistemas atravs de comunicao mvel; 11 Direcionamentos em base de dados que restringem o acesso de um usurio a registros
ou campos especficos. Selecionar resposta ao evento Neste ponto do processo existem vrias opes de respostas disponveis. importante notar que as opes de resposta podem ser escolhidas em qualquer combinao. Por exem plo, pode ser necessrio manter o registro de acesso e ao mesmo tempo escalar o evento para uma ao do Gerenciamento de Operao. Algumas das opes disponveis:
11 Registro do evento indiferente da atividade a ser executada, uma boa ideia ter
um registro do evento e qualquer ao subsequente. O evento pode ser registrado na ferramenta de Gerenciamento de Evento ou pode simplesmente ser deixado como uma entrada no log do sistema do dispositivo ou aplicao que gerou o evento.
11 Auto resposta alguns eventos so conhecidos o suficiente para que a resposta apro projeto ou experincia prvia (usualmente Gerenciamento de Problema). Exemplos de auto resposta:
Captulo 5 - Operao de Servio
22 Reboot de um dispositivo; 22 Reinicializao de servio; 22 Submeter um job; 22 Mudana de configurao de um dispositivo; 22 Bloquear um dispositivo ou aplicao contra acessos no autorizados.
157
11 Abrir uma RDM existem duas situaes no processo de Gerenciamento de Evento onde
uma RDM pode ser criada:
Funcional
No necessrio ter um gerente de evento:
11 Central de Servio 22 Comunica, investiga e resolve eventos. 11 Desenho de Servio 22 Classifica e define mecanismos de correlaes e auto respostas.
158
11 Transio do Servio 22 Assegura o funcionamento apropriado. 11 Operao de Servio 22 Executa o gerenciamento de eventos para os sistemas sob seu controle.
Relacionamentos
Gerenciamento de Evento pode ter interface com qualquer processo que necessite de moni torao e controle, especialmente aqueles que no requerem monitorao em tempo real, mas que requerem alguma forma de interveno aps um evento. Exemplos de interfaces com outros processos incluem:
11 Interface com aplicaes de negcio ou processos de negcio. 11 Interfaces com o Gerenciamento de Incidente, Problema e Mudana. 11 Gerenciamento de Capacidade de Disponibilidade definem que eventos so
significativos, que limites apropriados devem ser estabelecidos e como responder a eles.
22 Por exemplo, um evento pode ser gerado para sinalizar que um novo ativo foi
configurado com sucesso e est operacional.
11 Eventos pode ser uma fonte de informao a ser processada pelo Sistema de
Gerenciamento do Conhecimento (SKMS).
Benefcios
O valor do Gerenciamento de Evento para o negcio geralmente indireto, embora seja possvel determinar alguns benefcios como:
de incidentes.
22 Nestes casos possvel tomar aes antes do servio ficar indisponvel. 11 Gerenciamento de Evento muitas vezes monitora atividades por exceo, removendo
a necessidade de monitorao intensiva e em tempo real.
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Problemas comuns
Existem desafios que podem ser encontrados no Gerenciamento de Evento:
11 Um desafio inicial pode ser obter fundos para as ferramentas e esforos necessrios
para instalar e aproveitar os benefcios das ferramentas.
11 Um dos maiores desafios ajustar o nvel correto de filtragem. 11 Quando ajustado de forma incorreta pode resultar em grande quantidade de eventos
sem importncia ou detectar eventos importantes muito tarde.
Indicadores de desempenho
As mtricas para verificar a efetividade e eficincia do processo de Gerenciamento de Eventos podem ser:
11 Nmero de eventos por categoria. 11 Nmero de eventos por significncia. 11 Nmero e porcentagem de eventos que necessitam de interveno humana. 11 Nmero e porcentagem de eventos que resultaram em incidentes ou mudanas. 11 Nmero e porcentagem de eventos causados por problemas existentes ou erros
conhecidos.
11 Nmero e porcentagem de eventos duplicados ou repetidos. 11 Nmero e porcentagem de eventos indicando assunto de desempenho, por exemplo,
nmero de vezes que uma aplicao excedeu seus limites estabelecidos.
11 Nmero e porcentagem de eventos indicando problemas de disponibilidade. 11 Nmero e porcentagem de cada tipo de evento por plataforma e aplicao. 11 Nmero e taxa de eventos comparados com o nmero de incidentes.
Gerenciamento de Incidente
Um Gerenciamento de Servios de TI est orientado para a entrega de nveis de servios com qualidade e com a rapidez que o negcio exige. Para tanto necessrio um processo de
Gerenciamento de Servios de TI
tratamento de incidentes eficaz e eficiente, capaz de monitorar os nveis de servios, esca lando os incidentes quando necessrio. Este um dos processos mais reativos, pois entrar em atuao a partir dos incidentes levantados por usurios ou ferramentas de monitoramento. Entretanto, este processo vital para manter a agilidade dos servios de TI. importante considerar tambm que as informaes dos incidentes levantadas neste processo sero de grande importncia para o processo de Gerenciamento de Problema.
160
Objetivo
O processo de Gerenciamento de Incidente tem como misso restaurar os servios o mais rpido possvel com o mnimo de interrupo, minimizando os impactos negativos nas reas de negcio. O Processo de Gerenciamento de Incidente tem como objetivos:
11 Manter a comunicao do status dos incidentes com os usurios. 11 Escalonar os incidentes para os grupos de atendimento para que o prazo de
resoluo seja cumprido.
11 Falha de hardware; 11 Erro de software; 11 Solicitaes de informaes; 11 Solicitao de mudana de equipamento; 11 Troca de senha; 11 Insero de novos funcionrios; 11 Solicitao de suprimentos; 11 Problemas de desempenho.
Descrio do processo
Como em todo processo, existem entradas e sadas. A entrada principal deste processo so os incidentes. Os incidentes podem vir de diversas fontes, como usurios, equipes de opera es, redes ou ferramentas de monitoramento que identificam irregularidades nos servios. Solues de contornos podem ser buscadas a partir de uma base de erros conhecidos, ajudando a resolver o incidente mais rpido. A Base de Dados do Gerenciamento da Confi gurao (BDGC) auxiliar na identificao do item de configurao relacionado ao incidente, itens relacionados ao incidente. Determinadas solicitaes de usurios podem necessitar de um Registro de Mudana, como por exemplo uma nova regra de negcio ou instalao de um novo componente.
Captulo 5 - Operao de Servio
161
Incidentes
Central de Servios
BDGC
Conguraes
Gerenciamento de Incidente
Operao Deteco e registro de incidentes Classicao e suporte inicial Diagnstico e resoluo Recuperao Redes Encerramento Propriedade, monitorao, acompanhamento e comunicao
RDM
Gerenciamento de Mudana
Solues de contorno
Outros
Regras de suporte O primeiro nvel de suporte ser feito pela Central de Servio e inclui registro, classificao, roteamento, resoluo e fechamento dos incidentes. O segundo e terceiro nvel de suporte so responsveis pela investigao, diagnstico e recuperao dos incidentes. Os grupos de segundo nvel tero conhecimento tcnico mais profundo sobre o assunto, como programadores, consultores, analistas de negcio, administradores de rede. O grupo de terceiro nvel poder ser formado pelos fornecedores de software ou hardware. Obviamente estes nveis podem variar dependendo do tamanho do departamento de TI.
Primeiro Nvel
Sim Deteco e Registro Requisio de Servio? No
Suporte inicial
Resolvido? No
Sim
Resoluo Recuperao
Fechamento do Incidente
Gerenciamento de Servios de TI
Segundo Nvel
Investigao Diagnstico
Resolvido?
Sim
Resoluo Recuperao
No
Terceiro Nvel
Resoluo Recuperao
Etc
162
Diferentes tipos de escalonamento Os incidentes podem ter dois tipos de escalonamento: funcional ou hierrquico. No funcio nal os incidentes so escalonados para grupos com conhecimentos mais especficos sobre o assunto. No hierrquico o incidente pode ser escalonado para um chefe ou gerente da Central de Servio, quando a situao exigir aprovao de custos ou maior poder de deciso.
Diretor
Gerente 1
Figura 5.4 Hierarquia de escalonamento.
Gerente 2
Desktop
Aplicaes
Operaes
Rede
Atividades
As atividades do Gerenciamento de Incidente incluem:
11 Deteco de incidentes e registro 22 Registro dos incidentes por diversos meios, tanto para a soluo do incidente
como para identificao de problemas e extrao de informaes gerenciais.
11 Classificao e suporte inicial 22 Permite a identificao de erros conhecidos e gere informaes gerenciais que
permitam a identificao dos tipos de incidentes. Determinar o impacto e urgncia de cada incidente para definir sua prioridade.
11 Resoluo e restaurao 22 Uma vez que uma soluo de contorno ou definitiva para o incidente encontrada,
ser implementada.
11 Fechamento do incidente 22 Atualizao dos detalhes do incidente e comunicao ao usurio sobre a soluo. 11 Responsabilidade pelo incidente, monitorao, acompanhamento
e comunicao
163
Sim
Soluo e restaurao
Fechamento do incidente
Deteco de incidentes e registro Os incidentes na maioria das vezes so oriundos de necessidades de suporte dos usurios. O contato com a Central de Servio poder acontecer por telefone ou e-mail. Atualmente a maioria das empresas est adotando sistemas web que permitem que o usurio abra um chamado de suporte diretamente da intranet ou website, criando menos gargalo para a central, e facilitando tambm a vida dos analistas de suporte, que ganham mais tempo para resolver os incidentes, ao invs de gastar o tempo no registro do chamado por telefone. importante que todos os incidentes sejam registrados, mesmo que resolvidos por telefone. O histrico de incidentes registrados ajudar no processo de identificao de tendncias de problemas e tambm para a extrao de informaes gerenciais teis. Classificao e suporte inicial Os incidentes devem ser classificados para permitir a identificao de erros conhecidos e gerar informaes gerenciais para identificao dos tipos de incidentes mais frequentes. Exemplos de classificao de incidentes:
A prioridade determina a ordem de execuo para a resoluo dos incidentes. Para determinar a prioridade, utilize como boa prtica a combinao entre impacto e urgncia do incidente. O impacto est na avaliao do nmero de pessoas ou sistemas que sero prejudicados pelo incidente. J a urgncia determina a velocidade com que o incidente precisa ser resolvido.
164
Mdio
2 3 4
Baixo
3 4 5
1 2 3
Urgncia Velocidade
Mdia Baixa
A prioridade poder ser utilizada para determinar o prazo para resoluo dos incidentes.
Prioridade
1 2 3
Figura 5.7 Priorizao de incidentes.
Descrio
Crtica Alta Mdia Baixa Planejada
4 5
Investigao e Diagnstico Uma vez registrado o incidente, a atividade de investigao e de diagnstico ser iniciada. Se a Central de Servio no puder resolver um incidente, ele ser atribudo a outros nveis de suporte, que investigaro o incidente atravs de um conjunto de habilidades e ferramentas disponveis, como uma base de conhecimento de erros conhecidos. importante que todas as partes que trabalham com os incidentes mantenham o registro de suas aes, atuali zando o registro do incidente. Resoluo e Restaurao Uma vez que uma soluo de contorno ou definitiva para o incidente encontrada, ser implementada. Se uma mudana for necessria, uma Requisio de Mudana (RMD) ser submetida ao Gerenciamento de Mudana. Fechamento do Incidente A etapa de fechamento do incidente inclui:
165
Funcional
O Gerente de Incidente deve:
11 Buscar a eficincia e eficcia do processo. 11 Produzir informaes gerenciais, como relatrios de atendimento e de tipos
de incidentes.
11 Gerenciar o trabalho das equipes de suporte de primeiro e segundo nveis. 11 Gerenciar os incidentes graves. 11 Desenvolver e manter processo e procedimento.
Relacionamentos
O Gerenciamento de Incidente tem um relacionamento muito prximo com outros processos da ITIL. Alguns destes relacionamentos so descritos aqui.
Cada incidente est conectado com um Item de Configurao (IC) armazenado no BDGC. Um incidente tipicamente envolver mais de um IC. O BDGC fornece informaes sobre os ICs e os relacionamentos de dependncia entre eles. Isto ajuda a determinar a causa, a soluo e o roteamento de um incidente, rastreando as falhas anteriores ao mesmo IC. Por exemplo, se um usurio no puder acessar a internet, verificando os relacionamentos de dependncia daquele computador, descobrir que um hub utilizado pelo usurio para se conectar rede um IC potencial que deve ser investigado. Gerenciamento de Problema Os incidentes com causa no conhecida so roteados para o Gerenciamento de Problema, onde sero processados. Erros conhecidos, solues de contorno e reparos rpidos (quick fixes) so fornecidos ao Gerenciamento de Incidente pelo Gerenciamento de Problema. Gerenciamento de Mudana Este processo pode ser a causa dos incidentes se uma mudana no foi executada corretamente. Consequentemente muito importante que o Gerenciamento de Incidente saiba de todas as mudanas planejadas, para assim poder relacionar os incidentes a uma mudana e notificar o processo de Gerenciamento de Mudana para que o processo de retrocesso (back out) seja executado. De outra forma, alguns incidentes sero resolvidos por meio de uma mudana, como no caso
Gerenciamento de Servios de TI
Benefcios
Principais benefcios que a implementao deste processo pode trazer:
11 Impacto dos incidentes reduzidos (devido ao tempo de resoluo). 11 Suporte ao cumprimento dos ANSs. 11 Eliminao de incidentes perdidos. 11 Melhor utilizao da equipe de suporte, atingindo uma eficincia melhor.
166
11 O BDGC ser mais preciso e a cada incidente sero verificados os dados dos itens de
configurao relacionados.
11 Exportao de dados para o Gerenciamento de Problema. 11 Melhora da satisfao do usurio. 11 Menos interrupo da equipe de suporte.
Problemas comuns
Os problemas mais comuns na execuo deste processo se relacionam com:
11 Conhecimento pela equipe da Central de Servio suficiente para dar o suporte inicial, no
sobrecarregando os nveis de atendimento mais tcnicos.
Indicadores de desempenho
Todo processo deve ter uma forma de avaliao da sua performance. Na ITIL so sugeridos vrios indicadores, entre os principais esto:
11 Nmero total de incidentes, por rea de negcio, departamento, natureza etc. 11 Tempo mdio entre falhas (MTBF). 11 Tempo mdio para reparo (MTTR). 11 Nmero de incidentes resolvidos por operador. 11 Reduo do tempo mdio de soluo. 11 Distribuio de soluo entre os nveis de suporte. 11 Porcentagem de incidentes resolvidos com a Base de Conhecimento.
Gerenciamento de Problema
A maioria dos departamentos de TI tem como tarefa diria apagar incndios. O grande volume de chamados com erros em sistemas e mau funcionamento dos componentes de hardware cria um gargalo para a equipe de suporte. O dia a dia corrido da equipe acaba fazendo com que os problemas no sejam resolvidos definitivamente, utilizando apenas solues paliativas para contornar a presso dos usurios. como se a poeira fosse colo cada debaixo do tapete. O problema da qualidade da soluo faz com que o incidente volte a acontecer novamente, ocupando o tempo da equipe de suporte para resolver o incidente. O que acaba aconte cendo que a equipe de suporte quase nunca resolve o problema de forma definitiva, por causa da falta de tempo.
Captulo 5 - Operao de Servio
167
Uma forma de reduzir a quantidade de incidentes evitando a sua recorrncia. Atravs do processo de Gerenciamento de Problema, os problemas com causas no identificadas sero analisados e corrigidos para que no voltem a se repetir. Este processo ter outra preocupao: registrar todos os erros conhecidos e solues de contorno. Com isso, ser possvel realizar uma melhor gesto do conhecimento, fazendo com que a maioria dos incidentes seja resolvida no 1 nvel de suporte. Dependendo do ramo de negcio, algumas empresas conseguem fazer com que 80% dos incidentes sejam resolvidos diretamente no 1 nvel, atravs do uso de uma Base de Conhecimento.
importante que o processo de Gerenciamento de Problema venha acompanhado do Gerenciamento de Mudana, fazendo com que a correo dos erros seja previa mente analisada em relao aos riscos. Muitas vezes a correo de um erro acaba gerando mais incidentes e criando impacto para os usurios.
Objetivo
Este processo tem como misso minimizar a interrupo nos servios de TI atravs da organizao dos recursos para solucionar problemas, de acordo com as necessidades de negcio, prevenindo a recorrncia e registrando informaes que melhorem a qualidade do tratamento dos problemas pela organizao de TI, resultando em nveis mais altos de disponibilidade e produtividade. Os principais objetivos so:
11 Minimizar os efeitos adversos nos negcios. 11 Tratar incidentes e problemas causados por erros na infraestrutura. 11 Prevenir a ocorrncia de incidentes, problemas e erros. 11 Reduzir o nmero geral de incidentes.
Este processo ter como escopo:
11 Problemas que afetam os servios de TI; 11 Problemas recorrentes; 11 Gerenciamento proativo de problemas; 11 Incidentes de maior importncia; 11 Relacionamento com fornecedores.
Principais conceitos envolvidos neste processo:
11 Soluo de contorno: soluo no definitiva (workaround); 11 Causa: um erro em um item de configurao; 11 Erro conhecido (known error): problema cuja causa foi diagnosticada e para o qual existe
uma soluo;
11 Soluo: soluo definitiva; 11 Gesto de Incidentes X Problemas: foco na soluo rpida X foco na introduo de melho rias confiveis e robustas na infraestrutura.
168
Descrio do processo
O processo focado em encontrar relacionamentos entre os incidentes, problemas e erros conhecidos. Estas trs reas so chaves a compreender a anlise da causa raiz. O princpio bsico est em comear com muitas possibilidades e ir estreitando at encontrar a causa raiz final. A figura abaixo mostra as principais entradas e sadas deste processo.
BDGC
Gerenciamento de Problema
Controle de problemas Incidentes graves Suporte inicial, classicao e controle de erros Apoio no tratamento de incidentes graves Preveno proativa de problemas Obteno de informaes gerenciais a partir de dados de problemas Reviso dos principais problemas Requisies de Mudanas (RDM)
Incidentes correlacionados
Gerenciamento de Mudana
Gerenciamento de Congurao
Gerenciamento de Liberao
11 Registros de incidentes e detalhes sobre eles. 11 Erros conhecidos. 11 Informao sobre os ICs a partir do BDGC. 11 Informao de outros processos, por exemplo: 22 Gerenciamento do Nvel de Servio prov informao sobre os prazos a serem
cumpridos, o Gerenciamento de Mudana prov informao sobre as mudanas recentes que podem ser parte do erro conhecido. As sadas do processo so:
erros conhecidos.
11 Informao gerencial. 11 Solues de contorno. 11 Erros conhecidos. 11 Atualizao dos registros de problemas e registro de problemas resolvidos quando o
erro conhecido for resolvido.
169
Atividades
O Gerenciamento de Problema na ITIL tem quatro atividades primrias:
11 Controle de Problemas 22 Identificao da causa raiz dos problemas, identificando uma soluo definitiva. 11 Controle de Erros 22 Erros conhecidos so pesquisados e corrigidos. 11 Gerenciamento Proativo de Problemas 22 Anlise de dados coletados de outros processos e definio dos possveis
problemas.
11 Finalizao de Problemas Graves 22 Reviso no final do ciclo da gesto de problema para aprendizado. 11 Ferramentas 22 Identificao das causas razes dos problemas por meio do uso de ferramenta de
gesto de qualidade. Basicamente so duas atividades principais. Controle de Problemas tem como finalidade identificar a causa raiz e a soluo definitiva. Controle de Erros, por sua vez, acompanha a remoo do erro passando por uma gesto de mudanas. Controle de Problemas Este sub-processo responsvel pela identificao da causa raiz dos problemas, e com isso identificando uma soluo definitiva. As principais atividades do Controle de Problemas so:
170
Classicao
Investigao e diagnstico
Controle de erros
Controle de Erros O Controle de Erros um processo atravs do qual os erros conhecidos so pesquisados e corrigidos. A requisio de mudana uma sub-atividade submetida ao Gerenciamento de Mudana, onde a aprovao da mudana acionada.
Controle de problemas
Acompanhamento, monitorao de erros
Avaliao
Registro da soluo
RDM
Uma soluo estruturada para a remoo de um erro da infraestrutura dever passar pelas
Captulo 5 - Operao de Servio
seguintes etapas.
Erro na infraestrutura
Figura 5.11 Etapas para remoo de um erro.
Incidentes
Problema
Erro conhecido
RDM
Soluo estruturada
Conforme j mencionamos, a partir do momento em que registrado o Erro Conhecido deve ser aberta uma Requisio de Mudana para filtrar, analisar e acompanhar a mudana na infraestrutura, com menor impacto e risco para o ambiente de produo.
171
Gerenciamento Proativo de Problemas O Gerenciamento Proativo de Problemas foca na anlise de dados coletados de outros processos e seu objetivo definir quais so os possveis problemas. Estes problemas so passados para o Controle de Problemas e Erros, se eles j aconteceram. As atividades incluem:
11 Anlise das tendncias: 22 Ocorrncia de problemas especficos depois de determinada mudana; 22 Pequenas falhas de um mesmo tipo; 22 Falhas recorrentes com determinado equipamento; 22 Necessidade de melhor treinamento dos usurios e documentao. 11 Aes preventivas: 22 Exemplo: utilizar o fator da dor (pain factor) dos incidentes para direcionar recursos; 22 Realizao das revises dos maiores problemas.
Para pensar
O foco principal do Gerenciamento de Problema Proativo redirecionar os esforos que esto atuando sempre em aes reativas, para preveno proativa de inciden tes. O ideal que a equipe tenha condies de trabalhar 80% em atividades reativas e pelo menos 20% em atividades proativas. Caso haja muita carga de trabalho no ser possvel conseguir as vantagens da proatividade, por isto muito importante que se faa o dimensionamento da carga, pois, caso contrrio, no sero obtidas todas as vantagens deste processo.
Reativo
Proativo
Preveno de problemas em outros sistemas e aplicaes Monitoramento do Gerenciamento de Mudana Iniciao de mudanas para evitar ocorrncia de incidentes e repetio de incidentes Identicao de tendncia
Gerenciamento de Servios de TI
Finalizao de Problemas Graves Ao final do ciclo de um problema grave, deve haver uma reviso para aprender:
11 O que deu certo? 11 O que fizemos de forma diferente? 11 Que lies podemos tirar da resoluo deste problema?
172
Ferramentas Para a identificao das causas razes dos problemas so sugeridas algumas ferramentas da rea de gesto da qualidade, entre elas o diagrama de Ishikawa e a Anlise de Kepner e Trogoe.
Erro Humano
A data de pagamento no foi inserida na tabela
Segurana
Nenhuma data de pagamento foi comunicada equipe O cliente requisitou a prxima data de pagamento O registro do prximo pagamento no foi salvo na tabela de agendamento O sistema no salvou o registro do prximo pagamento
Redes
Nenhum erro foi exibido na chamada Mdulo sem conformidade com o layout
Processo Agendado
Figura 5.13 Diagrama Ishikawa.
Banco de Dados
Interface Grca
O diagrama de Ishikawa, tambm conhecido como diagrama de causa-efeito ou diagrama da espinha de peixe, apresenta os fatores que podem afetar a qualidade, resultando em um problema. O diagrama ganhou o nome do seu criador, Kaoru Ishikawa (1915-1989), um expert japons em controle de qualidade. O diagrama de Ishikawa tipicamente o resultado de uma sesso de brainstorming, na qual os membros de um grupo expem ideias para melhorar o produto, processo ou servio. tambm utilizado para a identificao da causa raiz do problema. Na ponta da espinha colocado o problema identificado, em cada ponta so colocadas as possveis reas que esto resultando no problema. Cada causa possvel testada, at chegar raiz, desta forma identificando o motivo ou erro que gerou o problema. Anlise de Kepner e Tregoe Mtodo desenvolvido por Charles Kepner e Benjamin Tregoe, que tem uma sistemtica para resolver problemas e usar o mximo de vantagem do conhecimento das experincias anteriores. Os passos sugeridos para a identificao do problema so:
11 Definir o problema; 11 Descrever o problema relacionando identidade, localizao, tempo e tamanho; 11 Estabilizar possveis causas; 11 Verificar a verdadeira causa.
Captulo 5 - Operao de Servio
Funcional
O Gerente de Problema tem as seguintes funes:
11 Controlar o registro de todos os erros conhecidos. 11 Acompanhar o fechamento formal de todos os registros de problemas. 11 Organizar, conduzir documentar e acompanhar todas as atividades de reviso.
Relacionamentos
O processo de Gerenciamento de Problema tem conexes muito prximas com outros pro cessos da ITIL, tais como:
11 Gerenciamento de Incidente. 11 Gerenciamento de Mudana. 11 Gerenciamento da Configurao. 11 Gerenciamento do Nvel de Servio, Gerenciamento da Capacidade e Gerenciamento
da Disponibilidade fornecem ao Gerenciamento de Problema informaes que ajudam a definir e a determinar o impacto dos problemas.
nstico de problemas. Inclui informaes sobre os ICs e os relacionamentos entre eles. Outros processos Gerenciamento do Nvel de Servio, Gerenciamento da Capacidade e Gerenciamento da Disponibilidade fornecem ao Gerenciamento de Problema informaes que ajudam a definir e a determinar o impacto dos problemas. Em contrapartida, o Gerenciamento de Problema fornece a esses e a outros processos informaes relevantes, como por exemplo, ao Gerenciamento do Nvel de Servio informa se a causa do problema foi resolvida dentro dos padres acordados (ANS); e ao Gerenciamento da Capacidade indica se um IC especfico a causa do problema.
174
Benefcios
O Gerenciamento de Problema melhora a qualidade dos Servios de TI resolvendo a causa raiz dos incidentes. Isto gera a reduo do nmero de incidentes, beneficiando usurios, clientes, a organizao e o departamento de TI. As principais vantagens so:
11 Melhoria nos servios de TI. 11 Reduo da quantidade de incidentes. 11 Solues permanentes, evitando ficar apenas na soluo de contorno, fazendo com
que os mesmos incidentes continuem aparecendo.
Problemas comuns
Os problemas comuns no Gerenciamento de Problema incluem:
11 O Gerenciamento de Incidente e Problema no terem interface bem definida entre si. 22 A qualidade das informaes geradas nos incidentes ser decisiva para a agilidade
do processo de identificao da causa raiz.
Indicadores de desempenho
O Gerenciamento de Problema pode ser medido por:
11 Nmero de problemas por status, servio, impacto e classificao. 11 Nmero e impacto dos incidentes durante a operao do processo. 11 Percentual de esforo reativo x proativo. 11 Esforo, custo e prazo dos diagnsticos. 11 Nmero de Requisies de Mudana geradas pelo processo de Controle de Erros. 11 Tempo para Soluo de Problemas x Tempo Estimado.
q
Captulo 5 - Operao de Servio
175
Gerenciamento de Acesso
O Gerenciamento de Acesso concede ao usurio o direito de usar um servio, mas nega o acesso de usurios no autorizados. Ele pode ser iniciado por vrios mecanismos, como pela Central de Servio, a partir de uma requisio de servio. Este processo ajudar a organizao a manter a confidencialidade das suas informaes de uma forma mais efetiva. O Gerenciamento da Segurana da Informao define as polticas de segurana, enquanto o Gerenciamento de Acesso executa o que foi definido a partir destas polticas, ou seja, uma parte operacional da segurana da informao.
Objetivo
O objetivo do Gerenciamento de Acesso garantir a usurios autorizados o direito de usar um servio, enquanto impede tal acesso a usurios no autorizados. O processo corresponde execuo de polticas e aes definidas nos processo de Geren ciamento da Segurana da Informao e Gerenciamento de Disponibilidade.
Descrio do processo
O Gerenciamento de Acesso disparado por uma requisio do usurio para acessar um servio ou conjunto de servios. Isto pode ser originado por:
11 Uma solicitao de servio 22 Usualmente iniciada na Central de Servio ou diretamente no sistema de Execuo
de Requisio, e executada pelo tcnico ou equipe de Gerenciamento de Aplicao.
Gerenciamento de Servios de TI
11 Uma requisio de pessoal de gerenciamento de RH 22 Usualmente gerada como parte do processo de contratao, promoo,
realocao ou desligamento de funcionrios.
11 Uma requisio do gerente ou departamento 22 Interesse um utilizar determinado servio pela primeira vez.
O Gerenciamento de Acesso assegura que aos usurios so concedidos os direitos de uso de um servio, mas no assegura que este acesso estar disponvel sempre, pois provido pelo Gerenciamento de Disponibilidade. O processo frequentemente coordenado de forma
176
centralizada pela Central de Servio (ponto nico de contato com os usurios), mas pode envolver as funes de Gerenciamento de Aplicao e Tcnico. Onde o acesso controlado por fornecedores externos, interfaces precisam ser desenvolvidas para coordenar os acessos.
Atividades
O Gerenciamento de Acesso consiste das seguintes atividades:
11 Verificao da legitimidade das requisies 22 Verifica cada requisio por um servio de TI, avaliando se mesmo a pessoa que est
solicitando o acesso e se esta pessoa tem uma razo legtima para usar o servio.
11 Fornecimento de direitos 22 No decide quem ganha o acesso a qual servio, apenas executa a poltica e as
regras definidas na Estratgia de Servio e no Projeto de Servio.
11 Monitoramento do status de identidade (mudana de papis) 22 Se algum for demitido da empresa, seu login de acesso aos sistemas deve ser
bloqueado imediatamente.
22 Em caso da pessoa que promovida ou troca de funo, seu perfil deve ser alterado. 11 Registro e monitoramento de acesso 22 Este processo no responde as requisies de acesso, mas garante que os direitos
foram dados corretamente.
Funcional
O Gerenciamento de Acesso uma sobreposio do Gerenciamento de Segurana e do Gerenciamento de Disponibilidade. No necessrio um Gerente de Acesso, mas as polticas, prticas e procedimentos precisam ser definidos e comunicados para outros grupos e indivduos. Os seguintes processos esto envolvidos nas atividades deste processo:
11 Central de Servio: atua como filtro inicial para o Gerenciamento de Acesso. 22 Verificar a validade da requisio de acesso comparando-a com uma tabela
de autoridades.
22 Somente os nveis mais baixos de acesso so fornecidos pela Central de Servio. 22 Nveis mais elevados precisam ser escalados para um grupo funcional especfico. 22 Exemplo: em qualquer acesso de sistemas crticos ou em reas seguras. 11 Gerenciamento Tcnico e de Aplicaes so funes que executam partes diferentes 11 Desenho do Servio 22 Assegura que controles simplificados foram construdos e define contramedidas
para abusos.
Captulo 5 - Operao de Servio
11 Transio de Servio 22 Testa os controles projetados. 11 Operaes de Servio 22 Executa o Gerenciamento de Acesso para sistemas dentro de suas reas de controle.
177
Relacionamentos
11 Gerenciamento de Acesso deve estar ligado aos processos de RH para verificar se
os usurios possuem as competncias necessrias para os servios aos quais esto solicitando acesso.
Benefcios
Gerenciamento de Acesso prov os seguintes valores:
11 Acesso controlado aos servios, assegurando que a organizao seja capaz de manter
suas informaes de forma mais eficiente e confivel.
11 A capacidade de auditar o uso dos servios e rastrear os abusos. 11 A habilidade de facilmente revogar o direito de acesso quando necessrio, por
exemplo, por motivo de segurana.
Problemas comuns
Condies para o sucesso do Gerenciamento de Acesso incluem:
11 A habilidade de conectar mltiplos direitos de acesso para um usurio individual. 11 A habilidade de determinar o status do usurio a qualquer tempo, como por exemplo
determinar se ele ainda empregado da organizao.
11 A habilidade de gerenciar mudanas de requisitos de acesso por usurio. 11 A habilidade de restringir acesso para usurios no autorizados. 11 Uma base de dados de todos os usurios e seus direitos de acesso.
178
Indicadores de desempenho
Mtricas que podem ser usadas para medir a eficincia e efetividade do processo de Gerenciamento de Acesso:
11 Nmero de requisies de acesso. 11 Instncias de acessos concedidos por servio, usurio, departamento etc. 11 Instncias de acessos concedidos por direitos individuais ou departamentais. 11 Nmero de incidentes que necessitaram iniciar os direitos de acesso. 11 Nmero de incidentes causados por configurao de acesso incorreto.
Execuo de Requisio
O termo Execuo de Requisio usado como uma descrio genrica para muitos tipos de demandas solictadas rea de TI por seus usurios (Requisio de Servio). Muitas delas so na verdade pequenas mudanas de baixo risco, ocorrendo com frequncia, que podem ser:
11 Uma requisio de mudana de senha; 11 A instalao de um software em uma estao de trabalho; 11 O realocamento de itens na estao de trabalho; 11 Um questionamento sobre qualquer assunto de TI.
Este tipo de solicitao pode ser tratado por um processo separado, ao invs de congestionar os processos de Gerenciamento de Incidente e Gerenciamento de Mudana.
Objetivo
Este processo tem como objetivos:
11 Dar origem e distribuir os componentes dos servios padro requisitados, como por
exemplo licenas de software.
Descrio do processo
O processo para executar uma requisio varia dependendo do que est sendo requisitado, mas pode usualmente ser dividido em um conjunto de atividades que precisam ser executadas.
q
Captulo 5 - Operao de Servio
11 Note que existe uma diferena significativa aqui, pois um incidente usualmente um
evento no planejado, enquanto uma requisio de servio normalmente algo que pode ou deveria ser planejado. Depende de cada organizao decidir e documentar as requisies que sero tratadas pelo processo de Execuo de Requisio, e aquelas que sero tratadas pelo Gerenciamento de Mudana. Sempre existir uma rea cinza entre esta categorizao, isto , definir se uma requisio uma mudana ou um servio pr-estabelecido de mudana.
179
Em uma organizao que tenha grande nmero de requisies de servio para tratar, e onde as aes a serem tomadas para executar as requisies so muito variadas ou especializa das, pode ser apropriado tratar as requisies de servio como um fluxo de trabalho sepa rado, o mesmo sendo feito com o registro e gerenciamento. Isto pode ser particularmente apropriado se a organizao quer ampliar o escopo da Central de Servio como ponto focal de servios e requisies de TI.
Atividades
O processo de Execuo de Requisio consiste das seguintes atividades, mtodos e tcnicas:
11 Concluso: uma vez que a requisio de servio estiver completa, a Central de Servio
encerrar o registro de requisio.
Funcional
11 A propriedade da Execuo de Requisio fica com a Central de Servio, que monitora,
despacha e frequentemente preenche as requisies dos usurios:
22 Seu preenchimento pode ser feito pelos times de operao de servio ou seus
departamentos e pelos fornecedores externos.
Relacionamentos
As maiorias das requisies sero rastreadas desde a abertura do chamado na Central de Servio ou via web, sendo que no caso da web a seleo ocorrer por meio de um portflio de tipos de requisies.
Gerenciamento de Servios de TI
180
Benefcios
O valor da Execuo de Requisio provido pelo acesso rpido e efetivo a servios padro, que podem ser usados pelas equipes de negcio para melhorar a produtividade ou quali dade dos servios fins. A Execuo de Requisio reduz a burocracia envolvida no acesso requisio e recebi mento de servios novos ou existentes, reduzindo o custo do provimento dos servios. A execuo centralizada tambm aumenta o nvel de controle sobre os servios, podendo ajudar na reduo dos custos de suporte e da negociao centralizada com os fornecedores.
Problemas comuns
Os seguintes desafios podem acontecer na introduo da Execuo de Requisio:
11 Definio e documentao dos tipos de requisio que sero tratadas pelos processos
de Execuo de Requisio, de modo que as partes envolvidas estejam com suas atribuies claramente definidas no escopo.
11 Definio e documentao das requisies que sero tratadas pela Central de Servio
como incidentes, e daquelas que sero tratadas pelo Gerenciamento de Mudana.
Indicadores de desempenho
As mtricas para avaliar a efetividade e eficincia da Execuo de Requisio incluem:
11 O nmero total de requisies de servio. 11 O detalhamento das requisies de servio por cada estgio, por exemplo:
solicitadas, em andamento e encerradas.
11 A quantidade de requisies em backlog. 11 O tempo mdio de tratamento de cada requisio. 11 O nmero e porcentagem de requisies completadas nos prazos estipulados. 11 O custo mdio por tipo de requisio. 11 O nvel de satisfao do cliente com o tratamento das requisies.
Funes
Funo um conceito lgico que se refere a pessoal e ferramentas de execuo de um determinado processo, atividade ou a combinao destes. Este grupo formado de 4 funes principais:
181
11 Central de Servio
Central de Servio
Gerenciamento Tcnico
Gerenciamento de Operao
Gerenciamento de Aplicao
Mainframe Servidor Rede Disco Base de dados Diretrio Desktop Internet/ Intranet
Controle de operao
Gerenciamento de console Job Scheduling Backup e Restore Impresso
Financeira RH Negcio
Gerenciamento de utilidades
Datacenters Sites backup Consolidao Contratos
Central de Servio
11 A Central de Servio (Service Desk) uma funo da TI. 11 Tem como objetivo ser o ponto nico de contato entre os usurios e clientes e o
departamento de TI.
A proposta sugerida separar, dentro das operaes de TI, o pessoal de suporte aos usurios daqueles profissionais responsveis pelas atividades de resoluo de problemas e desenvolvimento. Ter uma rea especfica para o suporte traz vantagens para os usurios, propiciando um suporte com maior agilidade e qualidade. A equipe de TI adquire mais eficincia, pois o tcnico especialista no mais interrompido pelas chamadas diretas dos usurios. No h nada mais aborrecedor do que ligar para um nmero de suporte e passar por vrias pessoas e departamentos at conseguir resolver seu problema. Com a Central de Servio, haver pessoal focado na resoluo das solicitaes dos usurios, para evitar que os usu rios entrem em contato direto com as equipes de suporte ou desenvolvimento. Tradicionalmente, um Help Desk atende a problemas de hardware e software bsicos. J a Central de Servio assume as solicitaes dos usurios relacionadas a todos os servios prestados pela rea de TI.
Gerenciamento de Servios de TI
11 Central de Atendimento (Call Center) 22 Voltada para grandes volumes de chamadas e transaes por telefone, no atua
sobre as transaes, sendo responsvel por encaminhar as solicitaes para as reas devidas dentro da organizao.
182
11 Central de Suporte (Help Desk) 22 O principal objetivo que nenhuma requisio seja perdida ou no atendida,
mesmo depois de cadastrada.
11 Central de Servio (Service Desk) 22 A caracterstica principal a abrangncia dos servios, pois o processo de negcio
neste caso est integrado, no resolvendo s incidentes, mas tambm problemas, dvidas e fazendo interface com as requisies de mudanas.
Objetivo
A implementao da Central de Servio tem como principais objetivos:
11 Funcionar como o ponto central de contato (SPOC Single Point of Contact) entre os
usurios e o departamento de TI.
11 Funcionar como o primeiro nvel de suporte aos usurios. 11 Restaurar os servios sempre que possvel. 22 A equipe de suporte deve estar equipada com ferramentas e informaes, tais
como erros conhecidos e base de conhecimento, para que possa oferecer solues o mais rpido possvel.
11 Prover suporte com qualidade para atender aos objetivos do negcio. 22 necessrio que a equipe esteja bem treinada para ter conhecimento de todos os
servios que sero fornecidos e entender o impacto deles no negcio.
11 Gerenciar todos os incidentes at o seu encerramento. 22 A central de servio ser responsvel pelo processo de Gerenciamento de Incidente
e pelo tratamento de todos os incidentes.
Atividades
de TI criado em torno da entrega de nveis de servio estabelecidos aos usurios finais. Para isto necessrio ter uma rea com o foco de:
Captulo 5 - Operao de Servio
11 Dar suporte aos usurios medida que eles requerem ajuda na utilizao dos
servios de TI.
11 Monitorar o cumprimento dos nveis de servio estabelecidos nos ANSs. 22 O Gerenciamento de Nvel de Servios um habilitador de negcio primordial para
esta funo.
183
11 Receber e gravar TODAS as chamadas dos usurios. 11 Gravar e acompanhar incidentes e reclamaes. 11 Prover uma avaliao inicial dos incidentes. 11 Monitorar e escalar incidentes por ANS. 11 Comunicar mudanas planejadas nos nveis de servio. 11 Encerrar os incidentes com confirmao. 11 Manter os usurios informados sobre o progresso de suas requisies. 11 Produzir relatrios de gerenciamento. 11 Coordenar os grupos de suporte de 2 e 3 nveis. 11 Prover informaes gerenciais. 11 Identificar necessidade de treinamento dos usurios. 11 Contribuir com a identificao de problemas.
Controle de Incidentes A Central de Servio responsvel por registrar todos os incidentes e control-los. A Central de Servio pode usar diferentes origens para registrar os incidentes:
22 Honesto. 11 Entendimento dos servios utilizados pelo negcio; 11 Conhecimento tcnico necessrio para fornecer o suporte.
Quanto ao conhecimento tcnico podemos ter trs tipos de qualificao. A deciso pela escolha do nvel depender do tipo de suporte e dos clientes que sero atendidos:
11 Skilled (hbil) qualificado tecnicamente; 11 Unskilled pouco conhecimento tcnico; 11 Expert (perito) especialista.
184
Usurio Local
Usurio Local
Usurio Local
Suporte de sistemas
Suporte de operao
Central de Servio Centralizada Uma Central de Servio Centralizada tem como objetivo centralizar todas as solicitaes de suporte em um nico local. Este modelo gera a reduo dos custos operacionais, melhora o gerenciamento dos servios de TI e otimiza a utilizao dos recursos.
185
Suporte de sistemas
Suporte de operao
Central de Servio Virtual Com o avano das tecnologias de telecomunicaes possvel ter uma Central de Servio que no tenha nenhuma posio fsica prxima ao usurio. Com isto possvel ter uma Central de Servio que funcione 24 horas por dia, atendendo aos clientes em diversos locais.
Figura 5.16 Central de Servio centralizada. Figura 5.17 Central de Servio virtual.
Gerenciamento de Servios de TI
Suporte de sistemas
Suporte de operao
186
Funcional
11 O Gerente da Central de Servio ou o Supervisor de Servios gerencia grupos
de atendimento.
Relacionamentos
11 Sendo um ponto nico de contato para o Servio de TI, a Central de Servio deve ter
um vnculo com todos os processos da ITIL.
11 Com alguns processos este vnculo mais claro do que com outros.
Gerenciamento da Congurao
Gerenciamento de Incidentes
Central de Servios
Gerenciamento de Mudanas
Gerenciamento de Liberao
A Central de Servio um aspecto operacional importante do processo do Gerenciamento de Incidente, registrando e controlando os incidentes. Os incidentes podem estar relaciona dos aos Itens de Configurao (ICs). Se este vnculo for suportado por um software, haver condies de futuramente fazer todo o rastreamento de problemas nos equipamentos da infraestrutura. Isto tambm permitir equipe da Central de Servio resolver rapidamente os incidentes, buscando solues relacionadas ao Item de Configurao ou problema rela cionado. Em alguns casos, a Central de Servio realiza mudanas pequenas e tem um vnculo com o Gerenciamento de Mudana e o Gerenciamento de Liberao. O vnculo entre a Central de Servio e o Gerenciamento do Nvel de Servio pode ser ilus trado como o resultado da Central de Servio monitorando os nveis de suporte e reportando se o servio de TI foi restaurado dentro dos limites definidos nos Acordos de Nvel de Servio (ANS). A Central de Servio reportar ao Gerenciamento do Nvel de Servios se os servios no estiverem restaurados dentro do prazo e se procedimentos de escalonamento no estiverem corretamente definidos para o alcance dos prazos determinados.
Captulo 5 - Operao de Servio
187
Central de Servio
1 Nvel
Detectar e registrar
2 Nvel
3 Nvel
n Nvel
Requisio de Servio
Sim
Resolvido
No
Investigar Diagnosticar
No
Investigar Diagnosticar
No
Etc
Fechar
Benefcios
A implementao de uma Central de Servio poder trazer vrios benefcios para a TI e para o negcio:
11 Aumento de acessibilidade: ponto nico de contato e suporte sempre disponvel. 11 Produtividade: a equipe de 2 Nvel no interrompida por chamadas
de usurios.
11 Reduo de impacto: rapidez na restaurao dos servios. 11 Disponibilidade do atendimento. 11 Percepo de qualidade e satisfao dos clientes. 11 Melhor trabalho em equipe.
Gerenciamento de Servios de TI
Problemas comuns
No existe dvida de que a implantao da Central de Servio encontra barreiras para ser bem-sucedida. Algumas barreiras tpicas que podero ocorrer:
11 Usurios no ligarem para a Central de Servio, mas tentarem buscar uma soluo
diretamente com uma pessoa conhecida, ou com algum que o tenha ajudado quando solicitou suporte.
188
11 A equipe tcnica no estar preparada para atender s necessidades dos usurios. 11 Desconhecimento de partes da equipe sobre os servios fornecidos e os nveis de
servio acordados, resultando em frustrao dos usurios.
Indicadores de desempenho
Podem ser aplicados os seguintes indicadores de desempenho para uma Central de Servio:
11 Aumento da satisfao dos clientes e usurios. 11 Incidentes resolvidos no primeiro contato. 11 Custo mdio de tratamento dos incidentes. 11 Tempo mdio de resoluo.
Gerenciamento Tcnico
a funo responsvel por fornecer habilidades tcnicas para o suporte e servios de TI e para o gerenciamento da infraestrutura de TI. O Gerenciamento Tcnico define os papis dos grupos de suporte e tambm as ferramentas, processos e procedimentos necessrios. Esta funo desempenhar um papel importante no projeto, teste, liberao e aperfeioa mento dos servios de TI.
Objetivo
Apoiar o planejamento, implementar e manter a infraestrutura tcnica para suportar os processos de negcio atravs de:
11 Topologia tcnica bem projetada, resiliente e com custos efetivos. 11 Utilizao adequada do conhecimento tcnico para manter a infraestrutura em
perfeitas condies.
Atividades
Gerenciamento Tcnico envolve a experincia e o conhecimento tcnico para diagnosticar e resolver problemas, bem como validar e manter a base de dados relativos a erros conhecidos. As atividades do Gerenciamento Tcnico so listadas abaixo:
q
Captulo 5 - Operao de Servio
22 A evoluo destes perfis feita durante a Melhoria Contnua de Servio. 11 Documentar os perfis existentes na organizao, bem como os perfis que precisam
ser desenvolvidos.
189
11 Definir padres usados no projeto de nova arquitetura. 11 Participar da definio das arquiteturas tecnolgicas durante as fases de Estratgia e
Projeto de Servio.
11 Pesquisar e desenvolver solues que auxiliem na expanso do Portflio de Servios. 11 Estar envolvido no projeto e na construo de novos servios, contribuindo no projeto da
arquitetura tcnica e na definio de padres de desempenho para o servio.
11 Realizar as atividades de gerenciamento de fornecedores. 22 Muitas organizaes atribuem ao Gerenciamento Tcnico a gesto dos contratos
com os fornecedores de ICs especficos.
11 Definir e gerenciar os padres e ferramentas do Gerenciamento de Evento. 11 Receber os incidentes para provimento de suporte de 2 e 3 nvel, como parte
integrante do Gerenciamento de Incidente.
11 Prover os recursos para execuo dos processos de Gerenciamento de Problema. 11 Auxiliar o Gerenciamento de Mudana a aplicar o conhecimento e a experincia
tcnica na avaliao e implantao das mudanas.
Funcional
Gerenciamento de Servios de TI
As equipes podem ser agrupadas de acordo com o conhecimento tcnico de seus membros sobre a tecnologia a ser gerenciada. Por exemplo, equipe do mainframe, equipe de servido res, equipe de rede.
Indicadores de desempenho
Mtricas para Gerenciamento Tcnico so amplamente dependentes das tecnologias que esto sendo gerenciadas, incluindo:
190
11 Registro de resoluo de problemas na KEDB. 11 Tempo de resposta a eventos e taxa de completude de resoluo de eventos. 11 Tempo de resoluo de incidentes para o suporte de 2 e 3 nvel. 11 Estatsticas de resoluo de problemas. 11 Nmero de escalamento e razes dos problemas. 11 Nmero de mudanas implementadas e de retorno situao anterior. 11 Nmero de mudanas no autorizadas detectadas. 11 Nmero total de liberaes entregues com sucesso. 11 Assuntos de segurana detectados e resolvidos. 11 Gastos reais contra os planejados no oramento. 11 Taxas de utilizao, por exemplo de memria, processador, banda de rede etc. 11 Disponibilidade de sistemas, redes e elementos de rede teis para medir o desempenho
de sistemas (no confundir com a disponibilidade do servio).
11 Desempenho, como por exemplo o de tempo de resposta. 11 Tempo mdio entre falhas de equipamentos. 11 Manuteno executada conforme agendamento. 11 Nmero de janelas de manuteno excedidas. 11 Nmero e porcentagem de objetivos de manuteno alcanados.
Gerenciamento de Operao
11 Objetivo. 11 Atividades. 11 Funcional. 11 Indicadores de desempenho.
O Gerenciamento de Operao pode ser definido como a funo responsvel pela gesto
contnua e manuteno de uma infraestrutura de TI, para assegurar a entrega do nvel acordado do servio de TI ao negcio.
Objetivo
Objetivos desta funo:
q
Captulo 5 - Operao de Servio
Atividades
Atividades do Gerenciamento de Operao:
191
22 Agendamento de jobs 22 Backup e restore 22 Gerenciamento de impresso 22 Monitorao de eventos da infraestrutura 11 Gerenciamento de utilidades e do ambiente fsico de TI. 22 Hospedagem de equipamentos 22 Gerenciamento predial 22 Gerenciamento de energia 22 Gerenciamento de condies ambientais 22 Acesso fsico e segurana 22 Despacho e recebimento
Gerenciamento da infraestrutura de rede LAN/WAN
11 Melhores prticas 22 Padronizar a plataforma de rede. 22 Usar ferramentas de monitorao de rede que notificam falhas na rede de forma
proativa.
22 Aplicar processos de gesto de mudanas. 22 Implementar mudanas significativas na rede somente aps o horrio de trabalho. 22 Ajustar poltica de limite ou bloqueio do uso de servios de download de vdeo
e udio na internet, o mesmo valendo para o compartilhamento de arquivos via peer-to-peer.
22 Possuir as certificaes apropriadas. 11 Especialistas de WAN precisam de perfil para gerenciar o fornecedor. 11 Rever a seleo de fornecedores de servios de telecomunicao pelo menos a cada
dois anos. O gerenciamento da infraestrutura de rede LAN/WAN inclui projeto, implementao, admi nistrao e monitorao da infraestrutura de rede da empresa. O gerenciamento da rede envolve monitorao para assegurar que todos os componentes da infraestrutura da rede
Gerenciamento de Servios de TI
(hubs, roteadores, switches), bem como as conexes ou interfaces para outras redes externas sejam monitoradas (ISPs, frame relay etc.). A monitorao de rede pode ajudar a alertar o administrador de rede da empresa para qualquer problema em potencial e evitar quedas ou interrupo na rede. Tambm esto includas no gerenciamento da infraestrutura de rede as conexes dial-up, acesso remoto e redes virtuais (VPN), normalmente utilizadas pelas empresas como meio de acesso a informaes crticas.
192
Dois tipos de especialista so requeridos, o especialista de LAN e o especialista de WAN. O especialista de LAN tem o conhecimento de configurao de rede em sistemas, operaes de servidores, estaes de trabalho, protocolos de rede, roteadores e outros equipamentos de rede, como hubs e bridges. Eles so responsveis pelo projeto e implementao da rede local dos escritrios, configurando o endereamento interno da rede, a configurao dos hubs e roteadores sem fio, monitorao de rede e gerenciamento da capacidade. O especialista de WAN tem a responsabilidade de conectar equipamentos de rede como roteadores e bridges a redes externas, frame relay, ISP/Internet e a outras redes de telecomunicao. O especialista de WAN deve possuir conhecimento sobre o equipamento de identificao e anlise de falhas de rede, e estar habilitado a trabalhar com o fornecedor de rede WAN. A seguir as melhores prticas para o gerenciamento da rede:
11 Padronizar a plataforma de rede. Evitar, se possvel, mltiplos protocolos e fornecedo res de hardware e sistemas de gerenciamento; os ambientes legados rodando sobre mltiplas plataformas devem ser migrados para um ambiente homogneo. Os benefcios da padronizao normalmente justificam os custos da transio. A convivncia de muitas tecnologias dificulta o gerenciamento da rede e o diagnstico de problemas.
11 Assegurar-se de que o pessoal de suporte de rede empregue ferramentas de monitora o que notificam de forma proativa a ocorrncia de falhas na rede. Nem todos os data centers trabalham 24 horas por dia, diariamente. O pessoal de suporte tcnico pode ser automaticamente avisado de eventos na rede por meio das ferramentas de monitorao.
11 Ter cuidado com a permisso de vdeo e udio baixados pela internet, bem com o
compartilhamento de arquivos via peer-to-peer. Estas atividades podem monopolizar a banda da rede. Ajuste uma poltica para limitar ou bloquear o uso deste tipo de servio. Use firewalls para filtrar seletivamente os protocolos.
11 Assegurar-se de que o pessoal de rede no esteja apenas sendo treinado, mas que estejam
obtendo certificaes apropriadas. Isto ajuda ao gestor a comparar os perfis do seu pessoal e assegurar que os recursos internos estejam atualizados com os ltimos avanos na de treinamento bem feito assegura que a equipe de rede possa prover o melhor servio. Especialistas de WAN precisam de um perfil similar aos especialistas de LAN, mas tambm precisam de perfil para gerenciar o fornecedor. Gerenciar fornecedores de telecomunicao exige algumas experincias especficas. Fornecedores de telecomunicaes frequentemente proveem servios de monitorao da WAN, servios que podem identificar e corrigir problemas de rede antes que a monitorao interna detecte o problema. Entretanto, deve-se prestar ateno ao Acordo de Nvel de Servio estabelecido com o fornecedor sobre o tempo de servio ativo, e sobre as penalidades em caso de interrupo do servio. Alm disso, mesmo com o fornecedor monitorando a rede, a equipe da rede tambm deve efetuar certo nvel de
Captulo 5 - Operao de Servio
193
monitorao para auditoria. Pode ser necessrio ainda gerenciar o fornecedor de telecomu nicao durante uma falha de servio. Se a conexo est fora do ar, o fornecedor abrir um chamado e far uma notificao quando o problema estiver resolvido. Entretanto, o responsvel pela rede pode influenciar o tempo de correo e ter o problema resolvido mais cedo, escalando o problema para os nveis gerenciais mais altos do fornecedor. Se o problema for mais grave, o envolvimento dos nveis gerenciais mais altos do fornecedor deve ser realizado com maior antecedncia. A equipe de rede deve rever a seleo de fornecedores de telecomunicao pelo menos a cada dois anos e criar uma RFP para isto. As taxas de telecomunicao mudam frequentemente e a empresa pode economizar nas renegociaes. Adicionalmente, rever a arquitetura da rede pelo menos uma vez ao ano pode fornecer vantagem na reduo dos custos de conectividade.
Administrao de equipamento de telecomunicao A administrao de equipamento de telecom uma operao nica, por causa da sua necessria separao geogrfica, e da integrao com provedores de servio externo, como operadoras locais, provedores de longa distncia e fornecedores de equipamentos. O suporte de telecom necessrio para assegurar que a comunicao telefnica esteja
disponvel. Cada localidade geralmente tem seu prprio sistema de telefonia (PABX); assim, um plano de suporte local necessrio para gerenciar as necessidades locais de telecom. O suporte e o gerenciamento para equipamentos de telecom esto baseados no tamanho e quantidade de empregados com acesso a telefonia. Quando a equipe de suporte pequena, o suporte a equipamentos de telecom pode ser tratado pelo administrador de rede ou pelo pessoal de atendimento. As melhores prticas nesta rea so:
11 Negociar regularmente com o provedor de telecom; frequentemente o provedor de tele com oferece servios combinados, como frame relay, ISP, telefonia local e de longa distncia, necessitando portanto de um processo combinado de negociao de preo e contrato. Operaes rotineiras de sistemas Operaes rotineiras consistem de funes como monitorao e scheduling de processos batch, gerenciamento de filas de impresso, distribuio de impressora, manuteno do hardware de impressoras e servidores e manuteno de recursos de TI em geral.
Gerenciamento de Servios de TI
Operadores geralmente so responsveis pelo gerenciamento de todas as atividades na sala de servidores, incluindo cabeamento, unidades de energia (UPS), controles ambientais, sistemas de preveno contra incndios e piso falso. Operadores tambm asseguram que relatrios dirios e tarefas so distribudos para o pessoal apropriado.
Funcional
O papel do Gerente de Operao executar as atividades e procedimentos de rotina necessrios para gerenciar e manter a infraestrutura de TI, de forma a entregar e suportar os servios de TI nos nveis acordados.
194
A funo do Gerente de Operao pode ser dividida em duas subfunes: Gerente de Opera o de TI e Gerente de Utilidades.
Indicadores de desempenho
O Gerenciamento de Operao de TI medido em termos da execuo efetiva de procedi mento e atividades especficas, bem como a execuo das atividades de processo. Exemplos destas mtricas:
11 Sucesso em completar as tarefas agendadas. 11 Nmero de excees para atividades e tarefas agendadas. 11 Nmero de restores de dados e sistemas requisitados. 11 Estatsticas de instalao de equipamentos, incluindo nmero de itens instalados por
tipo, instalao de sucesso etc.
11 Tempo de resposta a eventos. 11 Tempo de resoluo de incidentes por tipo. 11 Nmero de escalamento e razes que o justifiquem. 11 Nmero de mudanas implementadas e de retorno situao anterior. 11 Nmero de mudanas no autorizadas detectadas. 11 Nmero total de liberaes entregues com sucesso. 11 Gastos reais contra os planejados no oramento. 11 Manuteno executada conforme agendamento. 11 Nmero de janelas de manuteno excedidas. 11 Nmero e porcentagem de objetivos de manuteno alcanados. 11 Indicadores de custos versus oramento relacionados manuteno, construo,
segurana etc.
11 Relatrios sobre acesso fsico. 11 Nmero de eventos e incidentes de segurana e resolues. 11 Estatsticas de uso de energia. 11 Eventos e incidentes relacionados distribuio e despacho.
Gerenciamento de Aplicao
O Gerenciamento de Aplicao responsvel por gerenciar aplicativos durante seu ciclo de vida. Ele tambm tem um papel importante no projeto, teste e melhoria de aplicativos que
Captulo 5 - Operao de Servio
Objetivo
Os objetivos desta funo so:
195
Atividades
O Gerenciamento de Aplicao possui um conjunto de atividades especficas, vrias das quais comuns a outras funes, como:
11 Treinamento do usurio final, que deve ser desenvolvido e entregue tanto pelo grupo
de desenvolvimento de aplicao como pelo grupo de Gerenciamento de Aplicao, ou ainda por terceiros, embora o Gerenciamento de Aplicao seja responsvel por garantir que o treinamento seja conduzido de forma apropriada.
11 Gerenciamento de Aplicao como uma funo que prov os recursos que executam
os processos de Gerenciamento de Problema.
196
11 Subsdios e manuteno da poltica de configurao de software. 11 Definio e manuteno da documentao relacionada a aplicaes em conjunto com
a equipe de desenvolvimento de software.
11 Suporte de 3 nvel para incidentes relacionados a aplicaes. 11 Rastreamento de falhas de aplicaes e gerenciamento de solues
especficas (patch).
11 Envolvimento no desenvolvimento de polticas de verses. 11 Identificar melhorias no software existente, tanto em funcionalidade como em usabilidade.
Gerenciamento de Sistemas
11 Incorpora a monitorao e a administrao dos sistemas e servidores. 11 Administradores de sistemas so responsveis por: 22 Assegurar que os sistemas estejam rodando em nvel timo. 22 Garantir que os sistemas operacionais estejam continuamente atualizados, com os
patches atendendo s necessidades dos negcios.
suportar os negcios estejam rodando eficientemente. As melhores prticas para o gerenciamento de sistemas so:
11 Para facilitar processos comuns, a equipe que administra sistemas deve criar um
checklist e procedimentos para os processos de rotina da administrao de sistemas.
22 Por exemplo, planejamento de capacidade, uso de memria e de CPU. 11 Para assegurar que os sistemas esto gerenciados consistentemente e que os
procedimentos administrativos esto adequadamente documentados, a equipe deve criar procedimentos de rotina para os processos de administrao de sistemas.
197
O suporte ao sistema de e-mail uma operao nica, pois muitas empresas possuem forte dependncia deste sistema. Sistemas de e-mail esto frequentemente isolados e organizados com base em diferenas geogrficas, de modo que os usurios de uma dada regio podem usufruir o mximo de desempenho do sistema. Cada localizao geogrfica deve ter um plano de suporte local, mesmo para o departamento de TI centralizado. As melhores prticas nesta rea so:
11 Fornecer acesso aos e-mails dos usurios via web. 11 Assegurar que uma aplicao antivrus seja instalada no sistema de e-mail, filtrando
arquivos anexados e detectando atividades de vrus no e-mail.
11 Limitar o tamanho de arquivo de e-mail para eliminar o gargalo no servidor de e-mail. 22 Muitas empresas trabalham com o limite entre 1 a 2 MB. Uma alternativa prover
mtodos para transferncia e armazenamento de grandes arquivos, tais como diretrios de arquivos pblicos, acesso FTP ou sistema de gerenciamento de arquivos acessvel via web para transferncia de grandes arquivos entre usurios.
11 Sendo o servio de e-mail uma aplicao de misso crtica, o servidor alocado deve
ser dimensionado corretamente, com espao em disco necessrio, proteo de fonte de backup e plano de recuperao de servio disponvel.
Gerenciamento de Servios de TI
Funcional
Sua funo realizada por qualquer departamento, grupo ou equipe envolvida na gesto e suporte de aplicativos operacionais. Existem dois papis bsicos no Gerenciamento de Aplicao, o Gerente de Aplicao e o Arquiteto e Analista de Aplicao.
198
11 Responsabilidade pela liderana, controle, gerenciamento e tomada de deciso. 11 Prover conhecimento tcnico nas atividades de suporte de aplicaes. 11 Garantir treinamento tcnico necessrio. 11 Realizar comunicao contnua com usurios e clientes sobre desempenho das
aplicaes e requisitos de negcio para o desenvolvimento.
11 Relatrios para a alta gerncia sobre todos os assuntos relevantes sobre as aplicaes
que esto sendo suportadas. Atividades do Arquiteto e Analista de Aplicao:
11 Executar anlise de custo benefcio para determinar os meios mais apropriados para
atender aos requisitos definidos.
11 Garantir que aplicaes esto projetadas para serem efetivamente gerenciadas dentro
das condies de arquitetura e ferramentas disponveis.
Indicadores de desempenho
Mtricas de Gerenciamento de Aplicao so amplamente dependentes das aplicaes que esto sendo gerenciadas, incluindo:
11 Habilidade dos usurios acessarem a aplicao e suas funcionalidades. 11 Disponibilidade para as transaes de negcios crticos. 11 Treinamentos da Central de Servio. 11 Registro de resoluo de problemas na KEDB. 11 Tempo de resposta a eventos e taxa de completude de resoluo de eventos. 11 Estatsticas de resoluo de problemas. 11 Nmero de escalamento e razes que o justifiquem. 11 Nmero de mudanas implementadas e de retorno situao anterior. 11 Nmero de mudanas no autorizadas detectadas. 11 Nmero total de liberaes entregues com sucesso. 11 Assuntos de segurana detectados e resolvidos. 11 Gastos reais contra os planejados no oramento. 11 Tempo de resoluo de incidentes para o suporte de 2 e 3 nvel.
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11 Manuteno executada conforme agendamento. 11 Nmero de janelas de manuteno excedidas. 11 Nmero e porcentagem de objetivos de manuteno alcanados. 11 Disponibilidade de aplicao, til para medir o desempenho de sistemas e no
confundir com a disponibilidade do servio.
11 Tempo gasto em projeto. 11 Satisfao do cliente com o resultado do projeto. 11 Custo do projeto.
200
Gerenciamento de Servios de TI
Roteiro de Atividades 5
Eventualmente a rea de TI acessa o sistema de gerenciamento de banco de dados e percebe que existem alertas de que o nmero de requisies simultneas ao banco tem atin gido o limite. Quando este limite ultrapassado, o banco no responde a novas requisies. Algumas escolas tm telefonado reclamando de que o sistema de matrcula s vezes no responde. Estas re-clamaes se concentram no final do dia e perto do final da semana. Quando o sistema no responde, a rea de TI reinicializa os sistemas de aplicao e de banco de dados. A rea de TI executa backup semanal dos dados. Para este procedimento, os servidores de aplicao e banco de dados so reinicializados durante o fim de semana. conhecido o erro gerado pelo fato de que as chamadas das aplicaes a banco de dados devem ser fechadas aps a resposta do banco, j que no existe a condio para que as chamadas sejam fecha das por timeout.
201
202
Gerenciamento de Servios de TI
6
Melhoria Contnua de Servio
objetivos
Identificar os principais componentes de melhoria contnua de servio, consolidar seus conceitos e construir prticas consistentes para lidar com a definio e desenvolvimento de servios de TI.
conceitos
Introduo
A Melhoria Contnua de Servio tem por objetivo proporcionar um guia prtico para avaliar e melhorar a qualidade de servios, alm de aprimorar de forma geral o ciclo do gerencia mento de servio de TI e seus processos subjacentes em trs nveis dentro da organizao:
11 O bom funcionamento do gerenciamento de servio de TI como um todo. 11 O contnuo alinhamento do portflio de servios de TI com as necessidades atuais e
futuras do negcio.
203
11 A Melhoria Contnua do Servio realiza melhorias em cada fase de todo o ciclo de vida,
fazendo com que o ciclo de vida esteja totalmente integrado.
Estratgia de servio
Projeto de servio
Sada Planos para criao e modicao de servios e processos de gerenciamento de servios
Transio de servio
Sada Gerencia a transio de um servio novo ou alterado e o processo de colocar o servio em produo
Sada
Operao de servio
Dia a dia da operao de servio e processo de gerenciamento de servio
Objetivos
Garantir a melhoria contnua dos processos de gerenciamento de servio de TI e dos servi os de TI propriamente ditos. Essencialmente, tem como objetivo melhorar continuamente qualquer processo do escopo do gerenciamento de servios de TI. Melhoria Contnua de Servio a fase que une todos os outros elementos do ciclo de vida de servio. Garante que tanto os servios como a capacidade para provimento dos servios melhorem e amaduream. Alm disto, a Melhoria Contnua do Servio tem como objetivos:
Gerenciamento de Servios de TI
Figura 6.1 Atuao da Melhoria Contnua nas fases do ciclo de vida do servio.
11 Aperfeioar a qualidade do servio, e tambm a eficincia e eficcia dos processos. 11 Buscar o custo efetivo na entrega de servios de TI. 11 Verificar se os nveis de servio esto sendo alcanados. 11 Assegurar que os mtodos de gerenciamento da qualidade suportem as atividades de
melhoria contnua.
204
Conceitos
O modelo de Melhoria Contnua de Servio prov a base para que as melhorias sejam feitas nos servios e na capacidade de um provedor de servio. Deve garantir que todos os requisi tos sejam identificados para o alcance das melhorias.
Qual a viso?
Avaliao
Como chegaremos l?
Chegaremos l?
Os seguintes passos devem ser adotados para a melhoria contnua dos servios:
11 Adotar uma viso sobre os objetivos de alto nvel da empresa, alinhando estratgias
de TI e de negcio.
11 Detalhar o plano de Melhoria Contnua do Servio. 11 Verificar as mtricas e medidas que esto sendo aplicadas para garantir que os
marcos, a conformidade dos processos e as prioridades sejam alcanadas e os objetivos de negcios atendidos dentro dos ANSs.
Processos
Os seguintes processos fazem parte da Melhoria Contnua de Servio:
205
Elaborao de Relatrio
O processo de elaborao de relatrios responsvel pela gerao e fornecimento de rela trios sobre os resultados alcanados e o desenvolvimento dos nveis de servio. necessrio que formato, contedo e frequncia dos relatrios sejam acordados com o negcio. Uma abordagem ideal para construo de uma estrutura de relatrio de servio com foco no negcio definir como ser implementado e gerenciado um acordo da poltica e as regras para o Projeto de Servio, o que inclui a definio de:
11 Pblico-alvo e vises de negcio relacionadas aos servios entregues. 11 Acordo sobre o que medido e relatado. 11 Definies de acordos de todos os termos e restries. 11 Base de todos os clculos. 11 Agenda e relatrios. 11 Acesso aos relatrios e forma de us-los. 11 Agenda de reunies para revises e discusses dos relatrios.
Relatrios simples, efetivos, automatizados e adequados ao usurio final so cruciais para
o sucesso contnuo da Elaborao de Relatrio. Com o tempo, muitos padres de relatrios tornam-se obsoletos, de modo que adequaes e mudanas devem ser feitas para se adap tarem s mudanas do negcio. O resultado final o cliente ter a informao de forma clara, no ambgua e relevante em uma linguagem e estilo compreensveis pelo cliente. Adicionalmente, o relatrio deve estar acessvel em um ambiente escolhido pelo cliente dentro das condies reais que a TI pode oferecer. A figura seguinte mostra o processo de Elaborao de Relatrio.
Coletar Negcio Ajustar Publicar Processar
Figura 6.3 Processo de Elaborao de Relatrio.
Medio de Servio
Em muitos casos, quando a rea de TI monitora, mede e relata os nveis dos componentes, ela procura se proteger afirmando que se os componentes esto disponveis, os servios tambm esto. O servio de TI pode ficar indisponvel mesmo quando um ou mais componentes usados para prover o servio esto disponveis.
Gerenciamento de Servios de TI
206
Servio de Email
% Nvel de Servio
Exchange
Figura 6.4 Nveis de relatrios para medio de servio.
Lotus Notes
% Nvel de Sistema
Hardware
Software
Base de dados
Documentos
% Nvel de Componente
Existem trs medies bsicas para servios que muitas organizaes utilizam, cobertas pelo Projeto de Servio com maior detalhamento:
Para uma estrutura de Medio de Servio de sucesso, os elementos crticos de uma estru tura de medio de servio so:
11 Planejamento do negcio integrado; 11 Foco nos objetivos e metas de negcio e de TI; 11 Custo efetivo; 11 Balanceamento do que precisa ser medido; 11 Desempenho de medio que seja: 22 Preciso e confivel; 22 Bem definido, especfico e claro; 22 Relevante e alinhado aos objetivos; 22 Funcione como um guia para oportunidades de melhorias. 11 Papis e responsabilidades definidos: 22 Quem define as medidas e alvos; 22 Quem monitora e mede; 22 Quem obtm os dados; 22 Quem processa e analisa os dados; 22 Quem prepara os relatrios; 22 Quem apresenta os relatrios.
Existem quatro razes para monitorar e medir:
11 Validao: se a estratgia e viso esto tendo suporte. 11 Direcionamento: com base em dados reais, pessoas podem ser orientadas a mudar o
comportamento.
11 Justificativa: se as mtricas e metas esto corretas. 11 Interveno: tomada de aes corretivas sobre as oportunidades de melhoria identificadas.
207
Linha de Base
uma marca inicial estabelecida para comparao posterior, identificando se o processo precisa ser melhorado, medindo os resultados alcanados, informados e documentados. Linhas de base devem ser estabelecidas em cada fase, tais como:
Tipos de Mtricas
Existem trs tipos de mtricas que uma organizao necessita coletar para suportar as ativi dades de Melhoria Contnua de Servio:
11 Mtricas de servio 22 Os resultados dos servios fim-a-fim, pois mtricas de componentes so usadas
para calcular as mtricas de servio.
Benefcios
Os benefcios chave dos indicadores de TI resultam de aes tomadas em resposta a suas
Gerenciamento de Servios de TI
11 Melhor servio ao cliente. 11 Alocao de recursos mais eficiente. 11 Melhor desempenho do sistema e atualizao. 11 Reduo do risco devido a atividades no planejadas. 11 Aumento na produtividade da equipe de TI (desenvolvimento e suporte). 11 Estabelecimento da cultura de alto desempenho.
208
Melhor servio ao cliente Oferecer um servio melhor ao cliente o resultado do Acordo do Nvel de Servio se ele atingido ou excedido. Muitos dos benefcios esto inter-relacionados. Por exemplo, a dimi nuio de interrupes de sistema no planejada reduz o trabalho de TI e melhora o servio ao cliente. O aumento na produtividade permite projetos terminarem mais rapidamente, aumentando a satisfao dos clientes. Tipicamente, existe uma desconexo entre os custos reais do provimento de servios de TI para os usurios da empresa e o preo pago pelo servio.
melhorar o nvel de servio e diminuir a equipe das reas em que o nvel de servio esteja excedido.
209
11 Mtricas permitem que o diretor de TI mova sua equipe para reas que necessitem
Como os mostradores de um carro ajudam o piloto a manter o veculo no seu desempenho timo, mtricas de sistema ajudam um gerente a manter os sistemas rodando no seu pico. Reduo no risco e atividades no planejadas Um benefcio que frequentemente esquecido das anlises tpicas a reduo do risco. Sem nenhum monitoramento ou indicador, difcil para os gerentes entenderem as tendncias no uso dos sistemas e antecipar problemas em potencial ou necessidades de atualizaes, podendo resultar em problemas maiores e levar os gerentes a situaes inoportunas. Por exemplo, um grande servidor cai inesperadamente no por causa de falha no hardware ou vrus, mas por causa de um aumento repentino de usurios que excedeu a capacidade de processamento do sistema. Ao invs de atualizar o servidor de forma planejada, o departa mento de TI forado a instalar um novo servidor do dia para noite, resultando em custos adicionais inesperados e exorbitantes. Por fim, o departamento ainda tem que pagar pela atualizao regular em adio aos custos gerados no dia da falha. Se a equipe tivesse anali sado os indicadores do sistema e planejado o aumento de usurios, saberia que o sistema estava atingindo a capacidade e poderia ter evitado despesas e esforos inesperados. Aumento na produtividade da equipe (desenvolvimento e suporte) O desenvolvimento de processos e indicadores permite ao diretor de TI comparar o desempenho do pessoal. Estabelece uma linha de base de bom desempenho para o pessoal, podendo ser usado em avaliaes de desempenho. Por exemplo, se o total de chamados fechados por dia por empregado acompanhado, ento o pessoal de atendimento pode ser avaliado sobre o seu desempenho com base no nmero de chamados fechado a cada dia. Empregados com desempenho inferior so evidenciados e incentivados a melhorar seu rendimento. Cultura de alto desempenho A implementao de indicadores criar uma cultura orientada a desempenho. Enquanto este efeito pode no ser diretamente medido, pode ser um importante efeito colateral da institucionalizao do programa de indicadores. Mesmo sem necessariamente associar incentivos a mtricas, institucionalizar um programa de indicadores frequentemente pode motivar os empregados e ajud-los a desenvolver planos criativos para a melhoria contnua de seu trabalho. Empregados competitivos e orientados a resultados se beneficiam em um ambiente que prov metas especficas e retorno contnuo. Eles tendem a ter sucesso em tais ambientes e superar a entrega de resultados. Com um programa continuado de medida de eficincia e efetividade, as organizaes podem desenvolver uma cultura de desempenho focada na melhoria contnua. Adicionalmente, isto pode melhorar a satisfao dos emprega dos e reduzir a rotatividade.
11 No simples implementar um programa de indicadores de sucesso. 11 Quase 80% dos programas de indicadores de TI falham. 11 recomendvel evitar armadilhas comuns como complicar o sistema, monitorar
nmero excessivo de indicadores, requisitar registro manual dos funcionrios e monitorar indicadores insignificantes. Estas armadilhas desacreditam o diretor de TI, aumentam o tempo de implementao e
enfraquecem o alcance do objetivo real. Um programa de indicadores de sucesso tem vrias caractersticas em comum:
210
11 Reconhecer que 20% dos indicadores proveem 80% das informaes relevantes. 11 Antes de implementar programas de indicadores, muitas empresas coletam estatsticas
da rede, dados de desempenho de servidores e estatsticas de atendimento.
11 Ser amplo o suficiente para capturar mais que apenas indicadores de sistemas de TI,
como por exemplo capturar a satisfao do cliente.
11 Requerer pouco esforo para monitorar e produzir os indicadores. 11 Comunicao peridica de resultados para a equipe e executivos envolvidos.
O painel de TI uma viso prtica e simplificada do desempenho de TI. similar ao conceito do Balance Sco recard desenvolvido por Kaplan e Norton, mas no to rigoroso para implementar. O conceito do painel foi desenvolvido usando a metfora de um painel de automvel. Os mostradores descrevem em tempo real todas as informaes valiosas que um motorista deve conhecer para operar o veculo de forma segura. O painel de TI serve para o mesmo propsito.
11 Investimentos de TI, por exemplo, gastos e capital investido; 11 Retorno de investimento; 11 Infraestrutura e operaes; 11 Entrega de projetos; 11 Satisfao de cliente; 11 Desenvolvimento de pessoal.
Captulo 6 - Melhoria Contnua de Servio
211
Investimento de TI
Custo por assento %Custo por receita %Custo operacional
Infraestrutura e Operao
Desktops Data Center Midrange Telecom/Network
Entrega de Projeto
Completados Qualidade Valor adicionado Atrasos
Satisfao de Cliente
Geral Suporte Aplicaes
Desenvolvimento de Pessoal
Nmero de nveis Tempo mdio Disponibilidade
Para desenvolver um programa de indicadores de TI efetivo e eficiente, um diretor de TI deveria seguir os seguintes passos:
11 Avaliar e definir mtricas importantes para o negcio. 11 Definir o painel de TI por rea e mapear as mtricas associadas para cada rea. 11 Definir o alvo de desempenho de cada mtrica. 11 Desenvolver um painel resumo de TI. 11 Conduzir uma pesquisa de linha de base e modificar as metas. 11 Desenvolver processos para coleta, anlise, sntese e relatrio de dados. 11 Reavaliao regular do programa e ajustar metas, mtricas e processos quando
necessrio. O processo para desenvolvimento de mtricas para avaliao de desempenho de TI est resumido no quadro abaixo.
1. Avalie mtricas
11Entenda a importncia da mtrica especfica; 11Defina mtrica a serem usadas por rea. Por rea: 11Investimento de TI;
2. Desenvolva
11Desenvolvimento de pessoal.
3. Defina meta de
Desenvolver metas de desempenho para cada mtrica: 11Use dados de benchmark; 11Pergunte aos usurios;
desempenho
Gerenciamento de Servios de TI
11Reveja acordos de nvel de servio. 11Resuma as mtricas crticas de desempenho em um painel para serem usadas pela gerncia superior; 11Extraia os elementos mais crticos dos painis das reas; 11Use o painel de resumo para comunicar aos executivos superiores e usurios das reas de negcio;
Figura 6.6 Processo de desenvolvimento de mtricas.
painel de resumo
212
de desempenho atual
6. Desenvolva o
11Faa uma pesquisa de satisfao junto aos usurios para a linha de base; 11Indique os nveis de desempenho atuais nos painis. 11Integre a captura de dados nas atividades de rotina;
processo de gerenciamento
11Designe a responsabilidade de elaborar relatrios para algum na organizao; 11Determine o ciclo de relatrios; 11Comunique os resultados. 11Avalie as mtricas e revise quando necessrio; 11Faa o lanamento do programa.
7. Lance o programa
Avaliar mtricas O maior fator crtico de sucesso neste processo selecionar um pequeno conjunto de mtri cas importante para monitorar. Maneiras para selecionar mtricas:
11 Rever mtricas de negcio crticas entender mtricas chave monitoradas pelas fun es e unidades de negcio, e ento traduzi-las em mtricas de TI que podem impactar o desempenho do negcio. Por exemplo, se a venda medida por novas vendas, determine fatores de TI que podem contribuir para o sucesso ou falha do processo de venda. Junte mtricas chave da companhia e comece a analisar o impacto que TI pode ter sobre estas mtricas;
11 Desenvolva um painel especfico para cada rea de TI permite a criao de mtri cas especficas, desenvolvimento de painis de resumo e gerenciamento de subreas, diariamente. A seguir uma explicao das reas chave do painel:
11 Entrega de projeto resumo da execuo dos projetos. Projetos deveriam ser segmen tados por tamanho. Cada projeto de TI deveria ser classificado sob quatro critrios: risco, satisfao do cliente, desempenho de cronograma e oramento. Risco uma medida do nvel de incerteza em um projeto. Satisfao de cliente est relacionada qualidade com que as expectativas do cliente so atendidas. Desempenho de cronograma uma medida da qualidade com que a equipe alocada. Oramento a medida do quo perto
213
do oramento o projeto est. preciso dar a cada projeto uma classificao de verde, amarelo ou vermelho. Verde representa que o projeto est no cronograma e oramento com pouco risco, atendendo a 80% ou mais de satisfao do cliente. Amarelo representa que o projeto est dentro da tolerncia (10 a 20%) do cronograma e oramento, com risco moderado e 50% de atendimento satisfao do cliente. Vermelho representa que o projeto est fora destes limites de tolerncia. O painel resumo pode somente mostrar os dois projetos mais importantes, desde que os sub painis para os grupos de aplicaes mostraro todos os projetos ordenados por tamanho ou importncia;
11 Desenvolvimento de pessoal representa o grau com o qual a organizao est execu tando seu plano de desenvolvimento de pessoal. Os perfis para execuo dos projetos esto disponveis internamente? O nvel de satisfao est na mdia ou aumentando? Crie mtricas importantes para a organizao com base no seu ambiente, como por exemplo: satisfao dos funcionrios, estabilidade mdia, tempo alocado para treina mento da equipe, salrio mdio do pessoal de TI, disponibilidade de perfis e de recursos, promoes, bonificaes, alcance de desempenho individual. Desenvolver painel por rea Aps o desenvolvimento de mtricas crticas para cada rea de TI, cada rea deve ter seu prprio painel. Estes painis so usados para gerenciar a responsabilidade do pessoal para cada rea respectiva, isto , o gerente de operaes recebe o painel de infraestrutura e operao. Prover painis especficos para a equipe ajuda a alinhar seu desempenho com as mtricas consideradas importantes para o diretor de TI.
Gerenciamento de Servios de TI
Os 7 passos de melhoria
Objetivo
Coordenar uma abordagem estruturada para melhoria de servio de TI e nos processos de gerenciamento de TI.
214
Descrio do processo
Os 7 passos do processo de melhoria que descrevem como medir e reportar esto baseados no ciclo PDCA.
1. Denir o que se deveria medir
Estratgia
Metas
3. Obter os dados: Quem, Onde, Quando, Integridade
11 Definir o que deve ser medido 22 Conversar com clientes e direo da rea TI, utilizar o catlogo de servio e RNS
dos clientes como ponto de partida.
11 Definir o que pode ser medido 22 Listar ferramentas em uso. Compilar uma lista das ferramentas que podem ser
medidas. Comparar esta lista com o passo 1, decidindo se novas ferramentas ou configuraes de ferramentas so necessrias. Evitar elaborar ANSs para itens que no tm como ser medidos.
11 Obter os dados
ou manual). Existem mtricas de tecnologia, processos e servios que precisam ser coletadas.
Captulo 6 - Melhoria Contnua de Servio
11 Processar os dados 22 Converter os dados para o formato requerido e para o pblico requerido.
Tecnologias para gerar relatrios so normalmente usadas neste estgio. Questes chave precisam ser formuladas e respondidas, com preciso dos dados, audincia, formato e frequncia.
215
11 Analisar os dados 22 A verificao de metas e objetivos esperada durante esta atividade, que fornece
respostas para questes como tendncias positivas ou negativas, mudanas necessrias, aes corretivas, problemas estruturais, custos e gaps nos servios.
11 Apresentar e usar a informao 22 A informao transformada em conhecimento para que todos os nveis possam
apreciar e visualizar suas necessidades e expectativas. Existem normalmente trs audincias (negcio, direo snior da TI e TI interna) com diferentes interesses. A informao apresentada precisa ser preparada sempre levando em conta a audincia.
11 Implementar aes corretivas 22 Neste estgio o conhecimento ganho a partir dos passos anteriores usado para
otimizar, aperfeioar e corrigir os servios. A Melhoria Contnua de Servio identifica oportunidades para melhoria. Entretanto, as organizaes no podem querer implantar todas elas. Com base nas metas, objetivos e tipos de lacunas no servio, uma organizao precisa priorizar as atividades de melhoria.
Implantao
Na implementao da governana tecnolgica com os processos da ITIL , necessrio em primeiro lugar partir dos objetivos do negcio da empresa e produzir uma viso conjunta da rea de negcios com a rea de TI, que descreva, de forma clara, o objetivo de implementar um programa de Melhoria Contnua de Servio. Em seguida, necessrio avaliar a situao atual verificando se:
Modelo de Implantao
Por muitos anos, as reas de TI focaram suas energias internamente e se concentraram na resoluo dos assuntos tcnicos. Os ambientes de negcio atuais demandam que a TI seja mais voltada para as necessidades do cliente, entregando solues de qualidade e alinhadas aos objetivos de negcio, ou seja, com foco no gerenciamento de servio. A implantao de ITIL permite que a rea de TI se aproxime das reas de negcio de forma mais sistemtica e coerente com relao aos assuntos de prestao de servio de TI.
216
11 Avalie 22 Comparao das atividades de TI para determinar como est o desempenho delas. 11 Determine metas 22 Com base nas informaes do cliente determine a amplitude da implementao.
Pode ser usada uma estrutura de maturidade de processo para determinar o nvel que a rea de TI deseja atingir.
11 Indique lacunas 22 Determinar as lacunas entre o modo como a rea executa suas funes e a melhor
prtica desejada.
11 Escolha um processo 22 Aps ter executado a anlise de lacuna, ficam evidenciados os processos que sero
mais difceis de alterar. Normalmente no se opta pela alterao simultnea de um grande nmero de processos.
11 Medio 22 Pela medio destas tarefas, ser possvel determinar se o processo alcanar os
resultados desejados.
11 Melhoria contnua 22 Reviso dos processos com base nas informaes coletadas dos clientes e empregados.
Avaliar
Comece a implementao pela comparao das atividades de TI para determinar como est o desempenho delas. Por exemplo, a avaliao do Gerenciamento de Incidente pode incluir questes como: as necessidades de negcio para uma Central de Servio esto claramente identificadas e definidas? A Central de Servio prov uma atualizao da situao dos incidentes? Execute uma tabulao dos resultados das avaliaes para a anlise e identificao da situa o atual dos servios prestados.
Determine metas
Aps conhecer a situao da rea de TI, pergunte ao cliente qual a amplitude esperada para a implementao da ITIL. Pode ser usada uma estrutura de maturidade de processo para pontuar os resultados das avaliaes e determinar o nvel que a rea de TI tentar atingir. A pontuao pode ser de 0 a 5, onde 0 indica a ausncia de maturidade e 5 indica otimizao.
Captulo 6 - Melhoria Contnua de Servio
Para pensar
Quando a rea decide perseguir certa maturidade nos processos, deve definir o nvel desejado e os processos para alcanar este nvel, pois atuar sobre todos os processos simultaneamente gera um custo muito alto para a organizao.
217
Identifique lacunas
Uma vez que tenha sido estabelecida uma meta para a rea, so determinadas as lacunas entre como a rea executa suas funes e a melhor prtica desejada. Analisar os resultados da avaliao e explicar onde as lacunas existem e o quanto os processos definidos como prioritrios precisam melhorar para atingir as metas.
Escolha um processo
Aps ter executado a anlise de lacuna, ficam evidenciados os processos que sero mais difceis de alterar. Normalmente no se escolhe alterar muitos processos simultaneamente. Por exemplo, se o processo de Gerenciamento de Incidente possui um estado controlado ou um nvel de maturidade adequado, pode ser o primeiro processo a ser implantado conforme a prtica da ITIL. A meta do Gerenciamento de Incidente restaurar a operao normal o mais rpido possvel. Portanto, o Gerenciamento e Incidente um processo fundamental, do qual diversos outros processos dependem. Gerenciamento de Problema, de Configurao e de Mudana podem ser os prximos processos a serem considerados.
Comece um projeto
A implantao da ITIL deve ser feita por meio de um projeto formalmente definido, utili zando prticas e metodologias de gesto de projeto. O plano de projeto deve permitir o desenvolvimento de mltiplos entregveis e vrios pontos de controle de forma a assegurar entregas rpidas e consistentes. Durante o andamento do projeto podem ser identificadas atividades que devem ser monito radas e medidas. A seleo destas atividades depender das metas para os processos e para a implantao do projeto.
Medio
Uma vez que o projeto tenha sido concludo e as mudanas dos processos de TI tenham sido implementadas, o momento de obter medidas das vrias tarefas, identificadas com auxlio da ITIL. Por exemplo, voc pode querer medir em porcentagem a reduo no tempo de resposta para um chamado de help desk aps a implementao das mudanas no processo. Pela medio destas tarefas, voc ser capaz de determinar se o processo alcanar os resultados desejados. Se o resultado no for alcanado, ser necessrio ajustar o processo. Se voc est satisfeito com os resultados, execute outra auditoria para garantir que o pro cesso tenha alcanado uma maturidade definida e controlada.
Melhoria contnua
Nenhum processo perfeito, e por isso necessrio explicar aos clientes a importncia do esforo de melhoria contnua. Quando o processo testado de tempos em tempos, empre Gerenciamento de Servios de TI
gados iro sugerir refinamentos adicionais. Do mesmo modo, quando voc ajuda o seu cliente a selecionar outros processos a serem executados, existir uma tendncia natural de revisar os processos, mesmo aqueles considerados sob controle. A implementao completa das melhores prticas ITIL no acontece do dia para a noite. Em muitos casos, a adoo destas melhores prticas ir requerer uma mudana cultural na organizao, em adio s mudanas dos processos.
218
11 Foco em pequenas vitrias consecutivas e apresentao dos resultados das iniciativas. 11 Comunicao constante do progresso durante a implementao. 11 Planejamento e gerenciamento do escopo do projeto. 11 No implantar vrias inovaes de forma simultnea, para no correr o risco de no
atender aos objetivos iniciais traados.
11 Utilizar a infraestrutura organizacional existente para acelerar o projeto. 11 O gerenciamento dos servios de TI um programa contnuo, onde sempre buscada
a melhoria contnua dos servios de TI. Apontam-se alguns erros que so cometidos e que podem levar os projetos de implemen tao da ITIL ao fracasso, ou com uma estrutura de gerenciamento de servios de TI no condizente com as necessidades da organizao:
por melhor que sejam no so eficazes e nem se integram bem numa soluo de
219
ITIL
11 A ITIL conhecida e utilizada por organizaes pblicas e privadas de pases de todo
o mundo.
interdependncias existentes entre os processos de gesto e os requisitos de disponibili dade e continuidade dos servios. Assim como todos os modelos de boas prticas, a ITIL tambm pode precisar de adaptaes em funo das caractersticas de cada organizao, dos tipos de servios prestados e dos nveis de servio exigidos. Da mesma forma, uma organizao deve sempre considerar os desafios, os fatores crticos de sucesso e os riscos internos sua estrutura, assim como aqueles inerentes adoo de um modelo de qualidade.
220
ISO/IEC 20000
Em dezembro de 2005, a International Organization for Standardization (ISO), em conjunto com o International Eletrotechnical Comission (IEC), evoluiu a BS 15000 primeira norma direcionada para o GSTI para o padro internacional ISO/IEC 20000. A norma foi publicada em lngua portuguesa em maro de 2008 pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT). A ISO/IEC 20000 visa regulamentar, em mbito mundial, um padro para o GSTI, atravs da uniformizao dos conceitos e da viso dos processos de implementao. Permitir que os prestadores de servios de TI compreendam os meios atravs dos quais podero planejar, executar, verificar e melhorar continuamente a qualidade dos servios entregues, em conformidade com os requisitos estabelecidos pelo negcio e com seus clientes, sejam eles internos ou externos. A ISO/IEC 20000 est estruturada em duas partes: especificao e cdigo de prtica. A primeira parte consiste na especificao formal da norma e estabelece os requisitos para o GSTI. Esta parte descreve o que deve ser levado em considerao na implementao do GSTI, visando certificao dos processos em relao aos requisitos da norma. O cdigo de prtica um guia prtico que contm um conjunto de diretrizes baseadas na experincia do mercado para orientar as empresas de servios a planejarem melhorias em seus servios ou a se prepararem para serem auditadas e certificadas, em relao a cada um dos requisitos presentes na Parte 1 da norma.
Processos de Controle
Gerenciamento de Congurao Gerenciamento de Mudana
Processo de Liberao
Gerenciamento de Liberao
Processos de Resoluo
Gerenciamento de Incidentes Gerenciamento de Problemas
Processos de Relacionamento
Gerenciamento de Relacionamento com o Negcio Gerenciamento de Fornecedores
Captulo 6 - Melhoria Contnua de Servio
A norma aplicvel a organizaes cuja misso envolve a prestao de servios de TI para seus clientes, sejam estes externos (como no caso das empresas especializadas em servios de TI) ou internos (reas ou departamentos de TI dentro de empresas). Operaes baseadas em cadeias de fornecimento de servios (com fornecedores principais, subcontratados etc.) e que requerem processos consistentes e padronizados em todos os seus elos tambm podero ser orientadas por esta norma, uma vez que ela abrange o gerenciamento dos contratos e dos nveis de servio em consonncia com os requisitos do negcio. O escopo para implementao da ISO/IEC 20000 deve ser estabelecido conforme a estra tgia da organizao, podendo abranger desde um servio especfico dentro de uma das operaes at a totalidade dos servios prestados. Assim como na adoo das prticas da
221
ITIL, recomenda-se que a certificao ISO/IEC 20000 seja feita de forma gradual, partindo-se de um escopo reduzido de operaes como piloto e posteriormente estendendo a certifica o para as demais operaes.
20000 tem como exigncia a reavaliao peridica da empresa certificada. A certificao dos profissionais nos fundamentos da ITIL, ao contrrio da norma, no exige reavaliao. A ISO/IEC 20000 cobre todos os processos da ITIL, desde os livros de Suporte a Servios e Entrega de Servios Gesto de Segurana, e tambm alguns processos adicionais. Concei tualmente, a relao entre os modelos melhor descrita com a ajuda de um diagrama:
ISO 20000 Parte 1 ISO 20000 Parte 2 ITIL (IT Infrastructure Library)
Nvel a atingir
Denio de processos
Procedimentos internos
Soluo implementada
Para tanto, fornece o Knowledge Base (KB) Gerenciamento de Servios de Tecnologia da Informao, elaborado com base na ISO/IEC 20000 e na ITIL, aproveitando as caractersticas de cada modelo. O KB contm diretrizes que promovem a adoo de um conjunto de boas
Gerenciamento de Servios de TI
prticas de GSTI, tanto para organizaes que j possuem operaes de TI em andamento e pretendem empreender melhorias, quanto para a criao de novas operaes. Os controles do KB foram elaborados com base nos requisitos da parte 1 da ISO/IEC 20000, e as recomendaes contm as boas prticas e orientaes contidas na ITIL e na parte 2 da norma. Por meio da utilizao do KB possvel avaliar os processos existentes e aplicar melhorias nos processos crticos para o negcio, e tambm definir processos que agreguem valor operao como um todo, obtendo-se enfim uma economia perceptvel por conta da qualidade e controle dos servios de TI.
222
11 Modelo de Processos de TI (framework); 11 Modelo para Governana de TI; 11 Modelo de Maturidade de TI.
A utilizao conjunta desses modelos, paralelamente metodologia incorporada no CobiT, permite a uma instituio exercer uma efetiva Governana de TI, especialmente aquelas que necessitam adequar-se s normas regulatrias, como a Sarbanes-Oxley. A governana sustentada nas melhores prticas da indstria, e ocorre de forma orientada a processos, cujos graus de maturidade possibilitam o alcance dos objetivos de TI como funo habilitadora dos negcios.
Modelo de Processos de TI
Atualmente este conjunto de diretrizes consiste de quatro sees:
11 Sumrio executivo; 11 Framework; 11 Contedo principal (objetivos de controle, diretrizes de gerenciamento e modelos
de maturidade);
11 Apndices.
A diviso de contedos principais dividida de acordo com os 34 processos de TI e apre senta o cenrio completo de como controlar, gerenciar e medir cada processo. Tradicionalmente os componentes do CobiT so utilizados para auxiliar as organizaes na prpria preparao para as auditorias e no monitoramento e avaliao dos processos de TI. Para tanto, as boas prticas do CobiT so organizadas em processos, cada qual visando um objetivo de controle. Um objetivo de controle definido como uma declarao de um propsito ou resultado desejado a ser alcanado, por meio da implementao de controles em determinada atividade de TI.
Captulo 6 - Melhoria Contnua de Servio
Quando os objetivos so atingidos, por meio da implementao eficaz dos respectivos controles, garantem o alinhamento da TI aos objetivos do negcio. A responsabilidade pelo sucesso dos sistemas de controle , portanto, da alta direo, que deve torn-los efetivos. Controles, segundo o CobiT, so polticas, procedimentos, prticas e estruturas organizacionais projetadas para prover razovel garantia de que os objetivos de negcio sero alcanados, e que eventos indesejveis sero prevenidos, ou apagados e corrigidos. Na figura a seguir, podem ser identificados os 4 domnios do CobiT (Planejamento & Organi zao, Aquisio & Implementao, Entrega & Suporte, e Monitoramento), que integram um ciclo de vida repetvel no sistema de gesto de TI. Para cada domnio, os processos podem ser identificados nos quadros respectivos.
223
Objetivos do negcio
CobiT
Informaes
Eccia Ecincia Condencialidade Integridade Disponibilidade
Monitorao
Compliance Conabilidade
Planejamento e Organizao
Recursos de TI
Pessoas Sistemas aplicativos Tecnologia Instalaes
Produo e Suporte
Dados
Aquisio e Implementao
Figura 6.10 Mapa dos processos CobiT.
224
AI3 Adquirir e manter arquitetura tecnolgica AI4 Desenvolver e manter procedimentos de TI AI5 Instalar e certicar sistemas AI6 Gerenciar mudanas
Monitorao (M)
Processos: M1 Monitorar os processos M2 Avaliar a adequao do controle interno M3 Obter certicao independente M4 Providenciar auditoria independente
Os processos do CobiT so constitudos por alguns princpios (Qualidade, Confiana e Segu rana), cuja representao no modelo acima corresponde aos 7 Critrios de Informao:
pesos diferentes aos Processos do CobiT, em funo da importncia no alcance dos res -
225
Estratgia de Servio
Projeto de Servio
Gerenciamento de Segurana de TI
Gerenciamento de Disponibilidade
Gerenciamento de Liberao
Gerenciamento de Demanda
Gerenciamento de Problema
Gerenciamento de Incidente
Gerenciamento de Mudana
Gerenciamento de Catlogo
Gerenciamento de Portflio
Gerenciamento Financeiro
Gerenciamento de Acesso
Gerenciamento de Conhecimento
Gerenciamento de Continuidade
Gerenciamento de Capacidade
Gerenciamento de Fornecedor
Gerenciamento de Evento
Execuo da Requisio
Elaborao de Relatrio
Avaliao de Servio
Medio de Servio
PO Planejar e organizar
PO1 Denir o planejamento estratgico de TI PO2 Denir a arquitetura de informaes PO3 Determinar a direo tecnolgica PO4 Denir a organizao e relacionamentos da TI PO5 Gerenciar o investimento em TI PO6 Comunicar metas e diretivas gerenciais PO7 Gerenciar recursos humanos PO8 Gerenciar cumprimento de exigncias externas PO9 Avaliar riscos PO10 Gerenciar projetos
X X X X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
AI Aquisio e Implementao
AI1 Identicar solues AI2 Adquirir e manter software aplicativo AI3 Adquirir e manter arquitetura tecnolgica AI4 Habilitar operao e uso AI5 Obteno de recursos de TI AI6 Gerenciar mudanas AI7 Instalar e certicar solues
DS Entrega e Suporte
DS1 Denir e gerenciar nveis de servio DS2 Gerenciar servios de terceiros DS3 Gerenciar performance e capacidade DS4 Garantir continuidade de servio DS5 Garantir segurana de sistema DS6 Identicar e alocar custos DS7 Educar e treinar usurios DS8 Gerenciar atendimento e incidentes DS9 Gerenciar congurao DS10 Gerenciar problemas DS11 Gerenciar dados DS12 Gerenciar instalaes DS13 Gerenciar operaes
X X X X X X
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Gerenciamento de Servios de TI
ME Monitorao e Avaliao
ME1 Monitorar e avaliar desempenho ME2 Avaliar a adequao do controle interno ME3 Assegurar compatibilidade regulatria ME4 Prover governana de TI
X X X X X X
X X X
226
Melhoria
Roteiro de Atividades 6
O Ministrio de Educao do governo federal passou a adotar o CobiT como modelo de refe rncia para avaliar o grau de confiabilidade das informaes fornecidas pelas Secretarias de Educao sobre sua gesto. Para isso o Ministrio utilizar os seguintes processos CobiT para avaliao:
11 PO Planejar e Organizar 22 PO1 Definir um plano estratgico de TI 22 PO2 Definir arquitetura de informao 22 PO5 Gerenciar o investimento 22 PO9 Avaliar riscos 11 AI Aquisio e Implementao 22 AI2 Adquirir e manter software aplicativo 22 AI3 Adquirir e manter infraestrutura tecnolgica 22 AI5 Obteno de recursos de TI 22 AI6 Gerenciar mudanas 11 DS Entrega e Suporte 22 DS1 Definir e gerenciar nveis de servio 22 DS2 Gerenciar servios de terceiros 22 DS3 Gerenciar desempenho e capacidade 22 DS4 Garantir continuidade de servio 22 DS5 Garantir segurana de sistema 22 DS6 Identificar e alocar custos 22 DS8 Gerenciar atendimento e incidentes 22 DS9 Gerenciar configurao 22 DS10 Gerenciar problemas 11 ME Monitorao e Avaliao 22 ME3 Assegurar compatibilidade regulatria 22 ME4 Prover governana de TI
Assim sendo, a rea de TI da Secretaria de Educao decidiu estruturar os processos de ges Captulo 6 - Roteiro de Atividades
to de servios de TI.
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Gerenciamento de Servios de TI
Bibliografia
11 BASCHAB, John; PIOT, Jon. The Executives Guide to Information Technology. John Wiley and Sons, 2003. 11 MAGALHES, Ivan Luizio; PINHEIRO, Walfrido Brito. Gerenciamento de servios de TI na prtica: uma abordagem com base na ITIL: inclui ISO/ IEC 20.000 e IT Flex. So Paulo: Novatec, 2007. 11 PINHEIRO, Flavio R. Fundamentos no gerenciamento de servios de TI com base na ITIL v3. (2010). Disponvel em: http://www.tiexames.com.br/Amostra_Apostila_ITIL_V3_Foundation.pdf. 11 OLIVEIRA, Francisco C.; Santos, Joselias L. Fatores de riscos associados terceirizao de TI no setor pblico. III SEGeT: Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia, 2006. 11 LLOYD, Vernon; RUDD, Colin. Office of Government Commerce. Service design. The Stationary Office (TSO): Londres, 2007. 11 Office of Government Commerce. Continual service improvement . The Stationary Office (TSO): Norwich, 2007. 11 ______________. Service operation. The Stationary Office (TSO): Londres, 2007. 11 ______________. Service strategy. The Stationary Office (TSO): Londres, 2007. 11 ______________. Service transition. The Stationary Office (TSO): Norwich, 2007. 11 ______________. The official introduction to the ITIL service lifecycle. The Stationary Office (TSO): Londres, 2007. 11 SAAD, Alfredo C. Terceirizao de servios de tecnologia da informa o. Rio de Janeiro: Brasport, 2006. 11 TI.exames. Apostila ITIL v3 Foundation (2009). Disponvel em: 11 INTEL. Gerenciamento de TI: www.nextg.com.br.
Bibliografia
www.tiexames.com.br
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-sionais sionaisde dereas reasrelacionadas relacionadasao aogerenciamento gerenciamentode deserservios viosde deTI, TI,tornando-os tornando-osaptos aptosaautilizar utilizaras asmais maismodernas modernas
problemas problemaseetomar tomardecises decisesrelacionadas relacionadasaos aosprocessos processos eepadres padresde degerenciamento gerenciamentode deservios serviosde deTI TIreconhecireconhecidos dosinternacionalmente. internacionalmente. Este Estelivro livroinclui incluios osroteiros roteirosdas dasatividades atividadesprticas prticaseeo oconcontedo tedodos dosslides slidesapresentados apresentadosem emsala salade deaula, aula,apoiando apoiando suas suasorganizaes organizaesou oulocalidades localidadesde deorigem. origem.
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