LIVRO - DE - ..Calculo 3
LIVRO - DE - ..Calculo 3
LIVRO - DE - ..Calculo 3
LEITURA COMPLEMENTAR . . . . . . . . . . . 46
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.2 Preliminares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
PRÓXIMA AULA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
LEITURA COMPLEMENTAR . . . . . . . . . . . 60
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.7 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.8 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
PRÓXIMA AULA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
LEITURA COMPLEMENTAR . . . . . . . . . . . 81
Aula 5: Mudança de Variáveis em Integrais tríplas 83
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
5.2 Mudança de Variáveis em Integrais Triplas . . . . . . 84
5.3 Alguns Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
5.4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
PRÓXIMA AULA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
LEITURA COMPLEMENTAR . . . . . . . . . . . 104
1.1 Introdução
12
Cálculo III AULA
1
13
Integrais Duplas
14
Cálculo III AULA
P = P [R] = P [a, b] × P [c, d], o produto cartesiano das partições 1
P [a, b] e P [c, d] onde P [a, b] = {x0 = a, x1 , . . . , xj , xj+1 , . . . , xm =
b} e P [c, d] = {y0 = c, y1 , . . . , yk , yk+1 , . . . , yn = d}. Do mesmo
modo definimos a norma da partição por: |P | = max (∆Ajk )
1≤j≤m
1≤k≤n
onde ∆Ajk = ∆xj ∆yk , ∆xj = xj − xj−1 e ∆yk = yk − yk−1 . To-
mamos um ponto (ξj , ζk ) ∈ [xj−1 , xj ] × [yk−1 , yk ] em cada pequeno
retângulo e definimos a seguinte soma de Riemann para a função
estendida F (x, y):
m X
X n
Smn = F (ξj , ζk )∆Ajk
j=1 k=1
15
Integrais Duplas
16
Cálculo III AULA
1
Z b
V = A(x)dx
a
Por outro lado o perfil A(x) é dada pela área abaixo da curva
f (x, y), fixado o x, entre os valores de y no intervalo [c, d]. E como
Z d
vimos em Cálculo I A(x) = f (x, y)dy.
c
O volume do prisma pode ser então escrito como:
Z b Z d
V = f (x, y)dy dx
a c
.
Podemos alternativamente calcular o mesmo volume considerando
os perfis A(y) (área da seção transversal em y) (Fig. 1.5) fazemos
o produto por dy e integramos no intervalo [c, d]. Isto resulta no
volume do citado prisma.
17
Integrais Duplas
Z d
V = A(y)dy
c
Z b
Da mesma forma como vimos em Cálculo I A(y) = f (x, y)dx.
a
O volume do prisma pode ser então escrito como:
Z d Z b
V = f (x, y)dx dy
c a
.
Como o volume dado pelas duas expressões é o mesmo temos que:
Z d Z b Z b Z d
f (x, y)dx dy = f (x, y)dy dx
c a a c
18
Cálculo III AULA
1.6 Propriedades das Integrais Duplas 1
Como nosso curso é de Cálculo, apenas listaremos, sem de-
monstração, alguma das propriedades das integrais duplas. Caso
desejem conhecer a demonstração de algumas destas propriedades,
recomendo livros de Cálculo Avançado como os citados na biblio-
grafia abaixo.
Z Z Z Z
cf (x, y)dxdy = c f (x, y)dxdy
D D
Z Z Z Z Z Z
(f + g)(x, y)dxdy = f (x, y)dxdy + g(x, y)dxdy
D D D
Z Z
f (x, y)dxdy ≥ 0
D
Z Z Z Z
f (x, y)dxdy ≥ g(x, y)dxdy
D D
19
Integrais Duplas
Z Z Z Z Z Z
f (x, y)dxdy = f (x, y)dxdy + f (x, y)dxdy
D A B
20
Cálculo III AULA
1
SOLUÇÃO:
Passo 1 colocaremos os limites de integração que representam a
região R dada, segundo a ordem de integração:
Z 1Z 1
I= exp(−x − y)dxdy
0 0
Lembrando que: exp(−x − y) = exp(−x) exp(−y) temos:
Z 1Z 1
I= exp(−x) exp(−y)dxdy
0 0
Passo 2 integraremos na variável x considerando a variável y
como uma constante:
Z 1 1
I= − exp(−x) exp(−y)dy
0 0
Substituindo os limites de integração temos:
Z 1
I= (− exp(−1) − (− exp(−0))) exp(−y)dy
0
Efetuando os cálculos temos:
Z 1
I= (1 − exp(−1)) exp(−y)dy
0
Passo 3 integraremos
na variável y considerando a variável:
1
I = (1 − exp(−1)) − exp(−y)
0
Substituindo os limites de integração temos:
I = (1 − exp(−1)) (− exp(−1) − (− exp(−0)))
Efetuando os cálculos temos:
21
Integrais Duplas
I = (1 − exp(−1))2
22
Cálculo III AULA
mento de reta AB através da região D. O limite inferior para a 1
variável y será a função a(x), ponto da curva onde o segmento
entra na região D e o limite superior para a variável y será b(x),
ponto da curva onde o segmento de reta sai da região D.
Nossa integral será efetuada assim:
Z Z Z bZ b(x)
f (x, y)dxdy = f (x, y)dydx
D a a(x)
SOLUÇÃO:
Passo 1 faremos o desenho das duas curvas que determinam os
limites para a região D. A saber y = 0 e y = 3x − x2 (Fig. 1.9).
Passo 2 usando o processo prático exposto acima determinamos
os limites de integração. A saber: a = 0, b = 3, a(x) = 0 e
b(x) = 3x − x2 .
23
Integrais Duplas
24
Cálculo III AULA
I=
729
280
1
1.8 Conclusão
RESUMO
25
Integrais Duplas
n X
X m
Snm = f (ξj , ζk )∆Ajk
j=1 k=1
Z Z
def
f (x, y)dxdy = lim Smn
D |P |→0
Pm Pn
onde: Smn = j=1 k=1 F (ξj , ζk )∆Ajk . é a soma de Riemann
para F (x, y)
Integrais Iteradas
As integrais iteradas dizem que em um domínio retangular R =
26
Cálculo III AULA
[a, b] × [c, d] a ordem de execução das integrais simples não alteram 1
o valor da integral dupla, que pode ser representada por:
Z d Z b Z b Z d
f (x, y)dx dy = f (x, y)dy dx
c a a c
.
Propriedades das Integrais Duplas
As integrais duplas são de certo modo semelhantes às propriedades
das integrais simples que vimos em Cálculo I sendo quase que uma
extensão natural destas. As integrais duplas têm, entre outras, as
seguintes propriedades:
Propriedade 1 Sejam f : D ⊂ R2 7→ R uma função de valores
reais integrável em D e c ∈ R, então vale:
Z Z Z Z
cf (x, y)dxdy = c f (x, y)dxdy
D D
Z Z Z Z Z Z
(f + g)(x, y)dxdy = f (x, y)dxdy + g(x, y)dxdy
D D D
Z Z
f (x, y)dxdy ≥ 0
D
27
Integrais Duplas
Z Z Z Z
f (x, y)dxdy ≥ g(x, y)dxdy
D D
Z Z Z Z Z Z
f (x, y)dxdy = f (x, y)dxdy + f (x, y)dxdy
D A B
28
Cálculo III AULA
Passo 4 Deslocar o segmento de reta AB paralelo ao eixo y na 1
direção positiva do eixo x até tocar o ponto mais à direita de D
marcando o limite superior de x (ponto b na Fig. 1.7).
Passo 5 Tomando um ponto qualquer x ∈ (a, b) passamos o seg-
mento de reta AB através da região D. O limite inferior para a
variável y será a função a(x), ponto da curva onde o segmento
entra na região D e o limite superior para a variável y será b(x),
ponto da curva onde o segmento de reta sai da região D.
Nossa integral será efetuada assim:
Z Z Z bZ b(x)
f (x, y)dxdy = f (x, y)dydx
D a a(x)
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
ATIV. 1.1. Seja f : [−1, +1] × [−1, +1] 7→ R dada por f (x, y) =
29
Integrais Duplas
Z Z
x2 + y2. Determine a integral dupla f (x, y)dxdy.
R
Z Z
• Determine os limites da integral dupla f (x, y)dxdy,
D
LEITURA COMPLEMENTAR
30
Cálculo III AULA
2003. 1
KAPLAN, Wilfred, Cálculo Avançado Vol.1 e vol.2 Editora Edgard
Blücher 1991.// SPIEGEL, Murray R. Cálculo Avançado, Editora
McGraw-Hill do Brasil, 1971.
BOUCHARA, Jacques, Cálculo Integral Avançado, EDUSP, 2006.
31
AULA
Mudança de Variáveis em
Integrais Duplas 2
META:
Introduzir mudança de variáveis em integrais duplas de funções de
valores reais e domínio em R2 .
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Calcular o jacobiano de aplicações de R2 em R2 .
Calcular integrais duplas de funções de valores reais e domínio em
R2 utilizando mudança de variáveis.
Calcular integrais duplas de funções de valores reais e domínio em
R2 em coordenadas polares.
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I, curvas em R2 e coordenadas
polares da disciplina Cálculo II e integrais duplas aula 01.
Mudança de Variáveis em Integrais Duplas
2.1 Introdução
34
Cálculo III AULA
Como F (x) é uma primitiva de f (x) a primeira expressão é a in- 2
tegral indefinida de f (x) com respeito a x e temos:
Z Z
f (x)dx = f (g(ξ))g 0 (ξ)dξ
Que representa a mudança de variáveis em uma integral simples.
Para integrais definidas, se c = g(a) e d = g(b) então:
Z b Z d
f (x)dx = f (g(ξ))g 0 (ξ)dξ
a c
A expressão acima funciona bem quando g(ξ) é crescente neste
caso a < b e c < d. Porém, no caso de g(ξ) decrescente (g 0 (ξ) < 0)
pois neste caso a < b e d < c e portanto o limite inferior da se-
gunda integral não conhecide com o limite inferior do intervalo da
imagem de g(ξ) o mesmo acontecendo com o limite superior. Neste
caso, usando as propriedades da integral simples temos:
Z b Z c
f (x)dx = − f (g(ξ))g 0 (ξ)dξ
a d
De outra forma escrevemos:
Z b Z c
f (x)dx = f (g(ξ))|g 0 (ξ)|dξ.
a d
e operaremos os limites inferiores e superiors das integrais como os
limites inferiores e superiores dos domínios (intervalos) e a expres-
são acima vale tanto pra g(ξ) crescente quanto decrescente. Vamos
agora diretamente ao assunto dando uma argumentação heurística OBSERVAÇÃO
35
Mudança de Variáveis em Integrais Duplas
plana Ajk = T (A0jk ) (ver Fig 2.1 e Fig 2.2). A área do pequeno
retângulo no plano (u, v) é ∆A0jk a área da pequena figura Ajk no
plano (x, j), e ai é que reside a argumentação heurística, será apro-
∂T
ximada pela área do paralelogramo formado pelos vetores ∆vk
∂v
∂T
e ∆uj e pelas linhas tracejadas (paralelas aos respectivos veto-
∂u
res). Do calculo vetorial temos:
∂T ∂ x̂ ∂ ŷ
∆uj = ∆uj~i + ∆uj~j + 0~k.
∂u ∂u ∂u
∂T ∂ x̂ ∂ ŷ
∆vk = ∆vk~i + ∆vk~j + 0~k
∂v ∂v ∂v
Vistos como vetores de R3 e a área do paralelogramo (ver Vetores
e Geometria Analítica) dada pelo módulo do seguinte produto ve-
torial:
∂T ∂T
∆Ajk = ∆uj × ∆vk .
∂u ∂v
Fazendo o cálculo do produto vetorial temos:
~i ~j ~k
∂T ∂T ∂ x̂ ∂ ŷ
∆uj × ∆vk = det ∆uj ∆uj 0
∂u ∂v ∂u ∂u
∂ x̂ ∂ ŷ
∆vk ∆vk 0
∂v ∂v
Fazendo os cálculos temos:
∂T ∂T ∂ x̂ ∂ ŷ ∂ x̂ ∂ ŷ
∆uj × ∆vk = − ∆uj ∆vk~k.
∂u ∂v ∂u ∂v ∂v ∂u
Tomando o módulo da expressão acima, para a área de Ajk , temos:
∂ x̂ ∂ ŷ ∂ x̂ ∂ ŷ
∆Ajk ≈ − ∆uj ∆vk .
∂u ∂v ∂v ∂u
A expressão dentro do módulo é o determinante de uma matrix
2 × 2 conhecida como jacobiano da transformação x = x̂(u, v) e
y = ŷ(u, v) e denotado:
∂ x̂ ∂ ŷ
∂(x, y) ∂ x̂ ∂ ŷ ∂ x̂ ∂ ŷ
= det ∂u ∂u = − .
∂(u, v) ∂ x̂ ∂ ŷ ∂u ∂v ∂v ∂u
∂v ∂v
Como a área do pequeno retângulo A0jk é dada por ∆A0jk = ∆uj ∆vk
temos:
∂(x, y)
∆Ajk ≈ ∆A0jk .
∂(u, v)
36
Cálculo III AULA
2
37
Mudança de Variáveis em Integrais Duplas
Z Z Z β Z β(ϑ)
f (x, y)dxdy = f (r cos(ϑ), r sin(ϑ))rdrdϑ
D α α(ϑ)
38
Cálculo III AULA
2.3 Alguns Exemplos 2
Caros alunos, nesta seção ilustraremos, com dois exemplos, a
mudança de variáveis em integrais duplas. A rigor, trataremos
apenas de exemplos em coordenadas polares.
Z Z
Exemplo 2.1. Determinar a integral dupla f (x, y)dxdy onde
D
D = {(x, y) ∈ R2 |x ≥ 0 ∧ y ≥ 0 ∧ x2 + y 2 ≤ 1} e f (x, y) =
exp(−x2 − y 2 ). O domínio da função representa um quarto de
disco (Fig 2.4).
SOLUÇÃO:
Passo 1 Como o domínio D é um quarto de disco, o mais ade-
quado é utilizar o sistema de coordenadas polares. Podemos usar
o método prático de determinação dos limites da integral dupla
π
em coordenadas polares (Fig 2.5) e verificar que: α = 0, β = ,
2
α(ϑ) = 0 e β(ϑ) = 1.
Neste caso podemos descrever o domínio como: D0 = {(r, ϑ) ∈
R2 |0 ≤ r ≤ 1 ∧ 0 ≤ ϑ ≤ π/2}. E como x = r cos(ϑ) e y = r sin(ϑ) e
39
Mudança de Variáveis em Integrais Duplas
∂(x, y)
o módulo do jacobiano da transformação é dado por: = r.
∂(r, ϑ)
Quanto a variável r varia no intervalo [0, 1] independentemente de
ϑ e a variável ϑ varia no intervalo [0, π/2] ( a variação de ângulo no
primeiro quadrante). Podemos reescrever a integral dupla como:
Z Z Z 1 Z π/2
I= f (x, y)dxdy = f (r cos(ϑ), r sin(ϑ))rdϑdr Subs-
D 0 0
tituindo f (x, y) temos:
Z 1 Z π/2
I= exp(−(r cos(ϑ))2 − (r sin(ϑ))2 )rdϑdr
0 0
Efetuando as simplificações temos:
Z 1 Z π/2
I= exp(−r2 )rdϑdr
0 0
Passo 2 Integrando primeiramente na variável ϑ e como o inte-
grando não depende de ϑ temos:
Z 1 π/2
I= exp(−r2 )ϑ rdr
0 0
Substituindo os limites de integração temos:
Z 1
I = π/2 exp(−r2 )rdr
0
Passo 3 A última integral (variável r) podemos efetuar por mu-
dança de variáveis pondo ξ = r2 temos: dξ = 2rdr
deste modo
1 1 1
ou seja rdr = − dξ e os limites r eξ . Daí, a integral
2 0 0
40
Cálculo III AULA
passará a forma:
Z 1
2
I = π/4 exp(−ξ)dξ
0
Cuja integração é fácil e da forma:
1
I = π/4 − exp(−ξ)
0
Efetuando os cálculo temos:
π
I = (1 − exp(−1))
4
SOLUÇÃO:
Passo 1 Como o domínio D é um quarto de uma lemniscata, o
mais adequado é utilizar o sistema de coordenadas polares. Pode-
mos usar o método prático de determinação dos limites da integral
dupla em coordenadas polares (Fig 2.7) e verificar que: α = 0,
41
Mudança de Variáveis em Integrais Duplas
π p
β= , α(ϑ) = 0 e β(ϑ) = cos(2ϑ).
4
42
Cálculo III AULA
2
OBS 2.3. Caros alunos, é muito importante neste ponto uma revi-
são cuidadosa e detalhada dos dois exemplos dados acima. Efetuar
uma mudança de varáveis em integrais duplas não é tão simples
quanto efetuar uma mudança de variáveis em integrais simples.
2.4 Conclusão
RESUMO
43
Mudança de Variáveis em Integrais Duplas
Z Z Z Z ∂(x, y)
f (x, y)dxdy = f (x̂(u, v), ŷ(u, v)) dudv.
D D 0 ∂(u, v)
Z Z Z Z
f (x, y)dxdy = f (r cos(ϑ), r sin(ϑ))rdrdϑ.
D D0
44
Cálculo III AULA
~r (ϑ) através de D o limite inferior para a variável r será a função 2
α(ϑ), ponto da curva onde o raio ~r (ϑ) entra na região D e o limite
superior para a variável r será β(ϑ), ponto da curva onde o raio
~r (ϑ) sai da região D.
Nossa integral será efetuada assim:
Z Z Z β Z β(ϑ)
f (x, y)dxdy = f (r cos(ϑ), r sin(ϑ))rdrdϑ
D α α(ϑ)
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
45
Mudança de Variáveis em Integrais Duplas
LEITURA COMPLEMENTAR
46
AULA
Algumas Aplicações da
Integral Dupla 3
META:
Apresentar algumas aplicações das integrais duplas de funções de
valores reais e domínio em R2 .
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Determinar área, massa, centro de massa, momento de massa e
momento de inércia de figuras planas usando integrais duplas de
funções de valores reais e domínio em R2 .
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I, curvas em R2 e coordenadas
polares da disciplina Cálculo II e integrais duplas aula 01 e aula 02.
Algumas Aplicações da Integral Dupla
3.1 Introdução
3.2 Preliminares
m X
X n
Smn = Φ(ξj , ζk )∆Ajk .
j=1 k=1
48
Cálculo III AULA
A massa da região D, denotada m(D), será a integral dupla da fun-
2
Z Z
3
ção %(x, y) sobre o domínio D ⊂ R , denotada %(x, y)dxdy
D
será então definida como o seguinte limite:
Z Z
def
m(D) = %(x, y)dxdy = lim Smn
D |P |→0
m X
X n
Smn = ξj Φ(ξj , ζk )∆Ajk
j=1 k=1
.
O momento de massa da região D em relação ao eixo y será dada
49
Algumas Aplicações da Integral Dupla
pelo limite:
Z Z
def
My (D) = x%(x, y)dxdy = lim Smn
D |P |→0
.
O momento de massa da região D em relação ao eixo x será dada
pelo limite:
Z Z
def
Mx (D) = y%(x, y)dxdy = lim Smn
D |P |→0
50
Cálculo III AULA
de uma região D limitada com distribuição de densidade %(x, y). 3
Para calcular o momento de inércia de um pequeno retângulo com
relação ao eixo y tomamos o seguinte produto ξj2 Φ(ξj , ζk )∆Ajk . O
momento de inércia total em relação ao eixo y para a região D será
aproximado pelo limite da soma de Riemann:
m X
X n
Smn = ξj2 Φ(ξj , ζk )∆Ajk
j=1 k=1
.
O momento de inércia da região D em relação ao eixo y será dada
pelo limite:
Z Z
def
Iy (D) = x2 %(x, y)dxdy = lim Smn
D |P |→0
.
O momento da região D em relação ao eixo x será dada pelo limite:
Z Z
def
Ix (D) = y 2 %(x, y)dxdy = lim Smn
D |P |→0
51
Algumas Aplicações da Integral Dupla
Z Z
I0 (D) = (x2 + y 2 )%(x, y)dxdy
D
52
Cálculo III AULA
SOLUÇÃO: 3
Começaremos por determinar os limites de integração inspecio-
x
nando a (Fig 3.1) e verificando que 0 ≤ x ≤ a e 0 ≤ y ≤ b 1 − .
a
Em segundo calcularemos a massa da região D, m(D) e os respec-
tivos momentos de massa com relação ao eixo x e ao eixo y Mx (D)
e My (D) respectivamente.
Passo 1 determinar a massa m(D), dada pela integral dupla:
Z Z Z a Z b(1−x/a)
m(D) = %(x, y)dxdy = %dydx
D 0 0
Integrando em y temos:
Z a
b(1−x/a)
m(D) = % y dx
0 0
Substituindo os limites de integração temos:
Z a
x
m(D) = % b 1 − dx
0 a
Integrando em x temos:
x2 a
m(D) = %b x −
2a 0
Substituindo os limites de integração temos:
a2
m(D) = %b a −
2a
Simplificando temos:
ab
m(D) = %
2
Passo 2 calcular o momento de massa Mx (D) dado pela integral
dupla:
Z Z
Mx (D) = %(x, y)ydxdy
D
Substituindo os limites temos:
Z Z Z a Z b(1−x/a)
Mx (D) = %(x, y)ydxdy = %ydydx
D 0 0
Integrando em y teremos:
Z a 2
y b(1−x/a)
Mx (D) = % dx
0 2 0
Substituindo os limites de integração temos:
Z a
(b(1 − x/a))2
Mx (D) = dx
0 2
Simplificando o integrando temos:
53
Algumas Aplicações da Integral Dupla
a
b2 b2 x b2 x2
Z
Mx (D) = % − + dx
0 2 a 2a2
Integrando em x teremos:
b2 x b2 x2 b2 x3 a
Mx (D) = % − +
2 2a 6a2 0
Substituindo os limites de integração temos:
b2 a b2 a2 b2 a3
Mx (D) = % − +
2 2a 6a2
Simplificando as frações temos:
b2 a
Mx (D) = %
6
Passo 3 calcular o momento de massa My (D) dado pela integral
dupla:
Z Z
My (D) = %(x, y)xdxdy
Z ZD
My (D) = %(x, y)xdxdy
D
Substituindo os limites temos:
Z Z Z a Z b(1−x/a)
My (D) = %(x, y)xdxdy = %xdydx
D 0 0
Integrando em y teremos:
Z a b(1−x/a)
My (D) = %xy dx
0 0
Substituindo os limites de integração temos:
Z a
x
My (D) = %bx 1 − dx
0 a
Integrando em x teremos:
x2 x3 a
My (D) = %b −
2 3a 0
Substituindo os limites de integração temos:
a2 a3
My (D) = %b −
2 3a
Simplificando as frações temos:
ba2
My (D) = %
6
Passo 4 Determinar o centro de massa de D pelas fórmulas:
My (D) Mx (D)
x̄ = e ȳ = .
m(D) m(D)
Usando os resultados anteriores temos:
54
Cálculo III AULA
%
ba2
%
b2 a 3
x̄ = 6 e ȳ = 6
ab ab
% %
2 2
Simplificando temos:
a b
x̄ = e ȳ =
3 3
Como segundo exemplo usaremos uma região em que o sistema de
coordenadas polares facilita os cálculos.
SOLUÇÃO:
Começaremos por determinar os limites de integração inspecio-
nando a (Fig 3.2) e verificando que 0 ≤ ϑ ≤ π/2 e a ≤ r ≤ b.
Em segundo calcularemos a massa da região D, m(D) e os respec-
tivos momentos de massa com relação ao eixo x e ao eixo y Mx (D)
e My (D) respectivamente.
55
Algumas Aplicações da Integral Dupla
56
Cálculo III AULA
My (D) =
Z Z
Z ZD
%(x, y)xdxdy
3
My (D) = %(x, y)xdxdy
D
Substituindo os limites em coordenadas polares e sabendo que
x = r cos(ϑ) temos:
Z Z Z π/2 Z b
Mx (D) = %(x, y)ydxdy = %r cos(ϑ)rdrdϑ
D 0 a
Integrando em r temos:
Z π/2
r3 b
Mx (D) = % cos(ϑ) dϑ
0 3 a
Substituindo os limites de integração temos:
Z π/2
b3 a3
Mx (D) = % cos(ϑ) − dϑ
0 3 3
Integrando em ϑ temos:
b3 a3 π/2
Mx (D) = % − (sin(ϑ))
3 3 0
Substituindo os limites de integração temos:
b3 a3
Mx (D) = % − (sin(π/2) − sin(0))
3 3
Simplificando temos:
1
Mx (D) = %(b3 − a3 )
3
Passo 4 Determinar o centro de massa de D pelas fórmulas:
My (D) Mx (D)
x̄ = e ȳ = .
m(D) m(D)
Usando os resultados anteriores temos:
1 3
%(b − a3 )
x̄ = ȳ = 3
1
%π(b2 − a2 )
4
Levando em conta que b3 − a3 = (b − a)(b2 + ba + a2 ) e b2 − a2 =
(b − a)(b + a) temos:
1
%(b − a)(b2 + ba + a2 )
x̄ = ȳ = 3
1
%π(b − a)(b + a)
4
Simplificando temos:
4 b2 + ba + a2
x̄ = ȳ = .
3π b+a
57
Algumas Aplicações da Integral Dupla
3.4 Conclusão
RESUMO
58
Cálculo III AULA
Iy (D) =
Z Z
Z ZD
%(x, y)x2 dxdy e
3
I0 (D) = %(x, y)(x2 + y 2 )dxdy
D
Centro de Massa
Podemos também calcular o centro de massa, denotado (x̄, ȳ) usando
as seguintes fórmulas:
Z Z
x%(x, y)dxdy
My (D) D
x̄ = = Z Z
m(d)
%(x, y)dxdy
Z ZD
y%(x, y)dxdy
Mx (D)
ȳ = = Z ZD
m(d)
%(x, y)dxdy
D
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
59
Algumas Aplicações da Integral Dupla
demonstrações acima, elas lhe servirão de guia. Use para este caso
coordenadas cartesianas.
LEITURA COMPLEMENTAR
60
Cálculo III AULA
THOMAS, George B., Cálculo, Volume 2, 10a, Addilson Wesley, 3
2003.
KAPLAN, Wilfred, Cálculo Avançado Vol.1 e vol.2 Editora Edgard
Blücher 1991.// SPIEGEL, Murray R. Cálculo Avançado, Editora
McGraw-Hill do Brasil, 1971.
BOUCHARA, Jacques, Cálculo Integral Avançado, EDUSP, 2006.
61
AULA
Integrais triplas
4
META:
Apresentar integrais triplas de funções de valores reais e domínio
em R3 .
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir integral tripla e calcular algumas integrais triplas de fun-
ções de valores reais e domínio em R3 .
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I.
Integrais triplas
4.1 Introdução
64
Cálculo III AULA
[yj−1 , yj ] e Kk = [zk−1 , zk ] têm comprimentos ∆xi = xi − xi−1 , 4
∆yj = yj − yj−1 e ∆zk = zk − zk−1 , respectivamente. Definimos,
agora, a uma partição para o paralelepípedo R por P = P [R] =
P [a, b]×P [c, d]×P [e, f ], o produto cartesiano das partições P [a, b],
P [c, d] e P [e, f ]. Os planos retalham a região R em uma série de pe-
quenos paralelepípedos Vijk = [xi−1 , xi ] × [yj−1 , yj ] × [zk−1 , zk ], 1 ≤
i ≤ l, 1 ≤ j ≤ m, 1 ≤ k ≤ n. O volume de cada pequeno paralele-
pípedo é dado por ∆Vijk = ∆xi ∆yj ∆zk . Como tanto ∆xi quanto
∆yj quanto ∆zk são diferentes de zero, o volume de cada pequeno
paralelepípedo é também diferente de zero. Podemos então definir
a norma da partição por: |P | = max (∆Vijk ), que corresponde
1≤i≤l
1≤j≤m
1≤k≤n
ao maior volume entre todos os pequenos paralelepípedos.
Pausa para respirar que já vamos definir a integral tripla sobre do-
mínios paralelepípedais. Para isto tomemos um ponto (ξi , ζj , ηk ) ∈
[xi−1 , xi ] × [yj−1 , yj ] × [zk−1 , zk ] em cada pequeno paralelepípedo
e definimos a seguinte soma de Riemann:
l X
X m X
n
Slmn = φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk
i=1 j=1 k=1
Z Z Z
def
φ(x, y, z)dxdydz = lim Slmn
R |P |→0
65
Integrais triplas
l X
X m X
n
Slmn = Φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk
i=1 j=1 k=1
66
Cálculo III AULA
A integral tripla da função φ(x, y, z) sobre o domínio D ⊂ R3 ,
Z Z Z
4
denotada φ(x, y, z)dxdydz será então definida como o se-
D
guinte limite:
Z Z Z
def
φ(x, y, z)dxdydz = lim Slmn .
D |P |→0
Z Z Z Z bhZ dhZ f i i
1. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dz dy dx
R a c e
Z Z Z Z bhZ f hZ d i i
2. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dy dz dx
R a e c
67
Integrais triplas
Z Z Z Z dhZ bhZ f i i
3. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dz dx dy
R c a e
Z Z Z Z dhZ f hZ b i i
4. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dx dz dy
R c e a
Z Z Z Z f hZ dhZ b i i
5. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dx dy dz
R e c a
Z Z Z Z f hZ bhZ d i i
6. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dy dx dz
R e a c
Z Z Z Z Z Z
cf (x, y, z)dxdydz = c f (x, y, z)dxdydz
D D
Z Z Z Z Z Z
(f + g)(x, y, z)dxdydz = f (x, y, z)dxdydz
D Z Z ZD
+ g(x, y, z)dxdydz
D
68
Cálculo III AULA
Propriedade 4.3. Sejam f : D ⊂ R3 7→ R uma função de valores 4
reais integrável em D tal que f (x, y, z) ≥ 0, ∀(x, y, z) ∈ D, então
vale:
Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz ≥ 0
D
Z Z Z Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz ≥ g(x, y, z)dxdydz
D D
Z Z Z Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz = f (x, y, z)dxdydz
D Z Z ZA
+ f (x, y, z)dxdydz
B
4.7 Exemplos
69
Integrais triplas
SOLUÇÃO:
Passo 1 colocaremos os limites de integração que representam a
região R dada, segundo a ordem de integração:
Z 1Z 1Z 1
I= (x2 + y 2 + z 2 )dxdydz
0 0 0
70
Cálculo III AULA
I=
Z
0
1
1
3
y+
y3
3
2
+ z y dz
1
0
4
Substituindo os limites de integração temos:
Z 1
13 03
1 2
I= (1 − 0) + − + z (1 − 0) dz
0 3 3 3
Efetuando os cálculostemos:
Z 1
1 1
I= + + z 2 dz
0 3 3
Passo
4 último passo, integraremos na variável z:
1 1 z 3 1
I= z+ z+
3 3 3
0
Substituindo os limites de integraçãotemos:
13 03
1 1
I= (1 − 0) + (1 − 0) + −
3 3 3 3
Efetuando os cálculos temos:
1 1 1
I= + + =1
3 3 3
71
Integrais triplas
Z Z Z Z bZ b(x) Z b(x,y)
f (x, y)dxdy = f (x, y, z)dzdydx
D a a(x) a(x,y)
72
Cálculo III AULA
4
Vamos diretamente para um segundo exemplo de integral dupla
sobre domínios não retangulares. A saber:
SOLUÇÃO:
Passo 1 faremos o desenho das superfícies que determinam os
limites para a região D. A saber x = 0, x = 1, y = x2 , x = 0 e
z = 1 (Fig. 4.2).
Usando o processo prático exposto acima determinamos os limi-
tes de integração. A saber: a = 0, b = 1, a(x) = 0, b(x) = x2 ,
a(x, y) = 0 e b(x, y) = 1.
Z 1 Z x2 Z 1
I= xyzdzdydx
0 0 0
73
Integrais triplas
4.8 Conclusão
74
Cálculo III AULA
função positiva f (x) em um domínio [a, b] e a integral dupla pode 4
ser vista como o volume de um prisma reto limitado superiormente
pela a superfície descrita por uma função positiva f (x, y) e limitado
inferiormente pelo domínio [a, b] × [c, d], a integral tripla só tem
interpretação geométrica no caso simples em que f (x, y, z) = 1.
Neste caso a integral tripla representa o volume da região limitada
D ⊂ R3 .
RESUMO
75
Integrais triplas
l X
X m X
n
Slmn = φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk
i=1 j=1 k=1
Z Z Z
def
φ(x, y, z)dxdydz = lim Slmn
D |P |→0
Pl Pm Pn
onde Slmn = i=1 j=1 k=1 Φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk é a soma de Rie-
mann para Φ(x, y, z.
Integrais Iteradas
As integrais iteradas dizem que em um domínio retangular R =
[a, b] × [c, d] × [e, f ] a ordem de execução das integrais simples não
76
Cálculo III AULA
alteram o valor da integral tripla, que pode ser representada por: 4
Z Z Z Z bhZ dhZ f i i
1. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dz dy dx
R a c e
Z Z Z Z bhZ f hZ d i i
2. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dy dz dx
R a e c
Z Z Z Z dhZ bhZ f i i
3. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dz dx dy
R c a e
Z Z Z Z dhZ f hZ b i i
4. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dx dz dy
R c e a
Z Z Z Z f hZ dhZ b i i
5. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dx dy dz
R e c a
Z Z Z Z f hZ bhZ d i i
6. φ(x, y, z)dxdydz = φ(x, y, z)dy dx dz
R e a c
Z Z Z Z Z Z
cf (x, y, z)dxdydz = c f (x, y, z)dxdydz
D D
Z Z Z Z Z Z
(f + g)(x, y, z)dxdydz = f (x, y, z)dxdydz
D Z Z ZD
+ g(x, y, z)dxdydz
D
77
Integrais triplas
Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz ≥ 0
D
Z Z Z Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz ≥ g(x, y, z)dxdydz
D D
Z Z Z Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz = f (x, y, z)dxdydz
D Z Z ZA
+ f (x, y, z)dxdydz
B
78
Cálculo III AULA
D∗ e identificar as curvas limites da região D∗ a(x) curva inferior 4
e b(x) curva superior, como na AULA01.
79
Integrais triplas
Z Z Z Z bZ b(x) Z b(x,y)
f (x, y)dxdy = f (x, y, z)dzdydx
D a a(x) a(x,y)
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
ATIV. 4.1. Seja f : [−1, +1] × [−1, +1] × [−1, +1] 7→ R dada por
f (x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 . Determine a integral tripla:
Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz.
R
80
Cálculo III AULA
• Esboce a região de integração 4
• Determine os limites da integral tripla:
Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz
D
Z Z Z
• Calcule a integral tripla f (x, y, z)dxdydz.
D
LEITURA COMPLEMENTAR
81
AULA
Mudança de Variáveis
em Integrais tríplas 5
META:
Introduzir mudança de variáveis em integrais triplas de funções de
valores reais e domínio em R3 .
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Calcular integrais triplas de funções de valores reais e domínio em
R3 utilizando mudança de variáveis.
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I, superfícies em R3 , de coorde-
nadas polares da disciplina Cálculo II e integrais triplas aula 04.
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
5.1 Introdução
84
Cálculo III AULA
wk+1 = wk + ∆wk , destacamos o pequeno paralelepípedo indexado 5
por ijk, (Fig 5.1). Suponhamos que
0 = ∆u ∆v ∆w seja
este pequeno paralelepípedo de volume ∆Vijk i j k
∂P ∂P ∂P
∆Vijk ≈
∆ui × ∆vj • ∆wk .
∂u ∂v ∂w
85
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
∂u ∂u ∂u
∂P ∂P ∂P ∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
∆ui × ∆vj • ∆wk = det ∆ui ∆vj ∆wk
∂u ∂v ∂w ∂v ∂v ∂v
∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
∂w ∂w ∂w
Daí, levando em conta a expressão do jacobiano em R3 , dada
acima, temos:
∂(x̂, ŷ, ẑ)
∆Vijk ≈
∆ui ∆vj ∆wk
∂(u, v, w)
O que nos leva à seguinte expressão para a mudança de variáveis
em integrais triplas:
Z Z Z Z Z Z
f (x, y, z)dxdydz = F (u, v, w) |J| dudvdw
D D0
86
Cálculo III AULA
onde: F (u, v,w) = f (x̂(u,
x̂, ŷ, ẑ
v, w), ŷ(u, v, w), ẑ(u, v, w)) e J é o jaco-
5
biano J = J .
u, v, w
87
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
88
Cálculo III AULA
em prática a determinação dos limites de integração em coordena- 5
das cilíndricas.
89
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
∂r ∂r ∂r
x, y, z ∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
J =J = det
r, ϑ, z ∂ϑ
∂ x̂ ∂ϑ ∂ϑ
∂ ŷ ∂ ẑ
∂z ∂z ∂z
Efetuando as derivadas parciais temos:
cos(ϑ) sin(ϑ) 0
J = det −r sin(ϑ) r cos(ϑ) 0
0 0 1
Fazendo as contas do determinante temos:
J =r
90
Cálculo III AULA
Passo 2: Os limites para r e ϑ são determinados em D∗ do mesmo 5
modo que para coordenadas polares em R2 . Neste caso 0 ≤ ϑ ≤ 2π
e para r temos: que r vai de zero até a borda de D∗ que é dada
por x2 + y 2 − 2ay = (r cos(ϑ))2 + (r sin(ϑ))2 − 2ar sin(ϑ) = 0.
Daí, r2 − 2ar sin(ϑ) = r(r − 2a sin(ϑ)) = 0 Simplificando temos:
0 ≤ r ≤ 2a sin(ϑ).
Passo 3: Para determinar os limites para z. Por cada par
(r, ϑ) ∈ D∗ , traçamos uma reta paralela ao eixo z orientada no
sentido positivo do eixo z atravessando o sólido. O limite inferior
de z é o ponto onde a reta entra no sólido e o limite superior o
ponto onde a reta sai do sólido. Neste caso: 0 ≤ z ≤ a + x ou
como x = r cos(ϑ) temos: 0 ≤ z ≤ a + r cos(ϑ).
Daí, o cálculo do volume de D será dado pela integral:
Z 2π Z 2a sin(ϑ) Z a+r sin(ϑ)
V ol(D) = rdzdrdϑ
0 0 0
2π
r2 r3
Z 2a sin(ϑ)
V ol(D) = (a + sin(ϑ)) dϑ
0 2 3 0
91
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
92
Cálculo III AULA
Para a integral de sin4 (ϑ) temos:
Z 2π
5
sin3 (ϑ) cos(ϑ) 3 ϑ sin(2ϑ)
4 2π
sin (ϑ)dϑ = − + −
4 4 2 4
0 0
3
sin (2π) cos(2π) 3 2π sin(4π)
= + − + −
4 4 2 4
3
sin (0) cos(0) 3 0 sin(0)
− − + −
4 4 2 4
3π
=
4
8a3 3π
V ol(D) = 2πa3 +
3 4
= 4πa3
93
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
94
Cálculo III AULA
com o eixo z positivo atravessando a região D (ver Fig. 5.15). O 5
ponto onde a reta s entra na região D é o limite inferior α(ϑ, ϕ)
para a variável r e o ponto onde a reta s sai da região D é o limite
superior β(ϑ, ϕ) para a variável r. Daí, r ∈ [α(ϑ, ϕ), β(ϑ, ϕ)].
95
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
∂r ∂r ∂r
x, y, z ∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
J =J = det
∂ϑ
r, ϑ, z ∂ x̂ ∂ϑ ∂ϑ
∂ ŷ ∂ ẑ
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
Efetuando as derivadas parciais temos:
cos(ϑ) cos(ϕ) sin(ϑ) cos(ϕ) sin(ϕ)
J = det −r sin(ϑ) cos(ϕ) r cos(ϑ) cos(ϕ)
0
−r cos(ϑ) sin(ϕ) −r sin(ϑ) sin(ϕ) r cos(ϕ)
J = r2 sin(ϕ)
96
Cálculo III AULA
5
97
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
Z 2π Z π/4 Z a
V ol(D) = r2 sin(ϕ)drdϕdϑ
0 0 0
Simplificando temos:
2π π/4
a3
Z Z
V ol(D) = sin(ϕ)dϕdϑ
3 0 0
a3 2π
Z π/4
V ol(D) = − cos(ϕ) dϑ
3 0 0
a3 2π
Z
V ol(D) = (− cos(π/4) + cos(0)) dϑ
3 0
Simplificando temos:
√ Z
a3 2 − 2 2π
V ol(D) = dϑ
3 2 0
98
Cálculo III AULA
Substituindo os limites de integração temos: 5
√
a3 2 − 2
V ol(D) = (2π − 0)
3 2
5.4 Conclusão
RESUMO
99
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
∂u ∂u ∂u
x, y, z ∂(x, y, z) ∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
J = = det
u, v, w ∂(u, v, w) ∂v ∂v ∂v
∂ x̂ ∂ ŷ ∂ ẑ
∂w ∂w ∂w
100
Cálculo III AULA
5
Determinação dos Limites para Integração em Coorde-
nadas Cilíndricas
Para determinação dos limites de integração tripla em coordenadas
cilíndricas utiliza-se os seguintes passos:
101
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
102
Cálculo III AULA
riável r ∈ [α(ϑ), β(ϑ)] plano P que contem o eixo z e forma ângulo 5
ϑ com o eixo x positivo. No plano P traçar a reta s que forma
ângulo ϕ com o eixo z positivo atravessando a região D (ver Fig.
5.15). O ponto onde a reta s entra na região D é o limite inferior
α(ϑ, ϕ) para a variável r e o ponto onde a reta s sai da região D é o
limite superior β(ϑ, ϕ) para a variável r. Daí, r ∈ [α(ϑ, ϕ), β(ϑ, ϕ)].
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
103
Mudança de Variáveis em Integrais tríplas
Z Z Z
f (x, y, z) = z. Determine a integral tripla f (x, y, z)dxdydz.
D
Comentário: Volte ao texto e reveja com calma e atenção o se-
gundo exemplo e use o sistema de coordenadas esféricas.
LEITURA COMPLEMENTAR
104
AULA
Algumas Aplicações
das Integrais tríplas 6
META:
Apresentar algumas aplicações das integrais triplas de funções de
valores reais e domínio em R3 .
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Determinar o volume, o centro de massa momento de massa e o
momento de inércia de alguns sólidos em R3 .
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I, superfícies em R3 , coordenadas
polares da disciplina Cálculo II, coordenadas cilíndricas, coordena-
das esféricas e integrais duplas aula 04 e aula 05.
Algumas Aplicações das Integrais tríplas
6.1 Introdução
6.2 Preliminares
Determinação da massa
Para determinar a massa consideremos uma função Φ definida
em um domínio paralelepipedal R = {(x, y, z) ∈ R3 |a ≤ x ≤
b∧ c ≤ y ≤ d ∧ e ≤ z ≤ f } tal que D ⊂ R e Φ(x, y, z) =
%(x, y, z) , (x, y, z) ∈ D
. Considerando a uma partição para
0 , (x, y, z) ∈
/D
o retângulo R dada por P = P [R] = P [a, b] × P [c, d] × P [e, f ],
o produto cartesiano de partições P [a, b], P [c, d] e P [e, f ] onde
P [a, b] = {x0 = a, x1 , . . . , xi , xi+1 , . . . , xl = b},x0 < x1 < · · · <
xi < xi+1 < · · · < xl , P [c, d] = {y0 = c, y1 , . . . , yj , yj+1 , . . . , ym =
d}, y0 < y1 < · · · < yj < yj+1 < · · · < ym e P [e, f ] = {z0 =
e, z1 , . . . , zk , zk+1 , . . . , zn = f }, z0 < z1 < · · · < zk < zk+1 <
· · · < zn . Tomamos um ponto (ξi , ζj , ηk ) ∈ [xi−1 , xi ] × [yj−1 , yj ] ×
[zk−1 , zk ] em cada pequeno paralelepípedo e definimos a seguinte
106
Cálculo III AULA
soma de Riemann:
Xl Xm Xn
6
Slmn = Φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk .
i=1 j=1 k=1
A massa da região D, denotada m(D), será a integral integral
tripla da função %(x, y, z) sobre o domínio D ⊂ R3 , dada por
Z Z Z
%(x, y, z)dxdydz e definida como o seguinte limite:
D Z Z Z
def
m(D) = %(x, y, z)dxdydz = lim Slmn .
D |P |→0
107
Algumas Aplicações das Integrais tríplas
l X
X m X
n
Slmn = ξi Φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk .
i=1 j=1 k=1
O momento de massa da região D em relação ao plano yz, denotado
Z Z Z
Myz (D), será dado pela integral tripla x%(x, y, z)dxdydz
D
definida pelo limite:
Z Z Z
def
Myz (D) = x%(x, y, z)dxdydz = lim Slmn .
D |P |→0
108
Cálculo III AULA
reta r, tomamos o seguinte produto d2 (ξi , ζj , ηk )Φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk , 6
onde d(ξi , ζj , ηk ) representa a distância do ponto (ξi , ζj , ηk ) à reta
r. Em particular a distância do ponto (ξi , ζj , ηk ) ao eixo x é
q
dada por: d(ξi , ζj , ηk ) = ζj2 + ηk2 e o momento de inércia do
pequeno paralelepípedo em relação ao eixo x será aproximado por:
(ζj2 + ηk2 )Φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk . O momento de inércia total em relação
ao eixo x para a região D será aproximado pelo limite da soma de
Riemann:
l X
X m X
n
Slmn = (ζj2 + ηk2 )Φ(ξi , ζj , ηk )∆Vijk .
i=1 j=1 k=1
O momento de inércia da região D em relação ao eixo x, denotado
Z Z Z
Ix é dado pela integral (y 2 + z 2 )%(x, y, z)dxdydz calculada
D
pelo limite:
Z Z Z
def
Ix (D) = (y 2 + z 2 )%(x, y, z)dxdydz = lim Slmn .
D |P |→0
109
Algumas Aplicações das Integrais tríplas
Z Z Z
def
Iz (D) = (x2 + y 2 )%(x, y, z)dxdydz = lim Slmn .
D |P |→0
110
Cálculo III AULA
6
SOLUÇÃO:
Começaremos por determinar os limites de integração inspecio-
nando a (Fig 6.1) e verificando que 0 ≤ x ≤ a, 0 ≤ y ≤ x2 e
0 ≤ z ≤ x2 .
Em segundo calcularemos a massa da região D, m(D) e os res-
pectivos momentos de massa com relação ao planos yz, xz e xy,
respectivamente.
111
Algumas Aplicações das Integrais tríplas
112
Cálculo III AULA
Myz (D) = %
x6 a
6 0
6
Substituindo os limites de integração temos:
a6 06
Myz (D) = % −
6 6
Simplificando temos:
a6
Myz (D) = %
6
113
Algumas Aplicações das Integrais tríplas
114
Cálculo III AULA
Myz (D)
a6
% 5a
6
x̄ = = 65 = ,
m(d) a 6
%
5
a7
Mxz (D) % 5a2
ȳ = = 145 = e
m(d) a 14
%
5
a7
Mxy (D) % 5a2
z̄ = = 145 = .
m(d) a 14
%
5
SOLUÇÃO:
Começaremos por determinar os limites de integração inspecio-
nando a (Fig 6.2) e verificando que −b ≤ x ≤ +b, 0 ≤ y ≤
√
+ b2 − x2 e 0 ≤ z ≤ a. Observemos que para este caso é mais ade-
115
Algumas Aplicações das Integrais tríplas
116
Cálculo III AULA
Passo 2 Levando em conta que: x2 +y 2 = (r cos(ϑ))2 +(r sin(ϑ))2 = 6
r2 , determinar o momento de inércia Iz (D), relativo ao eixo z, dada
pela integral tripla:
Z Z Z Z π Z bZ a
Iz (D) = %(x, y, z)(x2 +y 2 )dxdydz = %r2 rdzdrdϑ
D 0 0 0
Integrando em z temos:
Z πZ b
a
Iz (D) = %z r3 drdϑ
0 0 0
Substituindo os limites de integração temos:
Z a Z x2
Iz (D) = %(a − 0)r3 drdϑ
0 0
Simplificando temos:
Z πZ b
Iz (D) = %a r3 drdϑ
0 0
Integrando em r temos:
Z π 4
r b
Iz (D) = %a dϑ
0 4 0
Substituindo os limites de integração temos:
Z π 4
b 04
Iz (D) = %a − dϑ
0 4 4
Simplificando temos:
b4 π
Z
Iz (D) = %a dϑ
4 0
Finalmente, integrando em ϑ temos:
b4 π
Iz (D) = %a ϑ
4 0
Substituindo os limites de integração temos:
b4
Iz (D) = %a (π − 0)
4
Simplificando temos:
ab4
Iz (D) = %π
4
6.4 Conclusão
117
Algumas Aplicações das Integrais tríplas
RESUMO
A Massa da região D
Z Z Z
m(D) = %(x, y, z)dxdydz.
D
118
Cálculo III AULA
O Momento de Massa em Relação ao Plano xy
Z Z Z
6
Mxy (D) = z%(x, y, z)dxdydz.
D
PRÓXIMA AULA
119
Algumas Aplicações das Integrais tríplas
ATIVIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
120
Cálculo III AULA
SWOKOWSKI, Earl E., Cálculo com Geometria Analítica, Volume 6
2, 2a edição, Makron Books do Brásil SP, 1994.
THOMAS, George B., Cálculo, Volume 2, 10a, Addilson Wesley,
2003.
KAPLAN, Wilfred, Cálculo Avançado Vol.1 e vol.2 Editora Edgard
Blücher 1991.// SPIEGEL, Murray R. Cálculo Avançado, Editora
McGraw-Hill do Brasil, 1971.
BOUCHARA, Jacques, Cálculo Integral Avançado, EDUSP, 2006.
121
AULA
Integrais de Funções
Vetoriais sobre Curvas em R3 7
META:
Apresentar integrais de funções vetoriais definidas sobre curvas em
R3 .
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir integrais de funções vetoriais definidas sobre curvas em R3
e calcular integrais de algumas funções vetoriais definidas sobre
curvas em R3 .
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I, vetores da disciplina Vetores
e Geometria analítica e curvas em R3 da disciplina Cálculo II.
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
7.1 Introdução
7.2 Curvas em R3
124
Cálculo III AULA
7
d~~r (t) dx̂(t)~ dŷ(t)~ ẑ(t)~
~v (t) = = i+ j+ k
dt dt dt dt
d2~r (t) d2 x̂(t)~ d2 ŷ(t)~ d2 ẑ(t)~
~a (t) = = i+ j+ k
dt2 dt2 dt2 dt2
s 2 2 2
Z t
dx̂(t) dŷ(t) dẑ(t)
ŝ(t) = + + dt
a dt dt dt
dT~ (s)
k(s) =
ds
1 dT~ (t)
k(t) =
|~~v (t)| dt
~
B
B(t) = T~ (t) × N
~ (t)
125
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
~
dB
B(s)
τ (s) = − ~
•N
ds
126
Cálculo III AULA
Definição 7.5. O centro de Massa de C ⊂ R3 é dado por (x̄, ȳ, z̄), 7
onde:
Z
%(x, y, z)xds
Myz (C)
x̄ = = ZC
m(C)
%(x, y, z)ds
ZC
%(x, y, z)yds
Mxz (C)
ȳ = = ZC
m(C)
%(x, y, z)ds
ZC
%(x, y, z)zds
Mxy (C)
z̄ = = ZC
m(C)
%(x, y, z)ds
C
127
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
Z b
m(C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))|~~v (t)|dt
a
Z b
Myz (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))x̂(t)|~~v (t)|dt
a
Z b
Mxz (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))ŷ(t)|~~v (t)|dt
a
Z b
Mxy (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))ẑ(t)|~~v (t)|dt
a
Z b
Ix (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))(ŷ 2 (t) + ẑ 2 (t))|~~v (t)|dt
a
Z b
Iy (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))(x̂2 (t) + ẑ 2 (t))|~~v (t)|dt
a
Z b
Iz (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))(x̂2 (t) + ŷ 2 (t))|~~v (t)|dt
a
128
Cálculo III AULA
vetorial F~ : D ⊂ R3 7→ R3 como um campo de força no espaço, 7
a curva C ⊂ D ⊂ R3 como uma trajetória, a parametrização da
curva C ⊂ D ⊂ R3 dada por x = x̂(t), y = ŷ(t) e z = ẑ(t), t ∈ [a, b]
como o movimento de uma partícula seguindo a trajetória C e o
fluxo integral de escoamento como o trabalho executado pela força
F~ ao longo de C e dado por:
Z b
T (F, C) = F~ (x̂(t), ŷ(t), ẑ(t)) • T~ (t)dt
a
129
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
def ∂f~ ∂f ~ ∂f ~
∇f = i+ j+ k
∂x ∂y ∂z
130
Cálculo III AULA
F~ = ∇f então f é dita uma função potencial para o campo vetorial 7
F~ em D
~ : D ⊂ R3 7→ R3 dado por F
Teorema 7.1. Sejam F ~ = f1 (x, y, z)~ii+
131
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
132
Cálculo III AULA
D ⊂ R3 7→ R tem derivadas parciais de primeira ordem contínuas.
∂f1 ∂f2 ∂f1 ∂f3
7
Então F~ é conservativo se, somente se = , = e
∂y ∂x ∂z ∂x
∂f2 ∂f3
=
∂z ∂y
133
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
d~~r (t)
= −a sin(t)~i + a cos(t)~j + b~k
dt
d~~r (t)
Fazendo o produto escalar de F~ (t) por temos:
dt
d~~r (t)
F~ (t) • = −bat sin(t) + ba2 sin(t) cos(t)
dt
134
Cálculo III AULA
C temos:
Z
7
T (F~ , C) = F~ (t) • d~~r (t)
C
Z
d~~r (t)
= F~ (t) • dt
C dt
Z 4π
= (−bat sin(t) + ba2 sin(t) cos(t))dt
0
ba2 4π
= ba(− sin(t) + t cos(t)) + sin2 (t)
2 0
ba2
= ba(− sin(4π) + 4π cos(4π)) + sin2 (4π) −
2
ba2
−(ba(− sin(0) + 0 cos(0)) + sin2 (0))
2
= 4πba
135
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
√ √
d~~r (t) 2 2
=− ~ ~
a sin(t)i + a cos(t)j − a sin(t)~k
dt 2 2
√
d~~r (t) 2
F~ (t) • = − Ka sin(t) + Ka2 (1 + sin(t)) cos(t) −
dt √2
2
− Ka sin(t)
2
√
= − 2Ka sin(t) + Ka2 (1 + sin(t)) cos(t)
136
Cálculo III AULA
C temos:
Z
7
T (F~ , C) = F~ (t) • d~~r (t)
C
Z
d~~r (t)
= F~ (t) • dt
C dt
Z +π √
= (− 2Ka sin(t) + Ka2 (1 + sin(t)) cos(t))dt
−π
√
√ 2 +π
= ( 2Ka cos(t) − Ka2 (1 + sin(t))2 )
2 −π
= 0
∂f
= f1 = yz
∂x
∂f
= f2 = xz + 1
∂y
∂f
= f3 = xy
∂z
137
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
∂f
Integrando a primeira equação = yz com relação a x temos:
∂x
∂f
f = xyz + g(y, z) pois daí tiramos = yz.
∂x
Temos agora que determinar o g(y, z) de modo que a segunda equa-
ção sejam satisfeita.
Derivando f = xyz + g(y, z) com relação a y temos:
∂f ∂g
= xz + .
∂y ∂y
∂f
Comparando com a segunda equação = xz + 1 temos:
∂y
∂g
= 1.
∂y
Integrando com relação a y temos:
∂g
g(y, z) = y + h(z) pois daí tiramos = 1.
∂y
Podemos reescrever f comos:
f = xyz + y + h(z).
Temos agora que determinar o h(z) de modo que a terceira equa-
ção sejam satisfeita.
Derivando f = xyz + y + h(z) com relação a z temos:
∂f dh
= xy + .
∂y dz
∂f
Comparando com a terceira equação = xy temos:
∂z
dh
= 0.
dz
Logo h(z) = K é uma constante que podemos sem perda de gene-
ralidade fazer igual a zero e f passa a ter a forma final:
f (x, y, z) = xyz + y
7.7 Conclusão
138
Cálculo III AULA
como circulação e fluxo sobre curvas estão intimamente ligados à 7
Física.
RESUMO
Z
m(C) = %(x, y, z)ds
C
Z
Myz (C) = %(x, y, z)xds
ZC
Mxz (C) = %(x, y, z)yds
ZC
Mxy (C) = %(x, y, z)zds
C
139
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
Z b
m(C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))|~~v (t)|dt
a
Z b
Myz (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))x̂(t)|~~v (t)|dt
a
Z b
Mxz (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))ŷ(t)|~~v (t)|dt
a
Z b
Mxy (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))ẑ(t)|~~v (t)|dt
a
Centro de Massa.
O centro de Massa de C ⊂ R3 é dado por (x̄, ȳ, z̄), onde:
Z
%(x, y, z)xds
Myz (C) C
x̄ = = Z
m(C)
%(x, y, z)ds
Z C
%(x, y, z)yds
Mxz (C)
ȳ = = ZC
m(C)
%(x, y, z)ds
Z C
%(x, y, z)zds
Mxy (C)
z̄ = = ZC
m(C)
%(x, y, z)ds
C
140
Cálculo III AULA
Se a curva C ⊂ R3 é dada parametricamente por: x = x̂(t), y = 7
ŷ(t) e z = ẑ(t), t ∈ [a, b], o momento de inércia relativo aos eixos
x, y e z, respectivamente pode ser calculados por:
Z b
Ix (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))(ŷ 2 (t) + ẑ 2 (t))|~~v (t)|dt
a
Z b
Iy (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))(x̂2 (t) + ẑ 2 (t))|~~v (t)|dt
a
Z b
Iz (C) = %(x̂(t), ŷ(t), ẑ(t))(x̂2 (t) + ŷ 2 (t))|~~v (t)|dt
a
Campo Conservativo.
Sejam F~ : D ⊂ R3 7→ R3 um campo vetorial, dois pontos A, B ∈ D.
141
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
Z B
Se ~((F ) • dr
~ é constante ∀C ⊂ D parametrizada por: x = x̂(t),
A
y = ŷ(t) e z = ẑ(t), t ∈ [a, b] tal que A = C(a) e B = C(b) dizemos
que F~ é um campo conservativo em D.
Gradiente.
Sejam f : D ⊂ R3 7→ R uma função derivável de valores reais.
Definimos o gradiente de f , denotado ∇f , como o campo vetorial
∇f : D ⊂ R3 7→ R3 dado por:
def ∂f~ ∂f ~ ∂f ~
∇f = i+ j+ k
∂x ∂y ∂z
Função Potencial.
Sejam F~ : D ⊂ R3 7→ R3 um campo vetorial e f : D ⊂ R3 7→ R
uma função derivável de valores reais tais que F~ = ∇f então, f é
dita uma função potencial para o campo vetorial F~ em D
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
142
Cálculo III AULA
ATIV. 7.1. Seja F~ : R3 7→ R3 o campo vetorial dado por: F~ (x, y, z) = 7
y(2xyz 2 + exy )~i + x(2xyz 2 + exy )~j + 2x2 y 2 z~kk:
LEITURA COMPLEMENTAR
143
Integrais de Funções Vetoriais sobre Curvas em R3
144
AULA
Integrais de Superfícies
8
META:
Apresentar integrais de funções definidas sobre superfícies em R3 .
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir integrais de funções definidas sobre superfícies em R3 e
calcular algumas integrais de funções vetoriais definidas sobre su-
perfícies em R3 .
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I, vetores da disciplina Vetores
e Geometria analítica e superfícies em R3 .
Integrais de Superfícies
8.1 Introdução
8.2 Superfícies em R3
146
Cálculo III AULA
8.3 Área de Superfícies em R3 8
Vamos usar nesta seção uma argumentação heurística objeti-
vando encontrar uma fórmula para determinação da área de uma
superfície S ⊂ R3 . A argumentação baseia-se na possibilidade
(ver, Fig. 8.1 ) de determinar a área de uma superfície através
de uma integração dupla sobre sua projeção (sombra) no plano
D ⊂ xy. Suponhamos que a projeção da superfície S ⊂ R3 dada
147
Integrais de Superfícies
|~u
~ i × ~v j • p~ | = ∆ij
|~u
~ i × ~v j • p~ | = |~u
~ i × ~v j |.|~
p~|.| cos(ϕij )| = ∆ij
148
Cálculo III AULA
aproxima a área de S. Um refinamento da partição de D ⊂ xy me- 8
lhora a aproximação e podemos então (argumentação heurística)
escrever:
Z Z
1
Are(S) = dxdy
D | cos(ϕ)|
Para uma superfície dada por f (x, y, z) = c, temos |∇f • p~ | =
|∇f |.|~
p~|.| cos(ϕ)| e como |~
p~| = 1 portanto:
|∇f |
Z Z Z Z
Are(S) = dσ = dA
S D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z Z Z
g(x, y, z)dσ = g(x, y, z)) dA
S D |∇f • p~ |
149
Integrais de Superfícies
ZZ bp2π
Are(S) = (2r cos(ϑ))2 + (2r sin(ϑ))2 + 1rdrdϑ
0 0
Z 2π Z b q
= 4r2 cos2 (ϑ) + 4r2 sin2 (ϑ) + 1rdrdϑ
0 0
Z 2π Z b p
= 4r2 + 1rdrdϑ
0 0
dz
Fazendo a mudança de variáveis z = 4r2 + 1 temos: = 8r e os
dr
b 4b2 + 1
limites de integração r = passa a z = e podemos
0 1
150
Cálculo III AULA
reescrever a integral dupla como: 8
Z 2π Z 4b2 +1 √
Are(D) = zdzdϑ
0 1
Z 2π Z 4b2 +1 √
Are(D) = zdzdϑ
0 1
Z 2π √ 4b2 +1
= z3 dϑ
0 1
Z 2π
2 p
= ( (4b2 + 1)3 − 1)dϑ
3 0
2 p 2 2π
= ( (4b + 1)3 − 1)ϑ
3 0
4π p 2
= ( (4b + 1)3 − 1)
3
|∇f |
Z Z Z Z
m(S) = %(x, y, z)dσ = %(x, y, z)
dA
|∇f • p~ |
Z ZS Z D
|∇f |
Z
Myz (S) = %(x, y, z)xdσ = %(x, y, z)x dA
S D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z Z Z
Mxz (S) = %(x, y, z)ydσ = %(x, y, z)y dA
S D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z Z Z
Mxy (S) = %(x, y, z)zdσ = %(x, y, z)z dA
S D |∇f • p~ |
151
Integrais de Superfícies
|∇f |
Z Z
%(x, y, z)x dA
Myz (S) D |∇f • p~ |
x̄ = = Z Z
m(S) |∇f |
%(x, y, z) dA
|∇f • p~|
Z ZD
|∇f |
%(x, y, z)y dA
Mxz (S) D |∇f • p~ |
ȳ = = Z Z
m(S) |∇f |
%(x, y, z) dA
D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z
%(x, y, z)z dA
Mxy (S) |∇f • p~ |
z̄ = = Z ZD
m(S) |∇f |
%(x, y, z) dA
D |∇f • p~ |
Os momentos de inércia com relação aos eixos x, y e z são dados,
respectivamente, por:
|∇f |
Z Z
Ix (S) = %(x, y, z)(y 2 + z 2 ) dA
D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z
Iy (S) = %(x, y, z)(x2 + z 2 ) dA
D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z
Iz (S) = %(x, y, z)(x2 + y 2 ) dA
D |∇f • p~ |
152
Cálculo III AULA
8
E temos:
|∇f • p~ | = 2z
p p
|∇f | = x2 + y 2 + z 2 = 2x2 + 2y 2
|∇f |
Z Z
m(S) = % dA
D |∇f • p~ |
p
2x2 + 2y 2
Z Z
= % dxdy
x2 +y 2 ≤a2 2z
√ Z Z √
2 z2
= % dxdy
2 x2 +y 2 ≤a2 z
√ Z Z
2
= % dxdy
2 x2 +y 2 ≤a2
153
Integrais de Superfícies
√ Z 2π Z a
2
m66(S) = % rdrdϑ
2 0
√ Z 2π 02
2 r a
= % dϑ
2 0 2 0
√ Z
a2 2 2π
= % dϑ
4 0
√
2 2π
= % ϑ
4 √0
a2 2
= π%
2
|∇f |
Z Z
Mxy (S) = %z dA
D |∇f • p~ |
p
2x2 + 2y 2
Z Z
= %z dxdy
x2 +y 2 ≤a2 2z
√ Z Z
2
= % zdxdy
2 x2 +y 2 ≤a2
√ Z Z
2 p
= % x2 + y 2 dxdy
2 x2 +y 2 ≤a2
154
Cálculo III AULA
a integral dupla como:
√ Z 2π Z a
8
2 p
Mxy (S) = % (r cos(ϑ))2 + (r sin(ϑ))2 rdrdϑ
2 0
√ Z 2π Z0 a q
2
= % r2 cos2 (ϑ) + r2 sin2 (ϑ)rdrdϑ
2 0 0
√ Z 2π Z a
2 √
= % r2 rdrdϑ
2 0 0
√ Z 2π Z a
2
= % r2 drdϑ
2 0
√ Z 2π 03
2 r a
= % dϑ
2 0 3 0
√ Z
a2 2 2π
= % dϑ
6 0
√
2 2π
= % ϑ
6 √0
a3 2
= π%
3
O valor de z̄ será dado por:
√
a3 2
Mxy (S) π%
z̄ = = 3√ = 2a
m(S) 2
a 2 3
π%
2
155
Integrais de Superfícies
156
Cálculo III AULA
paralelogramo também não é nula. Podemos então fazer um par- 8
tição da região R do plano uv e mapeando-a pela parametrização
sobre a superfície S. Aproximando cada ∆σuv pela área do para-
lelogramo associado podemos aproximar a área de S pela soma de
Riemann:
XX
|~~r u × ~r v |∆u∆v.
u v
Fazendo ∆u e ∆v tenderem a zero independentemente, a conti-
nuidade das derivadas ~r v do vetor posição garante que a soma de
Riemann aproxime-se da integral dupla que dá a área Are(S) da
superfície S i.e.
Z bZ d
Are(S) = |~~r u × ~r v |dudv.
a c
157
Integrais de Superfícies
1
Como podemos calcular o vetor normal por ~n = ·(~~r u ×~~r v )
|~ u × ~r v |
~
r
a integral para o fluxo do campo vetorial F~ através da superfície
S pode ser reescrita como:
Z bZ d
φ(F~ ) = F~ (x̂(u, v), ŷ(u, v), ẑ(u, v)) • (~~r u × ~r v )dudv.
a c
158
Cálculo III AULA
8
~r u = −v sin(u)~i + v cos(u)~j + 0k
~r = cos(u)~i + sin(u)~j − 2v~k
v
~i ~j ~k
op
~r u × ~r v = det −v sin(u) v cos(u)
0
cos(u) sin(u) −2v
159
Integrais de Superfícies
Z a Z +π
φ(F~ ) = −v 3 sin(u) cos(u)dudv
0 −π
a
sin2 (u) +π
Z
= −v 3 dv
0 2 −π
Z a
1
= −v 3 (sin2 (+π) − sin2 (−π))dv
2 0
= 0
8.6 Conclusão
RESUMO
160
Cálculo III AULA
Área de uma Superfície S ⊂ R3 8
Sejam S ⊂ R3 uma superfície dada por f (x, y, z) = c cuja projeção
em um dos planos coordenados seja D e p~ a normal a D. A área
da superfície S é dada por:
|∇f |
Z Z Z Z
Are(S) = dσ = dA
S D |∇f • p~ |
Integral de Superfície S ⊂ R3
Sejam S ⊂ R3 uma superfície dada por f (x, y, z) = c cuja projeção
em um dos planos coordenados seja D e p~ a normal a D e g : D ⊂
R3 7→ R uma função de valores reais cujo domínio é a superfície S.
A a integral de g sobre a superfície S é dada por:
|∇f |
Z Z Z Z
g(x, y, z)dσ = g(x, y, z) dA
S D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z Z Z
m(S) = %(x, y, z)dσ = %(x, y, z)
dA
S D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z Z Z
Myz (S) = %(x, y, z)xdσ = %(x, y, z)x dA
S D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z Z Z
Mxz (S) = %(x, y, z)ydσ = %(x, y, z)y dA
S D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z Z Z
Mxy (S) = %(x, y, z)zdσ = %(x, y, z)z dA
S D |∇f • p~ |
161
Integrais de Superfícies
|∇f |
Z Z
Ix (S) = %(x, y, z)(y 2 + z 2 ) dA
D |∇f • p~ |
|∇f |
Z Z
Iy (S) = %(x, y, z)(x2 + z 2 ) dA
|∇f • p~|
Z ZD
|∇f |
Iz (S) = %(x, y, z)(x2 + y 2 ) dA
D |∇f • p~ |
162
Cálculo III AULA
Onde n é a normal unitária em S. 8
Área de uma Superfície S ⊂ R3 Parametrizada
Sejam S ⊂ R3 uma superfície lisa definida parametricamente por
~r (u, v) = x̂(u, v)~i + ŷ(u, v)~j + ẑ(u, v)~kk, ∀(u, v) ∈ [a, b] × [c, d] então,
a área de S será:
Z bZ d
Are(S) = |~~r u × ~r v |dudv.
a c
1
Como podemos calcular o vetor normal por ~n = ·(~~r u ×~~r v )
|~~r u × ~r v |
a integral para o fluxo do campo vetorial F~ através da superfície
163
Integrais de Superfícies
Z bZ d
φ(F~ ) = F~ (x̂(u, v), ŷ(u, v), ẑ(u, v)) • (~~r u × ~r v )dudv.
a c
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
ATIV. 8.2. Seja uma casca fina dada pela superfície S ⊂ R3 des-
crita por f (x, y, z) = a2 − x2 − y 2 − z 2 = 0, y < 0 e z > 0 (ver
Fig. 8.8) e determine seu centro de gravidade.
164
Cálculo III AULA
8
LEITURA COMPLEMENTAR
165
Integrais de Superfícies
166
AULA
Teorema de Green
e Teorema de Stokes 9
META:
Apresentar o teorema de Green e o teorema de Stokes e algumas
de suas aplicações.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Enunciar o teorema de Green e o teorema de Stokes e determinar
o fluxo rotacional de um dado campo vetorial.
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I, aula 07 e aula 08.
Teorema de Green e Teorema de Stokes
9.1 Introdução
9.2 Preliminares
168
Cálculo III AULA
(x, y), (x + ∆x, y), (x, y + ∆y) e (x + ∆x, y + ∆y) (ver Fig. 9.1 9
). A taxa com que F~ atravessa as arestas do retângulo são:
∂f1 ∂f2
+
∂x ∂y
169
Teorema de Green e Teorema de Stokes
170
Cálculo III AULA
O escoamento total ao longo das arestas do retângulo é: 9
(f2 (x + ∆x, y) − f2 (x, y))∆y + (−f2 (x, y + ∆y) + f2 (x, y))∆x
171
Teorema de Green e Teorema de Stokes
I Z Z
∂f1 ∂f2
F~ • ~n ds = + dxdy
C D ∂x ∂y
Na outra forma diz que a circulação no sentido anti-horário de um
campo de força ao longo de uma curva simples e fechada no plano
é igual a integral dupla da componente ~k do rotacional do campo
vetorial sobre a região D limitada pela curva.
I Z Z
∂f2 ∂f1
F~ • ~tds = − dxdy
C D ∂x ∂y
Vamos agora e sem muita demora à demonstração do teorema de
Green.
172
Cálculo III AULA
em mais que dois pontos e Seja R a região limitada por C então: 9
I Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy = − ) dxdy
C R ∂x ∂y
PROVA: Observando a Fig. 9.3 vemos C formada por duas
parte orientadas dadas por:
C1 : y = g1 (x) a ≤ x ≤ b
C : y = g (x) b ≥ x ≥ a
2 2
∂f1
Tomando um ponto arbitrário x ∈ (a, b) podemos integrar em
∂y
relação a y nos limites y = g1 (x) até y = g2 (x). A saber:
Z g2 (x)
∂f1 g2 (x)
dy = f1 (x, y) = f1 (x, g2 (x)) − f1 (x, g1 (x))
g1 (x) ∂y g1 (x)
Z bZ g2 (x) Z b
∂f1
dydx = (f1 (x, g2 (x)) − f1 (x, g1 (x)))dx
a g1 (x) ∂y a
Z a Z b
= − (f1 (x, g2 (x))dx − f1 (x, g1 (x)))dx
Zb Z a
= − f1 dx − f1 dx
C2 C1
I
= − f1 dx
C
I Z Z
∂f1
f1 dx = − dxdy
C R ∂y
Por outro lado, observando a Fig. 9.4 a curva C pode ser dada
por:
173
Teorema de Green e Teorema de Stokes
C1 : x = h1 (y) c ≤ y ≤ d
C : x = h (y) d ≥ y ≥ c
2 2
∂f2
Tomando um ponto arbitrário y ∈ (c, d) podemos integrar em
∂x
relação a x nos limites x = h1 (y) até x = h2 (y). A saber:
Z h2 (y)
∂f2 h2 (y)
dx = f2 (x, y) = f2 (h2 (y), y) − f2 (h1 (y), y)
h1 (y) ∂x h1 (y)
Z d Z h2 (y) Z d
∂f2
dxdy = (f2 (h2 (y), y) − f2 (h1 (y), y))dy
c h1 (y) ∂x c
Z d Z c
= f2 (h2 (y), y)dy + f2 (h1 (y), y)dy
cZ Z d
= − f2 dy − f2 dy
C2 C1
I
= f2 dy
C
174
Cálculo III AULA
I Z Z
∂f2
9
f2 dy = dxdy
C R ∂x
Adicionando os dois resultados temos:
I Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy = − ) dxdy
C R ∂x ∂y
175
Teorema de Green e Teorema de Stokes
I Z Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy + f1 dx + f2 dy = − ) dxdy
IC1 ZAB Z ZR1 ∂x ∂y
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy + f1 dx + f2 dy = − ) dxdy
IC2 ZBD Z R2 ∂x ∂y
f1 dx + f2 dy + f1 dx + f2 dy + f1 dx + f2 dy =
ZC3Z BA
DB
∂f2 ∂f1
− ) dxdy
R3 ∂x ∂y
Adicionando todas as equações e levando em conta que:
Z Z
f1 dx + f2 dy = − f1 dx + f2 dy
Z AB ZBA
f1 dx + f2 dy = − f1 dx + f2 dy,
BD DB
temos:
Z Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy = − ) dxdy
C1 ∪C2 ∪C3 R1 ∪R2 ∪R3 ∂x ∂y
Z Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy = − ) dxdy.
C R ∂x ∂y
176
Cálculo III AULA
Uma outra categoria de regiões que não satisfaz a exigência da 9
demonstração do teorema de Green são regiões R com buracos
Z Z Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy + f1 dx + f2 dy = − ) dxdy
C C∗ R ∂x ∂y
177
Teorema de Green e Teorema de Stokes
I Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy = − ) dxdy
C R ∂x ∂y
178
Cálculo III AULA
∂f1 ∂f2
Portanto = e temos:
∂y ∂x
Z Z
∂f2 ∂f1
− dxdy = 0
R ∂x ∂y
179
Teorema de Green e Teorema de Stokes
I I
1
f1 dx + f2 dy = (xdx − ydy)
C1 C1 x2 + y 2
2π
b2 cos2 (t) + b2 sin2 (t)
Z
= dt +
0 b2 cos2 (t) + b2 sin2 (t)
Z 2π
= dt
0
2π
= t
0
= 2π
I I
1
f1 dx + f2 dy = (xdx − ydy)
C2 C1 x2 + y2
2π
a2 cos2 (t) + a2 sin2 (t)
Z
= − dt +
0 a2 cos2 (t) + a2 sin2 (t)
Z 2π
= − dt
0
2π
= −t
0
= −2π
I I
f1 dx + f2 dy + f1 dx + f2 dy = 0
C1 C2
I I Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy + f1 dx + f2 dy = − dxdy
C1 C2 R ∂x ∂y
180
Cálculo III AULA
9.6 Teorema de Stokes 9
Caros alunos, nesta seção trataremos do Teorema de Stokes,
que é uma generalização do Teorema de Green. Porém, devido a
dificuldade das técnicas usada em sua demonstração e que escapam
ao escopo deste curso, nos limitaremos a apresenta-lo e fazer uma
BIOGRAFIA
aplicação do mesmo.
Sir George Gabriel
Começamos por estender o conceito de densidade de circulação
Stokes nasceu em
(rotacional). Como vimos anteriormente a componente ~k da densi- Skreen, Condando de
Sligo, 13 de Agosto
dade de circulação de um campo vetorial bi-dimensional F~ (x, y) = de 1819 e morreu
∂f2 ∂f1 em Cambridge, 1 de
f1 (x, y)~i + f2 (x, y)~j é dada por: − . Em dimensão três, a Fevereiro de 1903,
∂x ∂y foi um matemático e
densidade de circulação (rotacional) é um vetor normal ao plano físico irlandês que se
distinguiu pelas suas
de circulação cuja direção satisfaz a regra da mão direita. A taxa contribuições na dinâ-
mica de fluidos (por
de rotação do fluido é medida pelo módulo do vetor rotacional. exemplo, as equações
de Navier-Stokes),
Vamos à definição:
na óptica e física
matemática (Teorema
Definição 9.3. Seja F~ : D ⊂ R3 7→ R3 uma campo vetorial de Stokes). Wikipedia
def ∂f3 ∂f2 ~ ∂f1 ∂f3 ~ ∂f2 ∂f1 ~
∇ × F~ = − i+ − j+ − k
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Vamos agora enunciar o Teorema de Stokes que nos diz que sob
certas condições a circulação de um campo vetorial ao longo da
borda de uma superfície S ⊂ R3 no sentido anti-horário com rela-
ção ao campo de vetores normais a S é igual a integral de superfície
do componente normal do rotacional.
181
Teorema de Green e Teorema de Stokes
I Z
F~ • d~~r = (∇ × f~) • ~n dσ
C S
Z Z
(∇ × f~) • ~n dσ = (∇ × f~) • ~n dσ
S1 S2
∂f2 ∂f1
∇ × F~ • ~n = ∇ × F~ • ~k = −
∂x ∂y
I Z Z
∂f2 ∂f1
F~ • d~~r = − dxdy
C R ∂x ∂y
182
Cálculo III AULA
9.7 Aplicação do Teorema de Stokes 9
Caros alunos, nesta seção faremos uma aplicação do teorema
de Stokes. A saber:
~ ao longo de C
SOLUÇÃO: Para determinação da circulação de F
usaremos o teorema de Stokes. Percorrer C no sentido anti-horário
visto de cima corresponde a tomar a normal ~n ao cone apontando
para dentro.
O cone pode ser parametrizado por:
183
Teorema de Green e Teorema de Stokes
~i ~j ~k
~r r × ~r ϑ = det a cos(ϑ)
a sin(ϑ) a
−ar sin(ϑ) ar cos(ϑ) 0
Daí, temos:
Z Z Z bZ d
F~ • ~n dσ = (∇ × F~ ) • (~~r u × ~r v )dudv
S a c
~i ~j ~k
∂ ∂ ∂
∇ × F~ = det
∂x ∂t ∂z
yz + xz xz + x xy − y 2 /2
Daí, temos:
∇ × F~ = −y~i + x~j + ~k
184
Cálculo III AULA
9
∇ × F~ • (~~r u × ~r v ) = +a2 r2 cos(ϑ) sin(ϑ) − a2 r2 cos(ϑ) sin(ϑ) + ar
= ar
Z Z Z 2π Z 1
F~ • ~n dσ = ardrdϑ = aπ
S 0 0
I Z Z
F~ • d~~r = (∇ × F~ ) • ~n dσ = aπ
C S
9.8 Conclusão
RESUMO
185
Teorema de Green e Teorema de Stokes
I Z Z
∂f2 ∂f1
f1 dx + f2 dy = − ) dxdy
C R ∂x ∂y
Rotacional
Seja F~ : D ⊂ R3 7→ R3 uma campo vetorial tridimensional dado
por: F~ (x, y, z) = f1 (x, y, z)~ii+f2 (x, y, z)~jj+f3 (x, y, z)~k onde f1 , f2 , f3 :
186
Cálculo III AULA
D ⊂ R3 7→ R são funções contínuas e com derivadas parciais de 9
primeira ordem contínuas. O rotacional de F~ , denotado RotF~ ou
∇ × F~ , é definido por:
def ∂f3 ∂f2 ~ ∂f1 ∂f3 ~ ∂f2 ∂f1 ~
∇ × F~ = − i+ − j+ − k
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Teorema de Stokes
Sejam F~ : D ⊂ R3 7→ R3 um campo vetorial tridimensional cujas
componentes são contínuas e têm derivadas parciais de primeira
ordem contínuas e S ⊂ D ⊂ R3 uma superfície lisa com borda
C ⊂ D ⊂ R3 lisa então, a circulação do campo vetorial F~ ao
l.ongo da borda C de S, no sentido anti-horário em relação aos
vetores normais unitários de S é igual a integral de superfície da
componente normal do rotacional i.e.:
I Z
F~ • d~~r = (∇ × f~) • ~n dσ
C S
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
187
Teorema de Green e Teorema de Stokes
LEITURA COMPLEMENTAR
188
AULA
Teorema de Divergência
10
META:
Apresentar o teorema de Gauss e algumas de suas aplicações.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Enunciar o teorema de Gauss.
Determinar o divergente de um campo vetorial e determinar o fluxo
de um campo vetorial através de uma superfície fechada em R3 .
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com do-
mínio em R, da disciplina Cálculo I e aula 08.
Teorema de Divergência
10.1 Introdução
190
Cálculo III AULA
10
∂ 2 ∂ ∂
∇ • F~ = (x yz) + (xy 2 z) + (xyz 2 )
∂x ∂y ∂z
= 2xyz + 2xyz + 2xyz
= 6xyz
191
Teorema de Divergência
Z Z Z Z Z
∇ • F~ dxdydz = F~ • ~n dσ
D S
Z Z Z Z Z Z z2 (x,y)
∂f3 ∂f3
dV ol = dxdy dz
D ∂z Sxy z1 (x,y) ∂z
192
Cálculo III AULA
Integrando e substituindo os limites temos: 10
Z Z Z Z Z
∂f3
dV ol = f3 (x, y, z2 (x, y))dxdy −
D ∂z Sxy
Z Z
− f3 (x, y, z1 (x, y))dxdy
Sxy
Z Z Z Z
f3 (x, y, z2 (x, y))dxdy = f3 nz dσ
Sxy S2
e também:
Z Z Z Z
f3 (x, y, z1 (x, y))dxdy = − f3 nz dσ
Sxy S1
Z Z Z Z Z Z Z
∂f3
dV ol = f3 nz dσ + f3 nz dσ
D ∂z S2 S1
Z Z
= f3 nz dσ
S2 ∪S1
Como S = S2 ∪ S1 temos:
Z Z Z Z Z
∂f3
dV ol = f3 nz dσ
D ∂z S
De forma análoga, usando as projeções de D sobre os planos coor-
denados yz e xz podemos deduzir que:
193
Teorema de Divergência
Z Z Z Z Z
∂f1
dV ol = f1 nx dσ
D ∂x S
e também:
Z Z Z Z Z
∂f2
dV ol = f2 ny dσ
D ∂y S
Z Z Z Z Z
∂f1 ∂f2 ∂f3
+ + dV ol = (f1 nx + f2 ny + f3 nz )dσ
D ∂x ∂y ∂z S
F~ • ~n = f1 nx + f2 ny + f3 nz
∂f1 ∂f2 ∂f3
∇ • F~ = + +
∂x ∂y ∂z
E temos então:
Z Z Z Z Z
∇ • F~ dV ol = F~ • ~n dσ
D S
194
Cálculo III AULA
10
Z Z Z Z Z
∇ • F~ dxdydz = F~ • ~n dσ
D S
195
Teorema de Divergência
Z Z Z Z Z
F~ • ~n dσ = ∇ • F~ dV ol
S D
∂ ∂ ∂
∇ • F~ = (x) + (y) + (z)
∂x ∂y ∂z
= 3
196
Cálculo III AULA
Daí, temos: 10
Z Z Z Z Z
F~ • ~n dσ = 3dV ol
S Z Z D
Z
= 3 dV ol
D
= 4πa3
~ = q
E ~r
4π0 |~~r |3
Como ~r = x~i + y~j + z~kk, colocando φ = |~~r | =
p
x2 + y 2 + z 2 temos:
~ = q ~
E F
4π0
1
onde F~ = 3 ~r .
φ
Podemos escrever o vetor F~ em suas componentes como:
x y z
F~ = 3~i + 3~j + 3 ~k
φ φ φ
Calculando as derivadas parciais das componentes de F~ temos:
∂φ
∂
x
φ3 − 3xφ2
= ∂x
∂x φ3 φ6
197
Teorema de Divergência
p
Como φ = |~~r | = x2 + y 2 + z 2 temos:
∂φ x x
=p =
∂x 2 2
x +y +z 2 φ
Logo:
φ3 − 3x2 φ
∂ x
=
∂x φ3 φ6
De modo análogo temos:
φ3 − 3y 2 φ
∂ y
=
∂y φ3 φ6
e também:
φ3 − 3z 2 φ
∂ z
=
∂z φ3 φ6
Somando as três equações temos:
3φ3 − 3(x2 + y 2 + z 2 )φ
∂ x ∂ y ∂ z
+ + =
∂x φ3 ∂y φ3 ∂z φ3 φ6
3φ3 − 3φ2 φ
=
φ6
= 0
Logo como:
∂ ∂ y ∂ x
z
∇ • F~ =
+ + =0
∂x
∂y φ 3 φ3
∂z φ3
~ = q ∇ • F~ temos:
E também como ∇ • E
4π0
~ =0
∇•E
198
Cálculo III AULA
Tomando D∗ como a região entre S e uma esfera centrada na 10
origem Sa e cujo raio a seja suficiente para que S permaneça no
interior da esfera eaplicando o teorema da divergência temos:
Z Z Z Z Z
~
E • ~n dσ = ∇•E ~
EdV ol = 0
S∪Sa D∗
Z Z Z Z Z
d
%dV ol + %~~v • ~n dσ = 0
dt D∗ S∗
onde a primeira integral representa a variação total da massa den-
tro da região D∗ e a segunda representa a variação de massa que
penetra em D∗ pela superfície S ∗ .
Usando o teorema da divergência temos:
Z Z Z Z Z Z
d
%dV ol + ∇ • (%~~v )dV ol = 0
dt D∗ D∗
199
Teorema de Divergência
Z Z Z Z Z Z
d ∂%
%dV ol = dV ol
dt D∗ D∗ ∂t
E podemos reformular a equação de balanço de massa para a forma:
Z Z Z
∂%
+ ∇ • (%~~v ) dV ol = 0
D∗ ∂t
Como a integral acima vale ∀D∗ ⊂ D ⊂ R3 podemos dividi-la
por V ol(D∗ ), usar o teorema do valor médio para integrais, fazer
V ol(D∗ ) tender a zero e concluir que:
∂%
+ ∇ • (%~~v ) = 0
∂t
Que a forma diferencial pontual da equação de balanço de massa.
10.6 Conclusão
RESUMO
200
Cálculo III AULA
Divergente de um Campo Vetorial Tridimensional 10
Seja F~ : D ⊂ R3 7→ R3 um campo vetorial tridimensional dado
por F~ (x, y, z) = f1 (x, y, z)~i + f2 (x, y, z)~j + f3 (x, y, z)~k tal que suas
componentes f1 , f2 , f3 : D ⊂ R3 7→ R sejam contínuas e tenham
derivadas parciais de primeira ordem contínuas em D. Definimos
o divergente de F~ , denotado DivF~ ou ∇ • F~ , por:
Z Z Z Z Z
∇ • F~ dxdydz = F~ • ~n dσ
D S
201
Teorema de Divergência
Z Z Z Z Z
∇ • F~ dxdydz = F~ • ~n dσ
D S
ATIVIDADES
Z Z
1
V ol(D) = F~ • ~n dσ
3 S
202
Cálculo III AULA
. 10
Comentário: Volte ao texto e reveja com calma e atenção o
texto e as aplicações acima, elas lhe servirão de guia.
LEITURA COMPLEMENTAR
203