Apostila Contabilidade Comercial I - 2011
Apostila Contabilidade Comercial I - 2011
Apostila Contabilidade Comercial I - 2011
COMERCIAL I
Material de Apoio
Neste material sintetizou-se o conteúdo programático da disciplina
Contabilidade Comercial I, o qual servirá de apoio aos estudos da citada
disciplina. Está devidamente atualizado segundo a legislação contábil,
porém, não substitui pesquisas, leituras e conclusões a serem efetuadas.
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Passivo Não Circulante ................................................................................................ 86
Patrimônio Líquido ...................................................................................................... 88
Grupos de resultado .....................................................................................................91
4.4. Lançamentos .......................................................................................................... 100
4.5. Balancete de Verificação ........................................................................................ 111
UNIDADE V – OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ................................................ 112
5.2. Devolução de Mercadorias ..................................................................................... 115
5.3. Descontos Concedidos e Obtidos ............................................................................ 116
5.4. Controle de Estoque e Custo de Mercadorias e Produtos ....................................... 117
5.5. Precificação de Mercadorias .................................................................................. 128
UNIDADE VI – OPERAÇÕES FINANCEIRAS .............................................................. 134
Empréstimo Mediante Emissão de Notas Promissórias ............................................... 134
Empréstimo com Caução de Títulos ........................................................................... 135
Desconto de Títulos de Crédito .................................................................................. 135
Empréstimos Hipotecário e Pignoratício ..................................................................... 137
Empréstimos Mediante Emissão de Debêntures.......................................................... 137
Cobranças Simples ..................................................................................................... 138
Aplicações Financeiras ............................................................................................... 138
UNIDADE VII - FOLHA DE PAGAMENTO .............................................................. 140
UNIDADE VIII – PROVISÕES ................................................................................... 158
Conceito ..................................................................................................................... 158
Classificação .............................................................................................................. 158
Provisões Retificadoras do Ativo................................................................................ 158
Provisões Passivas...................................................................................................... 158
Quanto ao Aspecto Fiscal ........................................................................................... 158
Dedutíveis .................................................................................................................. 158
Indedutíveis ............................................................................................................... 158
Provisões Retificadoras do Ativo................................................................................ 158
Provisões Passivas...................................................................................................... 158
Contabilização ........................................................................................................... 159
8.2. Provisão Crédito de Liquidação Duvidosa.............................................................. 160
8.3. Outras Provisões..................................................................................................... 162
UNIDADE VIII – DEPRECIAÇÕES, AMORTIZAÇÕES E EXAUSTÃO .................. 166
UNIDADE IX – CONCILIAÇÃO E AJUSTE DE CONTAS ........................................ 170
UNIDADE X – ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO ...................... 171
UNIDADE XI – LEVANTAMENTO DO BALANÇO PATRIMONIAL E
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................ 173
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Introdução
Seu conteúdo foi desenvolvido com as adequações pertinentes, de acordo com a evolução
da profissão contábil e das legislações fiscais, societárias e comerciais vigentes, conforme
o surgimento dos diferentes temas que envolvem a Contabilidade, e está atualizada de
acordo com a nova lei contábil.
Devido à importância que a ciência contábil tem na sociedade, a presente obra vem
fornecer elementos aos estudantes que, realmente, desejam aplicar a Contabilidade na sua
mais completa essência e aumentar a qualidade dos informes contábeis.
Ressaltamos, porém, que este material não pretende esgotar o assunto e nem substituir
pesquisas, leituras e conclusões a serem efetuadas.
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UNIDADE I – NOÇÕES PRELIMINARES
Ampliada a importância do terceiro setor, aumentaram-se as verbas alocadas para ele, seja
por instituições de financiamento custeadas por empresas ou pessoas, seja pelo apoio dos
governos, ou pela geração de receita atrelada à própria atuação deste setor. Dessa forma,
desenvolveu-se também a necessidade de profissionalismo na gestão e operação das
atividades destas instituições.
Uma entidade, para ser competitiva e sobressair-se neste ambiente no qual esta inserida,
precisa adotar uma nova postura com a busca da informação e do conhecimento para uma
gestão eficaz. Através da utilização da Contabilidade, que desenvolvida de forma integrada
e adequada às necessidades das entidades, permite uma maior flexibilidade, eficiência,
agilidade e segurança aos gestores, que passam a avaliar melhor as diversas decisões a
serem tomadas e o impacto delas decorrentes.
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1.2. Considerações Iniciais sobre a Escrituração Contábil
Ainda existem outros textos legais que respaldam a escrituração contábil dos quais
destacamos a Lei das Sociedades por Ações, aprovada pela Lei 6.404 de 15 de dezembro
de 1976, e alterações posteriores. O texto legal estabelece em seu Capítulo XV as
disposições aplicadas à escrituração e que ao fim de cada exercício social, a diretoria
deverá elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes
demonstrações financeiras:
a) balanço patrimonial;
Em seu art. 177 a lei estabelece que a escrituração das empresas deve ser mantida em
registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e aos
princípios de contabilidade, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes
segundo o regime de competência.
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Assim, nasceu a contabilidade fiscal, cuja preocupação maior é a apuração de um resultado
dentro das normas da legislação fiscal, mediante registros auxiliares.
Hoje, no Brasil, isso existe até certo ponto, já que o Livro de Apuração do Lucro Real
acaba por se traduzir, dentro de certos limites, numa contabilidade fiscal. No entanto, em
outros países e até em algumas empresas no Brasil, essa escrituração, para efeitos
tributários, é tão desmembrada que há efetivamente uma "contabilidade fiscal" apenas para
atendimento dos objetivos e das necessidades fiscais, existindo inclusive a figura do
contador fiscal.
Quando se trata de empresa tributada com base no lucro presumido, há de se observar, que
existe dispensa para a escrituração contábil completa, porém ela produz efeitos unicamente
para fins do Imposto de Renda, não se estendendo à legislação comercial, societária e
previdenciária, dentre outras.
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Sistema Escritural em meio magnético à disposição da Receita Federal
O art. 235 do Decreto 3.048 prevê que a fiscalização poderá examinar a escrituração
contábil e qualquer outro documento da empresa, a fim de validar se a contabilidade
registra o movimento real da remuneração dos segurados a seu serviço.
O texto legal prevê ainda multa para o contribuinte que deixar de cumprir as obrigações
previstas no decreto em questão.
III - O Diário poderá ser escriturado por partidas mensais ou de forma sintetizada, desde
que apoiado em registros auxiliares que permitam a identificação individualizada dos
registros.
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1.2.5. Funções da Contabilidade
a) Registrar todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;
c) Demonstrar com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de
demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;
Uma empresa sem contabilidade é uma entidade sem memória, sem identidade e sem as
mínimas condições de sobreviver ou de planejar seu crescimento.
A escrituração contábil habilita a empresa para enfrentar diversas situações, tais como:
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b) Falência - Para que a falência não seja considerada fraudulenta, a empresa deve cumprir
o mesmo ritual relativo à concordata.
O registro contábil é importante para, entre outros aspectos, analisar as causas que levam
um grande número de pequenas empresas a fecharem suas portas prematuramente.
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Compreendemos por sistema de informação um conjunto de dados, técnicas específicas de
acumulação, ajustes e elaboração de relatórios que permite:
Conceitua-se como usuário toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação
da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa,
Por exemplo, a empresa efetua a cessão de créditos a terceiros, mas fica contratado que a
cedente poderá vir a ressarcir a cessionária pelas perdas decorrentes de eventuais não-
pagamentos por parte dos devedores. Ora, juridicamente, não há ainda dívida alguma na
cedente, mas ela deverá atentar para a essência do fato e registrar a provisão para atender a
tais possíveis desembolsos.
Com o grande volume de negócios fechados até pode ter entrado uma excelente quantia no
caixa da empresa, contudo, se o valor que a empresa paga em impostos for excessiva,
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certamente o empresário não ficará satisfeito com o lucro auferido. E é exatamente aí que
entra o papel do contador.
Contador é investimento
Mas como identificar um bom profissional? Saber se ele realmente está preparado para
atender as suas necessidades? São perguntas que até então você não saberia responder, mas
poderá ter uma "luz" ao prestar atenção a algumas dicas simples que podem fazer a
diferença. Primeiramente, o empresário deve "investir" em um contador, e não "gastar"
com um.
Pró-atividade
Um bom contador é aquele que identifica soluções legais que permitam reduzir os custos
fiscais e gerenciais da sua empresa. Ou seja, que ajuda no planejamento fiscal da empresa.
Considerando a rapidez com que a legislação tributária muda no Brasil, esse profissional
deve se reciclar constantemente.
De contador a consultor
O mesmo vale para o profissional, que deve ter seu registro junto ao conselho regional de
contabilidade local em ordem. Obrigatório esse registro é tão importante quanto o registro
de médico no CRM, e a sua empresa pode ser multada por contratar profissionais sem
registro.
Por último, mas de igual importância, está a relação comercial entre a empresa e o seu
contador que deve ser de extrema confiança, ou todas as dicas mencionadas podem perder
efeito. O contador é a pessoa que tem acesso a informações confidenciais e estratégicas do
negócio e da família, o que significa que simplesmente não dá para abrir este tipo de
informação para qualquer pessoa.
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1.3. Sociedades Empresárias
1.3.1. Empresário
A definição de empresário está conceituada no art. 966, do código civil, da seguinte forma:
“Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade economicamente
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Por outro lado,
determina que não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores,
salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
1.3.2. A empresa
A definição do conceito de empresa não foi contemplada pelo atual Código Civil, tão
pouco pelo Código anterior. Vamos encontrar a definição jurídica de empresa na Lei nº.
4.137/62 art. 6º, que a conceituou como sendo “toda organização de natureza civil ou
mercantil destinada à exploração por pessoa física ou jurídica de qualquer atividade com
fins lucrativos”.
Corroborando essa definição, no entanto por outras palavras, temos outro conceito:
empresa é a organização técnico-econômica que se propõe a produzir mediante
combinação de diversos elementos, natureza, trabalho e capital, bens e serviços destinados
à troca (venda), com esperança de realizar lucro, correndo o risco por conta do empresário,
insto é, daquele que reúne, coordena e dirige esses elementos sob sua responsabilidade.
O objeto do nosso estudo está ligado às empresas, que têm seu nascimento como unidade
jurídica a partir do agrupamento humano organizado, estável, objetivando fins de utilidade
privada, inteiramente distinta dos indivíduos que a compões, capaz de possuir e exercitar
direitos e contrair obrigações.
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O artigo 20 da Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1.916 (antigo Código Civil) dispunha
textualmente que as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros; tendo
existência distinta da dos seus membros é forçoso concluir que distintas também seriam
suas obrigações, bem como seus direitos. Por outras palavras, sob a ótica desse dispositivo,
as pessoas jurídicas são dotadas de direitos e obrigações independentemente dos direitos e
obrigações dos sócios. O patrimônio da sociedade requer controle isolado das pessoas que
a integram, isto quer dizer que o patrimônio da empresa tem personalidade própria.
De modo geral, a dívida é uma obrigação personalíssima, ou seja, não pode passar da
pessoa do devedor. Dessa forma, as dívidas da pessoa jurídica não poderiam ser cobradas
dos sócios, visto terem existência distinta e capital próprio, exceto na hipótese em que o
capital social não estivesse totalmente integralizado.
O art. 50, do Código Civil atual, passou a legislar sobre esse assunto de forma diferente,
determinando que “em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio
de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte,
ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações sejam estendidas aos bens particulares dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica”.
Isto significa que sobre a cobrança de dívida, por exemplo, doravante poderá ser afastada a
figura da pessoa jurídica para fazer recair na pessoa física, sócios ou administradores.
Essa norma traz ainda outra reflexão de suma importância, o “desvio de finalidade” que
tem como conseqüência a despersonificação da pessoa jurídica.
Neste momento houve o desvio de finalidade, pois a sociedade passou a prestar serviços, e
isto, em última análise, poderá ser a causa da despersonificação da pessoa jurídica.
1.3.5. O patrimônio
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seja, Estatuto Social para as Sociedades por Ações e Contrato Social para os demais tipos
societários.
Código Comercial Brasileiro (Lei nº. 556, de 25 de junho de 1850), em seu artigo 287,
dispõe que é essência das sociedades que o objetivo e fim a que se propõem seja lícito, e
que cada um dos sócios contribua para o seu capital com alguma quota, sendo esta
contribuição geralmente feita através de dinheiro ou bens que integrará o permanente. Ao
pôr o Patrimônio da empresa em ação, espera-se que a mesma obtenha lucros, sendo que o
art. 288 do Código Comercial dispõe que “É nula a sociedade ou companhia em que se
estipular que a totalidade dos lucros pertença a um só dos associados, ou em que alguém
seja excluído”. Já nas sociedades civis, é nula somente a cláusula que assim dispuser no
contrato, conforme artigo 1.008 do Código Civil.
O Art. 1.052 do Código Civil dispõe que na sociedade limitada a responsabilidade de cada
sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela
integralização do capital social.
Art. 8º. Da Lei 6.404/76 permite que a integralização do capital seja feita por meio de bens.
Isto posto, dispõe que a avaliação desses bens seja feita por três peritos ou por empresa
especializada, alertando o art. 9º. A mesma lei dispõe que na falta de declaração em
contrário, os bens, antes pertencentes à pessoa física do subscritor, transferem-se à
companhia a título de propriedade.
O § 1º do Art. 1.055, do Código Civil dispõe “pela exata estimação de bens conferidos ao
capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data
do registro da sociedade.
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1.4. Classificação das Sociedades
a) As Sociedades Civis - são aquelas constituídas para praticar atividades não vinculadas a
operações mercantis (venda de mercadorias); assim como regra, são as que se
predispõem contratualmente a ter como objetivo social a prestação de serviços.
Haverá sociedade quando, no mínimo, duas ou mais pessoas unirem-se por contrato, com o
mesmo objetivo, para criarem uma sociedade empresária para exploração de qualquer
atividade lícita com o objetivo de lucro.
Sociedade em comum
Essa sociedade é aquela cujos atos constitutivos ainda não foram submetidos a registro.
Enquanto permanecer essa condição, a sociedade será regida pelas normas da sociedade
simples, subsidiariamente naquilo que for compatível.
Para essa sociedade, o patrimônio especial é composto pelos bens e pelas dívidas sociais,
sendo os sócios titulares em comum.
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rol de formalização e registro de uma sociedade, mas será identificado um ou mais sócios
que exploram em seus próprios nomes individuais o destino da sociedade. Sua constituição
é acidental ou casual e sua duração é momentânea, ou seja: a sociedade poderá durar
enquanto durar o negócio. São regidas pelos arts. 325 a 328 do Código Comercial.
Dessa forma, obriga-se perante terceiros apenas e tão somente o sócio ostensivo, desde que
o sócio participante (outrora sócio oculto) não tome parte nas deliberações sociais. Apesar
disso, nada obsta a que o sócio participante fiscalize a gestão dos negócios sociais.
Sócio Ostensivo - É a pessoa física ou jurídica em cujo nome são exercidas as operações
comerciais, dispondo o art. 326 do Código Comercial que este é o único que se
responsabiliza, de maneira ilimitada, para com terceiros e no caso de “quebrar” ou falir o
sócio ostensivo (sócio-gerente), é lícito ao terceiro com quem houver se comprometido
exigir que se saldem todas as contas que com ele tiver pendentes, ainda que os outros
sócios (participantes) mostrem que os valores que serão utilizados lhes pertencem
societariamente, uma vez que não há como provar que o dito terceiro tinha conhecimento
do sócio participante antes da “quebra”, afinal ele se oculta perante terceiros, transmitindo
ao mercado ser um ente estranho à sociedade até que se exponha.
Sócio Participante – É o sócio investidor, que não tem qualquer obrigação perante
terceiros e como tal está subordinado tão somente às cláusulas apontadas no contrato
celebrado com o sócio ostensivo. Este tem função idêntica à do Sócio Comanditário na
Sociedade em Comandita Simples, pois não pode exercer qualquer ato de sócio-gerente,
comprometendo-se unicamente para com o sócio ostensivo, segundo cláusulas
estabelecidas entre as partes.
Esse gênero de sociedade, por sua própria natureza, exige que seus atos constitutivos sejam
submetidos a registro nos órgãos competentes. Dessa forma, as espécies de sociedades
tratadas a seguir, necessariamente, deverão estar oficializadas mediante o competente
registro.
Sociedade simples
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f) as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e
atribuições;
g) a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas.
h) Se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente pelas obrigações sociais.
O art. 998, do Código Civil determina que “nos trinta dias subseqüentes à sua constituição,
a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas
Jurídicas do local de sua sede.
O art. 1008, do Código Civil determina que “é nula a estipulação contratual que exclua
qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas”.
Nas relações com terceiros, a sociedade adquire direitos, assume obrigações e procede
judicialmente, por meio de administradores com poderes especiais, ou, não os havendo, por
intermédio de qualquer administrador (Art. 1.022 do CC).
Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na
proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade
solidária (Art. 1.023 do CC).
Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo
todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais (Art. 1.039 CC). Sem
prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por
unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.
Responsabilidade Solidária dos Sócios - Mesmo sabendo que a sua participação é uma
parte do capital social, o sócio assume as obrigações da sociedade juntamente com os
demais sócios, não importando o percentual que lhe cabe; assim, um sócio é tratado como
uma pessoa responsável, por inteiro, pelas dívidas sociais, não havendo divisão destas
obrigações segundo a participação de cada um, ou seja, a sociedade, ao assumir um passivo
perante terceiro, diante do Código Comercial, depreende-se que cada sócio, mesmo que ele
não seja sócio-gerente, a assume por inteiro, respondendo com seus bens particulares, caso
seja necessário, com exceção somente nos casos em que a razão social foi empregada em
transações estranhas aos negócios designados no contrato, conforme artigo 316 do referido
Código.
Assim, um terceiro não pode exigir que um sócio pague a dívida da sociedade com um
imóvel particular, digamos, se ainda existirem bens da sociedade que comportem saldá-la
(art. 350 do Código Comercial).
Sócios Comerciantes - Não podem fazer parte da firma social nomes de pessoas que não
sejam sócios comerciantes, destacando que não havendo no contrato designação do sócio
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ou sócios que tenham a faculdade de usar privativamente a razão social, nem algum
excluído, presume-se que todos os sócios têm direito igual de fazer uso dela.
Convém dizer que comerciante é todo aquele que juridicamente é capaz, de maneira
habitual, de praticar atos de comércio emprestando o seu nome a empresa, podendo ser
individualmente (Firma Individual) ou coletivamente (Sociedade Solidária: - Sociedade em
Comandita Simples; - Sociedade em nome Coletivo).
Razão Social - A firma (ou razão social - vocábulo sinônimo) da sociedade em nome
coletivo deve conter individualmente todos os sócios (ex. Carvalho, Pereira) ou conter pelo
menos o nome de um com o complemento por extenso ou abreviado - & Companhia
(Carvalho & Companhia, ou Carvalho & Cia.).
Ressalte-se que, não havendo no contrato designação do sócio ou sócios que irão gerir a
empresa, nem algum excluído, conclui-se que todos os sócios têm direito igual de exercer
os negócios em nome da razão social da sociedade conforme o art. 316 do Código
Comercial.
É constituída quando se quer que um ou mais sócios sejam tão-somente capitalistas, não
sendo estes responsáveis por qualquer obrigação, inclusive perante terceiros, restringindo-
se a entregar à sociedade o capital que se encarregou de integralizar.
Art. 311 do Código Comercial esclarece que quando duas ou mais pessoas, se associam
para fim comercial, obrigando-se uns como sócios solidariamente responsáveis, e sendo
outros simples prestadores de capitais, com a condição de não serem obrigados além dos
valores que forem declarados no contrato, esta associação tem a natureza de Sociedade em
Comandita.
Sócio Comanditário - trata-se do capitalista, que por questões particulares acha por
bem ser um sócio “oculto”, não podendo praticar algum ato de gestão, nem ser
envolvido nos negócios da sociedade, ainda mesmo que seja como procurador, nem
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fazer uso da firma social (nome da Sociedade Comercial), tendo como único retorno
financeiro o recebimento de distribuição de lucros.
Caso o nome do comanditário venha a compor a firma social, neste instante este sócio
passa a ser comanditado, sendo que não descaracteriza a personalidade de comanditário,
quando este participa nas reuniões e deliberações da sociedade, nem quando fiscaliza as
suas operações, pois pelo art. 290 do Código Comercial é claro em dizer que em nenhuma
Sociedade Comercial se pode recusar aos sócios o exame de todos os livros, documentos,
escrituração e correspondência, e do estado do caixa da empresa, sempre que o requerer,
salvo tendo-se estabelecido no contrato de constituição da empresa, às épocas em que o
mesmo exame unicamente poderá ter lugar.
Sociedade limitada
Eis aqui a sociedade que predomina no sistema mercantil brasileiro, sendo que o próprio
Departamento Nacional de Registro do Comércio já atestou que mais de 95% das
sociedades comerciais constituídas neste país são de responsabilidade limitada, e não
poderia ser diferente.
Se olharmos para as sociedades comerciais até este momento já analisadas, onde sempre há
um sócio que responderá de maneira ilimitada perante terceiros, podendo vir a envolver o
seu patrimônio particular, e sabendo que existe um tipo de sociedade que restringe a
responsabilidade dos sócios até o valor total do capital social, é claro que optará por esta
última, desprezando até a possibilidade de se constituir uma sociedade anônima, que é a
melhor forma de atender à garantia de que o patrimônio próprio dos participantes não será
envolvido, pois a responsabilidade dos sócios é minimizada pelo artigo 1º. da Lei nº.
6404/76, ao dispor que a sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a
responsabilidade dos participantes será limitada ao preço de emissão das ações subscritas
ou adquiridas.
Ora, por que então não existem mais sociedades anônimas do que as limitada?
As sociedades limitadas estão reguladas nos arts. 1.052 a 1.087 do Código Civil.
O parágrafo unido do art. 1.053 do Código Civil, faculta às sociedades limitadas escolher a
regência supletiva de suas atividades através da Lei das Sociedades Anônimas. Não
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exercendo essa opção no contrato, o caput co art. 1.053 determina que a sociedade limitada
reger-se-á pelas normas da sociedade simples na falta de normas a serem aplicadas.
Ainda que opte pela regência supletiva da Lei das Sociedades Anônimas, a empresa poderá
estar dispensada das publicações de suas demonstrações financeiras, eis que o Art. 294
dessa mesma Lei dispensa as empresas com capital social cujo valor não ultrapasse a um
milhão de reais.
Sociedade anônima
Trata-se de sociedade cujo capital divide-se em ações, e são regidas por lei especial
(6.404/76), ficando cada sócio, ou acionista, obrigado apenas em relação ao preço de
emissão das ações que subscrever ou adquirir
Em relação à comandita por ações, somente o acionista tem qualidade para administrar a
sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da
sociedade. Tem sua personalidade jurídica idêntica à das Sociedades em Comandita
Simples, com a diferença principal de que esta tem o direito de emitir ações (equiparando-
se às Sociedades Anônimas), o que não cabe à Comandita Simples.
O art. 280 da Lei 6.404/76 dispõe que a sociedade terá o capital dividido em ações e reger-
se-á pelas normas relativas às Sociedades Anônimas.
A sociedade poderá exercer os atos mercantis, sob um nome societário do qual só farão
parte os nomes dos acionistas-diretores, ficando estes limitados e solidariamente
responsáveis pelas obrigações da sociedade por serem caracterizados como comanditados,
sendo que a denominação social deve ser seguida das palavras Comandita por Ações, por
extenso ou abreviadamente.
Para preservar os comanditados, o art. 283 da Lei nº. 6.404/76 dispõe que a assembléia-
geral não pode, sem o consentimento destes diretores:
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c) criar parte beneficiárias, sendo que é citada no art. 283 a não permissão de se criar
também obrigações (debêntures) ao portador, porém o artigo 2º. da Lei 8.021/90 de
12/04/90, passou a vedar em qualquer circunstância a emissão de títulos ao portador;
d) participar em outra sociedade.
Estatuto Social de uma Sociedade em Comandita por Ações é similar a uma Sociedade
Anônima, devendo constar as suas peculiaridades em cláusulas, ou seja:
É bom dizer que esta sociedade tem permissão legal - art. 281, Lei 6.404/76 - de utilizar
Razão Social (colocando o nome de comanditados) ou de denominação social (colocando
um nome comercial alheio aos acionistas. Ex.: “Amazonas Comandita por Ações”.
Restrições à Assembléia - cabe estabelecer que a assembléia geral não pode, sem a
autorização prévia dos diretores (Comanditados), realizar os atos prescritos no art. 283 da
Lei nº. 6.404/76, anteriormente relacionados.
Submissão Legal à Lei das S/A - a sociedade será regida pelas normas constantes na Lei
nº. 6.404/76 (Lei das S/A), não aplicando à Sociedade em Comandita por Ações o disposto
na Lei das S/A, sobre Conselho de Administração, autorização estatutária de aumento de
capital e emissão de bônus de subscrição, conforme artigo 284 da referida lei.
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UNIDADE II – CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS COMERCIAIS
A empresa comercial poderá ser constituída ou organizada por uma só pessoa física ou por
um grupo de pessoas na forma de uma sociedade.
A base para o registro de uma empresa comercial será o contrato, estatuto ou a declaração
de empresário, os primeiros para as sociedades e o último para as chamadas “firmas
individuais”, constituídas por apenas uma pessoa física.
Qualquer que seja a forma societária da empresa, admite-se que seu capital seja constituído
e realizado:
http://www.dnrc.gov.br/Legislacao/normativa/anexo1_in92.htm
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4 - Regime de bens do empresário – Se o empresário for casado, declarar o regime de
bens (comunhão parcial, comunhão universal, participação final nos aqüestos, separação de
bens). A alteração do regime de bens depende de autorização judicial em pedido motivado
de ambos os cônjuges, a qual deverá instruir o processo.
7 - Declaração (de desimpedimento para exercer atividade empresária e de que não possui
outra inscrição de empresário) e requerimento - Complementar o nome da Junta
Comercial.
8 - Código do ato e descrição do ato - Preencher com o código e com a descrição do ato
que está sendo praticado.
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ou à ordem pública. No caso de filial, vide orientação no Manual de Atos de Registro
Mercantil - Empresário.
13 - Data de início das atividades - Preencher com a data prevista para o início das
atividades a qual não poderá ser anterior à data da assinatura do Requerimento de
Empresário. Se o Requerimento de Empresário for protocolado na Junta Comercial após 30
dias da data da sua assinatura pelo empresário, a data da Inscrição será considerada a data
do deferimento do Requerimento pela Junta Comercial e, nesse caso, a data de início de
atividades não poderá ser anterior a essa. No caso dos eventos 029, 037 e 039, vide
orientação no Manual de Atos de Registro Mercantil – Empresário.
15 - Data da assinatura – Indicar o dia, mês e ano em que o Requerimento foi assinado.
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2.2. Parte Contábil
A contabilidade geral abrange todo e qualquer patrimônio, seja ele de pessoa física, de
entidades com fins não lucrativos ou lucrativos e de pessoas de direito público.
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2.3. Subscrição e Integralização de Capital
Firma Individual
D – Caixa 100.000,00
C – Capital Subscrito 100.000,00
Para abertura dos livros da sociedade, devemos considerar a existência das seguintes
hipóteses:
a) em dinheiro;
b) em bens;
c) com a transferência, para a sociedade, de valores ativos e passivos.
Constituição do Capital:
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C – Sócio Y – capital a realizar 250.000,00
Com esses lançamentos iniciais a situação patrimonial da empresa fica sendo a seguinte:
ATIVO PASSIVO
Se os sócios realizassem apenas parte de seu capital, a situação seria outra. O lançamento
de subscrição seria igual ao anterior e o da realização seria o seguinte:
D – Caixa 250.000,00
C – Sócio X – capital a realizar 125.000,00
C – Sócio Y – capital a realizar 125.000,00
ATIVO PASSIVO
Supondo-se que o sócio X tenha concorrido para a sociedade com o seguinte: Dinheiro R$
120.000,00; Móveis e Utensílios (máquinas de escritório, mesas, etc.) R$ 120.000,00;
Títulos a Receber R$ 10.000,00. O sócio Y realizou sua parte em dinheiro.
D – Caixa 120.000,00
D – Móveis e utensílios 120.000,00
D – Títulos a receber 10.000,00
C – Sócio X – capital a realizar 250.000,00
D – Caixa 250.000,00
C – Sócio Y – capital a realizar 250.000,00
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Supondo que o sócio X transfira para a sociedade o seu patrimônio, formado por valores
ativos e passivos, a firma em constituição faz os lançamentos de incorporação desses
valores ao seu patrimônio, enquanto nos livros do sócio X são feitos os lançamentos de
encerramento de sua firma por transferência para a nova.
ATIVO PASSIVO
Títulos a receber . . . . . . . . . . . 120.000,00 Títulos a pagar . . . . . . . . . . . . . . 10.000,00
Contas a receber . . . . . . . . . . . 15.000,00 Contas a pagar . . . . . . . . . . . . . . 5.000,00
Móveis e utensílios . . . . . . . . 130.000,00 Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000,00
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.000,00 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.000,00
Como se vê, a conta do sócio X - transferência foi creditada por R$265.000,00 e debitada
por R$15.000,00. A diferença de R$250.000,00 é o seu capital e deve ser creditada a conta
de Capital a Realizar. O lançamento é o seguinte:
ATIVO PASSIVO
Caixa 250.000,00 Títulos a pagar 10.000,00
Contas a receber 15.000,00 Contas a pagar 5.000,00
Títulos a receber 120.000,00 Capital 500.000,00
Móveis e utensílios 130.000,00
Total 515.000,00 Total 515.000,00
Nos livros do sócio X são feitos os seguintes lançamentos de extinção de sua firma
individual:
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Transferência de Valores Ativos
Transferência de Passivo
Como se vê, a conta capital não foi encerrada. Seu encerramento é feito transferindo-se o
saldo para a conta sócio X – patrimônio:
D – Capital 250.000,00
C – Sócio X – patrimônio 250.000,00
A conta sócio X – transferência foi debitada por R$250.000,00 a mais que seu crédito,
diferença esta que corresponde ao capital. Aquela conta é encerrada creditando-a pelo
débito da conta sócio X – patrimônio. Esta foi criada para por em evidência o valor do
patrimônio liquido transferido para a nova firma.
Realização do Capital:
D – Caixa 500.000,00
C – Acionistas – subscrição
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C – João – subscrição 200.000,00
C – Antônio – subscrição 150.000,00
C – Pedro – subscrição 150.000,00
D – Depósito legal
C – Caixa 500.000,00
D – Banco conta especial 500.000,00
Caução de Diretoria:
D – Ações em caução
C – Caução da diretoria 20.000,00
D – João – caução 10.000,00
D – Antônio – caução 10.000,00
Após estar a sociedade anônima perfeitamente legalizada, poderá ser retirada do banco a
importância referente ao depósito legal. Teremos então o seguinte lançamento:
D – Bancos
C – Depósito legal
D – Banco X conta movimento 500.000,00
C – Banco X conta especial 500.000,00
Com este lançamento o banco fica debitado em conta movimento, podendo a importância
ser sacada a qualquer momento.
Supondo-se que quatro sócios, Pedro, Paulo, João e Antônio contratem entre si uma
sociedade em comandita simples com capital de R$300.000,00. Os dois primeiros são
sócios solidários e concorrem para a sociedade com R$50.000,00 cada um; os dois últimos
são sócios comanditários, capitalistas, concorrendo para a sociedade com R$100.000,00
cada um.
Constituição do Capital:
C – Capital 300.000,00
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D – Capital solidário 100.000,00
D – Capital em comandita 200.000,00
Subscrição do Capital:
Realização do Capital:
D – Caixa 300.000,00
C – Pedro – capital a realizar 50.000,00
C – Paulo – capital a realizar 50.000,00
C – João – capital a realizar 100.000,00
C – Antônio – capital a realizar 100.000,00
Distribuição do Capital:
Subscrição do Capital:
Integralização do Capital:
C – Acionistas – subscrição
D – Caixa 300.000,00
C – José – subscrição 60.000,00
C – João – subscrição 60.000,00
C – Francisco – subscrição 90.000,00
C – Augusto – subscrição 90.000,00
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Na Sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida
unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva
responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Por este processo, cada sócio participante faz nos seus livros o registro das mercadorias
compradas e vendidas por ele e pelo outro sócio, fazendo a partilha dos lucros e dos
prejuízos no fim da participação.
Supondo-se que José Santos e Antônio Castro formem uma sociedade em conta de
participação para compra e venda de algodão.
O primeiro criará em sua escrituração duas contas: a primeira que poderá denominar-se
“Algodão em Participação”, registrará as compras e vendas feitas, inclusive as despesas; a
segunda que poderá denominar-se “A.Castro – participação”, registrará todos os débitos e
créditos de A.Castro, resultantes de suas compras e vendas de mercadorias em
participação.
D – Caixa 42.000,00
C – Algodão em Participação 42.000,00
ALGODÃO EM PARTICIPAÇÃO
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A Caixa 35.250,00 De Caixa 42.000,00
A A.Castro 20.150,00 De A.Castro 24.000,00
Total 55.400,00 Total 66.000,00
Por esta conta verifica-se que houve um lucro de R$10.600,00, que deve ser dividido em
partes iguais entre os sócios, o que faremos pelo seguinte lançamento:
A.CASTRO – PARTICIPAÇÃO
A Algodão em participação 24.000,00 De Algodão em participação 20.150,00
De algodão em participação 5.300,00
Total 24.000,00 Total 25.450,00
Por aí se verifica que o sócio é credor da importância de R$1.450,00, cujo pagamento será
registrado pelo seguinte lançamento:
Pelo processo da partilha imediata, em cada operação realizada faremos a partilha entre o
sócio participante e a conta representativa da mercadoria em participação. Vejamos como
lançaríamos as quatro operações anteriores por este processo:
C – Caixa 35.250,00
D – Algodão em participação 17.625,00
D – A.Castro – participação 17.625,00
D – Caixa 42.000,00
C – Algodão em participação 21.000,00
C – A.Castro – participação 21.000,00
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Venda Feita pelo Sócio:
ALGODÃO EM PARTICIPAÇÃO
A Caixa 17.625,00 De Caixa 21.000,00
A A.Castro 10.075,00 De A.Castro – participação 12.000,00
Total 27.700,00 Total 33.000,00
Por esta conta verifica-se que houve um lucro de R$5.300,00, que transferimos para lucros
e perdas, pelo seguinte lançamento:
A.CASTRO – PARTICIPAÇÃO
A Caixa 17.625,00 De Caixa 10.075,00
A Algodão em participação 12.000,00 De Algodão 21.000,00
Total 29.625,00 Total 31.075,00
Por esta conta verifica-se que o sócio em participação tem um crédito de R$1.450,00, valor
que lhe será pago e registrado através do seguinte lançamento:
Método simplificado
Pelo método simplificado, cada um dos participantes registra apenas suas transações,
recebendo do outro a comunicação do resultado por ele obtido nas transações que realiza.
Para se registrar os exemplos anteriores por este método faz-se da seguinte forma:
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D – Caixa 42.000,00
C – Algodão em participação 42.000,00
ALGODÃO EM PARTICIPAÇÃO
A Caixa 35.250,00 De Caixa 42.000,00
Lucro 6.750,00
Total 42.000,00 Total 42.000,00
A.CASTRO – PARTICIPAÇÃO
A Lucros e perdas 1.925,00 De Algodão em participação 3.375,00
Por esta conta verifica-se que o saldo do sócio é o mesmo obtido pelos processos
anteriores.
Verifica-se que esse processo somente pode ser posto em prática quando há extrema
confiança entre os sócios em participação, pois cada uma das partes terá de confiar nos
resultados oferecidos pela outra, de vez que não possui controle contábil das operações e
do resultado.
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ATIVO
Caixa 8.000,00
Contas a receber 10.000,00
Títulos a receber 15.000,00
Mercadorias 55.000,00
Máquinas 25.000,00
Móveis e utensílios 20.000,00
Total 133.000,00
PASSIVO
Constituição do Ativo
C – Balanço de abertura 133.000,00
D – Mercadorias 55.000,00
D – Caixa 8.000,00
D – Máquinas 25.000,00
D – Móveis e utensílios 20.000,00
D – Títulos a receber 10.000,00
D – Contas a receber 15.000,00
Constituição do Passivo
D – Balanço de abertura 133.000,00
C – Títulos a pagar 27.000,00
C – Créditos de acionistas 9.000,00
C – Contas a pagar 7.000,00
C – José de Souza – capital 45.000,00
C – João Santos – capital 45.000,00
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Não obstante o patrimônio liquido da empresa de R$ 90.000,00, o capital registrado poderá
ser superior ou inferior a essa importância.
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UNIDADE III – ALTERAÇÕES DE CAPITAL
O aumento do capital nas sociedades pode dar-se por nova subscrição, feita pelos sócios,
por conversão de reservas e lucros em capital, por correção monetária do capital ou por
admissão de novos sócios.
AUMENTO:
Nova subscrição;
Conversão de reservas e lucros acumulados;
Correção monetária do capital ou reavaliação de ativos;
Admissão de novos sócios.
DIMINUIÇÃO:
Supondo-se que os sócios da firma Castro e Soares, com o capital de R$100.000,00, fazem
nova subscrição de capital, aumentando-o para R$150.000,00. Cada sócio subscreve mais
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R$25.000,00.
Aumento de Capital:
Integralização do Aumento:
D – Caixa 50.000,00
C – Castro – capital a realizar 25.000,00
C – Soares – capital a realizar 25.000,00
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Capital 100.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Reservas 60.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Lucros e perdas 40.000,00
Total 350.000,00 Total 350.000,00
Aumento de Capital:
Realização do Aumento:
D – Reservas 60.000,00
C – Castro – capital 30.000,00
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C – Soares – capital 30.000,00
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Capital 200.000,00
Títulos a receber 30.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 350.000,00 Total 350.000,00
A Lei 6.404, art. 185, diz que nas demonstrações contábeis deverão ser considerados os
efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional sobre o valor dos elementos
do patrimônio e dos resultados do exercício, a saber:
“§ 1.º Serão corrigidos, com base nos índices de desvalorização da moeda nacional
reconhecidos pelas autoridades federais:
§ 2.º A variação nas contas do patrimônio líquido, decorrente de correção monetária, será
acrescida aos respectivos saldos, com exceção da correção do capital realizado, que
constituirá a reserva de capital de que trata o § 2.º do art. 182.
§ 3.º As contrapartidas dos ajustes de correção monetária serão registradas em conta cujo
saldo será computado no resultado do exercício.”
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ATIVO PASSIVO
Caixa 10.000,00 Fornecedores 90.000,00
Mercadorias 150.000,00 Capital 300.000,00
Duplicatas a receber 80.000,00 Reservas 100.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Máquinas 200.000,00
Total 490.000,00 Total 490.000,00
ATIVO PASSIVO
Caixa 10.000,00 Fornecedores 90.000,00
Mercadorias 150.000,00 Capital 390.000,00
Duplicatas a receber 80.000,00 Reservas 130.000,00
Móveis e utensílios 65.000,00 Lucros e perdas (45.000,00)
Máquinas 260.000,00
Total 565.000,00 Total 565.000,00
Reavaliação de Ativos
A Lei n.º 6.404, em seus artigos 182, § 3.º e 187, § 2.º, admite nova avaliação de valores
ativos, mediante constituição de reserva de Reavaliação, que poderá ser, posteriormente,
incorporada ao capital.
A contabilização da operação é feita mediante débito das contas dos ativos reavaliados e
crédito da conta Reserva de Reavaliação, que poderá ser transformada em capital:
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D – Imobilizado (Permanente)
C – Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido)
Supondo-se que na firma Castro e Cia., com o capital de R$100.000,00, dividido em partes
iguais entre os sócios Castro e Soares, ingresse novo sócio, Silva, com capital de
R$50.000,00.
Subscrição de Capital:
Integralização do Capital:
D – Caixa 50.000,00
C – Silva – capital a realizar 50.000,00
Quando a admissão de novo sócio implica alteração do nome empresarial, é necessário que
se encerre a atual, pela transferência de todos os valores ativos e passivos para a nova
firma. Fazem-se depois, nos livros desta, os lançamentos de constituição de seu capital e os
de transferência dos valores da antiga para a nova sociedade.
Supondo-se que ingresse na firma Castro e Soares o sócio Silva, passando a sociedade a
denominar-se Castro e Cia.
CASTRO E SOARES
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Contas a pagar 100.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Capital 100.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 350.000,00 Total 350.000,00
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D – Capital 100.000,00
C – Castro – capital 50.000,00
C – Soares – capital 50.000,00
Transferência do Ativo:
Transferência do Passivo:
Constituição do Capital:
C – Capital 150.000,00
D – Castro – capital 50.000,00
D – Soares – capital 50.000,00
D – Silva – capital a realizar 50.000,00
Transferência do Ativo:
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Realização da Quota de Silva:
D – Caixa 50.000,00
C – Silva – capital a realizar 50.000,00
CASTRO E CIA
ATIVO PASSIVO
Caixa 120.000,00 Títulos a pagar 100.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Contas a pagar 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 400.000,00 Total 400.000,00
Quando o capital é diminuído por reembolso aos sócios, os lançamentos a serem feitos são
inversos aos de constituição e realização de capital.
Supondo-se que os sócios Castro e Soares desejam diminuir o capital de sua firma, ficando
cada um apenas com R$25.000,00 na sociedade.
Diminuição de Capital:
D – Capital 50.000,00
C – Castro – capital 25.000,00
C – Soares – capital 25.000,00
C – Caixa 50.000,00
D – Castro – capital 25.000,00
D – Soares – capital 25.000,00
Quando a sociedade acusa prejuízo, aparecendo a conta Lucros e Perdas com saldo
devedor, podemos amortizar esse prejuízo com a diminuição do capital.
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Contas a pagar 100.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Mercadorias 160.000,00 Capital 100.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Lucros e perdas (40.000,00)
Total 310.000,00 Total 310.000,00
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Distribuição do Prejuízo:
Redução do Capital:
D – Capital 40.000,00
C –Castro – capital 20.000,00
C – Soares – capital 20.000,00
Transfere-se o crédito dos sócios em conta Capital para suas contas de prejuízos, cobrindo
assim o prejuízo com parte do capital.
Quando um dos sócios se retira sem que sua saída altere o nome empresarial, os
lançamentos que se fazem são apenas os de diminuição de capital e de restituição do
dinheiro ao sócio.
Supondo-se que da firma Castro e Cia., composta dos sócios Castro, Soares e Silva, se
retire o sócio Silva. O capital, que era de R$150.000,00 divididos em partes iguais, fica
reduzido a R$100.000,00.
Redução do Capital:
D – Capital 50.000,00
C – Silva – capital 50.000,00
Pagamento ao Sócio:
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Supondo-se que da sociedade Castro, Soares e Cia., se retire o sócio Silva, alterando assim
a firma para Castro e Soares. Nos livros de Castro, Soares e Cia., faremos o encerramento
de seu patrimônio revertendo aos sócios seu capital e transferindo para a nova firma Castro
e Soares os valores ativos e passivos que constituem seu patrimônio.
Ao sócio que se retira, credita-se em sua conta particular, não só o valor de seu capital
como também sua parte na reserva e nos lucros.
Nos livros de Castro e Soares faremos a constituição do novo capital e a transferência dos
valores ativos e passivos da firma Castro, Soares e Cia.
Os lançamentos a serem feitos nos livros de Castro, Soares e Cia., supondo-se que seu
patrimônio seja o seguinte:
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Títulos a pagar 110.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Capital 150.000,00
Mercadorias 200.000,00 Reserva de capital 60.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Lucros e perdas 30.000,00
Total 350.000,00 Total 350.000,00
Reversão do Capital:
D – Capital 150.000,00
C – Castro – capital 50.000,00
C – Soares – capital 50.000,00
C – Silva – capital 50.000,00
Pagamento ao Sócio:
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ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Castro – capital 50.000,00
Mercadorias 200.000,00 Soares – capital 50.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Reserva de capital 40.000,00
Lucros e perdas 20.000,00
Total 310.000,00 Total 310.000,00
Transferência de Passivo:
A abertura dos livros da nova firma, Castro e Soares, fica sendo a seguinte:
Constituição do Capital:
C – Capital 100.000,00
D – Castro – capital 50.000,00
D – Soares – capital 50.000,00
Transferência de Passivo:
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C – Soares – capital 50.000,00
C – Reservas de capital 40.000,00
C – Lucros e perdas 20.000,00
C – Títulos a pagar 150.000,00
O aumento de capital nas sociedades anônimas pode se dar por novas entradas de capital,
para o que os acionistas têm a preferência na subscrição e por aproveitamento de reserva,
lucros ou correção monetária do ativo, que se transferem para capital.
Aumento de Capital:
Emissão de Ações
D – Ações emitidas 300.000,00
C – Aumento de Capital 300.000,00
Subscrição de Ações:
D – Acionistas 300.000,00
C – Ações emitidas 300.000,00
Integralização do Aumento:
D – Caixa 300.000,00
C – Acionistas 300.000,00
O aumento pode se dar pela aplicação de reservas e lucros acumulados. Neste caso as
ações novas, assim integralizadas, serão distribuídas aos acionistas a título de bonificação,
pois se trata de distribuição de lucros em forma de aumento de capital, sendo certo que tais
lucros, representados pelas ações, cabem de direito aos acionistas.
De acordo com a Lei n.º 6.404, poderá também a companhia aumentar o valor nominal das
ações existentes, em vez de emitir novas ações pela incorporação das reservas e lucros ao
capital.
Neste caso fica alterada a redação do lançamento de integralização do capital, que passaria
a ser como segue:
C – Acionistas 300.000,00
D – Reservas de capital 200.000,00
D – Lucros suspensos 100.000,00
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Transformação de Sociedades
Supondo-se que a firma Castro, Soares e Cia., se transforme em sociedade anônima com a
denominação de Cia. Nacional de Couros. Em primeiro lugar encerram-se os livros da
firma Castro, Soares e Cia., com a reversão do capital aos sócios e transferência do ativo e
passivo para a Cia. Nacional de Couros.
Os outros lançamentos a serem feitos na nova sociedade, Cia. Nacional de Couros, são
idênticos aos demais apresentados à constituição de sociedade anônima.
Fusão de Sociedades
A fusão de sociedades consiste na reunião de duas ou mais sociedades para formar uma
terceira, com o mesmo objeto ou com objeto diferente.
CASTRO E SOARES
ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Títulos a receber 20.000,00 Capital 100.000,00
Mercadorias 150.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 250.000,00 Total 250.000,00
SILVA E CIA
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ATIVO PASSIVO
Títulos a receber 15.000,00 Contas a pagar 10.000,00
Mercadorias 30.000,00 Títulos a pagar 5.000,00
Móveis e utensílios 20.000,00 Capital 50.000,00
Total 65.000,00 Total 65.000,00
Em primeiro lugar faz-se o encerramento dos livros das duas sociedades, fazendo em cada
uma a reversão do capital aos sócios e a transferência do ativo e passivo para a nova firma,
Castro, Soares e Cia. Encerramento dos livros de Castro e Soares:
D – Capital 100.000,00
C – Castro – Capital 50.000,00
C – Soares – capital 50.000,00
Transferência de Passivo:
Reversão do Capital:
D – Capital 50.000,00
C – Silva – capital 25.000,00
C – Dias – capital 25.000,00
martins.manoel@gmail.com Página 51
Transferência de Passivo:
Constituição do Capital:
C – Capital 150.000,00
D – Castro – capital 50.000,00
D – Soares – capital 50.000,00
D – Silva – capital 25.000,00
D – Dias – capital 25.000,00
martins.manoel@gmail.com Página 52
CASTRO, SOARES E CIA
ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00 Contas a pagar 10.000,00
Títulos a receber 35.000,00 Títulos a pagar 155.000,00
Mercadorias 180.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 70.000,00
Total 315.000,00 Total 315.000,00
Incorporação de Sociedades
Nos livros de Castro e Soares faz-se o encerramento da firma, usando a conta Silva e Cia –
transferência e citando no histórico que se trata de incorporação daquela a esta sociedade.
Cisão de Sociedades
“A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas de seu patrimônio para
uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a
companhia cindida, se houver versão de todo seu patrimônio, ou dividindo-se o seu
capital, se parcial a versão.”
Na cisão, uma sociedade pode reduzir seu capital, formando outra sociedade; a primeira
permanece, com capital reduzido, surgindo uma nova.
Após a fusão das firmas Castro e Soares e Silva e Cia., o patrimônio da sociedade nascida
da fusão Castro, Soares e Cia., ficou assim constituído:
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CASTRO, SOARES E CIA
ATIVO PASSIVO
Caixa 30.000,00 Contas a pagar 10.000,00
Títulos a receber 35.000,00 Títulos apagar 155.000,00
Mercadorias 180.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 70.000,00
Total 315.000,00 Total 315.000,00
Supondo-se que esta sociedade, algum tempo depois, deseje cindir-se, voltando à situação
anterior a fusão. Isso acarretará o desaparecimento de Castro, Soares e Cia., surgindo em
seu lugar às firmas Castro e Soares e Silva e Cia., cada uma com seu antigo patrimônio.
Transferência do capital aos sócios, que serão creditados em contas de capital, a saber:
D – Capital 150.000,00
C – Castro – capital 50.000,00
C – Soares – capital 50.000,00
C – Silva – capital 25.000,00
C – Dias – capital 25.000,00
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Constituição da sociedade Castro e Soares, mediante:
Nesse caso os sócios que se retiram são creditados em conta de capital, sendo debitados
pelos valores ativos e creditados pelos valores passivos que lhe são transferidos.
Absorção de Sociedades
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Uma sociedade pode ser absorvida por outra, desaparecendo. Seu patrimônio é cedido a
outra sociedade, que o agrega ao seu.
Neste caso deve-se fazer o encerramento dos livros da sociedade que se dissolve, e na
sociedade que adquire seu ativo e passivo faz-se à agregação desses valores,
Supondo-se que a firma Silva e Cia., ceda, mediante pagamento em dinheiro, à firma
Castro e Soares, seu patrimônio, que é o seguinte:
SILVA E CIA
ATIVO PASSIVO
Títulos a receber 15.000,00 Contas a pagar 5.000,00
Mercadorias 30.000,00 Títulos a pagar 10.000,00
Móveis e utensílios 20.000,00 Capital 50.000,00
Total 65.000,00 Total 65.000,00
Tem-se, antes de encerrar os livros de Silva e Cia., que proceder ao ajuste dessas contas,
para que elas sejam transferidas para a firma que adquire o patrimônio, pelo valor de sua
aquisição.
Reversão do Capital
D – Capital 50.000,00
C – Silva – capital 25.000,00
C – Dias – capital 25.000,00
Distribuição do prejuízo
C – Lucros e perdas 8.000,00
D – Silva – lucros e perdas 4.000,00
D – Dias – lucros e perdas 4.000,00
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Transferência dos Valores Ativos
D – Castro e Soares – transferência 57.000,00
C – Móveis e utensílios 16.000,00
C – Mercadorias 27.000,00
C – Títulos a receber 14.000,00
Transferência de Passivo
C – Castro e Soares – transferência 15.000,00
D – Contas a pagar 5.000,00
D – Títulos a pagar 10.000,00
SILVA E CIA
ATIVO PASSIVO
Caixa 42.000,00 Dias – capital 21.000,00
Silva – capital 21.000,00
Total 42.000,00 Total 42.000,00
C – Caixa 42.000,00
D – Silva – capital 21.000,00
D – Dias – capital 21.000,00
Nos livros desta firma os lançamentos não apresentam qualquer novidade, registrando-se
apenas a aquisição de ativo e passivo, pelo preço por que foram adquiridos. O patrimônio
não sofre alteração, embora haja modificação na espécie dos bens que o constituem.
Supondo-se que o patrimônio de Castro e Soares seja o que se segue, vejamos qual a
modificação que sofre.
CASTRO E SOARES
ATIVO PASSIVO
Caixa 80.000,00 Contas a pagar 20.000,00
Títulos a receber 20.000,00 Títulos a pagar 130.000,00
Mercadorias 150.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Total 300.000,00 Total 300.000,00
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Transferência de Valores Ativos:
Transferência de Passivo:
CASTRO E SOARES
ATIVO PASSIVO
Caixa 38.000,00 Contas a pagar 25.000,00
Títulos a receber 34.000,00 Títulos a pagar 140.000,00
Mercadorias 177.000,00 Capital 150.000,00
Móveis e utensílios 66.000,00
Total 315.000,00 Total 315.000,00
Liquidação de Sociedades
Quando uma sociedade vai ser dissolvida, ela entra em liquidação. As sociedades
dissolvem-se por vários motivos, tais como:
Para o registro das operações são abertos livros novos, sendo os legais revestidos de todas
as formalidades exigidas para os livros dos comerciantes em geral.
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O Diário é aberto para a transcrição de todos os valores ativos e passivos a serem
liquidados, e daí por diante todas as operações serão feitas sob o nome empresarial seguido
da expressão “em liquidação”.
Supondo-se que a firma Castro e Soares entre em liquidação quando sua situação
patrimonial se apresenta da seguinte forma:
CASTRO E SOARES
(em liquidação)
ATIVO PASSIVO
Caixa 70.000,00 Títulos a pagar 150.000,00
Títulos a receber 30.000,00 Capital 100.000,00
Mercadorias 200.000,00 Reserva de capital 60.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00 Lucros e perdas 40.000,00
Total 350.000,00 Total 350.000,00
Para o encerramento dos livros da firma que se liquidará, faz-se primeiramente a reversão
do capital aos sócios, assim como a distribuição das reservas e dos lucros, transferindo-se
depois o ativo e o passivo para a conta da firma em liquidação.
Para o registro desses créditos aos sócios cria-se uma conta especial que se denomina
Liquidação.
Transferência de Passivo:
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Constituição do Ativo:
Constituição do Passivo:
Venda de Mercadorias:
D – Caixa 225.000,00
C – Mercadorias 200.000,00
C – Lucros e perdas 25.000,00
D – Caixa 30.000,00
C – Títulos a receber 30.000,00
Pagamento de Despesas:
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D – Lucros de liquidação 29.000,00
C – Resultado da liquidação 29.000,00
Distribuição do Resultado:
C – Caixa 219.600,00
D – Castro – liquidação 109.800,00
D – Soares – liquidação 109.800,00
Com o pagamento dos haveres dos sócios fecham-se as últimas contas abertas na sociedade
em liquidação, desaparecendo assim seu patrimônio.
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UNIDADE IV – ESCRITURAÇÃO
A ciência contábil é formada por uma estrutura única composta de postulados e orientada
por princípios. Sua produção deve ser a correta apresentação do patrimônio, com apuração
de suas mutações e análise das causas de suas variações. A apuração contábil observará as
três dimensões na qual está inserida e as quais deve servir: comercial - a Lei 6404/1976;
contábil - Resolução 750/1993 e fiscal, que implica em chegar ao cálculo da renda,
obedecendo a critérios constitucionais com fins tributários.
A regência da norma jurídica originária de registro contábil tem a sua natureza dupla:
descrever um fato econômico em linguagem contábil sob forma legal e um fato jurídico
imposto legal e prescritivamente. Feito o registro contábil, como determina a lei, torna-se
norma jurídica individual e concreta, observada por todos, inclusive a administração,
fazendo prova a favor do sujeito passivo.
De acordo com o artigo 251, do RIR/99, a pessoa jurídica sujeita à tributação com base no
lucro real deve manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais.
Conforme os artigos 258 a 263 do RIR/99, o contribuinte que optar pelo lucro Real deverá
manter escriturado o Livro Diário com as respectivas demonstrações financeiras, Livro
Razão, Livro de Inventário, Livro Registro de Entrada de Mercadorias, Livro de Apuração
do Lucro Real – Lalur, arquivo magnético da Contabilidade dos últimos 05 anos, senão
poderá ter seu lucro arbitrado, conforme artigo 530 do RIR/99.
A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base no lucro
presumido, conforme Lei n° 8.981/95, art. 45, deverá manter a escrituração do Livro
Caixa, Livro de Registro de Inventário e manter em boa ordem e guarda os documentos
que serviram de base a escrituração comercial e fiscal.
Isso não significa que não deverá ter os demais livros, tipo: Registro de Entrada de
Mercadorias, Livro de Registro de Saída de Mercadorias, Livro de Apuração do ICMS e
IPI, Livro de Registro de Serviços – ISS, dentre outros, os quais são exigidos pela
legislação Estadual e Municipal e esses órgãos podem arbitrar a receita caso não possua os
respectivos livros.
Além dos demais livros exigidos por lei é indispensável o Diário, que pode ser substituído
por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. A adoção de fichas não
dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de
resultado econômico (art. 1180).
martins.manoel@gmail.com Página 62
Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de
postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis. A
autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária,
que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios (art. 1.181).
A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por
ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões,
rasuras, emendas ou transportes para as margens. É permitido o uso de código de números
ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado (art. 1.183).
Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de
trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da
sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados,
para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita
verificação (art. 1.184).
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4.2. Princípios, Postulados e Convenções
Toda a ciência deve ter seus princípios, postulados e convenções. Então como a
Contabilidade é uma ciência, entendê-los é fundamental para o aprendizado.
O art. 177, da Lei 6.404/76, determina que a escrituração da companhia será mantida em
registros permanentes, com obediência: aos preceitos da legislação comercial e aos
preceitos da Lei das Sociedades por ações; e aos princípios de contabilidade geralmente
aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
o da ENTIDADE;
o da CONTINUIDADE;
o da OPORTUNIDADE;
o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
o da COMPETÊNCIA e
o da PRUDÊNCIA.
Postulados
A Entidade (empresa) não se confunde com a pessoa física do sócio, juridicamente são
duas pessoas distintas: a pessoa física e a pessoa jurídica, com obrigações diferentes.
Exemplo: a empresa contrai uma dívida, caso não a pague será executada (a empresa é
executada não o sócio). A mesma coisa acontece se o sócio contrair dívida, quem é
executado é o sócio e não a empresa.
Outro exemplo, quando o sócio tira dinheiro da empresa: a contabilidade deve registrar
como retirada de pró-labore, ou retirada de lucros, ou de empréstimos, etc. Se o sócio retira
mais dinheiro do que relativo aos lucros, pró-labore, e por esse motivo a empresa passa por
dificuldades financeiras, o sócio será condenado a devolver o dinheiro à empresa ou
assumir as dívidas com os fornecedores, pelo fato de ter agido de má-fé, fraudando o seu
credor. (art. 158 a 165 do CC- Lei 10.406/2008)
martins.manoel@gmail.com Página 64
Observa-se que este postulado é importante na medida em que ele identifica o campo de
atuação da Contabilidade, pois onde existir patrimônio administrável existirá certamente a
Contabilidade.
Princípios Contábeis
Princípio do Custo como Base de Valor: sua aplicação é importante para a Contabilidade
na medida em que ele descarta a possibilidade do uso de valores subjetivos para o registro
dos bens, estabelecendo que seja utilizado o valor que a entidade sacrificou no momento de
sua aquisição.
E o caso da reavaliação de bens, mais utilizada para imóveis? Onde o valor do bem é
reavaliado pelo preço de mercado?
martins.manoel@gmail.com Página 65
01 a 03 laudos de engenheiros ou empresas especializadas, confirmando o valor; a
reavaliação precisa ser aprovada em assembléia ou em ata pelos sócios da empresa; deve
constar nota explicativa sobre a reavaliação
Exemplo:
A empresa vendeu 1.000 unidades de uma mercadoria a R$ 200,00 cada unidade; o custo
de cada unidade vendida é de R$ 99,00 por este princípio significa que a empresa tem
registrado em sua receita R$ 200.000,00 (1.000 unid. X R$ 200,00) e conseqüentemente
como despesa (custo) R$ 99.000,00 (1.000 unid ao custo de R$ 99,00).
Para toda a receita deve existir um sacrifício (despesa) correspondente. Estaria incorreta a
Contabilidade se tivesse registrado o custo de apenas 500 unidades, demonstrando, assim,
um lucro maior do que o real. A receita e a despesas devem ser confrontadas no mesmo
exercício a que competirem.
Exemplo: no Brasil admite-se como moeda somente o Real (R$). Todos os balanços devem
ser elaborados com base no Real (moeda nacional).
Exemplos:
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Outras despesas referentes aos meses de novembro/x1 e dezembro/x1, pagas somente no
ano seguinte, devem ser contabilizadas no mês de sua competência, ou seja, novembro/x1 e
dezembro/x1;
Convenções Contábeis
As convenções são mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve
ser observada no exercício profissional da Contabilidade. São: convenção da objetividade,
da materialidade, da consistência e do conservadorismo.
Exemplo:
Bens do imobilizado de pequeno valor não devem ser contabilizados no Ativo Imobilizado,
mas sim em contas de resultado (despesas), devido o custo de controlar contabilmente um
bem de pequeno valor.
Ex.: um grampeador, que custa R$ 30,00 e cuja vida útil chega a quase 05 anos. O custo de
manter um sistema ou planilha de depreciação, bem como os lançamentos contábeis ao
longo de sua vida útil inviabilizam o trabalho do contador. É o mesmo tempo que se utiliza
para controlar um empréstimo de milhares ou milhões de Reais.
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Convenção da Consistência: os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo
das informações consistentes, para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos
usuários.
Exemplo:
Exemplo:
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4.3. Plano de Contas
O Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização
que se estabelece o banco de dados das informações para geração de todos os relatórios e
livros contábeis, tais como: Diário, Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, Demonstração
de Resultado, dentre outros.
A elaboração de um bom plano de contas é fundamental para que os usuários utilizem todo
o potencial da contabilidade em seu valor informativo, sendo assim, para a estruturação de
um sistema contábil eficiente, sugere-se a elaboração de um bom plano de contas, que
poderá ser realizado considerando os seguintes aspectos:
Exemplo:
A título de exemplo, apresentamos a análise da conta “Caixa Geral”:
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
CAIXA GERAL
1.1.01.01.0001. CAIXA MATRIZ
Função
Controlar as disponibilidades imediatas da empresa, mantidas em tesouraria na unidade
matriz.
Funcionamento
Debita-se sempre que ocorrer entrada ou recebimento de numerários na matriz, qualquer
que seja a origem.
Credita-se sempre que ocorrer saída de numerários da matriz, qualquer que seja a
finalidade.
Saldo
Deve apresentar sempre SALDO DEVEDOR, pois representa o valor em numerário
existente na empresa e desta forma não pode ficar negativo (CREDOR).
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c) A Codificação fora elaborada, para fins demonstrativos, utilizando cinco níveis de
detalhe de forma a atender as necessidades gerenciais da empresa e dos usuários que
apresentam distintas formas de análise:
1º Nível (X) - Identifica os Grandes Grupos Ativo, Passivo, Receitas, Despesas e Contas de
Apuração.
Observe que em nossa demonstração utilizamos uma máscara complexa para o plano de
contas (X.X.XX.XX.XXXX), mas esta não tem um padrão determinado e deve ser
elaborada de acordo com a necessidade da empresa e com as limitações de cada sistema
eletrônico de processamento de dados.
Base: art. 36, convertida pela Lei 11.941/2009, que alterou o art. 178 da Lei 6.404/76.
Base: art. 36, convertida pela Lei 11.941/2009que alterou o art. 178 da Lei 6.404/76.
Demonstrativo gráfico:
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ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
ATIVO
1. ATIVO
1.1 CIRCULANTE
1.1.01. DISPONÍVEL
1.1.01.001 CAIXA
1.1.01.001.0001 CAIXA
1.1.01.002.0000 BANCO CONTA MOVIMENTO
1.1.01.002.0001 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
1.1.01.003 APLICAÇÕES FINANCEIRAS
1.1.01.003.0001 APLICAÇÃO FINANC. C.E.F.
1.1.02.000.0000 CLIENTES
1.1.02.001.0000 DUPLICATAS A RECEBER
1.1.02.001.0001 DUPLICATAS A RECEBER
1.1.03.000.0000 OUTROS CREDITOS
1.1.03.001.0000 TITULOS A RECEBER
1.1.03.001.0001 N P A RECEBER
1.1.03.002.0000 ADIANTAMENTOS ATERCEIROS
1.1.03.002.0001 ADTOS A FORNECEDORES
1.1.03.003.0000 IMPOSTOS A RECUPERAR
1.1.03.003.0001 IRPJ EXERCICIOS anteriores
1.1.03.003.0002 CSLL EXERCICIOS anteriores
1.1.03.003.0003 ICMS A RECUPERAR
1.1.03.003.0004 IPI A RECUPERAR
1.1.04.000.0000 ESTOQUES
1.1.04.001.0000 MERCADORIA PARA REVENDA
1.1.04.001.0001 MERCADORIAS
1.1.05.000.0000 DESPESAS ANTECIPADAS
1.1.05.001.0000 DESPESAS A RATEAR
1.1.05.001.0001 SEGUROS A APROPRIAR
1.2. ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.2.01 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
1.2.01.001.0000 CLIENTES
1.2.01.001.0001 DUPLICATAS A RECEBER
1.2.01.002.0000 TITULOS A RECEBER
1.2.01.002.0001 TITULOS A RECEBER
1.2.02. INVESTIMENTOS
1.2.02.001.0000 PART. OUTRAS SOCIEDADES
1.3.01.001.0001 CONTROLADAS
1.3.01.001.0002 COLIGADAS
1.2.03. IMOBILIZADO
1.2.03.001.0000 BENS EM OPERAÇÃO
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1.2.03.001.0001 TERRENOS
1.2.03.001.0002 INSTALAÇÕES
1.2.03.001.0003 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
1.2.03.001.0004 COMPUTADORES/PERIFERICOS
1.2.03.001.0005 MOVEIS E UTENSILIOS
1.2.03.001.0006 VEÍCULOS
1.2.03.001.0007 OUTROS BENS
1.2.03.002.0000 (-) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
1.2.03.002.0001 CONSTRUÇÕES/BENFEITORIAS
1.2.03.002.0002 INSTALAÇOES
1.2.03.002.0003 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
1.2.03.002.0004 COMPUTADORES/PERIFERICOS
1.2.03.002.0005 MOVEIS E UTENSILIOS
1.2.03.002.0006 VEICULOS
1.2.03.002.0007 OUTROS BENS
1.2.03.003.0000 IMOBILIZADO EM ANDAMENTO
1.2.03.003.0001 CONSTRUÇÕES -ANDAMENTO
1.2.03.003.0002 BENS EM USO - IMPLANTAÇAO
1.2.04. INTANGÍVEL
1.2.04.001.0000 BENS INCÓRPOREOS
1.2.04.001.0001 MARCAS E PATENTES
1.2.04.001.0002 FUNDO DE COMÉRCIO
1.2.04.001.0003 DIREITO USO DE SOFTWARE
1.2.04.002.0000 (-) AMORTIZAÇAO
1.2.04.002.0001 BENS INTANGÍVEIS
1.2.05. DIFERIDO*
1.2.05.001.0000 GASTOS PRE OPERACIONAIS
1.2.05.001.0001 GASTOS DE ORGANIZAÇAO
1.2.05.002.0000 (-) AMORTIZAÇAO
1.2.05.002.0001 GASTOS DE ORGANIZAÇAO
*As contas do antigo Ativo Diferido deverão ser reclassificadas para outras contas, porém
não existindo o enquadramento em outras contas deverá permanecer em grupo próprio do
Diferido até sua total amortização.
De acordo com o art. 178, da Lei 6.404/76, no balanço, as contas serão classificadas
segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
I - ativo circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008, convertida pela Lei
11.941/2009)
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a) passivo circulante;
b) passivo não circulante;
c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão
classificados separadamente.
Como dispõe o art. 179 da Lei 6.404/76, as contas do ATIVO serão classificadas do
seguinte modo:
ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício
social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
ativo realizável: a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou
participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na
exploração do objeto da companhia;
investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de
qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à
manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de
2007)
intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício
social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Ativo Circulante
1. Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro,
no prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto
prazo, estoques e despesas antecipadas.
Caixa
O saldo do caixa não pode ser credor (mais saídas do que entradas), ao ocorrer tal situação
há um forte indício do chamado “Caixa 2”, sonegação de receita (art.281 do RIR/99),
martins.manoel@gmail.com Página 73
cabendo à empresa o ônus da prova e esta não provando em contrário, deverá recolher
tributos, juros e multas (150%) e também receberá a denúncia crime a ser enviada ao
Ministério Público.
Bancos
O saldo das contas bancárias deve estar de acordo com os extratos bancários, ou
conciliação bancária explicando o motivo da diferença. Também, é recomendável que o
Contador mantenha a evidência de que realmente a essas contas foram conciliadas.
Existindo depósitos não contabilizados ou depósitos bancários que não possam ser
comprovados (vinculados a uma receita, empréstimo, etc.), o fisco poderá autuar a
empresa, por indício de sonegação fiscal, conforme art. 287 do RIR/99, cabendo o ônus da
prova à empresa.
Aplicações Financeiras
1.2 Realizável a Curto Prazo: registra-se os direitos a receber no prazo de até 12 (doze)
meses, representados pelas seguintes contas Duplicatas a receber, Impostos a recuperar e
outros Créditos.
a) Duplicatas a Receber
Esta conta está ligada diretamente com as contas de Receitas (faturamento) da empresa,
nela são registradas as vendas a prazo, que, atualmente, representam quase a totalidade do
faturamento das empresas. Qualquer erro consiste em prejuízo, por isso deve estar
conciliada com o relatório de contas a receber do setor financeiro. Tendo em vista, que a
Contabilidade é encerrada apenas após o fechamento do Setor Financeiro, este deve emitir
relatórios, na data do fechamento, para posteriormente serem conferidos com os saldos
contábeis.
martins.manoel@gmail.com Página 74
A não conferência dos saldos consignados na Contabilidade com os saldos do relatório do
contas a receber, torna a Contabilidade sem consistência, inexata e sem merecer confiança.
até R$ 5.000,00, sem garantia e vencidas há mais de seis meses (180 dias);
acima de R$ 5.000,00 até R$ 30.000,00, sem garantia e vencidas há mais de um
ano;
superior a R$ 30.000,00, vencidas há mais de um ano, desde que iniciados e
mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.
b) Impostos a Recuperar
São os impostos retidos quando da emissão da nota fiscal da empresa, tais como: IRPJ,
CSSL, PIS, COFINS e outros. Podem representar, também, adiantamentos de IRPJ ou
CSSL pagos durante o ano ou a recuperar relativo a anos anteriores.
Em outras situações representam o saldo credor de ICMS, IPI, PIS e COFINS, onde o valor
creditado nas compras é superior aos débitos relativos às vendas. É comum a existência
destes saldos quando a empresa for exportadora, uma vez que se credita sobre os valores
das compras e não há o débito na venda.
Os saldos devem estar em consonância com os livros de apuração dos respectivos tributos
(ICMS e IPI), com a DACON (PIS e COFINS), com as Declarações anuais de retenção
fornecidas pelos clientes no caso de faturamento e pelas Instituições Bancárias para as
aplicações financeiras.
Todo o saldo existente na Contabilidade deve ter origem comprovada, pois a qualquer
momento poderá ser compensado via Ficha Gráfica (ICMS e IPI), Dacon (PIS e COFINS),
Perdcomp (tributos de mesma ou diferentes naturezas) ou DIPJ( IRRF ou CSSL retidos
durante o ano calendário).
Toda a atenção é pouca nesta conta, qualquer descuido a empresa deixa de compensar
tributos, devendo desembolsar escassos numerários sem necessidade. Por outro lado, se
compensar a maior, os valores serão exigidos com multas e juros.
c) Outros Créditos
martins.manoel@gmail.com Página 75
Podem ser classificados nessa conta: adiantamentos de viagens, adiantamento de salários,
empréstimos a funcionários, empréstimos a terceiros não sócios, adiantamento de 13º
Salários.
Os saldos devem estar de acordo com relatórios ou posições de cada setor ligado a
respectiva conta. Exemplo: Adiantamentos a funcionários, o Setor de Pessoal.
Adiantamentos de viagens, o Setor Financeiro.
1.3 Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a
atividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e
mercadorias.
O Contador deve atentar para o preço unitário de cada mercadoria ou produto, podendo
avaliar as mercadorias compradas para revenda pelo valor das últimas aquisições menos o
ICMS. No caso de fabricação de produtos a matéria-prima pode ser avaliada pelo preço das
últimas aquisições menos o ICMS e IPI, os produtos acabados avaliados por 70% do maior
preço de venda (sem deduzir o ICMS) e os produtos em elaboração avaliados por 56% do
maior preço de venda (sem deduzir o ICMS). Também, o estoque pode ser avaliado com
base em registros contábeis, o chamado preço médio das últimas aquisições menos os
impostos recuperáveis (PEPS e Custo Padrão). Conforme determinam os artigos 289, 290,
293, 294, 295 e 296 do RIR/99.
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1.4 Despesas Antecipadas: ou despesas diferidas, compreendem as despesas pagas
antecipadamente que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício
seguinte (até 12 meses da data do encerramento do balanço – 31.12). Ex: seguros a vencer,
alugueis a vencer e encargos a apropriar.
A conta de despesas antecipadas deve estar conciliada com as planilhas de rateio e com os
documentos.
2. Ativo Não Circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível.
2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o
término do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Exemplo: duplicatas a receber
(+ 12 meses), empréstimos a sócios.
Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei nº
6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos a acionistas,
empréstimos à coligadas, empréstimos à controladas, etc.
Nas contas do Realizável a Longo Prazo,deve-se verificar se os saldos estão suportados por
documentos hábeis e planilhas de controle dos créditos. Exemplo: se o pagamento do
contrato de mútuo está suportado por recibo, contrato etc., bem assim, em planilhas de
apropriação de encargos financeiros.
2.2 Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o
objetivo principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em
outras empresas, participação em empresas coligadas, participação em empresas
controladas e obras de arte.
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Exemplo da equivalência patrimonial:
A empresa “A” tem 80% do capital social da empresa “B”, sendo um investimento
relevante;
Então, se na empresa “A”, havia um saldo de R$ 600.000,00, deverá ser feito um ajuste de
R$ 200.000,00, para que o saldo feche com os R$ 800.000,00;
O resultado não deverá ser refletido no Balanço se o Investimento não for relevante ou se o
valor do Patrimônio Líquido da empresa investida (em nosso exemplo a empresa “B”)
apresentar o Patrimônio Líquido Negativo.
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do Razão Contábil, verificar se estão corretos os lançamentos de aquisição do imobilizado
e se nas vendas foram baixadas as depreciações e o custo contábil dos bens vendidos.
Exemplo: normalmente utiliza-se a taxa de 20% ao ano para caminhões, no entanto a taxa
de depreciação da maioria dos caminhões é de 25% (neste caso reflete também no
recolhimento do Pis e da COFINS, que, a partir de 01.02.04, há o crédito sobre depreciação
dos bens do ativo imobilizado).
Edificações – 4% ao ano
Instalações – 10% ao ano
Móveis e Utensílios – 10% ao ano
Máquinas e Equipamentos – 10% ao ano
Ferramentas – 15% ao ano
Veículos – 20% ao ano
Caminhões – de 20% a 25%
Equipamentos de Informática – 20% ao ano
Equipamentos de Comunicação – 20% ao ano
Sendo a Contabilidade uma ciência que controla o Patrimônio das empresas, faz-se
necessário, no mínimo, uma relação com todos os bens da empresa (em forma de planilha),
com o valor original de aquisição, sua depreciação e saldo residual, bem como, uma cópia
dos respectivos documentos de aquisição.
2.4 Ativo Intangível :Os ativos intangíveis compreendem o leque de bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o
fundo de comércio adquirido.
Exemplo:
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Transferência relativa aos saldos das contas “Marcas e Patentes”, no valor de R$
100.000,00 e respectiva amortização acumulada de R$ 40.000,00, existentes nas contas do
imobilizado, em 01.01.2008:
Avaliação:
O fundo de comércio e outros valores intangíveis adquiridos são avaliados pelo valor
transacionado, deduzido das respectivas amortizações, calculadas com base na estimativa
de sua utilidade econômica. (NBC 4.2.7.3.)
Marcas e Patentes
Nessa conta são registrados os ativos intangíveis, ou seja, os gastos com registro de marca,
nome, invenções próprias ou contratos de uso de marcas e patentes de terceiros.
Fundo de Comércio
2.5 Diferido:
O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não
puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa
classificação até sua completa amortização.
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Base: art. 299-A da Lei 6.404/1976 (incluído pela MP 449/2008, art. 37- convertida pela
Lei 11.941/2009).
O Ativo Diferido deverá ser avaliado, pelo valor do capital aplicado, ou seja, o valor dos
gastos realizados, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização (art. 183
da Lei nº 6.404/76).
Taxas de Amortização
De acordo com a Lei nº 6.404/76 e o art. 327 do RIR/99, a amortização dos valores
registrados no Ativo Diferido deverá ser feita em prazo não inferior a cinco anos e não
superior a dez anos, (taxa de amortização mínima de 20% a.a e máxima de 10% a.a) a
partir do início da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruídos os
benefícios delas decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando
abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que
essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los.
O Ativo Diferido deve ser confrontado com controles ou planilhas, até mesmo, para
acompanhar as taxas de amortização. Também, o Ativo Diferido não pode ser confundido
com as despesas diferidas, estas têm duração de no máximo 12 meses, já o Ativo Diferido
são dispêndios que serão amortizados no mínimo em 05 anos – 60 meses.
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ESTRUTURAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PASSIVO
Base: MP 449/2008, art. 36, convertida pela Lei 11.941/2009, que alterou o art. 178 da Lei
6.404/76.
Demonstrativo gráfico:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
PASSIVO
2. PASSIVO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.01.000.0000 FORNECEDORES
2.1.01.001.0000 FORNECEDORES NACIONAIS
2.1.01.001.0001 FORNECEDORES
2.1.02.000.0000 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS
2.1.02.001.0000 EMPRESTIMOS
2.1.01.001.0001 CAPITAL DE GIRO
2.1.02.002.0000 FIANCIAMENTOS
2.1.02.002.0001 CAIXA ECONOMICA FEDERAL
2.1.03.000.0000 OBRIGAÇOES SOCIAIS/FISCAIS
2.1.03.001.0000 OBRIGAÇOES SOCIAIS
2.1.03.001.0001 INSS A PAGAR
2.1.03.001.0002 FGTS A PAGAR
2.1.03.001.0003 CONT. SINDICAL A PAGAR
2.1.03.001.0004 IRRF FOLHA PAGAMENTO
2.1.03.001.0005 INSS AUTONOMO A PAGAR
2.1.03.001.0006 C SIND. PATRONAL RECOLHER
2.1.03.002.0000 OBRIGAÇOES FISCAIS
2.1.03.002.0001 PIS A PAGAR
2.1.03.002.0002 COFINS A PAGAR
2.1.03.002.0003 ISS A PAGAR
2.1.03.002.0004 ICMS A PAGAR
2.1.03.002.0005 IPI A PAGAR
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2.1.03.002.0006 IRPJ A PAGAR
2.1.03.002.0007 CSSL A PAGAR
2.1.03.002.0008 IOF A PAGAR
2.1.03.002.0009 IRRF (PJ) A PAGAR
2.1.03.002.0010 REFIS
2.1.04.000.0000 OUTRAS OBRIGAÇOES
2.1.04.001.0000 OBRIGAÇOES TRABALHISTAS
2.1.04.001.0001 SALARIOS A PAGAR
2.1.04.001.0002 PRÓ-LABORE A PAGAR
2.1.04.002.0003 FERIAS A PAGAR
2.1.04.002.0004 RESCISOES A PAGAR
2.1.04.002.0005 OUTRAS OBRIGAÇOES
2.1.04.002.0000 ADIANTAMENTO DE CLIENTES
2.1.04.002.0001 ADIANTAMENTO DE CLIENTES
2.1.04.003.0000 OUTRAS CONTAS A PAGAR
2.1.04.003.0001 FATURA AGUA/LUZ/TELEFONE
2.1.04.003.0002 COMISSOES A PAGAR
2.1.04.003.0003 OUTRAS CONTAS A PAGAR
2.1.05.000.0000 OUTRAS PROVISOES
2.1.05.001.0000 TRABALHISTAS
2.1.05.001.0001 FERIAS
2.1.05.001.0002 13 SALARIO
2.2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
2.2.01.000.0000 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS
2.2.01.001.0000 EMPREST/FINANC BANCARIOS
2.2.01.001.0001 CAIXA ECONOMICA FEDERAL
2.2.02.000.0000 OBRIGAÇOES FISCAIS/TRIBUTARIAS
Sobre as contas a serem classificadas no passivo, a Lei 6.404/76 nos artigos 180, 181 e 184
estabelece:
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício
social, a classificação no circulante ou não circulante terá por base o prazo desse ciclo.
Observação: o art. 181 da Lei 6.404/76, que dispunha sobre o Resultado de Exercício
Futuro foi revogado pela MP 449/2008, convertida pela Lei 11.941/2009o qual deixou de
existir, portanto os valores classificados nesse grupo deverão ser reclassificados para outras
contas do Passivo Não Circulante
martins.manoel@gmail.com Página 83
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a
Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado
até a data do balanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;
III - as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não-circulante serão
ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008)
O art. 184-A, da Lei 6.404/76, incluído pela Medida Provisória nº 449 de 2008, convertida
pela Lei 11.941/2009, determina que A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá,
com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177, normas especiais de avaliação e
contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias ou segmentos
de negócios.
Passivo Circulante
4. Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até
12 (doze) meses. Ex. fornecedores, empréstimos e financiamentos salários a pagar,
provisão para férias, Obrigações Sociais, Obrigações Fiscais e Tributárias.
a) Fornecedores
As contas de Fornecedores devem estar de acordo com o relatório das contas a pagar
emitido pelo setor financeiro. Dessa forma, o setor financeiro deverá emitir, a cada final de
mês, relatório constando os fornecedores em aberto (não pagos), para que, posteriormente,
seja confrontado com os saldos constantes na Contabilidade.
Até mesmo, as aquisições a prazo, que envolvem fornecedores, se não contabilizadas pelo
regime de competência, acarretarão no pagamento a maior ou antecipado de IRPJ, CSSL,
PIS, COFINS, IPI e ICMS. Principalmente IRPJ e CSSL, pois pode ocorrer que, em um
exercício, a empresa tenha lucro e no seguinte prejuízo. De nada adiantará o lançamento de
despesas no período em que houver prejuízo.
b) Empréstimos e financiamentos
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A incorreção mais comum nestas contas se refere aos juros e atualizações monetárias de
empréstimos que são contabilizados quando pagos e não proporcional aos dias
transcorridos no mês.
c) Obrigações Sociais
São registradas as obrigações oriundas da folha de pagamento dos funcionários: INSS,
FGTS, Contribuição Sindical, IRRF e outros relacionados.
A retenção do imposto de renda na fonte e do INSS dos funcionários, bem assim a retenção
de Contribuições e Tributos (PIS, COFINS, INSS, IRRF, CSSL) de terceiros prestadores
de serviços sem o correspondente recolhimento aos cofres públicos caracteriza crime
tributário conforme art. 2º da Lei 8.137/1990, adiante reproduzido:
d) Obrigações Tributárias
Essas obrigações deverão ser contabilizadas no mês a que se referem, mesmo que pagas no
mês seguinte. Exemplo: O PIS referente ao mês de julho/2005 deve ser contabilizado no
mês de julho/2005 (regime de competência) e não no mês de agosto/2005, quando do seu
pagamento.
Mesmo os tributos não pagos devem ser contabilizados pelo seu valor original e a medida
que for incorrendo os juros e a multa, estes deverão também ser contabilizados. Exemplo:
No mês de julho/2005, contabiliza-se R$ 1.000,00, referente o PIS. No entanto não é pago
no dia de seu vencimento (15.08.2005). Em 31.08.2005, deve-se lançar os juros de 1% e a
multa de 0,33% ao proporcional aos dias de atraso até no limite de 20%. E assim,
mensalmente contabilizar os juros pela variação da taxa Selic.
Esses valores, mesmo que não pagos, são dedutíveis para fins de IRPJ e CSSL, porém se
não contabilizados, a empresa acaba arcando carga tributária indevida.
Lembrando que os tributos cuja exigibilidade esteja suspensa, conforme art. 151 do CTN,
pelo motivo de discussão judicial ou administrativa com relação ao pagamento ou não do
tributo, seja por depósito judicial, medida liminar em mandado de segurança e em recurso
administrativo (1ª, 2ª ou 3ª Instâncias), serão indedutíveis para fins de apuração do IRPJ e
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da CSSL, devendo ser adicionador ao Lucro Real e à Contribuição Social (Lei nº 8.981, de
1995, art. 41, § 1º).
Obrigações Trabalhistas
Salários, rescisões, férias e outras contas a pagar provenientes a folha de pagamento dos
funcionários. O saldo contábil existente nessas contas dificilmente será superior ao valor
de 01 mês da folha de pagamento, pois há pesadas multas trabalhistas e denúncias a
Sindicados, quando o empregador não paga os salários.
Provisões Trabalhistas
A provisão de férias e 13º Salário são dedutíveis como custos ou despesa operacional, na
apuração do Lucro Real (tanto para o IRPJ como para a CSL), conforme artigo 337 e 338
do RIR/99. Também são dedutíveis os encargos calculados sobre a provisão de férias e do
13 º Salário, tais como: FGTS (8,5%), INSS ( empresa (20% + sat (3%) + terceiros ( 5,8%)
+ percentual de aposentadoria especial caso houver).
Lembrando que as demais provisões tanto trabalhistas ou não, são indedutíveis para fins do
IRPJ e da CSSL, como determina a legislação.
As contas do Passivo Não Circulante devem ser verificadas com relação aos documentos
suportes de movimentação no ano, a classificação superior a 12 meses após encerramento
do balanço e planilhas subsidiárias.
Nos contratos com vencimento a longo prazo, devem ser reclassificadas para o Passivo
Circulante as parcelas a vencer no período de 12 meses após o encerramento do balanço de
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31.12.2008. Dessa forma, um contrato com saldo de R$ 360.000,00, em 31.12.2008,
restando 36 parcelas a vencer, nos próximos 36 meses, será classificado da seguinte forma:
12 parcelas*¹ x 10.000,00 = 120.000,00 -> serão reclassificadas para o Passivo Circulante.
24 parcelas*² x 10.000,00 = 240.000,00 -> estarão registradas no Passivo Não Circulante.
Tratamento idêntico deve ser adotado para as demais contas, como exemplo os
parcelamentos de tributos a longo prazo, os empréstimos a terceiros a longo prazo. De
forma a cumprir o disposto no art. 180 da Lei 6.404/76. Bem assim, para manter
consistentes os índices financeiros, gerenciais e econômicos que serão extraídos das
Demonstrações Financeiras.
Por opção da empresa, a reclassificação pode ser feita no último dia do balanço e revertida
no primeiro dia do ano seguinte, desde que no Balanço encerrado em 31.12.2008, constem
as reclassificações para o Passivo Circulante.
As contas do Passivo Não Circulante devem ser verificadas com relação aos documentos
suportes de movimentação no ano, a classificação superior a 12 meses após encerramento
do balanço e planilhas subsidiárias.
Observação: até 03.12.2008, as obrigações com prazo de vencimento após 12 (doze) meses
estavam registradas no Passivo Exigível a Longo Prazo. No entanto, a partir de
04.12.2008, o grupo Passivo Exigível a Longo Prazo passou a ser denominado Passivo
não Circulante por ocasião da MP 449/2008, art. 36, convertida pela Lei 11.941/2009, que
alterou o art. 178 da Lei 6.404/76.
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No mesmo sentido, o art. 37 da MP 449/2008, convertida pela Lei 11.941/2009,
acrescentou o art. 299-B à Lei 6.404/76, que dispõe: “O saldo existente no resultado de
exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 deverá ser reclassificado para o passivo não-
circulante em conta representativa de receita diferida”. Bem como o registro do saldo
deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo diferido.
Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a
parcela ainda não realizada.
7. Patrimônio Líquido: representa o capital que pertence aos proprietários. Ex: capital
social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros (legal, estatutária,
contingência, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuízos
acumulados.
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2.4.05.000.0000 RESERVAS DE LUCROS
2.4.06.000.0000 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS
2.4.06.001.0000 LUCROS/PREJUIZOS ACUMULADOS
2.4.06.001.0001 LUCRO EXERCICIO ANTERIOR
2.4.06.001.0002 LUCRO DO EXERCICIO
2.4.06.001.0003 (-) DISTRIBUIÇAO DE LUCRO
As contas do Patrimônio Líquido devem refletir o capital social de acordo com o contrato
social e alterações, as realizações das reservas de reavaliação motivadas por vendas e
depreciações de bens reavaliados e se as movimentações das demais contas, inclusive
lucros/prejuízos acumulados estão corretos.
7.1 Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado pelos
sócios ou acionistas.
7.2 Reservas
7.2.1 Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas, eventualmente,
pela entidade. No caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de ações, o produto da
alienação de partes beneficiárias, entre outras. De acordo com o parágrafo 1º do artigo 182
da Lei nº 6.404/76, serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
7.2.3 Reservas de Lucros: são reservas originados dos lucros e destinadas para
reenvestimento na empresa. Exemplo: Na Assembléia dos acionistas ou no próprio
contrato social os sócios (ou acionistas) determinam que X por cento do lucro da empresa,
não será distribuído aos sócios e deverá permanecer como uma reserva para a aplicação na
atividade da empresa (reserva para compra de imobilizado com o objetivo de não
descapitalizar a empresa).
As reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com
finalidade específica.
Os lucros retidos com finalidade específica e classificados nesta conta são transferidos da
conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados".
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Na conta "Reservas de Lucros" poderemos agrupar as seguintes subcontas:
Reserva Legal;
Reserva Estatutária;
Reserva para Contingências;
Reserva de Lucros a Realizar;
Reserva de Lucros para Expansão;
Reserva de Incentivos Fiscais.
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007 (que incluiu o artigo 195-A à Lei
6.404), a assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para
a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou
subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo
do dividendo obrigatório.
A partir de 01.01.2008, por força por força da Lei 11.638/2007, o saldo das reservas de
lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá
ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação
do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de
dividendos.
Isto não significa, entretanto, que a conta “Lucros Acumulados” deixou de existir. Porém,
essa conta possui natureza absolutamente transitória, e será utilizada para servir de
contrapartida às reversões das reservas de lucros e às destinações do lucro.
Exemplo:
martins.manoel@gmail.com Página 90
Destinação do saldo da conta transitória “Lucros Acumulados”:
LEMBRETE
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, a divisão do patrimônio líquido será:
Capital social,
Reservas de capital,
Ajustes de avaliação patrimonial,
Reservas de lucros,
Ações em tesouraria
Prejuízos acumulados.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO= BENS e DIREITOS PASSIVO= OBRIGAÇÕES
ATIVO PASSIVO
1. Ativo Circulante 3. Passivo Circulante
- 1.1 Disponível ( caixa, bancos, aplic.fin.) - Fornecedores
- 1.2 Realizável a Curto Prazo (Dupls a - Empréstimos
receber)
- 1.3 Estoques ( de mercadorias, produtos) - Tributos a pagar
- 1.4 Despesas antecipadas ( exercício 4. Passivo Não Circulante
seguinte)
2. Ativo Não Circulante - Obrigações a vencer após 12 meses
2.1Realizável a Longo Prazo
-Créditos realizáveis (a receber após 12
meses)
2.2 Investimentos(partic.em empresas) 5. Patrimônio Líquido
2.3 Imobilizado (imóveis, veículos, - 7.1 Capital Social
máquinas)
2.4 Intangível - 7.2 Reservas
- 7.3 Lucro ou Prejuízo acumulado
Grupos de resultado
martins.manoel@gmail.com Página 91
VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e
as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua
realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a
essas receitas e rendimentos.
§ 2º O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações,
registrados como reserva de reavaliação (artigo 182, § 3º), somente depois de realizado
poderá ser computado como lucro para efeito de distribuição de dividendos ou
participações.
martins.manoel@gmail.com Página 92
Explicando a função das contas de resultado
Desta forma, para que se possa aplicar o conceito legal de Receita Operacional Bruta, é
recomendável que a empresa que contabiliza o IPI e o ICMS como Receita de Vendas, o
faça em conta de “Faturamento Bruto” e não em “Receita de Venda de Produtos”, ficando
assim o plano de contas da empresa:
Faturamento Bruto
(-) IPI Faturado
(-) ICMS Substituição Tributária
(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços
As receitas devem ser conciliadas com o livro de apuração do ICMS, IPI ou do ISS, para
evitar lançamentos a maior ou a menor, com conseqüências tributárias. Até porque em uma
fiscalização o fiscal tem o direito de exigir tais livros.
Devoluções de Vendas
Abatimentos
Nessa conta serão registrados os descontos incondicionais concedidos aos clientes relativos
às vendas e serviços.
A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela
incidentes (exceto IPI e ICMS substituição tributária), que são registrados em contas
devedoras. Desta forma, os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais como:
ISS, ICMS, PIS, COFINS, serão diminuídos da receita bruta.
martins.manoel@gmail.com Página 93
CUSTOS DAS VENDAS
Estas contas registram os custos de bens ou serviços vendidos. Para maiores detalhamentos
sobre a composição dos Custos das Vendas.
martins.manoel@gmail.com Página 94
As Receitas Financeiras compreendem:
descontos obtidos, decorrentes de pagamentos antecipados de duplicatas de fornecedores
ou outros títulos;
juros recebidos referentes aos juros cobrados pela empresa de seus clientes, por atraso de
pagamento e outras operações similares;
receitas de aplicações financeiras que englobam as receitas decorrentes de aplicações
financeiras, correspondentes à diferença entre o valor aplicado e o valor resgatado, do tipo
Certificado de Depósito Bancário (CDB), etc.;
outras receitas de investimentos temporários.
Nessa conta devem ser registrados os valores relativos à Contribuição Social Sobre o
Lucro devido sobre o resultado ajustado de adições e exclusões: a título de Contribuição
Social, calcular a uma alíquota de 9% sobre o resultado contábil ajustado.
Nessa conta devem ser registrados os valores relativos ao Imposto de Renda devido sobre o
resultado ajustado de adições e exclusões ao Lucro Real: a título de Imposto de Renda
sobre o lucro calcular uma alíquota de 15% sobre o resultado e ajustes, acrescido de um
adicional de Imposto de Renda de 10%, quando o lucro tributário ultrapassar a R$
240.000,00;
martins.manoel@gmail.com Página 95
CONTAS DE RESULTADO
3.0.00.000.0000 RECEITAS
3.1.00.000.0000 RECEITA BRUTA VENDA PRODUTOS E SERVIÇOS
3.1.01.000.0000 VENDA PRODUTOS/MERCADORIAS
3.1.01.001.0000 VENDA DE MERCADORIAS
3.1.01.001.0001 MERCADORIAS
3.1.02.000.0000 VENDA DE SERVIÇOS
3.1.02.001.0000 SERVIÇOS
3.1.02.001.0001 SERVIÇOS
3.2.00.000.0000 (-) DEDUÇAO DA RECEITA
3.2.01.000.0000 VENDA CANCELADA/DEVOLUÇAO
3.2.01.001.0000 VENDAS CANCELADAS
3.2.01.001.0001 VENDAS CANCELADAS
3.2.01.001.0002 DEVOLUÇAO
3.2.02.000.0000 IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
3.2.02.001.0000 IMPOSTOS SOBRE VENDAS
3.2.02.001.0001 ICMS
3.2.02.001.0002 ISS
3.2.02.001.0003 IPI
3.2.02.001.0004 PIS SOBRE FATURAMENTO
3.2.02.001.0005 COFINS SOBRE FATURAMENTO
martins.manoel@gmail.com Página 96
4.2.01.003.0004 ENERGIA ELETRICA
4.2.01.003.0005 AGUA
4.2.01.003.0006 TRANSPORTE DO PESSOAL
4.2.01.003.0007 COMUNICAÇOES
4.2.01.003.0008 IMPOSTOS E TAXAS
4.2.01.003.0009 REFEITORIOS
4.2.01.003.0010 RECRUTAMENTO E SELEÇAO
4.3.00.000.0000 DESPESAS OPERACIONAIS
4.3.01.000.0000 DESPESAS DE VENDAS
4.3.01.001.0000 DESPESAS COM PESSOAL
4.3.01.001.0001 SALARIOS/ORDENADOS
4.3.01.001.0002 FERIAS
4.3.01.001.0003 13 SALARIO
4.3.01.001.0004 INDENIZAÇOES
4.3.01.001.0005 OUTROS ENCARGOS
4.3.01.002.0000 DESPESAS GERAIS
4.3.01.002.0001 ALUGUEIS/CONDOMINIOS
4.3.01.002.0002 DEPRECIAÇAO/AMORTIZAÇAO
4.3.01.002.0003 MANUTENÇAO E REPAROS
4.3.01.002.0004 PROPAGANDA
4.3.01.002.0005 PUBLICIDADE
4.3.01.002.0006 ENERGIA ELETRICA
4.3.01.002.0006 AGUA E ESGOTO
4.3.01.002.0007 TELEFONE
4.3.01.002.0008 CORREIOS E MALOTES
4.3.01.002.0009 REPRODUÇAO
4.3.01.002.0010 SEGUROS
4.3.01.002.0011 TRANSPORTE DO PESSOAL
4.3.01.002.0012 DESPESAVIAGEM
4.3.01.002.0013 DESPESAS COM VEICULOS
4.3.01.002.0014 COMBUSTIVEIS
4.3.02.000.0000 DESPESAS ADMINISTRATIVAS
4.3.02.001.0000 DESPESAS COM PESSOAL
4.3.02.001.0001 SALARIO/ORDENADOS
4.3.02.001.0002 FERIAS
4.3.02.001.0003 13 SALARIO
4.3.02.001.0004 INSS
4.3.02.001.0005 FGTS
4.3.02.001.0006 INDENIZAÇOES
4.3.02.001.0007 VALE REFEIÇAO
4.3.02.001.0008 VALE TRANSPORTE
4.3.02.001.0009 SEGURO DE VIDA EM GRUPO
4.3.02.001.0010 SEG ACIDENTE TRABALHO
4.3.02.001.0011 GRATIFICAÇOES
4.3.02.001.0012 OUTROS ENCARGOS
4.3.02.002.0000 DESPESAS DE OCUPAÇAO
4.3.02.002.0001 ALUGUEL/CONDOMINIO
4.3.02.002.0002 DEPRECIAÇAO/AMORTIZAÇAO
4.3.02.002.0003 MANUTENÇAO E REPAROS
4.3.02.003.0000 UTILIDADES E SERVIÇOS
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4.3.02.003.0001 ENERGIA ELETRICA
4.3.02.003.0002 AGUA
4.3.02.003.0003 TELEFONE
4.3.02.003.0004 CORREIO
4.3.02.003.0005 REPRODUÇAO
4.3.02.003.0006 SEGUROS
4.3.02.003.0007 TRANSPORTE DO PESSOAL
4.3.02.003.0008 DESPESAS COM INTERNET
4.3.02.004.0000 HONORARIOS
4.3.02.004.0001 DIRETORIA
4.3.02.004.0002 CONSELHO ADMINISTRAÇAO
4.3.02.004.0003 CONSELHO FISCAL
4.3.02.005.0000 DESPESAS GERAIS
4.3.02.005.0001 VIAGENS/REPRESENTAÇOES
4.3.02.005.0002 MATERIAL DE ESCRITORIO
4.3.02.005.0003 MAT. AUXILIAR E CONSUMO
4.3.02.005.0004 HIGIENE E LIMPEZA
4.3.02.005.0005 COPA, COZINH, REFEITORIO
4.3.02.005.0006 CONDUÇOES E LANCHES
4.3.02.005.0007 REVISTAS/PUBLICAÇOES
4.3.02.005.0008 DONATIVOS/CONTRIBUIÇOES
4.3.02.005.0009 LEGAIS E JUDICIAIS
4.3.02.005.0010 SERV PROF E CONTRATADOS
4.3.02.005.0011 VIGILANCIA E SEGURANÇA
4.3.02.006.0000 IMPOSTOS E TAXAS
4.3.02.006.0001 IMP PROP PREDIAL URBANA
4.3.02.006.0002 IMP PROP VEICULOS
4.3.02.006.0003 TAXAS MUNICIPAIS
4.3.02.006.0004 CONTRIBUIÇAO SINDICAL
4.3.02.006.0005 CONTRIBUIÇAO PIS
4.3.02.006.0006 CONTRIBUIÇAO PASEP
4.3.02.007.0000 DESPESAS COM PROVISOES
4.3.02.007.0001 CONST PROV PERDAS DIVERS
4.3.02.007.0002 CONST PROV DESPESA RISCO
4.3.02.007.0003 REVERSAO PERDAS DIVERSAS
4.3.02.007.0004 REVERSAO DESPESAS RISCOS
4.3.03.000.0000 RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO
4.3.03.001.0000 DESPESAS FINANCEIRAS
4.3.03.001.0001 JUROS PAGOS OU INCORRIDOS
4.3.03.001.0002 DESCONTOS CONCEDIDOS
4.3.03.001.0003 COMISSOES/DESP BANCARIAS
4.3.03.001.0004 DESPESAS BANCARIAS
4.3.03.001.0005 CPMF
4.3.03.002.0000 RECEITAS FINANCEIRAS
4.3.03.002.0001 DESCONTOS OBTIDOS
4.3.03.002.0002 JUROS RECEBIDOS/AUFERIDOS
4.3.03.002.0003 RECEITA INVEST.TEMPORARIO
4.3.03.002.0004 RECEITA FINANC COMERCIAL
4.3.03.003.0000 VARIAÇOES MONETARIAS
4.3.03.003.0001 VARIÇAO OBRIGAÇAO
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4.3.03.003.0002 VARIÇAO CAMBIAL
4.3.03.003.0003 CORREÇ MONETARIA PASSIVA
4.3.03.003.0004 VARIAÇAO DE CREDITO
4.3.03.003.0005 VARIAÇÃO MON. ATIVA
4.3.03.003.0006 PIS RECEITAS FINANCEIRAS
4.3.04.000.0000 OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACION.
4.3.04.001.0000 LUCROS/PREJUÍZ. PART SOCIED.
4.3.04.001.0001 PART RESULT CONTROLADAS
4.3.04.001.0002 DIVIDENDOS/RENDIMENTOS
4.3.04.001.0003 AMORTIZ. AGIO/DESAGIO
4.3.04.002.0000 VENDAS DIVERSAS
VENDA DE SUCATAS
4.3.05 RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
4.3.05.0001 RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
4.3.05.0001.0001 VENDAS ATIVO IMOBILIZADO
4.3.05.0002 DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
4.3.05.0002.0001 BAIXA BENS ATIVO IMOBILIZ.
4.3.05. PROVISÃO PARA IRPJ E CSSL
4.3.05.001 PROVISÃO IRPJ E CSSL
4.3.05.001.0001 PROVISÃO P/ IMPOSTO RENDA
4.3.05.001.0002 PROVISÃO P/ CONTRIB.SOCIAL
martins.manoel@gmail.com Página 99
4.4. Lançamentos
A escrituração, uma das técnicas utilizadas pela Contabilidade, consiste em registrar nos
livros próprios (Diário e Razão) todos os fatos que provocam modificações no Patrimônio
da empresa.
A escrituração começa pelo livro Diário, onde os fatos são registrados de forma mercantil,
através do lançamento, obedecendo a uma disposição técnica em ordem cronológica.
Contas
Conta é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos, Obrigações e
Patrimônio Líquido) e aos elementos de resultado (Despesas e Receitas).
É através das contas que a Contabilidade consegue desempenhar seu papel. Todos os
acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela sua gestão, tais como compras,
vendas, pagamentos e recebimentos, são registrados nos livros próprios através das contas.
Lançamento
D: Aplicação
C: Origem
Ex.: Compra de um computador, em Manaus-AM, no dia 18.11.2009, das Lojas Cem S/A,
conforme nota fiscal nº 1.000, no valor de R$ 3.000,00, com cheque 110 Bradesco S/A.
Lançamento:
Manaus-AM, 18.11.2009
Histórico
Valor nf. 1.000 Lojas Cem, referente compra de um computador XT-5000, paga com
cheque 110 Bradesco S/A.
Acima se verifica como funciona o sistema das Partidas Dobradas, ou seja, para cada
débito há um crédito equivalente em valor igual. O fato administrativo foi a compra de um
computador à vista, tendo como forma de pagamento a emissão do cheque 110 do
Bradesco S/A. O Contador escriturou (registrou) o fato utilizando o método das partidas
dobradas: todo o valor debitado a um valor creditado. Na seqüência estaremos estudando
sobre a sistemática do débito e do crédito, sem maiores dificuldades.
Portanto, lançamento é o meio pelo qual se processa a escrituração, onde todos os fatos que
ocorrem na empresa são registrados nos livros próprios, através de uma técnica chamada
lançamento. O lançamento é composto dos seguintes elementos essenciais:
Local e data da ocorrência do fato.
Conta a ser debitada.
Conta a ser creditada.
Histórico.
Valor.
Toda vez que aumentar o Ativo (bens e direitos), debitar a respectiva conta.
Toda vez que diminuir o Ativo (bens e direitos), creditar a respectiva conta.
Toda vez que aumentar o Passivo (dívidas e obrigações), creditar a respectiva conta.
Toda vez que diminuir o Passivo (dívidas e obrigações), debitar a respectiva conta.
ATIVO PASSIVO
Bens e Direitos Obrigações
Dinheiro (caixa); Depósitos Bancários; Fornecedores a pagar
Clientes (duplicatas a receber) Empréstimos a pagar
Mercadoria (estoque) Tributos a pagar
Imóvel, máquinas, veículos, computador; Outras Contas a Pagar
DEBITA: AUMENTA BENS E DIREITOS DEBITA: DIMINUI OBRIGAÇÕES
CREDITA: DIMINUI BENS E DIREITOS CREDITA: AUMENTA OBRIGAÇÕES
Exemplo 1
Em 25/06/2009 -Compra de um veículo, a prazo, para pagamento em 60 dias, pelo valor de
R$ 15.000,00, conforme nota fiscal nº 134.343 Iranduba Veículos Ltda
sabemos que para todo o débito há um crédito (sistema de partidas dobradas)
sabemos, também, que o ativo representa os bens e direitos e o passivo as obrigações
identificar se conta a ser debitada ou creditada está no ativo ou no passivo
temos a primeira pista: veículo
veículo é um Bem, logo deve ser registrado no Ativo
porém, ainda não sabemos se é a débito ou a crédito da conta de veículos
O quê aconteceu com o veículo? - Houve uma compra, então aumentou o Ativo
Quando aumenta o ativo: DEBITA, então já sei que debito a conta de veículos no Ativo
Agora precisamos localizar o crédito: como a compra foi prazo, contraiu-se uma
obrigação/dívida, as obrigações da empresa são registradas no PASSIVO, na conta
Fornecedores.
ATIVO PASSIVO
1. Ativo Circulante 3. Passivo Circulante
- 1.1 Disponível ( caixa, bancos) 100.000,00 - Fornecedores 15.000,00
2. Ativo Não Circulante 4. Passivo Não Circulante
5. Patrimônio Líquido
2.3 Imobilizado - 5.1 Capital Social 100.000,00
No Balanço Patrimonial constam os saldos das contas, acima serviu para localizar o
lançamento. Lembrando que o Ativo tem saldo de natureza devedor e o Passivo de
natureza credor.
A sistemática de débito e crédito é uma convenção e deve ser seguida como demonstrado
acima, qualquer outro raciocínio leva a erros. Uma pergunta que sempre fica no ar é: por
quê o saldo bancário da empresa é credor, conforme extrato, e na Contabilidade da
empresa está registrado como devedor?
Acontece que contabilmente os Ativos tem natureza devedora, como vimos, quando
aumenta o Ativo faz-se lançamento a débito. Conta com Saldo Credor no Ativo significa
que há algo errado na contabilidade. Por sua vez, o Passivo possui natureza credora, pois
credita as contas do Passivo quando há o seu aumento. E o extrato? A Contabilidade do
Banco segue as mesmas regras, porém deve-se notar que o extrato bancário está
demonstrando a Contabilidade do Banco e nele consta que o Banco tem uma obrigação
com nossa empresa, a qual está registrada no seu Passivo, por isso aparece com o saldo
credor. Na Contabilidade da nossa empresa, por outro lado, o saldo está registrado no
Ativo e é devedor, pelo fato que os Ativos representam os bens e valores os quais têm
natureza devedora.
Para complicar um pouco o débito e o crédito, as despesas e custos devem ser debitadas e
as Receitas lançadas a crédito.
Receitas: Venda de mercadorias à vista
D - Caixa (aumentou o ativo)
C – Receita (Receita deve ser creditada)
ATIVO PASSIVO
1. Ativo Circulante 3. Passivo Circulante
- 1.1 Disponível ( caixa, bancos) 100.000,00 - Fornecedores 15.000,00
- 1.2 Créditos (Dupls a receber) 150.000,00 - Empréstimos
2.1 Exigível a Longo Prazo 4. Passivo Não Circulante
2.2 Investimentos 5. Patrimônio Líquido
2.3 Imobilizado
-Imobilizado (imóveis, veículos, 15.000,00 - 5.1 Capital Social 100.000,00
máquinas)
2.4 Intangível
Total Ativo 265.000,00 Total Passivo 115.000,00
DESPESAS RECEITAS
4. Despesas 3. Receitas
Custo Mercadorias Vendidas Vendas de Mercadorias 150.000,00
Despesas Vendas Produtos
Total das Despesas Total das Receitas 150.000,00
Total Balanço/Balancete 265.000,00 Total das Receitas 265.000,00
ATIVO PASSIVO
Bens e Direitos Obrigações
Dinheiro (caixa); Depósitos Bancários; Fornecedores
Clientes ( duplicatas a receber) Empréstimos a pagar
Imóvel, máquinas, veículos, Tributos a pagar
computador; Outras Contas a Pagar
DEBITA: AUMENTA BENS E DEBITA: DIMINUI OBRIGAÇÕES
DIREITOS
CREDITA: DIMINUI BENS E CREDITA: AUMENTA OBRIGAÇÕES
DIREITOS
Notas:
Resumindo:
Contas de Resultado
Débito Crédito
Despesas Receita
Fórmulas de lançamentos
D: Caixa 3.000,00
C: Duplicatas a Receber 3.000,00
D: Caixa 4.100,00
C: Duplicatas a Receber 4.000,00
C: Juros Ativos 100,00
D: Fornecedores 5.000,00
D: Juros Passivos 200,00
C: Caixa 5.200,00
D: Mercadorias 10.000,00
D: Móveis e Utensílios 5.000,00 15.000,00
C: Caixa 7.500,00
C: Duplicatas a Pagar 7.500,00 15.000,00
Livro Diário
Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais que não excedam ao período de um
mês, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares para registro individuado e
conservados os documentos que permitam sua perfeita verificação.
Para efeito do disposto no item anterior, no transporte dos totais mensais dos livros
auxiliares, para o Diário, deve ser feita referência às páginas em que as operações se
encontram lançadas nos livros auxiliares devidamente registrados.
Os livros ou fichas do Diário, bem como os livros auxiliares referidos no § 1º, deverão
conter termos de abertura e de encerramento, e ser submetidos à autenticação no órgão
competente do Registro do Comércio, e, quando se tratar de sociedade civil, no Registro
Civil de Pessoas Jurídicas ou no Cartório de Registro de Títulos e Documentos.
Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas-Correntes, que também poderão ser
escriturados em fichas, terão dispensada sua autenticação quando as operações a que se
reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em livros devidamente
registrados.
No caso de substituição do Livro Diário por fichas, a pessoa jurídica adotará livro próprio
para inscrição do balanço e demais demonstrações financeiras, o qual será autenticado no
órgão de registro competente.
Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído
por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. A adoção de fichas não
dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de
resultado econômico (art. 1180).
Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de
postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis. A
autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária,
que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios (art. 1.181).
A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por
ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões,
rasuras, emendas ou transportes para as margens. É permitido o uso de código de números
ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado (art. 1.183).
Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de
trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da
sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados,
para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita
verificação (art. 1.184).
O livro Balancetes Diários e Balanços serão escriturados de modo que registre (art. 1.186):
a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo,
em forma de balancetes diários;
o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício.
Livro Razão
O artigo 259 do RIR/99, Decreto 3.000/99, dispõe o seguinte sobre o Livro Razão:
A pessoa jurídica tributada com base no lucro real deverá manter, em boa ordem e segundo
as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário, mantidas as demais
exigências e condições previstas na legislação.
A não manutenção do livro de que trata este artigo, nas condições determinadas, implicará
o arbitramento do lucro da pessoa jurídica.
Estão dispensados de registro ou autenticação o Livro Razão ou fichas de que trata este
artigo.
Nota 3: O livro Razão é a conseqüência dos lançamentos contábeis no livro Diário, o qual
é emitido automaticamente pelo sistema eletrônico de Contabilidade, não sendo necessário
um novo registro.
Balancete é uma relação das contas extraídas do livro Razão, com seus saldos devedores
ou credores.
Para apurar os resultados, no final do ano (exercício) as empresas adotam uma série de
procedimentos, tendo como ponto de partida a elaboração do Balancete, o qual relaciona
todas as contas utilizadas pela Contabilidade no período.
No exemplo a seguir, nota-se que o Balancete possui quatro colunas: duas reservadas para
o movimento (débito e crédito) e duas reservadas para o saldo (devedor ou credor). O
preenchimento das colunas do movimento constitui pura transcrição do total do débito e do
total do crédito de cada conta constante do livro Razão, ou do Razonete, se for o caso.
O preenchimento das colunas reservadas para o saldo é feito mediante a diferença entre o
débito e o crédito de cada conta constante da coluna movimento. Assim, se o débito na
coluna movimento superar o crédito, o saldo será devedor, caso contrário, sendo o crédito
da coluna movimento superior ao débito, o saldo será credor.
Custo de aquisição
O custo das mercadorias adquiridas para revenda é composto pelo valor pago ao
fornecedor (líquido de impostos recuperáveis) mais os gastos com frete e seguro
necessários para a colocação das mercadorias no estabelecimento da empresa adquirente.
Os impostos recuperáveis, pagos na aquisição de mercadorias pagos na aquisição de
mercadorias são aqueles cujo valor a empresa adquirente pode creditar, nos livros fiscais
próprios, para ser deduzido do valor do imposto da mesma espécie devido sobre a revenda
de mercadorias. Os que normalmente são pagos na aquisição de mercadorias, agregados ao
preço, são o ICMS, PIS (a partir de fev/2004 também a COFINS) e, no caso de
mercadorias adquiridas por comerciante atacadista equiparado ao industrial também o IPI.
Registro de aquisição
Registro de frete
Condições de contratação:
FOB (Frete Free on Board) – Fretes e demais despesas acessórias por conta do
comprador.
CIF (Cost Insurance Freight ) – Frete e demais despesas acessórias por conta do
devedor.
Assim, por exemplo, uma empresa comercial ao adquirir mercadoria para revenda, pagou
ou assumiu pagar um frete no valor de R$ 10.000,00, efetua o seguinte lançamento
contábil:
Estudando essas operações poderemos ter uma boa visão da incidência dos impostos sobre
as vendas, quais os reflexos dos descontos obtidos e concedidos no resultado da empresa,
bem como os abatimentos nas compras e nas vendas e quais as situações em ocorrem
créditos de tributos a recuperar sobre mercadorias para a revenda e como são feitos os
confrontos desses créditos com os tributos devidos, tanto na parte fiscal como na parte
contábil.
Se a empresa for tributada pelo imposto de renda com base no lucro real, tratará o PIS e a
COFINS como contribuições recuperáveis, na forma do que dispõem as Leis 10.637/, Art.
3º, I e 10.833/2003, Art. 3º, I.
Lançamento Contábil:
D – Mercadorias para Revenda R$ 737,50
D – ICMS a Recuperar R$ 170,00
D – PIS a Recuperar R$ 16,50
D – COFINS a Recuperar R$ 76,00
C – Caixa ou Bcos C/ Movimento R$ 1.000,00
Percebe-se, então, que o valor que constará no estoque da organização será o valor bruto
abatido do ICMS, PIS e COFINS recuperáveis. Os tributos recuperáveis serão classificados
no Ativo Circulante. Isso quer dizer que a empresa adquire um crédito de imposto e
contribuições diminuindo seu custo de aquisição, e que, por ocasião de suas vendas futuras
Revenda de Mercadorias:
Lançamento Contábil:
Da Receita:
Lançamento Contábil:
D – ICMS a Pagar
C – ICMS a Recuperar R$ 170,00
D – PIS a Pagar
C – PIS a Recuperar R$ 16,50
D – COFINS a Pagar
C – COFINS a Recuperar R$ 76,00
Não devem afetar a apuração do resultado bruto do atual período. A devolução de vendas
correspondentes a períodos anteriores não tem relação com as vendas efetuadas neste
período; portanto, não deve ser considerada como Redutora da Receita Bruta, mas sim
como Despesa Operacional (Despesa de Vendas) correspondente ao período em que
efetivou a devolução.
Contabilização
D – ICMS a Recuperar
C – Devolução de Vendas do Período Anterior
D – Mercadorias em Estoque
C – Devolução de Vendas do Período Anterior
Como segue:
Devolução de Vendas:
D – Devolução de Vendas
D – Impostos e Contribuições a Recuperar (ICMS/PIS/COFINS)
C – Caixa ou Bancos ou Duplicatas a Receber
Descontos Financeiros
Estes podem ser descontos obtidos ou concedidos. São descontos ligados a antecipação de
pagamentos ou recebimentos de títulos.
Exemplo: a empresa Fernandes & Cia, adquire matéria prima para sua produção de
calçados a prazo (30 dias) no valor de R$ 10.000,00. Porém, efetuou o pagamento de
forma antecipada ganhando um desconto de 10% no título em questão (R$ 1.000,00).
Contabilizando:
Na aquisição da obrigação:
D – Aquisição de Insumos
C – Fornecedores R$ 10.000,00
Na aquisição de um direito:
D – Duplicatas a Receber
C – Receita de Vendas R$ 10.000,00
Importante citar que a conta Descontos Obtidos é uma receita tributável e a conta
Descontos Concedidos é uma despesa dedutível por ocasião da apuração do Lucro Real
anual ou por estimativa mensal, onde incidirão IRPJ e CSLL sobre o resultado do
exercício, caso a empresa tenha auferido lucro.
A legislação do imposto de renda prescreve que o custo das mercadorias vendidas será
determinado com base no registro permanente de estoque, ou no valor dos estoques
existentes, de acordo com o livro inventário, no fim do período base (caput do art.289 do
RIR / 99).
Uma atenção especial deverá ser dada pelo leitor ao item 3.5 do Parecer Normativo CST
numero 6.
a) os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-
primas adquiridas no periodo-base, ou em 80% do valor dos produtos acabados,
determinados de acordo com a alínea B;
Normas para apuração do Lucro Liquido das Pessoas Jurídicas, Custo, Despesas
Operacionais e Encargos; Disposições Gerais.
Os estoques dos produtos acabados e em fabricação podem ser avaliados segundo custos
apurados por sistema de contabilidade de custos, integrado e coordenado com o restante da
escrituração.
O Custo médio, para as mercadorias revendidas e matérias primas, o qual será determinado
pelo registro permanente de estoques, sendo que não fazem parte do custo de aquisição os
impostos recuperáveis, os quais a empresa tem o direito ao crédito (ICMS, IPI, PIS,
COFINS), sendo acrescido o seguro e o transporte (art. 289 RIR/99).
Observe que cada entrada (a preço unitário diferente de preço médio anterior) modifica o
preço médio; e que cada saída, conquanto mantenha inalterado o preço médio, altera o
fator de ponderação, e assim o preço médio que for calculado na entrada seguinte. Todavia
não é incompatível com o método, e, portanto aceitável do ponto de vista fiscal, que as
saídas sejam registradas unicamente no fim de cada mês, desde que avaliadas ao preço
médio que, sem considerar o lançamento de baixa, se verificar naquele mês.
Se, ao invés de adotado o custo médio, fosse considerado o custo das aquisições mais
recentes (método contábil denominado PEPS, abreviatura de “o primeiro a entrar é o
primeiro a sair”), o registro permanente de estoques mostraria para os mesmos dados:
Adotados que sejam procedimentos mencionados acima, o custo das mercadorias vendidas,
ou das matérias-primas utilizadas em produção, deverá corresponder aos valores lançados
durante o exercício nas colunas “SAÍDA”. Entretanto, se o controle é feito mediante
contagem física, o custo das mercadorias vendidas ou das matérias-primas utilizadas é
obtido pela expressão.
O PN CST 6/1979, dispõe que as saídas podem registradas unicamente no fim de cada
mês, desde que avaliadas ao preço médio que, sem considerar o lançamento de baixa, se
verificar naquele mês.
Exemplo
Observe-se que, a cada entrada, o custo médio variou, mas a baixa (saída) foi efetivada
num único lote, alterando desta forma o Custo da Mercadoria Vendida. Porém, pode ser
adotado o sistema que calcule diariamente o custo da baixa.
Se a empresa não mantiver o registro permanente de estoque poderá avaliar o estoque das
mercadorias e matérias-primas pelo preço das últimas aquisições menos os impostos
recuperáveis - ICMS, IPI, PIS e COFINS-, também chamado de PEPS (art. 293 RIR/99).
PEPS - o primeiro que entra é o primeiro que sai. Também conhecido como FIFO (sigla,
em inglês, de “first in, first out”).
Este método é admitido pela legislação fiscal (item 2.2 do PN CST 6/1979).
Como se observa na movimentação acima, os estoques finais pelo método PEPS foram de
R$ 1.900,00 (se fosse pelo custo médio o estoque final seria de R$ 1.709,09).
II- caso do contribuinte que não mantém sistema de contabilidade de custos, ou sistema
mantido não possui os atributos mencionados no inciso anterior: os produtos em
elaboração e os acabados, terão seus valores arbitrados de acordo com o parágrafo 3º do
artigo 14 do Decreto-lei nº. 1.598/77.
Embora o livro Diário, deve ser escriturado diariamente, constitui pratica reiterada da
autoridade administrativa tributaria aceitar partida mensal.
A partida mensal compreende lançamento, feito de uma só vez ao fim de cada mês, de
operações da mesma natureza desdobradas em livros ou registros auxiliares, ou
discriminadas pelos dias de ocorrência no lançamento único que as compreende. Os
lançamentos de custos não fogem a regra: podem ser feitos mensalmente ou em períodos
menores, desde que apoiados em comprovantes e demonstrativos adequados.
O Decreto-lei nº. 1.598/77 fez clara opção pelo custeio por absorção. Sendo assim, as
matérias-primas, são avaliadas a custo de aquisição; os produtos em elaboração receberão
contabilmente carga pelas matérias-primas aplicadas e pelos demais elementos formadores
de custo; a conta de estoque de produtos acabados, eventualmente desdobradas em sub-
contas, será debitada pelo total dos custos incorridos em produtos acabados no exercício.
No caso em que a empresa apure custos com base em padrões preestabelecidos (custo-
padrão), como instrumento de controle de gestão, deverá cuidar no sentido de que o padrão
incorpore todos os elementos constitutivos antes referidos, e que a avaliação final dos
estoques (imputação dos padrões mais ou menos as variedades de custos), não discrepe da
que seria obtida com o emprego do custo real.
I - Mercadorias e matérias-primas:
b) para quem não possua inventario permanente: Segundo inventario físico, avaliado aos
últimos custos de aquisição;
II - que permite determinação contábil, ao fim de cada mês do valor dos estoques de
matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;
A empresa poderá também avaliar o estoque pelo custo arbitrado, no qual as mercadorias
serão avaliados em 70% do maior preço de vendas desse produto no período-base (art. 295
e 296 RIR/99), não sendo permitida a exclusão do ICMS.
Exemplo
Valor do maior preço de venda – conforme nota fiscal - R$ 88,00, por unidade.
Em 31.12.x1, fez-se o inventário e constatou-se a existência de 780 unidades desse
produto.
A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por cento do
custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá ser registrada
diretamente como custo (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 2º).
Nota: para fins contábeis, é necessário separar, por contas distintas, os respectivos gastos, a
fim de determinar a composição dos custos de produção. A contabilização de gastos em
contas de despesas operacionais, por exemplo, irá se refletir na composição dos custos dos
produtos vendidos e dos estoques de produtos em elaboração e acabados.
A Mão-de-Obra Direta (MO) é representada pelos salários devidos ao pessoal que trabalha
diretamente no produto.
Uma equação bastante simples que visualiza o custo de produção unitário, poderia ser
assim obtida:
Evidentemente que, para situações reais, haverá necessidade de cálculos e rateios relativos
ás linhas de produção e aos diversos produtos fabricados, acrescido dos estoques em
elaboração anteriores e descontados os estoques em elaboração atual, etc
O art. 294, do RIR/99, dispõe que os produtos em fabricação e acabados serão avaliados
pelo custo de produção, sendo observado o seguinte:
Custo Padrão
Pré-fixação de seu valor, com base no histórico ou em metas a serem perseguidas pela
empresa;
Pode ser utilizado pela contabilidade, desde que se ajuste, periodicamente, suas variações
para acompanhar seu valor efetivo real (pelo método do custo por absorção).
Permite maior facilidade de apuração de balancetes, sendo muito utilizado nas empresas
que precisam grande agilidade de dados contábeis.
Também o Parecer Normativo CST nº 6/79, exige que se faça o ajuste periódico na
contabilidade entre o método de custeio padrão e custeio integral.
No caso em que a empresa apure custos com base em padrões pré-estabelecidos (custo-
padrão), como instrumento de controle de gestão, deverá cuidar no sentido de que o padrão
incorpore todos os elementos constitutivos atrás referidos, e que a avaliação final dos
estoques (imputações dos padrões mais ou menos as variações de custos) não discrepe da
que seria obtida com o emprego do custo real. Particularmente, a distribuição das variações
entre os produtos (em processo e acabados) em estoque e o custo dos produtos vendidos
(2) o ciclo usual de produção, entendido como tal o tempo normalmente despendido no
processo industrial do produto avaliado.
Essas variações, aliás, haverão que ser identificadas a nível de item final de estoque, para
permitir verificação do critério de neutralidade do sistema adotado de custos sobre a
valoração dos inventários.”
Custo
Materiais Quant. Unid. Custo
Unitário
cimento 0,5 sc 18,00 9,00
areia 0,2 m3 7,00 1,40
ferro 4,2mm 1,0 barra 10,00 10,00
ferro 6,0 mm 1,0 barra 20,00 20,00
pedra 0,2 m3 7,00 1,40
Subtotal 41,80
Custo arbitrado
Os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-primas
adquiridas no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos produtos
acabados, determinado de acordo com o inciso II;
Os dos produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no período de
apuração.
Para aplicação do disposto no inciso II, o valor dos produtos acabados deverá ser
determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a título
de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS.
Exemplo:
Exemplo:
Produto em elaboração
Valor do preço de venda 150,00
(-)IPI 15,00
Base de cálculo 135,00
Percentual de arbitramento 70%
Valor do custo arbitrado 94,50
Percentual do artbitramento
Produto em elaboração 80%
Valor custo arbitrado 75,60
O preço é muito importante em qualquer ato de compra e venda. Definir o preço certo para
produtos e serviços é mais complicado do que parece, já que o preço faz parte do composto
de marketing – os quatro Ps – preço, produto, ponto-de-venda e promoção.
Para atribuirmos preço aos produtos e serviços é necessário o estudo de uma série de
variáveis: a demanda (quantidade de pessoas que querem comprar o produto/serviço), o
ciclo de vida (se o produto/serviço é novo, está em crescimento, etc.), os fatores
demográficos e os psicológicos, e a elasticidade do preço (quão sensível ao preço é a
demanda).
Preço calculado sobre o custo: como princípio de toda empresa com fins lucrativos, o
preço de seus produtos e serviços deve cobrir os custos fixos (custos que você terá, não
importa a quantidade produzida/ofertada/ vendida, como salários administrativos, aluguel,
etc.) e variáveis (custos que variam de acordo com a quantidade, como comissões de
vendas, compra de matéria-prima, etc.), e ainda obter um determinado lucro.
Com essa estratégia, o preço é determinado justamente calculando-se todos os custos que
envolvem o produto ou serviço, tanto de produção como de comercialização, e somando-se
a porcentagem desejada de lucro. A soma desses fatores resultará no preço de venda.
Para que o preço calculado produza consequências satisfatórias no curto, médio e longo
prazo, alguns princípios devem ser observados. É importante lembrar que erros no
processo de formação de preços podem não ter efeitos negativos sobre a empresa apenas
no curto prazo. A longo prazo, esses erros trarão consequencias de alguma forma.
Em linguagem técnica a distribuição dos custos comuns é denominada rateio dos custos
indiretos. Esta é uma das tarefas mais difíceis de executar porque qualquer critério de
rateio escolhido sempre conterá algum grau de subjetividade.
Várias parcelas de custo são primeiramente conhecidas pelo seu valor total e este deve
ser dividido pelo volume de produção ou operação para se chegar ao custo unitário. Por
Para fins de formação de preço, o volume a ser considerado é aquele para o qual os custos
foram assumidos. Isto significa que para fins de formação de preço, deve ser considerada a
capacidade de produção e não a quantidade que foi produzida. Alguns ajustes podem ser
feitos sobre a capacidade de produção (inclusão de um fator de ociosidade natural, por
exemplo).
3. Tributação
Um dos itens formadores do custo e, portanto, do preço, são os impostos incidentes sobre
o resultado da empresa, como é o caso do Imposto de Renda e Contribuição Social das
empresas tributadas pelo sistema de lucro real. Por sua vez, o resultado a ser estimado
dependerá, entre outros fatores, do próprio preço que está sendo calculado, o que gera
alguma circularidade no cálculo do preço.
Na maioria dos casos, os custos variáveis são bem padronizados. Por exemplo, na
fabricação de um modelo de mesa, o custo da madeira usada pode ser calculado de forma
bastante precisa. Por outro lado, para uma empresa varejista que aceita vários tipos de
cartão de débito, de crédito, vale refeição, cada um deles tem um custo diferente. Por esse
motivo, para achar o percentual de custo desse tipo de venda em relação ao total, é
necessário que se estime a parcela de venda recebida para cada tipo de cartão. Será
preciso usar a série histórica de dados e ajustá-la a eventuais tendências futuras para
poder projetar o percentual médio desse tipo de custo variável em relação às vendas e,
consequentemente, ao preço.
Os denominados “custos não caixa” precisam ser incluídos e, além disso, serem
computados corretamente. Por exemplo, nas pequenas e médias empresas, o valor do pró-
labore dos sócios costuma ser baixo (um salário mínimo) por razões de economia
tributária. Entretanto, o valor real do trabalho desses sócios (custo de oportunidade) pode
ser bem maior do que o pró-labore que formalmente é pago. Assim, o verdadeiro valor
do trabalho dos sócios deve ser considerado para fins de formação de preço.
Em geral, o custo oportunidade mais significativo é o custo do capital investido. Ele deve
ser incluído com o uso do método do retorno do investimento em lugar do tradicional mark
up.
BDI é um percentual que é aplicado sobre a parcela de custos diretos estimados para a
realização do serviço. Os custos diretos são representados por aqueles gastos específicos
do serviço, tais como mão-de-obra, materiais, supervisão etc. O percentual de BDI indica
o acréscimo sobre o custo direto para se chegar ao preço final. Tem por objetivo cobrir as
despesas indiretas, os impostos e proporcionar o lucro desejado.
Para a contratante, a análise do BDI é uma tarefa relativamente mais simples, porque a
escolha da melhor proposta requer em última análise a identificação do menor preço total.
Também pode ser importante avaliar se um determinado BDI é de fato viável para a
prestadora que realizou a cotação.
Em linhas gerais, tomar uma decisão bem fundamentada para a formação do BDI significa
apresentar uma cotação com razoável potencial de êxito, sem sacrificar a meta de lucro da
organização ou seus objetivos estratégicas de mercado.
Uma decisão errônea na formação do BDI acontece, por exemplo, quando é escolhido
um percentual com base na tradição ou no feeling de quem decide.
É importante ressaltar que nos processos licitatórios do setor público existe uma tendência
em normatizar o percentual de BDI, pelo menos por grupos de serviços.
Supondo que o serviço não significa obra por administração, a tentativa de normatizar o
BDI não se justifica porque ele é específico para cada empresa.
A parcela de custo indireto (é tipicamente o custo de administração geral) atribuída a um
determinado serviço pode se basear em vários critérios, tanto financeiros como
mercadológicos.
O percentual de retorno almejado para o serviço está longe de ser padronizado. Numa
situação extrema, ele poderia até mesmo ser prestado com retorno negativo, justificado
por uma razão estratégica.
3. O risco da decisão de preço não pode ser coberto com margem de erro que entraria
como parcela formadora do preço. Uma apropriada análise de risco não indicaria um preço
seguro a ser cotado. Mostraria que em face das possíveis variações dos dados de custo ou
do volume de serviço, qual seria a probabilidade de ocorrência de valores ou taxas
efetivas de lucro.
O preço ideal de venda é aquele que cobre os custos do produto ou serviço e ainda
proporciona o retorno desejado pela empresa.
Num mercado competitivo, os preços são formados pela lei da oferta e procura. Então,
dado um determinado nível de preço no mercado para seu produto ou serviço, a empresa
avalia se seu preço ideal de venda é compatível com aquele vigente no mercado.
A formação de preços pode ser definida como o processo de apuração do custo econômico
do produtor. Define-se custo econômico com sendo a soma de todos insumos envolvidos
no processo de produção de bens e serviços, incluindo o custo-oportunidade do capital
investido.
O método de formação de preço com base no markup sobre o custo difere daquele baseado
no conceito de custo econômico. Aquele consiste na apuração do custo de produção ou
operação sobre o qual é aplicado o percentual de markup desejado.
Suponha que uma empresa utiliza um bem depreciável para a fabricação de um produto.
Este bem tem vida útil de 10 anos, seu preço é R$ 500.000,00 e o valor residual é zero. O
custo-oportunidade de capital dessa empresa é de 15% ao ano.
Note-se que nesse caso a depreciação linear é maior que o dobro da depreciação
econômica. Este fato se explica pela hipótese da depreciação linear: os recursos financeiros
a ela correspondentes e que permanecem no caixa da empresa têm retorno zero.
Considere o preço ideal de um produto cujos dados de investimento, custos e produção são
os seguintes:
Num processo de formação de preços mais rigoroso, outros ajustes se fazem necessários.
Entre eles podem ser citados: prazo de pagamento concedido pelos fornecedores, prazo de
pagamento concedido aos clientes, prazo de recolhimento de impostos incidentes sobre o
preço.
O modelo básico de precificação com base no markup sobre o custo considera os seguintes
elementos:
ELEMENTO SÍMBOLO
custo total unitário C
% de encargos sobre vendas E
% markup sobre o custo M
preço de venda P
Neste modelo básico, o preço de venda é calculado a partir do seguinte raciocínio: o preço
de venda menos os encargos sobre vendas deve ser igual ao custo de produção/operação
mais a margem de lucro desejada. A representação dessa igualdade a partir dos elementos
e respectivos símbolos apresentados antes é a seguinte:
P - P.E = C + C.M
P(1- E) = C(1 + M)
O valor de P será:
P = C(1 + M) ÷ (1-E)
Exemplo:
O custo unitário de um produto é R$ 200,00. O percentual de encargos incidentes sobre o
preço de venda é de 27%. Digamos que a empresa precise aplicar um percentual de 32,4%
sobre o custo (markup) de modo a obter sua meta de retorno de 16% ao ano sobre o
investimento. O preço de venda será:
C = 200
E = 0,27
M = 0,324
P=?
P = C(1 + M) ÷ (1- E)
P = 362,74
As notas promissórias, atualmente pouco usuais nas operações financeiras, são títulos cuja
emissão representa obrigação para a empresa emitente. Ao descontar uma nota
promissória, a empresa assume uma obrigação com um banco (ou outra entidade) de pagar
um valor futuro já acrescido de juros e outros encargos financeiros.
Por representarem uma obrigação para a empresa, as notas promissórias descontadas junto
aos bancos devem ser contabilizadas no passivo circulante, ou exigível a longo prazo.
Note que as notas promissórias são títulos de emissão da própria empresa, e não de
terceiros (como no caso das duplicatas), emitidos em garantia a um dado valor recebido à
vista, para o qual a empresa pagará, além do valor ora recebido, juros e outros encargos.
O título deverá conter o nome da pessoa a quem deve ser pago, não podendo estar ao
portador.
A época do pagamento deve ser precisa e única para toda a soma devida.
Pela liberação:
Pelo pagamento:
Na operação de caução, a empresa entrega ao banco os títulos para cobrança, sacando com
antecedência uma parcela de seu valor. A percentagem que se pode sacar varia de acordo
com o crédito da empresa, mas geralmente é de 70 a 80%.
Se o cliente deixa de pagar o título, a empresa deve pagá-lo ao banco. Nesse caso faz-se o
lançamento pela saída do dinheiro.
A contabilização dos descontos de títulos de crédito segue as formas abaixo:
Pela liberação:
Pela devolução do título pelo banco, sem o correspondente pagamento pelo cliente:
As debêntures são títulos emitidos pelas sociedades por ações, que os colocam junto
àqueles de quem vão obter o empréstimo.
A diferença constitui prejuízo, ou despesa que deverá ser registrada no ato da colocação da
debênture.
Consiste na remessa de títulos aos bancos, os quais prestam serviços à empresa, cobrando-
os dos respectivos devedores.
Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse dos títulos aos bancos, porém a
propriedade continua sendo da empresa.
Nesse caso, como não houve registro em contas de compensação, não há lançamento
contábil a ser feito, apenas um controle extrapatrimonial paralelo deve ser observado para
fins de baixa dos títulos enviados ao banco e ora devolvidos.
D – Banco R$ 550,00
C – Juros ativos R$ 50,00
C – Duplicatas a receber R$ 500,00
Aplicações Financeiras
Investimentos temporários
Critérios de avaliação
De acordo com o art. 183 da Lei 6.404/76, a avaliação desse tipo de investimento dar-se-á
pelo custo de aquisição ou de mercado, dos dois o que for menor. Nos casos de aplicações
financeiras, com rendimentos pré fixados ou não, deve-se considerar em tal avaliação, os
rendimentos que são auferidos à medida que decorre o tempo, devendo seu
reconhecimento contábil obedecer ao regime de competência de exercício. Portanto
tais rendimentos devem ser calculados e acrescentados ao custo da aplicação à medida que
o tempo decorrer.
Quando a aplicação for por prazo determinado com rendimentos Pré-Fixados, estes serão
tratados como Receitas Financeiras, podendo ser aberta conta específica para melhor
detalhar esse tipo de rendimento. Quando os rendimentos não forem Pré-Fixados, os
cálculos de rendimentos deverão ser de acordo com a taxa de juros negociada ou de
mercado e sua classificação contábil é como Receita Financeira.
Quanto ao aspecto tributário, tais rendimentos são tributados na fonte sendo que essa
tributação é considerada como antecipação para efeito de compensação com o Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica Investidora. Isso significa que no momento do resgate, os
lançados a título de imposto de renda, devem ser classificados como direitos a receber do
governo.
Contabilização
Na aplicação:
No resgate:
Na folha de pagamento, além dos salários dos funcionários, constam também outros
valores, tais como: férias, 13º salário, INSS e IRRF descontados dos salários, aviso prévio,
valor do desconto relativo ao vale transporte e às refeições e ainda o valor do FGTS
incidente sobre os salários.
Podem, ainda, constar da folha de pagamento de salários, as verbas pagas aos funcionários
por ocasião da rescisão de contrato de trabalho.
Normalmente os salários são pagos até o 5º dia útil do mês seguinte ao de referência,
exceto os casos em que os acordos ou convenções coletivas estabelecem prazos menores.
No caso do valor relativo às férias e ao 13º salário, a empresa deve apropriar estes valores
mensalmente em obediência ao regime de competência, efetuando a provisão para o
pagamento dessas verbas. Se a empresa não faz a provisão, esses valores serão apropriados
como custo ou despesa por ocasião do respectivo pagamento.
Classificação contábil
DESCONTOS R$
Adiantamento de salário 6.000,00
INSS sobre salários 1.425,00
Outros dados:
A rescisão de contrato de trabalho é por dispensa sem justa causa, ocorrida no dia 31.10 e o
pagamento será feito até o 2º dia útil subseqüente.
O adiantamento de salário foi pago no dia 20.10, e sobre esse valor foi retido o IRRF no
valor de R$ 150,00.
A empresa provisiona mensalmente o valor das férias, o 13º salário e os encargos sociais.
Lançamentos contábeis:
3) Pela provisão dos valores relativos aos salários e ao aviso prévio indenizado:
4) Pela baixa da provisão para férias e encargos incidentes sobre essa verba, pelo valor a
ser pago na rescisão, tendo em vista que esses valores já foram provisionados
anteriormente:
5) Pela baixa da provisão para 13º salário e encargos incidentes sobre essa verba, pelo
valor a ser pago na rescisão tendo em vista que esses valores já foram provisionados
anteriormente:
6) Pelo valor da contribuição FGTS incidente sobre a parcela do 13º salário pago na
rescisão:
9) Pelo valor da contribuição sindical, INSS sobre salários e 13º salário e IRRF
descontados em folha de pagamento:
a) Assistência Médica
b) Vale Transporte:
14) Pelo pagamento dos salários (total líquido da folha de R$ 8.185,00 menos os valores a
pagar em rescisão de contrato de R$ 2.000,00):
15) Pelo pagamento das verbas rescisórias (aviso prévio, 13º salário e férias):
Remuneração de Férias
§ 1º. O limite do saldo da provisão será determinado com base na remuneração mensal do
empregado e no número de dias de férias a que já tiver direito na época do balanço;
§ 2º. As importâncias pagas serão debitadas à conta de Provisão de Férias a Pagar, até o
limite do valor provisionado;
§ 3º. A provisão a que se refere este artigo contempla a inclusão dos gastos incorridos com
a remuneração de férias proporcionais e dos encargos sociais, cujo ônus cabe à empresa.
Caso não haja saldo suficiente na conta de provisão, o excedente será debitado diretamente
a custos ou despesas operacionais.
Para tanto, é necessário estabelecer o critério de contagem de dias de férias, com base no
art. 130 da CLT (com a redação dada pelo art. 1º do Decreto-lei nº 1.535/77), a saber:
Após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá
direito a férias na seguinte proporção:
2ª) Esclareça-se que a constituição da Provisão para Férias e Encargos Sociais, por ocasião
do encerramento do período de apuração, deve basear-se em informações precisas,
fornecidas, normalmente, pelo setor de pessoal.
Exemplo
Nota
Embora o exemplo aqui desenvolvido tome por base uma empresa que constitui a provisão
apenas no encerramento do balanço anual (o que, como dissemos, não é o critério
tecnicamente mais adequado), importa assinalar que, feitas as devidas adaptações de
periodicidade, os procedimentos a seguir demonstrados aplicam-se, igualmente, para efeito
de constituição da provisão mensalmente, trimestralmente ou nas datas em que a empresa
levante balanço/balancete de suspensão/redução do Imposto de Renda por estimativa.
Demonstrativo de férias e encargos sociais em 31/12/2010 Setor: Administração Mapa de Controle nº 01/2010
Periodo Encargos
Adicional
Salário Aquisitivo previden-
Consti- SAT FGTS Total dos Total geral
em Férias Total ciários e
Empregado Código Dias tucional (2,0%) (8,0%) Encargos da provisão
31/12/10 R$ R$ terceiros
Início Término de 1/3 R$ R$ R$ R$
- R$ (25,8%)
R$
R$
José da 3.600,00 02/01/10 01/01/11 FN 30,0 3.600,00 1.200,00 4.800,00 1.238,40 96,00 384,00 1.718,40 6.518,40
Silva
João dos 2.100,00 09/08/09 08/08/10 FN 30,0 2.100,00 700,00 2.800,00 722,40 56,00 224,00 1.002,40 3.802,40
Santos
João dos 2.100,00 09/08/10 08/08/11 FP 12,5 875,00 291,67 1.166,67 301,00 23,33 93,33 417,66 1.584,33
Santos
Fernando 360,00 30/03/10 29/03/11 FP 22,5 270,00 90,00 360,00 92,88 7,20 28,80 128,88 488,88
Torres
Norma 200,00 08/09/10 07/09/11 FP 10,0 66,67 22,22 88,89 22,93 1,78 7,11 31,82 120,71
Assunção
Totais 6.911,67 2.303,89 9.215,56 2.377,61 184,31 737,24 3.299,16 12.514,72
Com base nos dados anteriores, teremos os seguintes valores a serem provisionados em
31/12/2010:
Nota
No exemplo, estamos considerando que, em 31/12/2010, a hipotética empresa apenas
complemente o saldo das contas de provisão, o que é mais usual, em face da sua
praticidade. No entanto, poderíamos ter adotado outro critério, igualmente válido: reversão,
em 31/12/2010, do saldo não utilizado da provisão constituída em 31/12/2009 (que
representaria, neste caso, uma "receita" de reversão de provisão) e constituição de nova
provisão, com base nos valores apurados no tópico I deste subitem.
Lançamento nº 1
Lançamento nº 2
Complemento do FGTS.
D Contas de Resultado - Despesas Administrativas - FGTS
C Passivo Circulante – Provisões - FGTS sobre Provisão para Férias
Histórico Valor - R$
Complementação da provisão para o FGTS incidente sobre as férias e adicional constitucional de
657,24
1/3 devidos, até esta data.
................, 31 de dezembro de 2010.
Lançamento nº 4
Lançamento nº 5
Lançamento nº 6
O mesmo tratamento terão os encargos sociais incidentes sobre as férias pagas, cujo ônus
cabe à empresa. Tais valores serão registrados nas respectivas contas a pagar mediante
débito às contas de provisão.
b) aumentos salariais.
É por essa razão que, para simplificação de procedimentos, recomendamos que os valores
pagos a título de férias, adicional constitucional e respectivos encargos sociais sejam
diretamente debitados às contas de provisão.
Esse sistema (que, se for adotado, deverá sê-lo de forma consistente) é útil sobretudo para
as empresas que fazem a provisão somente no final do ano-calendário, pois elimina a
necessidade de ajustes futuros na provisão.
R$ 2.310,00 ÷ 3 = R$ 770,00
Lançamento nº 7
Lançamento nº 8
Registro dos encargos previdenciários nas respectivas contas a pagar e baixa do valor na provisão.
D Passivo Circulante – Provisões - INSS sobre Provisão para Férias
C Passivo Circulante - INSS a Recolher
Histórico Valor - R$
Valor da contribuição ao INSS, Terceiros e Seguro de Acidentes de Trabalho,
incidente sobre as férias e o adicional constitucional de 1/3 pagas, nesta data, ao 856,24
empregado João dos Santos.
................, 02 de abril de 2011.
Lançamento nº 9
A constituição mensal da provisão poderá ser efetuada de forma mais precisa utilizando-se
de demonstrativo semelhante àquele visto anteriormente. Lembramos, todavia, que,
ocorrendo reajustes salariais, deverá ser efetuado o ajuste da provisão, lançando-se, em
seguida, o duodécimo do mês em coluna própria, já calculada sobre o valor reajustado.
Férias indenizadas
Dessa forma, a pessoa jurídica que não houver constituído a Provisão para Pagamento de
Férias poderá computar, como custo ou despesa operacional, todo o valor pago a seus
empregados a esse título, no próprio período do pagamento, ainda que o gozo das férias se
inicie num período e termine no seguinte.
Deve ser ressaltado, ainda, que a contabilização mensal dessa provisão, além de
extremamente recomendável sob a ótica gerencial e contábil, pode vir a ser interessante
também do ponto de vista fiscal, para efeito de redução ou suspensão da estimativa mensal
ou de apuração do lucro real trimestral (conforme o caso), porque as bases de cálculo do
Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro serão
determinadas partindo-se de um resultado contábil já influenciado pela despesa incorrida
com o 13º salário.
Ao final de cada ano, todo empregado que esteve à disposição do empregador tem direito
ao 13º salário. No caso de o empregado ter sido admitido ou desligado durante o ano, fará
jus a esse benefício proporcionalmente ao número de meses em que esteve pensando
serviços à empresa.
Muitas empresas preferem contabilizar os encargos relativos ao 13º salário apenas por
ocasião do pagamento, ou seja, nos meses de novembro e dezembro de cada ano, ou por
ocasião do adiantamento nas férias do empregado ou, ainda, nas eventuais rescisões de
contrato de trabalho.
Como já frisamos, no caso das empresas que efetuarem o pagamento do Imposto de Renda
Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro com base nos resultados apurados
em balanços/balancetes trimestrais e daquelas que reduzirem ou suspenderem a estimativa,
este procedimento, além de questionável do ponto de vista técnico, resultará em
antecipação do pagamento dos referidos tributos, em face da não-apropriação de uma
despesa incorrida.
Ainda que a pessoa jurídica efetue o pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da
Contribuição Social sobre o Lucro por estimativa (balanço anual), nada obsta que
contabilize a provisão para o pagamento do 13º salário e encargos sociais mensalmente, o
que, aliás, se afigura como o critério mais apropriado, como já comentado, inclusive para o
caso de suspensão/redução da estimativa.
Exemplo
I - Saldo (em 28/02/2011) da provisão para o 13º salário e encargos sociais constituídos em
31/01/2011
Salda da provisão
Contas constituída em
31/01/2011 - R$
Provisão para 13º salário 475,00
INSS sobre a provisão para o 13º salário:
- Contribuição previdenciária e terceiros (25,8%) 122,55
- Seguro de Acidentes do Trabalho (2,0%) 9,50
FGTS sobre a provisão para o 13º salário (8%) 38,00
Total 645,05
Nota
Contabilização
Lançamento nº 1
Lançamento nº 2
Complemento do FGTS.
D Contas de Resultado - Despesas Administrativas - FGTS
C Passivo Circulante - Provisões - FGTS sobre Provisão para 13º Salário
Histórico Valor - R$
Pela complementação da provisão pra o FGTS, incidente sobre o 13º salário devido, até esta data, aos
46,00
empregados do setor administrativo
................, 28 de fevereiro de 2011.
Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador deve pagar, de uma só
vez, como adiantamento do 13º salário, metade do salário recebido pelo empregado no mês
anterior.
Esse adiantamento será pago no ensejo das férias do empregado sempre que este o requerer
no mês de janeiro do correspondente ano.
Exemplo
Admitamos que a empregada Ana Rosa tenha solicitado à empresa, por escrito, em
janeiro/2011, o adiantamento de 50% do 13º salário por ocasião do gozo de suas férias, no
período de 01 a 30/03/2011.
Dessa forma, considerando-se que, nos termos do art. 145 da CLT, o pagamento das férias
deve ser efetuado até 2 dias antes do seu início e que o pagamento tenha ocorrido em
23/02/2011, teremos:
Lançamento nº 4
b) os empregadores são obrigados a depositar, até o dia sete de cada mês, na conta bancária
vinculada do trabalhador, importância correspondente a 8% da remuneração paga ou
devida, no mês anterior, a cada trabalhador, sendo considerada como tal, entre outras, a
gratificação de Natal (13º salário).
Assim, por ocasião do pagamento da 1ª parcela do 13º salário, a empresa deverá baixar,
isto é, transferir, da conta "FGTS sobre Provisão para 13º Salário", até o limite desta conta,
para a conta "FGTS a Recolher" (ambas do Passivo Circulante), o encargo relativo ao 13º
salário incidente sobre o adiantamento concedido, como segue exemplificado.
Lançamento nº 5
No tocante à contabilização, esta poderá ser feita na forma exposta no subitem 5.1,
observando-se, entretanto, que nesse caso específico deverá ser transferido, da conta "INSS
sobre Provisão pra 13º salário" (até o limite desta) para a conta "INSS a Recolher" (ambas
no Passivo Circulante), o valor da contribuição previdenciária, pois o 13º salário pago na
rescisão contratual integra o salário-de-contribuição do empregado, sujeitando a empresa
ao recolhimento da parcela que lhe compete.
Também nesse caso, se o valor provisionado for insuficiente, a diferença será debitada às
respectivas contas de resultado ("INSS").
O pagamento da 2ª parcela do 13º salário deverá ser efetuado pelo empregador até o dia 20
de dezembro de cada ano, tomando-se por base a remuneração devida nesse mês, de acordo
com o tempo de serviço do empregado no ano em curso (art. 1º do Decreto nº 57.155/65).
e) contabiliza-se o valor dos encargos que competem aos empregados (INSS e Imposto de
Renda na Fonte) mediante débitos na conta "Provisão para 13º Salário" e créditos nas
contas "INSS a Recolher" e "Imposto de Renda Retido na Fonte", todas no Passivo
Circulante.
1º) o reconhecimento da despesa com o 13º salário (e encargos sociais incidentes) do mês
de dezembro é automático, tornando-se desnecessária a apropriação mensal, nesse mês, da
despesa na forma abordada ao longo deste texto; e
Conceito
Classificação
Aparecem no ativo de forma subtrativa, reduzindo o valor contábil do bem ou direito sob o
qual se provisionaram custos ou despesas.
Provisões Passivas
Dedutíveis
São aquelas que a legislação do Imposto de Renda permite a sua dedutibilidade quando da
determinação do lucro real.
Indedutíveis
São aquelas que a legislação do Imposto de Renda não permite a sua dedutibilidade quando
da determinação do lucro real.
Elenco de Provisões
Provisões Passivas
Contabilização
Como regra geral as provisões têm como débitos elementos de despesas e, como
contrapartida, créditos em conta patrimoniais que, como vimos podem ser contas redutoras
de ativo ou contas de passivo exigível. Exemplo: Despesas Provisionadas a Provisões
(ativas/passivas)
A Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa é a mais comum das provisões do ativo.
De suma importância para as empresas comerciais, devido a inevitável inadimplência de
parte de seus clientes, a Provisão para Devedores Duvidosos contabilmente deve ser
constituída com base em procedimento que reflitam verdadeiramente as perdas esperadas.
Para tanto, faz-se necessário a consideração dos fatores de risco conhecidos a fim de
estimar as perdas com contas a receber.
A conta Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa é creditada pelo valor da provisão
constituída, em contrapartida a uma conta própria do Resultado do Exercício, classificada
no grupo das Despesas Operacionais e comumente denominada Despesas com Devedores
Duvidosos.
Até 1996, eram dedutíveis como despesa, para fins de apuração do lucro real, as
importâncias necessárias à formação de provisão para créditos de liquidação duvidosa.
Entretanto, desde o ano de 1997, a sistemática de provisão constituída com base em
percentual aplicável sobre o total dos créditos a receber foi substituída pelo regime de
dedução direta de perdas ocorridas no recebimento de créditos, conforme o disposto na Lei
nº 9.430/96, arts. 9º a 14.
Perdas dedutíveis
Para efeito de apuração do lucro real, poderão ser registrados como perda os seguintes
créditos:
I. com declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário;
III. com garantia (proveniente de vendas com reserva de domínio, de alienação fiduciária
em garantia ou de operações com outras garantias reais, tais como o penhor de bens móveis
e a hipoteca de bens), vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias;
a) A conta que registra o crédito, em cada de créditos sem garantia de valor até R$
5.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses;
b) Conta redutora de créditos nos demais casos (itens I, II-b, II-c, III e IV).
Exemplos:
Créditos recuperados
O total dos créditos deduzidos que tenham sido recuperados, em qualquer época e a
qualquer título, deverá ser computado na determinação do lucro real.
A recuperação do crédito que tenha sido anteriormente contabilizado como perda implica o
seu reconhecimento contábil a crédito de conta de resultado.
Exemplos:
Ex.01: Se o crédito de R$ 3.600,00, que foi baixado na conta de duplicatas a receber, vier a
ser recebido, o será feito o seguinte lançamento:
Porém, assim como os ativos e os passivos para serem desse modo classificados devem
atender algumas características, as contingências, Segundo Hendriksen (1999:288), devem
ser registradas como passivo se:
1- Satisfizerem a definição de passivo
2- A probabilidade de ocorrência do evento futuro for relativamente elevada
3- A perda contingente puder ser razoavelmente estimada
Portanto, uma obrigação decorrente de uma certa garantia, pode emanar um passivo
contingente que será reconhecido pela alta possibilidade da empresa vir ter que
desembolsar um valor, embora estimado, em uma data futura.
O Postulado da Continuidade.
A Convenção do Conservadorismo.
O Conservadorismo prima por uma atitude responsável por parte daqueles que elaboram as
informações financeiras, para a condução adequada da criação de reservas, uma vez que
essas aumentam o valor do patrimônio líquido, retratando uma superavaliação desse
patrimônio.
Registrar e reconhecer uma receita e/ou uma despesa; classificar um ativo e/ou passivo de
forma adequada, requer responsabilidade de forma que não haja a manipulação de
resultado com o intuito de burlar o fisco, omitir passivos, e assim, superavaliar ou
subavaliar ativos e passivos.
Segundo Lei das Sociedades por Ações, as contingências ativas embora não devam ser
registradas antes de sua efetiva confirmação de ganho, devem ser mencionas em notas
explicativas às demonstrações financeiras.
Quanto às contingências passivas, quando julgadas prováveis e quando puderem ter seus
valores estimados, devem ser registradas por meio da formação de uma provisão (a
exemplo as contingências trabalhistas), e, quando não puderem ter seus valores estimados,
devem ainda ser mencionados em notas explicativas especificando o porque de seus
valores não poderem ser estimados.
Segundo a Lei 6.404/76, “as reservas para contingências são constituídas com objetivo de
compensar em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda com
probabilidade de ocorrer, sendo tal perda passível de ser monetariamente mensurada”.
Certamente, com essa reserva a empresa tem condições de evitar, frente a ocorrências de
prováveis eventos futuros, o desequilíbrio financeiro.
Reservas:
- Dar cobertura a perdas ou prejuízos potenciais (extraordinários, não repetitivos) ainda
não incorridos, mediante segregação de parcela de lucros que seria distribuído como
dividendos;
- Representa uma destinação do lucro líquido do exercício, contrapartida da conta de
lucros acumulados, por isso sua constituição afeta o resultado do exercício;
- Ocorrendo ou não o evento esperado, a parcela constituída será, em exercício futuro,
revertida para lucros acumulados, integrando a base de cálculo para efeito de
pagamento do dividendo e a perda, de fato ocorrendo, é registrada nos lucros.
Provisões:
- Tem por finalidade dar cobertura a perdas ou despesas, cujo fato gerador já ocorreu,
mas não tendo havido, ainda, o correspondente desembolso ou perda; Em atenção ao
regime de competência, entretanto há necessidade de se efetuar o registro contábil;
- Representa uma apropriação ao resultado do exercício, contrapartida das perdas
extraordinárias, despesas ou custos e sua constituição normalmente influencia o
resultado do exercício ou os custos de produção;
- Deve ser constituída independente de a companhia apresentar, afinal, lucro ou prejuízo
no exercício;
Depreciações
Referida perda será registrada periodicamente nas contas de depreciação, que funcionarão
como redutoras do ativo.
Com exceção de terrenos e de alguns outros itens, os elementos que integram o Ativo
Permanente Imobilizado têm um período limitado de vida útil.
Na instalação da empresa, fazem-se gastos que não podem ser recuperados, aos quais
constituem despesas de instalação, tais como: montagem do estabelecimento, instalações,
propaganda, despesas administrativas e outras despesas pré-operacionais. Essas despesas,
embora realizadas no momento de instalação, vão beneficiar exercícios futuros, não sendo
justo que constituam encargos de um só exercício. Daí atribuir-se essas despesas a vários
exercícios, amortizando-as aos poucos.
Podemos também criar provisão para amortização. A conta representativa dessa provisão
seria provisão para amortizações.
Edificações – 4% ao ano
Instalações – 10% ao ano
Móveis e Utensílios – 10% ao ano
Máquinas e Equipamentos – 10% ao ano
Ferramentas – 15% ao ano
Veículos – 20% ao ano
Veículos de carga – 25% ao ano
Equipamentos de Informática – 20% ao ano
Equipamentos de Comunicação – 20% ao ano
Por ocasião do encerramento do balanço, tais percentuais somente poderão ser aplicados
em seu total sobre os bens já existentes na empresa no exercício anterior ou que tenham
sido adquiridos no primeiro mês do exercício social objeto do cálculo.
o custo histórico ajustado pela correção monetária, para bens adquiridos até 31.12.1995;
o valor de aquisição, para bens adquiridos a partir de 01.01.1996;
o valor de reavaliação decorrente de novas avaliações efetuadas no Ativo Permanente
Imobilizado.
A técnica contábil estipula que o valor residual do bem deve ser computado como dedução
do seu valor total para determinar o valor base de cálculo da depreciação. Todavia, na
prática esse procedimento não tem sido muito adotado, já que é bastante difícil estimar o
valor residual, principalmente numa economia inflacionária.
Soma dos dígitos dos anos – é decrescente, efetua-se a soma do número de anos de vida
útil do bem; estabelece-se uma fração em que o denominador é a soma dos algarismos e o
numerador para o primeiro ano “n”, onde o n representa o número de anos de vida útil;
multiplica-se a fração referida pelo valor do bem a ser depreciado.
O prazo de vida útil admissível para fins de depreciação de bem adquirido usado é o maior
dentre os seguintes:
Deste modo, ao adquirir um bem usado, a empresa deve munir-se de documento que
comprove a época em que o mesmo foi instalado para utilização pela primeira vez.
Lançamento Contábil
Amortização
Prazos de Amortização
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações – Os recursos aplicados no Ativo
Diferido serão amortizados periodicamente, a partir do início de operação normal ou do
exercício em que passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser
registrada a perda do capital aplicado, quando abandonados os empreendimentos ou
atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir
resultados suficientes para amortizá-los.
De acordo com a Lei Fiscal (RIR), a taxa anual de amortização será fixada tendo em
vista:
Exaustão
Obs.:
1) no caso de exploração de jazidas minerais inesgotáveis ou de exaurimento
indeterminável (como água mineral), os encargos de exaustão não podem ser computados
na determinação do lucro real;
As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis são os livros
fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de cobranças, as
folhas de pagamento, os controles de caixa, etc.
Para elaboração do balanço devem ser efetuados vários ajustes e reclassificações nas
contas patrimoniais, entre os mais comuns são:
2 - confronta-se o saldo de cada conta do razão com os livros auxiliares tais como: livro
caixa, contas correntes, registro de duplicatas, fichas de estoques de mercadorias, fichas de
controle do ativo permanente;
4 - após elaborar o inventário, confrontam-se seus totais com os saldos das respectivas
contas e dos registros específicos de cada bem. Caso sejam constatadas divergências, e
apuradas suas causas, deve-se proceder aos ajustes;
Exemplo:
Débito Crédito
Apuração do Resultado do Exercício 1.406.122,00
ICMS sobre Vendas 120.000,00
PIS e COFINS sobre Vendas 54.750,00
Custo das Mercadorias Vendidas 720.000,00
Folha de Pagamento 155.000,00
Encargos Sociais e Trabalhistas 60.450,00
Despesas Financeiras 79.000,00
Despesas Tributárias 54.000,00
Aluguel e Manutenção 50.000,00
Despesas de Veículos 40.000,00
Despesas de Escritório 19.000,00
Provisão para Imposto de Renda 34.770,00
Provisão para Contribuição Social 19.152,00
O saldo da conta “Apuração do Resultado do Exercício” será então transferido para a conta
de “Lucros ou Prejuízos Acumulados”. No exemplo acima, o lançamento seria:
Após essas operações, estão encerradas as contas de resultado, restando somente as contas
patrimoniais.
- ativo circulante;
- ativo não circulante;
- passivo circulante;
- passivo não circulante;
- patrimônio líquido;
O balanço patrimonial deverá ser estruturado de acordo com a natureza dos valores, e
normas em vigor.
O estado patrimonial é demonstrado através das contas patrimoniais, ativas e passivas, que
compõem o balanço patrimonial.
Assim, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a
Contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e despesas, recebidas
ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao custo do
período.
Conforme artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações financeiras obrigatórias pelas Leis
das S.A. são:
Balanço Patrimonial – BP
Demonstração de Resultado do Exercício - DRE
Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
Observação: As Notas Explicativas deverão fazer parte das Demonstrações Contábeis
No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimoniais
quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos.
Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem
que a contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e despesas,
recebidas ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao
custo do período.
Para elaboração do balanço devem ser efetuados vários ajustes e reclassificações nas
contas patrimoniais, entre os mais comuns são:
confronta-se o saldo de cada conta do razão com os livros auxiliares tais como:
livro caixa, contas correntes, registro de duplicatas, fichas de estoques de
mercadorias, fichas de controle do ativo permanente;
ATIVO
CIRCULANTE 267.875,00
DISPONIBILIDADES 50.000,00
Caixa e bancos 50.000,00
DIREITOS REALIZÁVEIS 217.875,00
Clientes 210.000,00
Estoques 7.875,00
Mercadorias 7.875,00
NÃO CIRCULANTE 49.167,00
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO -
IMOBILIZADO 49.167,00
Veículos 50.000,00
Depreciação, amortização e exaustão acumulada (833,00)
TOTAL DO ATIVO 317.042,00
PASSIVO
CIRCULANTE 161.058,00
Fornecedores 100.000,00
Obrigações Tributárias 33.875,00
Obrigações Trabalhistas 910,00
Obrigações Sociais 463,00
Provisão de Imposto de Renda e CSLL 25.809,96
NÃO CIRCULANTE -
Para obter detalhamentos sobre tais ajustes, acesse o tópico “Ajustes de Exercícios
Anteriores”, nesta obra.
Reversões de reservas
São as apropriações do lucro feitas para a constituição das reservas patrimoniais, tais
como: reserva legal, reserva estatutária, reserva de lucros a realizar, reserva para
contingências.
Modelo
RECURSOS:
Saldo inicial de lucros acumulados
Ajustes credores de Exercícios Anteriores
Reversão de reservas
De contingências
De lucros a realizar
Outros recursos
Lucro líquido do exercício
(-) Saldo anterior de prejuízos acumulados
(-) Ajustes devedores de exercícios anteriores
(-) Prejuízo líquido do ano
Total dos recursos
APLICAÇÕES:
Deve-se utilizar um papel de trabalho, utilizando uma coluna para cada uma das contas do
patrimônio da empresa e abrindo uma conta total, que representa a soma dos saldos ou
transações de todas as contas individuais. Essa movimentação deve ser extraída das fichas
de razão dessas contas.
As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma
coordenada. Por exemplo, se temos um aumento de capital com lucros e reservas, na linha
correspondente a essa transação, transcreve-se o acréscimo na coluna de capital pelo valor
do aumento e, na mesma linha, as reduções nas contas de reservas e lucros utilizadas no
aumento de capital pelos valores correspondentes.