ETA Simões Filho
ETA Simões Filho
ETA Simões Filho
Trabalho realizado como avaliao parcial da disciplina Tratamento de Resduos Slidos, sob a orientao da Professora Selma, do Curso de Engenharia Sanitria e Ambiental, da Universidade Federal do Recncavo da Bahia, campus Cruz das Almas.
SUMRIO
1 DESCRIO DA LOCALIDADE ........................................................................... 6 1.1 1.2 1.3 1.4 2 Generalidades ..................................................................................................... 6 Economia ........................................................................................................... 6 Clima e Relevo................................................................................................... 7 Meio Bitico ...................................................................................................... 8
ESTUDO TCNICO PRELIMINAR ....................................................................... 8 2.1 2.2 2.3 Capitao ........................................................................................................... 8 Qualidade do Manancial .................................................................................... 8 Localizao da ETA ........................................................................................... 9
3 4 5
Definio dos processos de Tratamento .................................................................. 12 Estudos de concepo.............................................................................................. 12 Dimensionamento Hidrulico ................................................................................. 13 5.1 5.2 5.3 Mistura Rpida ( Calha Parshall) ..................................................................... 13 Floculador ........................................................................................................ 17 Decantadores .................................................................................................... 21
6 7 8 9
Filtrao (Filtros Rpidos de Fluxo Descendente) .................................................. 27 Tanque de Contato .................................................................................................. 32 Casa de Qumica...................................................................................................... 32 Referencias Bibliogrficas ...................................................................................... 33
LISTA DE FIGURAS Figura 1 Produto Interno Bruto do Municpio de Simes Filho ....................................... 7 Figura 2 rea de Localizao da ETA ............................................................................. 9 Figura 3 rea de Ocupao da ETA ............................................................................... 10 Figura 4 Levantamento Planialtimtrico da rea de localizao .................................... 11 Figura 5 Comportamento da Chuva na rea de localizao ........................................... 11 Figura 7 Croqui Misturador Rpido ............................................................................... 17 [Digite texto] CRUZ DAS ALMAS MAIO 2013
Figura 8 Croqui do Floculador ....................................................................................... 21 Figura 9 Croqui do Filtro Rpido de fluxo descendente ................................................ 31
LISTA DE TABELAS Tabela 1 Classificao d gua naturais para abastecimento pblico .............................. 12 Tabela 2 Estudo de Concepo da vazo........................................................................ 13 Tabela 3 Valores Para Dimensionamento da Calha Parshall ......................................... 14 Tabela 4 Valores Para Dimensionamento da Calha Parshall ........................................ 14 Tabela 5 rea dos Filtros................................................................................................ 28 Tabela 6 Relaes Para Dimensionamento do Fundo Falso .......................................... 29 Tabela 7 Reguladores de vazo para gua de lavagem .................................................. 30 Tabela 8 Tubulaes imediatas Filtros simples (em mm) ........................................... 30
DESCRIO DA LOCALIDADE
1.1
Generalidades
Simes Filho foi criado atravs da emancipao do distrito de gua Comprida da capital baiana Salvador, e em pblico 7 de novembro de 1961 recebeu este nome em homenagem ao jornalista Ernesto Simes Filho fundador do Jornal A Tarde. Situada na mesorregio metropolitana com apenas 20 km de distancia da capital, em uma rea territorial de 201,223 Km e uma densidade demogrfica de 586,65 hab./km, sua populao segundo dados do IBGE 2010 ( Instituto Brasileiro de Geografia ) de 118047 habitantes com uma estimativa para 2012 de um contingente populacional de 121416 habitantes.
1.2
Economia
Segundo dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Simes Filho em seu web site o municpio apresenta atualmente a 5 economia do estado contendo hoje quase 200 indstrias de diversos segmentos e um porto natural extremamente protegido a Baa de Aratu importante fator que impulsiona a implementao de novas empresas devido o fator escoamento dos seus produtos. No contexto econmico, podemos considerar o Centro Industrial de Aratu CIA e o Complexo Petroqumico de Camaari COPEC como sendo os dois marcos mais importantes para a economia local. A atividade agropecuria, com baixa representatividade, tambm se faz presente no municpio, destacando-se o cultivo de banana, coco-da-baa, cacau (amndoa), manga, goiaba, laranja e pimenta do reino e a criao de bovinos, sunos e ovinos. O ndice de Desenvolvimento Econmico IDE um indicador econmico resultante da anlise dos nveis de infraestrutura (INF) e qualificao de mo de obra (IQM) existentes e da renda gerada localmente (IPM). Segundo o IDE publicado pela SEI (2002) o municpio de [Digite texto] CRUZ DAS ALMAS MAIO 2013
Simes Filho aparece como a quinta economia baiana em 1998. Comparado aos demais municpios da RMS o municpio classifica-se como a quarta economia da regio
Figura 1 Produto Interno Bruto do Municpio de Simes Filho
Fonte: IBGE
1.3
Clima e Relevo
Devido a grande proximidade do litoral, Simes Filho apresenta clima mido com temperaturas mdias anuais de 24,7C, pluviosidade mdia anual entre 1600 e 2000 mm, sendo que as maiores concentraes pluviomtricas ocorrem entre os meses de abril e junho. As formas de relevo predominantes no municpio so os Tabuleiros PrLitorneos, as Plancies Marinhas e Fluvio marinhas e as Baixadas Litorneas, associadas a uma geologia com presena de conglomerados, gnaisses, arenitos, depsitos fluviais e costeiros (areias de praias, dunas, mangues, terraos e cordes litorneos). A hidrografia composta pela bacia do rio Joanes, sendo os principais afluentes os rios Crrego Cantagalo e o Crrego Muriqueira. Ao longo da bacia aparecem as represas Joanes I, Joanes II, Ipitanga II e Ipitanga III.
1.4
Meio Bitico Inserido no Bioma Mata Atlntica a bioecologia local representada pelos solos
do tipo Podzlico Vermelho-Amarelo lico, Latossolo Vermelho-Amarelo lico, Latossolo Amarelo lico, Podzol Hidromrfico e Solos Indiscriminados de mangue, onde desenvolvem atividades agrcolas, extrativismo e pecuria. A vegetao est constituda pela Floresta Ombrfila, Contato cerrado restinga e Formaes pioneiras com influncia fluvio marinha.
2.1
Capitao
A captao da gua ser feita na barragem de Pedra do Cavalo (Rio Paraguau ) e na barragem Joanes II (Rio Joanes ), a vazo de captao nas barragens ser 8000 litros/ segundo e a capacidade nominal do sistema de tratamento ser de 9000 litros/ segundo . 2.2 Qualidade do Manancial
gua que ira abastecer o municpio tero como origem as barragens de Pedra do Cavalo e a Barragem Joanes II, pertencentes as bacias hidrogrficas dos rios Paraguau e Joanes respectivamente. At o momento, as guas destes mananciais so de boa qualidade e se enquadram como apropriadas ao tratamento convencional e distribuio para o consumo. Atravs dos parmetros analisados no h evidncias de contaminao por elementos e ou substncias indesejveis
2.3
Localizao da ETA
A Estao de tratamento de Simes Filho se localizara na regio perifrica da cidade, localizao estratgica para que a recepo da aduo de gua bruta, das barragens Pedra do Cavalo e Joanes, sejam feitas de forma facilitada e que as guas servidas da estao de tratamento possam ser encaminhadas at um emissrio submarino que fica localizado em Praia do Forte. Atendo a NBR12216 NB 512- Projeto de Estaes de Tratamento, foram realizados levantamentos topogrficos da rea de localizao da ETA e sondagens para reconhecimento do subsolo presente na rea de implantao.
Fonte: Google Earth/ Prprio autor. Figura 5 Comportamento da Chuva na rea de localizao
As guas captadas e direcionadas a ETA Simes Filho de mananciais superficiais de qualidade Tipo C provenientes de bacias , com caractersticas bsicas definidas na Tabela seguinte, e que exijam coagulao para enquadrar-se nos padres de potabilidade.
Tabela 1 Classificao d gua naturais para abastecimento pblico
Fonte: NBR 12216 As guas do Tipo C necessitam de um tratamento com- coagulao, seguida ou no de decantao, filtrao em filtros rpidos, desinfeco e correo do pH.
As estimas de vazes e os clculos tero uma projeo de 20 anos at 2023 Vazo de Consumo Q - Vazo mxima (l/s); P Populao a ser abastecida; qm Consumo per-capita (l /hab.dia); K1 - Coeficiente de mxima vazo diria; K2 Coeficiente de mxima vazo horria
Vazo de Consumo
Com os dados da populao para o ano de 2023 projetamos um vazo nominal da ETA- Simes Filho de 900 litros/segundo j necessrio de uma sobra para atender as demandas da ETA.
Ano
Populao Hab
Qp (l/s .Dia)
Qfinal(l/s .Dia)
2023
199157
200
847,4745552
Dimensionamento Hidrulico
5.1
Segundo a NBR 12216 Mistura Rpida a Operao destinada a dispersar produtos qumicos na gua a ser tratada, em particular no processo de coagulao, para o qual so destinadas as disposies seguintes
Fonte: http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ct/arquivos/files/pasta/Jacob/SETA.pdf
Fonte: http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ct/arquivos/files/pasta/Jacob/SETA.pdf
Calha; W = 3 = 0,915 m ; K = 0,608; n = 0,639 ;D= 157,2 cm ; N =22,9 cm ; G = 0,915 Calculo da altura de gua na seo de medio = 0,52m
H0= k
F=
Numero de Froude
T = 0,98 s ( Norma exige que seja < 5 s) Gradiente de Velocidade (Norma exige que seja> 700 e <1100)
5.2
Floculador
a unidade onde ocorre a agregao das partculas que foram formadas no coagulador atravs do contato entre elas, aumentando o peso para que posteriormente sejam decantadas. A etapa chamada tambm de mistura lenta por ser provida de agitadores lentos. O floculador utilizado no projeto ser o mecanizado de eixo vertical. Floculadores mecanizados so dotados de pelo menos trs compartimentos em srie. A agitao feita atravs de ps rotativas ou turbinas.
Tempo de deteno:
De acordo com a NBR 12216, o tempo de deteno para floculadores mecanizados deve est entre 20 e 30 minutos. O tempo de deteno utilizado ser: t = 30 min = 1800s
h = 4m G = 70s-1, 50s-1, 20s-1 Largura do decantador = largura do floculador = 12m Sero 03 floculadores, cada um com trs cmaras, cada uma com trs canais
Volume do floculador
rea do floculador
A = 540/4 = 135 m
Dimenses do floculador
G = 70s-1
G = 50s-1
G = 20s-1
Rotao
P = Ks.n.D5
1/3
1/3
Fonte: Autor Prprio 5.3 Balizando as informaes da NBR 12216 foi possvel dimensionar os dencantadores para processo de clarificao da gua na ETA de Simes filho Decantadores
Vazo
0,9 m/s
Como no foi possvel proceder a ensaios de laboratrio, para o clculo das taxas de aplicao devem ser a seguinte:
Definio da geometria do decantador: Deve-se satisfazer a condio: 2L/B5 Considera-se que a largura do decantador (B) igual a do floculador ento:
Calculo do n de Reynods
m/s.m
Onde v = velocidade no orifcio. De acordo com a NBR, deve estar entre 0,12 e 0,13 m/s. Adotando-se v = 0,2 temos:
Clculo do nmero de furos (Nf): Adota-se a geometria dos furos quadrada com lado (Lo) igual a 0,2m, portanto a rea da seo dos furos (Ao) igual a 0,04m:
((
))+
O nmero de orifcios por linha (Nor linha) dado por: Nor linha= B / Dcentro
Para este exemplo, adotar calha com fundo plano (formato de U), descarga livre e considerar que a vazo mxima por metro linear de vertedor da calha de 1,8 L/(s.m). A largura da calha pode ser fixada em cerca de 0,40 m. altura calculada pela equao Q=1,38.b.h1,, acrescentar 0,10 m, para que haja certa folga atendendo a norma.
Altura da calha ser fixada em 0,4 m A comporta de descarga do lodo. A rea da comporta calculada pela equao
A norma permite um tempo de Descarga de at 6 horas, o usado na ETA Simes filho ser de 2 horas.
Filtrao (Filtros Rpidos de Fluxo Descendente) As unidades de filtrao so destinadas segundo a NBR 12216 a remover partculas
em suspenso, em caso de a gua a tratar ser submetida a processo de coagulao, seguido ou no de decantao, ou quando comprovado que as partculas capazes de provocar turbidez indesejada possam ser removidas pelo filtro, sem necessidade de coagulao. Definio do Filtro
Com vista a comprovao da eficincia e uma operao simples o filtro a ser implantado na ETA Simes Filho ser o filtro de camada dupla (areia e antracito). [Digite texto] CRUZ DAS ALMAS MAIO 2013
Como no foi possvel realizar os ensaios com base um filtro piloto, a norma fixa os seguintes valores para as camadas do meio filtrante: Areia:
- espessura
da camada, 30 cm;
- tamanho efetivo 0,425 mm; - coeficiente de uniformidade 1,6; Antracito: - espessura da camada, 45 cm; - tamanho efetivo 1,0 mm; - coeficiente de uniformidade, inferior ou igual a 1,4 Taxa de filtrao
Como no foi possvel proceder s experincias em filtro-piloto, as taxa mxima a seguintes. Para filtro de camada dupla, 360 m3/m2 x dia. N de Filtros
Tendo em vista experincias bem sucedidas e as taxas de filtrao, fatores econmicos, o arranjo geral, a disponibilidade e o destino da gua, sero implantados 6 filtros rpidos de fluxo descendente. Verificando a reas dos filtros
Tx Filtrao N Filtros
360 6
Q Q' Af
77760 9720 54
Fundo Falso
Fundos falsos com bocais simples: cerca de 20cm entre si (20 a 25 unid/m2). Adotar altura de 0,65 m para o fundo falso.
Tabela 6 Relaes Para Dimensionamento do Fundo Falso
rea da cmara Dimetro 2,5 m 7,5 m 15,5m 20 m 30 m 45 m 65 m 80 m 125 200 250 350 400 500 600 700
Altura mnima do fundo falso 0,5m 0,5 m 0,55 m 0,60 m 0,65 m 0,75 m 0,85 m 0,95m
Dimenses do filtro
A relao mais econmica : B/L = (n + 1) / 2n; onde B: largura de uma cmara; L: comprimento de uma cmara; n: nmero de cmaras.
Altura do fundo falso (Hff) = 0,85 m; Altura do leito filtrante (Hlf) = 0,30 m de areia e 0,45 m de antracido; Altura de gua sobre o leito filtrante (Hslf) = 2 m Altura adicional (Ha) = 0,3 m Foi Estabelecida a expanso desejada para o meio filtrante de 30 %
Determinar a velocidade ascensional (Va) da gua de lavagem: 0,8 m/min.( Prevista na Norma ) Calcular a vazo de gua para lavagem (Qlav) para cada cmara:
Fixar o tempo nominal de lavagem (tlav): 6,5 min. Dimensionar as tubulaes imediatas dos filtros: tabelas baseadas em regras estabelecidas pela experincia (Richter e Azevedo Netto)
Tamanho (mm) (pol.) Vazo (L/s) 150 6 200 8 250 10 300 12 350 14 400 16 450 18 500 20 600 24 750 30 50 88 151 221 296 391 491 606 882 1348
1,5 H 0 S 2,5 H 0
H0=Altura entre a borda superior da calha de gua de lavagem e o topo do material filtrante = 1 m N de Calhas = 4 S=Espaamento entre as calhas = 2 m (Norma exige que seja L=Espessura da camada filtrante = 0,3 + 0,45 = 0,75 m D=altura da calha de gua de lavagem = 1,07 + 0,1m ( Folga ) = 1,17 m )
Tanque de Contato
Essa etapa chamada de desinfeco da gua onde so adicionados produtos para que os padres de potabilidade sejam atendidos. recomendado que a clorao da gua visando a desinfeco seja realizada em pH inferior a 8,0 e que o tempo de contato seja, no mnimo 30 min. Conhecendo-se a vazo a ser tratada e definindo-se o tempo de contato pode-se ento calcular o volume do tanque. Supondo, por exemplo, que a altura do tanque de contato seja h, o tempo t e a vazo Q, resulta a seguinte rea em planta (A): A=Q.t/h
A NBR 12216 define a altura do tanque de contato para guas superficiais de 2 metros. E o tempo de contato foi de 30 minutos.
Casa de Qumica
Casa de qumica a rea ou conjunto de dependncias da ETA que cumpre as funes auxiliares, direta ou indiretamente ligadas ao processo de tratamento, necessrias sua perfeita operao, manuteno e controle.
a) depsito de produtos qumicos; b) depsito de cloro; c) sala de dosagem; d) sala de dosagem de cloro; e) laboratrios f) instalao sanitria com bacia e um lavatrio;
g) instalao sanitria com duas bacias e chuveiro separado, situados em rea com lavatrio e armrios; h) copa com rea de 8 m2, balco com pia e armrios e mesa para duas pessoas; i) local para manuteno
Referencias Bibliogrficas
Azevedo J.M Filtros Rpidos de Gravidade NBR 12216 -Projeto de estao de tratamento de gua para abastecimento pblico